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Quarta-feira, 1/7/2009
A Grande História da Evolução, de Richard Dawkins

Julio Daio Borges




Digestivo nº 422 >>> Dawkins vem aí, na Flip, mas tudo indica que não vai ser tão combatido, como foi seu Deus, um delírio, anos atrás. Houve um tempo em que os conservadores, "neoconservadores" e outras espécies pitorescas andaram sobre a Terra, inclusive no Brasil. Dizem que foi durante a segunda vinda de Bush. Subitamente fortalecidos por uma guerra — que ninguém sabia direito por que declarou —, vociferavam na internet do mundo todo, inclusive na do Brasil, apoiando-se em "filosofias" obscuras, inocência tipicamente juvenil e promessas fúteis de redenção ("os últimos serão os primeiros", quantos losers não acreditaram inutilmente nisso?). Como toda boa ideologia, caiu de moda — mas o livro de Dawkins, contra o todo-poderoso, pegou ainda os estertores, antes do iluminismo da era Obama. O novo livro de Dawkins, no Brasil, talvez seja uma resposta mais definitiva até (que a anterior) para a impossibilidade de um "Deus" e para a obsolescência de qualquer religião: são, milagrosamente, 4 bilhões de anos de jornada, narrados por ele, em A Grande História da Evolução. Qual Bíblia sobrevive a isso? Qual "Gênesis"? Quase moderno, Dawkins conta sua história de trás pra frente: partindo do homem, do Homo sapiens, e retrocedendo longamente na cronologia — dedicando um capítulo a cada ancestral comum... Sim, o homem vem dos macacos. E, não, só deles — mas também de um monte de outros "bichos" estranhos... Enquanto o papa finalmente toma coragem para responder às provocações de Nietzsche — depois de mais de 100 anos —, temos a oportunidade, de novo, de ler a vanguarda das ideias, sobre o homem, sobre nós, e o único destino comum, com resto do planeta, e com os outros seres, nossos "irmãos"...
>>> A Grande História da Evolução
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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