DIGESTIVOS
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Quarta-feira,
16/12/2009
Colin Powell sobre liderança
Julio
Daio Borges
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Digestivo nº 445 >>>
Colin Powell era aquele sujeito que foi Secretário de Estado do governo Bush e para quem Paulo Francis já cantarolava, no final da década de 90 — exortando-o, talvez, como o primeiro candidato à presidência dos EUA, antecipando Obama. Mas Barack veio, e Condoleezza, a primeira Secretária de Estado, e Colin Powell votaram nele, desobedecendo às diretivas do partido republicano, e de Bush. Felizmente Colin Powell reapareceu agora, justamente numa apresentação sobre liderança. Apresentações, geralmente, são acumulados banais de slides de PowerPoint, e "liderança", no mais das vezes, é uma exigência descabida do mundo corporativo — que finge que não sabe que ela é nata, e não pode ser ensinada. Colin Powell começa afirmando, na contramão da correção política, que "responsabilidade, às vezes, significa pisar no calo de algumas pessoas". E que a sua liderança está falhando quando os seus liderados param de lhe trazer seus problemas — significando: ou que eles não têm mais confiança em você; ou que você não liga mais para eles. Em ambos os casos, há uma falha grave de liderança. Powell também aconselha a "fugir de especialistas": "eles, frequentemente, possuem mais dados que raciocínio". E evitar os puxa-sacos, que são pura redundância. "Não despreze os detalhes... Um líder deve ser vigilante". E nunca se acomode: "Você não sabe o que vai encontrar... até você tentar". Olhe, inclusive, debaixo do tapete, "mesmo sabendo que você não vai gostar do que vai encontrar lá". Estratégias, planos e teorias da administração são muito bons, mas, sem as pessoas certas, não servem para nada: "Encontre as melhores pessoas, se quiser fazer as coisas". "Organogramas e títulos bonitos, para cargos, não te servirão de nada". E nunca misture seu ego com a sua posição; pois, "assim que a posição for embora, seu ego irá junto". A situação define o approach a ser adotado, "e nunca o contrário". O otimismo é, sim, uma força. Mas componha seu "time", igualmente, com "grandes realizadores". E "simplifique a mensagem", o quanto for necessário, para que todos a compreendam. E finalmente: dê uma chance à diversão, no seu trabalho e, principalmente, junto à sua família. "Porque a liderança é uma coisa solitária..."
>>> Colin Powell's Leadership Presentation
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Julio Daio Borges
Editor
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