Segunda-feira,
23/6/2008
Trio Wanderer, na Hebraica 2008
Julio
Daio Borges
Achim Liebold
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Digestivo nº 370 >>>
Com a dissolução da temporada de concertos do BankBoston — por conta da venda da instituição, no Brasil — depois temporada de concertos Itaú Personnalité (igualmente dissolvida), a cidade de São Paulo ficou órfã de uma série mais focada em música de câmara, de pequenos grupos e não só de grandes orquestras (onde o Mozarteum Brasileiro e a Cultura Artística reinam absolutos). Talvez pensando nisso — ou simplesmente retomando sua tradição de iniciativas nessa área —, a Hebraica lançou seus Concertos Internacionais 2008. Abrindo com Regis e Bruno Pasquier, em maio, trouxe, agora em junho, o Trio Wanderer, da França. Vincent Coq, ao piano, Jean-Marc Phillips Varjabédian, ao violino, e Raphael Pidoux, ao violoncelo, começaram a noite com o atualmente revalorizado Haydn, e seu Trio Hob. XV:14 em lá bemol maior, seguiram com o célebre Trio "Fantasma" em ré maior op. 70 nš 1, de Beethoven, e fecharam com o às vezes esquecido Mendelssohn, e seu Trio nš 1 em ré menor op. 49. Misturando precisão com bastante técnica, o Trio Wanderer deu uma bela idéia das ambições desta nova temporada da Hebraica. Ainda neste mês, recebemos o Quarteto de Cordas da Filarmônica de Israel, em julho a Accademia Bizantina (com instrumentos de época), o inesquecível contratenor Daniel Taylor (em outubro) e, ainda, o exímio violinista Shlomo Mintz (em novembro), entre outras atrações. Contrabalançando a programação de música geralmente concentrada no centro da cidade (com alguns respiros no Teatro Alfa e no Parque do Ibirapuera), esta iniciativa tem todos os predicados para se firmar como uma alternativa à sempre elogiada temporada do BankBoston. Que ela se consolide e recoloque a Hebraica em posição de destaque novamente na nossa cena musical.
>>> Concertos Internacionais Hebraica
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Julio Daio Borges
Editor |
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