Digestivo nº 422 >>>
Não foi o Fantástico, nem foi a capa da revista Época. No Brasil, foi a chegada das celebridades e, agora, das microcelebridades. O mainstream chegou, na blogosfera brasileira, cooptando blogueiros famosos, para divulgar grandes marcas e seus produtos, como verdadeiros "assessores de imprensa 2.0". A inocência, se é que havia alguma, foi editorialmente perdida — e a maioria vendeu sua "independência", em troca de fama, no velho mainstream, em troca de posição, no velho establishment, ou em troca de dinheiro mesmo. No Twitter, o post pago não teve a mesma imediata aceitação. Marcelo Tas, ao mesmo tempo em que foi incensado pelo Wall Street Journal de Murdoch, foi linchado, moralmente, numa avalanche de microposts e campanhas de "unfollow" (no Twitter, a audiência está baseada no número de "seguidores"). Se os "perfis" não estavam à venda no varejo, que tal construí-los e vendê-los depois, no atacado? Foi o que fez a tão falada "Twittess". Uma carinha bonitinha que seduziu milhares de nerds desavisados e que fisgou outros incautos, sugerindo uma proximidade do Twitter (a empresa), através do uso hábil de um nick ("Twittess": uma mascote do Twitter ou do "tuiteiro" médio?). Semeando centenas de mensagens nas caixas postais das vítimas, a Twittess alçou o topo da lista de perfis do Brasil (seus alvos a seguiam quase compulsoriamente), acumulando 50 mil "followers", hoje à sua disposição. O mainstream, vendido para as celebridades desde os anos 90, comprou a história na hora. Playboy da Twittess?Já tem apresentadora de televisão abrindo seu perfil no microblog. A seguir cenas dos próximos microcapítulos...
>>> Twitteira "assassinada" ressurge