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Terça-feira, 28/11/2000
Filha de peixe

Julio Daio Borges




Digestivo nº 11 >>> Entre o fim dos anos 50 e o fim dos anos 90, existe um intervalo de uns bons 40 anos. Não para Bebel Gilberto, que deve ter essa idade, um pouco mais, um pouco menos. Como herdeira legítima e espiritual de seu pai, ela foi buscar Samba da Benção, So Nice e Samba e Amor para banhá-las com o que chama de "a luz cool do novo século". Conseguiu. Reciclou o som clássico da bossa nova (nas suas palavras), sem ter de recorrer aos mesmos baluartes e aos formatos mais do que surrados da MPB. Dentre os muitos talentos que a acompanham, destacam-se os produtores e arranjadores Amon Tobin e Suba, o violonista Luis do Monte, o percursionista João Parahyba, um time de metais e sopros (em uma ou outra faixa), sem contar a miríade de convidados que miraculosamente não perturba a unidade e o espírito do projeto. Além de cantora, Bebel afirma-se também como compositora, em mais da metade do álbum. "Tanto tempo" casa as tendências eletrônicas com a tradição da música brasileira, como muitas estrelas ultimamente tentaram e, ao contrário dela, não conseguiram.
>>> http://www.bebelgilberto.com/
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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