Quarta-feira,
14/3/2001
Viver é preciso; navegar, nem tanto
Julio
Daio Borges
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Digestivo nº 23 >>>
Depois de uma das, agora, rotineiras quedas do índice da Nasdaq, a revista Dinheiro publicou uma reportagem afirmando que ainda havia por volta de 2 bilhões de reais, na mão dos investidores, à espera de projetos promissores na internet. Segundo Dinheiro, existe mais cautela hoje em dia do que antes, quando se apostava num negócio sem prazo de retorno, sem metas pré-determinadas, sem qualquer base sólida no "mundo real". Hoje, os patrocinadores exigem que a nova empresa "agregue valor" à chamada Velha Economia; exigem, também, que a tecnologia utilizada, ou seja, que a inovação proposta, não se torne logo obsoleta; e, por último, exigem que as pessoas talentosas envolvidas no projeto sejam mantidas nele a qualquer custo. É interessante, pois alguns investidores não aceitam que os comandantes abandonem o timão quando sentem que o barco está afundando; os donos do dinheiro decidem até que ponto os empreendedores devem se afogar. Parece lógico, e inevitável, que se busque maior cautela depois que fortes emoções agitaram o mercado das pontocom. O que surpreende, todavia, é que essas "medidas de segurança" tenham sido adotadas somente agora.
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Julio Daio Borges
Editor |
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