DIGESTIVOS
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Quarta-feira,
3/1/2007
Música em 2006
Julio
Daio Borges
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Digestivo nº 310 >>>
Em 2006, como resultado de um “crescendo” ano a ano, foram avassaladoras as temporadas de concertos na cidade. Desde a Osesp, de John Neschling, até a Sociedade de Cultura Artística, que iniciou esse mesmo movimento há mais de 90 anos. Pelo Mozarteum, passaram Felicity Lott, merecendo a designação de “dame” e cantando Nöel Coward, e a Orquestra Sinfônica WDR de Colônia, sob direção de Semyon Bychkov, tendo como solista Sayaka Shoji, empunhando seu Stradivarius “Joachim” para executar Glazunov, entre outras atrações sempre de qualidade. Já pelo Itaú Personnalité (antes BankBoston), passaram, entre outras estrelas, Ilya Gringolts ressuscitando Bach, Daniel Taylor embalando a platéia com lieder, e Régis Pasquier ao violino e Emmanuel Strosser ao piano numa autêntica “schubertíade”. E, para completar, pela Fundação Maria Luisa e Oscar Americano, passaram, entre outros bons, o Trio Brasileiro de Gilberto Tinetti e o violão impecável de Fabio Zanon (que seguiu em sua cruzada para divulgar o repertório do instrumento na Cultura FM). Também Irineu Franco Perpétuo, dando prosseguimento à sua campanha pela maior audição da música erudita, falou sobre Mozart, e suas óperas, nos seus 250 anos, na Casa do Saber. Na ponte entre o instrumental e o popular brasileiro, Juarez Maciel deu mais um passo em sua brilhante carreira, Henrique Cazes – um dos pais do revival do choro – foi relançado pela Kuarup e Sivuca partiu enquanto que deixou, para nós, seu Terra Esperança. Marcos Sacramento reinou, novamente, absoluto, na categoria vocal masculino, à frente do show de seu Fossa Nova (pela também nova Olho do Tempo) – e acabou de sair do forno, pela Biscoito Fino, sugestivamente com Sacramentos. Renato Russo, dez anos depois, mereceu capa da nova Bizz; e o Dois, vinte anos depois, mereceu Especial do Digestivo. A Rolling Stone desembarcou, de novo, no Brasil. E ainda no universo pop, John Pizzarelli atacou de cool jazz, John Mayer reabilitou a guitarra e a Trash 80’s ganhou até um disco. A indústria fonográfica sofreu com o primeiro baque do DVD, mas a verdadeira música continuou florescendo em 2006.
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Julio Daio Borges
Editor
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