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Terça-feira,
10/9/2002
Fui
Julio
Daio Borges
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Digestivo nº 98 >>>
Alguns artistas ficam no limiar da popularidade, evoluindo sem fazer qualquer concessão ao gosto médio - até que aparece um clone e toma o seu lugar em termos de crítica, mas, principalmente, de público. Esse parece ser o caso de Zélia Duncan (a artista) e Ana Carolina (o clone); mas não é. Ana Carolina, entre um tema de novela e uma regravação do pop italiano, vem sorrateiramente se afirmando no cenário musical atual. Para começar, gravou com Arthur Maia e Marcos Suzano (tudo bem que eles são quase a regra nas participações hoje), fez parceria com Adriana Calcanhotto, dividiu os vocais com Alcione, tocou ao lado de Victor Biglione (o violonista de Cássia Eller) e Chrystiaan Oyens (o parceiro da supracitada Zélia Duncan). Para terminar, registrou música inédita de Herbert Vianna e compôs sob encomenda da venerável Maria Bethânia. Para intermediar, Ana Carolina tem uma das platéias mais fiéis de que se tem notícia: daquele tipo que vai a shows em dias consecutivos, superlotando casas de espetáculo e esgotando ingressos em temporadas de fim de semana. Talvez, harmonicamente e liricamente, ela não seja mesmo o "dernier cri" - nem na linha "roqueira" da MPB que escolheu - mas, ainda assim, toca um dos melhores violões de sua geração, vira-se mais que bem com o pandeiro, é simpática, bom papo, sustentando a audiência, bravamente, em suas performances noturnas. E o que Ana Carolina tem, inegavelmente, é a voz - mesmo que desperdiçada em notas estendidas e longas (querendo demonstrar potência nas cordas [cacoete típico, há que se perdoar, do artista em sua juventude]). Se a ruiva vai se afirmar em definitivo, como estrela de luz própria, é a questão que agora se coloca; os apoios que vem recebendo - apesar dos detratores e das detratoras habituais - indicam que vai.
>>> Ana Carolina - Ana Carolina | Ana Rita Joana Iracema e Carolina
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Julio Daio Borges
Editor
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