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Quarta-feira, 25/11/2009
A Estratégia de Barack Obama, por Libert e Faulk

Julio Daio Borges




Digestivo nº 442 >>> A lua de mel com Barack Obama parece que está acabando, mas sua eleição histórica ainda guarda lições para políticos, executivos e até curiosos. A confirmação está em A Estratégia de Barack Obama, lançado pela editora Campus, onde Barry Libert e Rick Faulk, da Mzinga, explicam como o "candidato mais improvável", segundo as palavras do próprio, tornou-se presidente da, ainda, maior economia do planeta. Dado que o feito de eleger o primeiro homem negro a governar os EUA tem pouco mais de um ano, o livro foi escrito com base em reportagens de veículos de imprensa como Newsweek, The New York Times, The New Yorker, BusinessWeek e Fortune (entre outros). Conforme sugerem os próprios autores — a quem quiser embarcar na estratégia de Obama — "não espere pelos historiadores". O volume se apoia em três conselhos básicos (em forma de capítulos): "Seja calmo"; "Seja 'social'"; e "Seja a mudança". Por "calmo", Libert e Faulk entendem "presidential", como o saudoso personagem David Palmer, em 24 Horas. Afinal, segundo eles, Obama cultivou, durante toda a sua campanha, "a racionalidade serena, o equilíbrio sob pressão e a capacidade de ser coerente e controlado sob fortes emoções". Por "social", os autores entendem o uso, paradigmático, que a equipe de Obama, e sua militância, fizeram das tão propaladas "mídias sociais". Para não ficar só em conceitos vazios — típicos dos novos gurus —, basta dizer que o site My.BarackObama.com angariou 639 milhões de dólares na Rede Mundial de Computadores (enquanto o oponente John McCain, quase metade desse valor). E, finalmente, por "mudança", Libert e Faulk entendem que Obama foi vitorioso porque, além de tudo, "abraçou e incorporou a transformação" — ao contrário de tantos políticos, partidos, empresas e profissionais, que lutam, em vão, pela manutenção do status quo (ainda mais no Brasil). Encerram com um conselho valioso (mesmo que não tão sonoro em nossa língua): "Falar é prata, fazer é ouro". Enquanto a maioria prefere "deixar como está, para ver como é que fica", aqueles que se lançarem em direção ao novo, no mínimo estarão mais sintonizados com o futuro. A Estratégia de Barack Obama é um leitura fluída, de pouco mais de 100 páginas, que nos fornece mais um ângulo para entender o fenômeno que abalou, para bem, o mundo.
>>> A Estratégia de Barack Obama
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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