Segunda-feira,
13/10/2008
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal
Julio
Daio Borges
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Digestivo nº 385 >>>
O novo Indiana Jones, agora em DVD, é uma grande homenagem aos anos 80 e, em última instância, a um dos apogeus da indústria do cinema. Steven Spielberg e Harrison Ford eram abordados desde a última aparição de "Indy", em 1989, quando deram por encerrada a trilogia e, segundo o criador do E.T., partiram para "dramas mais adultos". Claro que as platéias nunca quiseram saber e foi George Lucas, depois de um retorno não tão interessante com seus "primeiros episódios" de Guerra nas Estrelas (nos anos 2000), que reuniu o velho time, de volta, ao trabalho. Para quem viveu os anos 80 — ou para quem assistiu aos respectivos filmes —, as primeiras cenas, do "filho" de Indiana Jones, evocam desde clássicos daquele tempo, como De Volta para o Futuro, até clássicos de todos os tempos, em tela grande, como O Selvagem. E, desde a trilha sonora até as peripécias acrobáticas dos heróis, há um certo ar infantil, de desenho animado, de Peter Pan, que, para o espectador, nunca envelhece e que, nele, desperta a criança ou o adolescente daqueles anos. Nesse sentido, não importa muito que Harrison Ford esteja com 60, porque a impossibilidade de seus feitos sempre foi algo a ser tolerado pelo público. Cate Blanchett, como sempre, brilha e ofusca os demais coadjuvantes, embora, para manter a coerência na fita, assuma ares de bruxa malvada e inverossímil. A questão é se as jovens platéias, desta década, vão entender todos os subentendidos — ou se Indy vai apenas arrancar sorrisos e suspiros dos mesmos adolescentes, agora, acima de 30...
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Julio Daio Borges
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