Quarta-feira,
18/5/2005
Vinte anos em muitas vozes
Julio
Daio Borges
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Digestivo nº 227 >>>
Rodrigo Capella é um sujeito sorridente e bem-humorado que nem parece escritor. E não porque sua simpatia natural denote superficialidade, mas porque os escritores que estamos acostumados a ver fora da televisão são acabrunhados e vivem reclamando. Rodrigo, não. Rodrigo é um otimista nato: tanto que publicou não antes dos 30 anos (como todo mundo), mas já antes dos 20. Mais precisamente, aos 16. Por estímulo da mãe. Construiu uma astuciosa história de detetive e mais importante, pelo menos hoje encontrou uma editora. Divulgou na mídia. Ah, Rodrigo, além de obviamente (?) jornalista, já trabalhou com assessoria de imprensa. Formou-se pela Metodista, fez pós-graduação na PUC, cursou ESPM, e apesar desse nosso mercado reprimido e refratário a novos nomes não perdeu o humor. Tanto que o conservou até hoje. Hoje, aliás, edita o Cineminha, um site sobre sétima arte que completou um ano em março. E, naturalmente, segue sua carreira de escritor. Em 2005, atacou em outra seara: lançou um manual para cães (e seus donos). Manteve o tom divertido de seu primeiro policial e espera conquistar leitores em livrarias e até pet shops. É um otimista, esse Rodrigo. Com admiradores como o cineasta Carlos Riechenbach, o Carlão, que escreveu a orelha evocando uma longa genealogia, cheia de convivência fraterna, à base de Canis familiaris. Rodrigo, incansável, promete, ainda este ano, uma continuação de seu policial e, também, na área do Carlão, um perfil para a coleção Aplauso, da Imprensa Oficial, sob o comando de Rubens Ewald Filho. Rodrigo, que já militou em defesa dos assessores (são também jornalistas, escreveu no OI), fez intercâmbio fora do Brasil e sente uma atração grande pela carreira de repórter internacional. Talvez inaugure, com seu exemplo, uma nova era, de mais leveza e suavidade, nas letras brasileiras. Cheia é, claro, de otimismo, como o Rodrigo.
>>> Rodrigo Capella
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Julio Daio Borges
Editor |
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