Segunda-feira,
21/5/2007
O Conselheiro também come (e bebe)
Julio
Daio Borges
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Digestivo nº 330 >>>
Quando compôs “Refazenda”, em 1975, Gilberto Gil estava cantando “abacateiro” mas estava pensando em “avocado”, quando rimou com “ato”, “pato” e, mais adiante, “regato”. Também, pudera: desde 1972, a Fazenda Jaguacy, em Bauru, estava produzindo o famoso avocado, originalmente da Califórnia (o mesmo com que se prepara “guacamoles” mexicanamente corretas). Apesar de exportar há mais de 20 anos para Alemanha, França e Inglaterra, a Jaguacy está entrando com força no mercado brasileiro, em parcerias estratégicas com restaurantes e chefs, também com faculdades de gastronomia, como Senac e Faap. O avocado, aparentemente um “abacatinho”, guarda pouca relação, na verdade, com seu parente mais próximo na forma. Embora seja igualmente saboroso, não engorda, mantendo a proporção de 145 calorias para cada 100 gramas de polpa. Além da vantagem para a silhueta, o avocado apresenta baixo teor da temível gordura saturada, enquanto que é isento de colesterol e rico em “ácido graxo oleico” (de nome difícil, mas aliado do azeite de oliva). Para completar, o avocado carrega as vitaminas oxidantes A, C e E, tão importantes na redução dos indesejados radicais livres, retardando o envelhecimento precoce. Afora todas essas propriedades ideais para a saúde, o avocado tem aquele tamanho perfeito, compacto, para ocupar o lugar da fruta no café-da-manhã ou da sobremesa no almoço ou jantar. Resiste bravamente fora da geladeira, e sua casca – que vai ficando preta – é um aviso infalível de quando está pronto para ser consumido. O abacate que todos conhecemos, em geral, é mais desajeitado, por ser muito grande, tem de ser consumido em quantidades proporcionais a seu tamanho e, portanto, funciona como uma bomba calórica. O avocado, que já tomou conta da Europa e dos EUA, vai chegando, aqui, delicado, mas é irresistivelmente mais simpático, e recomendável.
>>> Fazenda Jaguacy
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Julio Daio Borges
Editor |
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