Terça-feira,
31/10/2000
Idiotas empapuçados por álcool, drogas e propaganda
Julio
Daio Borges
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Digestivo nº 7 >>>
Plínio Marcos inaugurou o teatro do palavrão, da escatologia e da sacanagem. E inaugurou também, de certa forma, todos os excessos e todas as derivações que daí brotaram, afugentando hordas de espectadores e platéias (nem sempre dispostos ao choque anafilático com a realidade). Ninguém nega a genialidade e o brilho do autor e da personagem Plínio Marcos, porém, é-nos também impossível negar os extremos de sexo, violência e embriaguez, cometidos em seu nome, por imitadores, seguidores e entusiastas. Muitos, inúmeros, os que hoje ainda fogem ao constrangimento, ao desnudamento, ao enfrentamento que é ir ao teatro, e assistir a uma peça dessas, uma peça desse tipo, uma peça feita para chocar. Os irmãos Mamberti, a família Mamberti, contudo, montaram O Homem do Caminho com muita dignidade. Representaram, com fidelidade e respeito, o cigano, o ladrão, o mambembe - o fora-da-lei que foi Plínio Marcos.
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Julio Daio Borges
Editor |
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