Quarta-feira,
18/4/2001
Ela me observava como quem olha para um quebra-cabeça
Julio
Daio Borges
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Digestivo nº 28 >>>
Rubem Fonseca regressa triunfalmente ao conto, em Secreções, excreções e desatinos, pela Companhia das Letras. Exercita-se, mais uma vez, em seu amor pelas mulheres, pela violência e pela escatologia. Do alto de seus 75 anos, é um dos poucos escritores brasileiros ainda na ativa. Ao contrário de seus colegas de geração e de ofício, não se entrincheirou em memórias, nem evadiu-se em jornalismo. Cultiva religiosamente a forma curta, em que é mestre (malgrado seus discípulos). Embora tenha se embrenhado pelos caminhos espinhosos de outros séculos e décadas, manteve-se insuperável no registro fiel de seu tempo e de seu país. É sempre um prazer mergulhar nos seus retratos, cheios de estilo e de humor fino. E é sempre um privilégio acompanhar as edições da obra desse que é, seguramente, um dos maiores autores da língua.
>>> "Secreções, excreções e desatinos" - Rubem Fonseca
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Julio Daio Borges
Editor |
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