Quarta-feira,
14/2/2001
Quatros Anos Esta Noite
Julio
Daio Borges
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Digestivo nº 20 >>>
O Manhattan Connection nunca mais foi mesmo sem Paulo Francis, morto em 1997. Em que pese o brilho de Nelson Motta, Caio Blinder e Lucas Mendes, houve sempre um esforço velado (ou, por outra, declarado) no sentido de compensar a perda da vedete do programa. Em princípio, através do rodízio de convidados notáveis. Em temporadas recentes, através das presenças de Lúcia Guimarães e de Arnaldo Jabor (uma promessa que rendeu crônicas à Folha e vinhetas à Globo). No último fim-de-semana, através das intervenções de Olavo de Carvalho, filósofo, colunista de Época e d'O Globo. Nenhum deles, contudo, soube entreter o espectador, monopolizar o jogo, resumir os pontos, desfolhar erudição, como Paulo Francis. Se tinham o dom do texto, tinham um raciocínio vacilante (diante das câmeras). Se tinham o dom da fala, tinham argumentação rala (de parcas e minguadas fontes). Se tinham o conhecimento, tinham as maneiras e as intenções do professor (não do cidadão do mundo).
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Julio Daio Borges
Editor |
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