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Quarta-feira,
19/3/2008
Os Melhores Jornais do Mundo, de Matías M. Molina
Julio
Daio Borges
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Digestivo nº 359 >>>
O jornalismo está mudando: está indo para a internet? Está acabando? Não parece haver um consenso ainda, principalmente entre jornalistas, da nova e da velha mídia. Mas, e a história do jornalismo? Ela pode ser de algum uso para as gerações futuras? Neste momento de indecisão da indústria, um bom guia, para quem quer conhecer o império de papel (e às vezes de mídia e de internet), é Os Melhores Jornais do Mundo, alentado volume de Matías M. Molina, jornalista-fundador da Gazeta Mercantil, lançado pela coleção Livros de Valor, da Editora Globo. Molina parte da França (Le Monde, Le Figaro) e chega até o Japão, passando, é claro, pelos Estados Unidos (The New York Times, The Wall Street Journal), pela Espanha (El País), pelo Reino Unido (FT, The Guardian), pela Itália, pela Alemanha, pela Suíça e até pelo Canadá. O Brasil e a América Latina — para quem perguntou — serão objeto de outro livro já a caminho. Em mais de 600 páginas, Molina ainda aproveita para dar seus palpites sobre o futuro. Geralmente remetendo ao século XIX, as empresas jornalísticas parece que foram sempre mal administradas, quase que invariavelmente às voltas com problemas de impressão (gráficas — próprias ou terceirizadas), sindicatos (greves) e investimentos equivocados (novos cadernos fracassados, edições e periódicos não-planejados, velhas mídias pré-internet). São organizações centenárias em muitos casos, mas raramente produzindo lucros vultuosos, sobrevivendo no limite e, quase sempre também, subestimando o impacto da internet e superestimando as tiragens (declinantes) em papel. Molina, seguindo pelos fatos, não soa nada otimista, e encerra justamente com a missa fúnebre na Fleet Street, outrora a sede das principais empresas jornalísticas em Londres — o centro do mundo. Daqui a um século, ele diz, a igreja continuará na "Stleet", mas e os jornais, ainda vão existir?
>>> Os Melhores Jornais do Mundo
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Julio Daio Borges
Editor
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