Quarta-feira,
8/8/2001
O hambúrger definitivo
Julio
Daio Borges
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Digestivo nº 44 >>>
Quem explica o mistério do Joakin's, a lanchonete de 210 lugares, na rua Joaquim Floriano, por onde circulam 5.000 pessoas durante o fim-de-semana? Não importa o horário em que se vá, seja de madrugada (eles fecham às 5hrs), seja no início da noite, é preciso esperar para comer o consagrado sanduíche que Silvestre Colangelo comercializa desde 1965. Os clientes se espalham pela entrada, apesar dos frios e calores extremos, independentemente da origem, da assiduidade ou da reputação (outro dia, um apresentador de telejornais esperou por mais de uma hora, embora, solitário, paquerasse a recepcionista para conseguir logo um lugar). Não se vê outdoors do Joakin's, nem anúncios do Joakin's na televisão, no rádio ou na mídia impressa, mesmo assim, os garçons correm para lá e para cá, os chapeiros não param, os "cheese-saladas" e os "milk-shakes" vêm e vão antes que se possa respirar. Famílias se acotovelam nas mesas de bancos inteiriços, em roupas despojadas, como se estivessem em casa num domingo. Casais desembarcam noite afora, depois de um bar, cinema, ou espetáculo, em seus trajes mais esticados, com seus cabelos mais bem tratados. No balcão, apenas os que saem desacompanhados, aqueles que têm pressa e não se interessam pela flora ou pela fauna local. O compacto de pão, carne e queijo (basicamente) deve ser deglutido de forma rápida, pois esfria logo ou então começa a desmontar-se em molhos, tomates, bifes e folhas de alface (dependendo da variante encomendada através do cardápio). E é lógico que quem come depressa, come sempre mais, sem sentir a bomba calórica que se instala (ainda mais se o hambúrguer for combinado com leite e sorvete batidos no liquidificador). Embora o Joakin's não seja muito mais que isso, seus pratos são uma marca registrada da capital paulista, talvez, inclusive, tanto quanto as alardeadas pizzas.
>>> http://www.joakins.com.br/
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Julio Daio Borges
Editor |
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