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Terça-feira, 12/12/2000
Una maniera di scrivê chi a genti escrive uguali come dice

Julio Daio Borges




Digestivo nº 13 >>> Juó Bananére, o cronista que inventou uma língua própria, no começo do século XX, em São Paulo, foi ressuscitado pela peça Almanacco Bananére, que esteve em cartaz, em curtíssima temporada, na Funarte. Uma das manifestações mais originais da maçaroca que fundiu paulicéia com imigração italiana forjou-se através da pena de Alexandre Ribeiro Marcondes Machado, o satirista que eternizou o português-italianado, ecoado em imitações cada vez mais baratas até hoje. O espetáculo, um musical, inspirou-se em trechos de La Divina Increnca (em que o autor parodiou poemas do Romantismo) e n'As Cartas d'Abax'o Pigues (onde foram reunidas suas colaborações com a revista O Pirralho, de Oswald de Andrade). A montagem, de um amadorismo que beira o mambembe, tem seus pontos altos concentrados nas cenas da vida cotidiana da São Paulo da época. As canções, as danças e as coreografias reforçam o caráter alegre que se quis imprimir ao texto, terminando, todavia, por carnavalizá-lo em excesso.
>>> Funarte - Al. Nothmann, 1058 - Tel.: 3662-5177
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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