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Terça-feira,
5/9/2006
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Redação
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A música em pauta no CCBB
Setembro é mês de discutir música no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB - São Paulo). Dentro do programa Cronicamente Viável, no qual são realizados encontros mensais para discutir a crônica no Brasil, o tema deste mês é A Crônica na MPB
. O debate terá a participação da jornalista e escritora (autora de Vozes do Brasil) Patrícia Palumbo, e do radialista, apresentador de TV e músico Kid Vinil, com mediação do escritor e cronista Marcelo Rubens Paiva. Entre os assuntos a serem debatidos estão a música de Noel Rosa, Adoniram Barbosa, Chico Buarque, entre outros autores/cronistas da nossa MPB.
Do popular passamos ao erudito por meio do projeto Caminhos da Música, que em seu primeiro encontro traz o tema: Formação de Platéia em Música. As musicistas Clarice Miranda e Liana Justus pretendem esclarecer ao público informações que uma platéia bem formada deve saber, como: diferença entre sinfonia, concerto e sonata, obras essenciais, as vozes do canto lírico, a orquestra sinfônica e o posicionamento dos instrumentos, principais teatros do mundo, grandes intérpretes da atualidade (regência, vocal e instrumental), entre outros assuntos.
É interessante a iniciativa discutir a formação de público, pois atualmente este é um problema não só para a música, mas também para o teatro, as artes plásticas, entre outras formas de manifestação artística. O precário ensino oferecido nas escolas públicas brasileiras não permite a crianças e jovens adquirir referências para entender importantes obras da história da arte. Dessa forma, são criadas gerações condicionadas a cultuar os ídolos eleitos pela grande imprensa, sem ter acesso à diversidade de produção cultural existente, e sem desenvolver o senso crítico.
Não só para os jovens, discutir a formação de platéia em música também é importante para todos que desejam aprender ou aprimorar seus conhecimentos sobre música erudita, assim como a professores de Música e de Educação Artística, para que possam transmitir esses conceitos a seus alunos. Ambos eventos são gratuitos, com distribuição de senhas meia hora antes do início.
Cronicamente Viável - A Crônica na MPB
Local: Cinema
12 de setembro às 19:30
Caminhos da Música - Formação de Platéia em Música
Local: Teatro
20 de setembro às 19:00
Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Álvares Penteado, 112 Centro - São Paulo
Fones: (11) 3113-3651 e 3113-3652
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Fernanda da Silva
5/9/2006 às 14h32
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Falsários
Foi segunda passada que nos deu o estalo: "porque não ter um blog?"
Rapidamente, reunião de cúpula: "qual será o nome? a URL? Qual ferramenta vamos utilizar?". Vieram a tona todos aqueles medos tradicionais que bate em blogeiros virgens, vcs sabem como é...
..mas quem diria, ele está no ar!
Dos Falsários - que comentam sobre nós - em seu novo blog.
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Julio Daio Borges
5/9/2006 à 00h24
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Castorf ousa ao reler Brecht
Frank Castorf é um daqueles diretores sobre quem é difícil ficar indiferente. Por onde passa é amado ou odiado. Suas ousadas montagens costumam atrair narizes torcidos dos puristas e adeptos da tradição em geral. Com este Selva das cidades, texto de Bertolt Brecht, apresentado neste fim de semana em São Paulo, não foi diferente.
O trabalho de Castorf é marcado por atualizações e leituras pouco deferentes aos convencionalismos. Ele já havia causado algum barulho por aqui ano passado com o belíssimo Estação Terminal América - baseado em Um bonde chamado desejo, de Tennessee Williams - em que havia referências às lutas sociais na Polônia nos anos 80 e canções de Lou Reed embalavam o espetáculo.
Com este Brecht, Castorf e o grupo berlinense Volksbühne foram além em seus radicalismos - para o bem e para o mal. A montagem aposta no humor nonsense presente no texto do jovem dramaturgo (a peça é de 1923, quando Brecht contava 25 anos). É uma das peças de Brecht com imagens mais alegóricas, quase delirantes: narra uma luta imaginária entre um funcionário de uma biblioteca de empréstimos e um madeireiro malaio na Chicago de 1912.
A Selva de Castorf não tem lugar ou época definidos. Sua concepção é livre, carregada de sarcasmo e ironia. Aqui seus personagens não têm vontade de lutar, fazem-no por inércia. Suas vontades são aniquiladas pelo espectro de imobilidade e passividade reinantes. O vazio da cultura e da sociedade como assassinos de nossos ímpetos.
Sua direção é bruta, rústica (e até com alguns exageros). O palco vai ficando entulhado ao longo do espetáculo. E o talento de Castorf para a criação de imagens impactantes encontra poucos paralelos no teatro contemporâneo. Seu hotel chinês, com fundo de luzes vermelhas, é memorável.
Destaque para o elenco alemão, com um nível técnico apuradíssimo, sobretudo nas figuras de Milan Peschel (George Garga) e Herbert Fritsch (Shlink, o negociante de madeira malaio). Fica evidente a competente direção, para a harmonia em um espetáculo de difícil execução. Pena que haja tamanha disparidade em relação aos participantes brasileiros. Nelson Triunfo, embora não seja ator, segura o papel de John Garga com seu carisma. Já Sandra Santos decepciona com uma fraquíssima atuação no papel de C. Maynes.
O registro negativo fica por conta do ineficiente sistema de legendas, que chegou ao ponto de irritar boa parte da platéia. O descompasso para com as falas foi tamanho que quem não conhecia o texto beirou - ou atingiu - o incompreensível. E não é obrigação do público conhecer a obra. A absoluta falência das legendas contribuiu em grande parte para que fosse constante o fluxo de pessoas abandonando o espetáculo em seu decorrer.
Se não tem o mesmo brilho de Estação Terminal América, Na Selva das Cidades ainda assim é mostra do talento de um criativo e corajoso diretor. Uma visão para lá de original de uma obra de um dos grandes dramaturgos do século XX.
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Guilherme Conte
4/9/2006 às 17h28
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Contratodos Reloaded
mas então que estou às catas de me reorganizar.
criei dois novos sítios pra agrupar o palavrório em prosa e verso (tipo:desconverso).
é tão estranho... eu me odeio muitão, e sinto vergonha até do espelho. sei lá, até de me ouvir, de me ver, etcs.
e também acho que eu sou a pessoa que menos consegue focar na face da terra. que é tal um pato ou ornitorrinco ou canivete de camelô: faço de quase tudo e quase tudo mal. eu não consigo me achar pra dizer o que eu tenho que dizer.
porém treino é treino e jogo é jogo, né? e treino pai mei deve servir pra alguma coisa quando a gente cair no limbo de torloni e fagundão d'a viagem.
então ao treino.!
os filhotes são os escritos escrotos em prosa e verso. tem coisas legais e ilegais.
vai lá, se não tiver mais muita coisa pra fazer. quem sabe vc se anima e não começa a publicar suas próprias agruras, hã?
escrever não é "tuuuudo" isso que falam pra vc, mas garanto-vos que melhor que palavras-cruzadas, é. ;)
deniseritta, que voltou (ou voltaram?) com seu blog, lincando pra nós.
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Julio Daio Borges
4/9/2006 à 00h00
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O poder transformador da arte
Peça de Antonio Ermírio de Moraes quer provar como a arte e a educação podem modificar a realidade social
Heliópolis, maior favela da cidade de São Paulo, abriga uma população superior a 120 mil pessoas. Diferente do senso comum, não é pela criminalidade e miséria que a comunidade é conhecida, mas sim pela Sinfônica Heliópolis, orquestra formada por jovens carentes do local. Este é o mote utilizado por Antônio Ermírio de Moraes para escrever Acorda Brasil!, sua terceira peça teatral.
O espetáculo estreou no dia quatro de maio, no Teatro do Shopping Frei Caneca, em São Paulo, com temporada prevista até 30 de julho. No entanto, o sucesso de público prorrogou as apresentações até dia três de setembro. De carona nesse sucesso, no dia 18 de agosto, Antônio Ermírio lançou, durante entrevista coletiva, o livro Acorda Brasil!, que traz o texto integral da montagem para o teatro.
A obra conta com apresentação do autor, do diretor José Possi Neto e do maestro Silvio Baccarelli - pioneiro no trabalho com a comunidade de Heliópolis - e com interessantes artigos e reportagens publicadas sobre o espetáculo por jornalistas e pesquisadores da dramaturgia brasileira como Newton Cannito, Luiz Fernando Ramos, Neyde Veneziano, Sergio Salvia Coelho, Beth Nespoli, Ivaldo Bertazzo, entre outros. Também há uma seleção de fotos com cenas da peça e dos atores. Acorda Brasil! não será comercializado, foram impressos 1000 exemplares, os quais serão distribuídos para escolas de arte dramática.
Além de Antônio Ermírio de Moraes, participaram da coletiva de imprensa José Possi Neto e os atores Arlete Salles e Petrônio Gontijo. Todo o elenco da peça estava presente no evento, inclusive, os atores e músicos da comunidade de Heliópolis. Durante a coletiva, Antônio Ermírio conta que se aproximou da comunidade no intuito de colaborar de alguma forma; quando conheceu a Sinfônica, entendeu ser essa uma boa opção. A orquestra é um projeto do Instituto Baccarelli, uma organização que trabalha pelo desenvolvimento pessoal e social de crianças de baixa renda e em situação de risco social, por meio de manifestações artísticas.
Petrônio Gontijo, em boa atuação como o protagonista Laerte, declarou ter sido uma alegria fazer este trabalho: "O melhor que pode acontecer com uma pessoa é ela se despertar e a peça prega que através da arte várias pessoas podem chegar a isso. Eu acredito que o teatro tem essa função, de chegar ao espectador e levar algo de transformador a ele." Compartilha do mesmo entusiasmo Arlete Salles, em brilhante atuação como Marta, uma ácida diretora de escola. A atriz confessa ser o tema da peça o motivo que a instigou a atuar, pois ela desejava falar de algo que considera importante para as pessoas.
Ao tratar da precariedade da educação no país, Acorda Brasil! dá continuidade a uma dramaturgia voltada aos problemas do Brasil. Antônio Ermírio de Moraes iniciou como dramaturgo 1996, com Brasil S/A, discutindo os problemas econômicos do país. Em 2000, foi a vez de denunciar o deficiente sistema de saúde em S.O.S. Brasil. Em ambas montagens o autor teve a ajuda de Marcos Caruso para orientá-lo na redação do roteiro. Já em Acorda Brasil! Antonio Ermírio contou com o apoio de Juca de Oliveira.
A Peça
O autor utiliza a estrutura melodramática e personagens um tanto caricatos, desde o início definidos como bons e maus, para contar a história. A única figura dramática que foge desse padrão é a diretora Marta. Ao longo da trama, a funcionária pública preconceituosa e ranzinza se transforma na determinada diretora de escola disposta a lutar pelo direito e por condições mínimas para que seus alunos levem adiante o projeto da orquestra. Essa mudança de atitude só foi possível pelo convívio e resultado do trabalho de Laerte e do professor Romão (Riba Carlovich), ambos sempre confiantes no potencial dos adolescentes.
É por meio do personagem de Romão, na maior parte texto, que Antônio Ermírio expõe suas idéias de esperança, tolerância e organização social para transformar a realidade vigente, visto que os governantes e elite não se preocupam com as disparidades sociais do país. Estes são os principais valores os quais o autor pretende arraigar no espectador durante a peça.
A idéia de utilizar os jovens da comunidade de Heliópolis para atuar foi de José Possi Neto e teve aprovação imediata de Antônio Ermírio de Moraes. O diretor foi feliz na preparação dos atores principiantes, que esbanjam vivacidade no palco. Segundo Possi, uma das principais dificuldades para montagem do espetáculo são as inúmeras mudanças de cenário em curto espaço de tempo. Essa é a mesma impressão obtida em uma primeira leitura do texto, ficando, então, a curiosidade sobre como Possi solucionaria a questão. Para acompanhar a agilidade do roteiro, são montadas estruturas de ferro que percorrem o palco, garantindo a rapidez proposta pelo autor. A iluminação e trilha sonora também foram muito bem executadas, enfim, uma boa produção, compatível com o nível de investimento de um generoso patrocinador.
No entanto, o ponto mais interessante de Acorda Brasil! não está nos detalhes cenotécnicos, mas sim na temática e na interação entre atores e platéia. A cada intervenção musical dos jovens atores/músicos, o público se comove e aplaude calorosamente. O final espetacular acontece quando entram em cena cerca de setenta músicos da orquestra de Heliópolis, regida pelo maestro Edílson Venturelli (no papel do maestro Romam Gupta), tocando desde a Quinta Sinfonia de Beethoven a Aquarela do Brasil. Este é o momento no qual o público, predominantemente formado por pessoas instruídas e com grande poder aquisitivo, se choca com a realidade encenada, percebendo que aquelas pessoas, aquelas histórias, realmente existem.
Embora o problema da educação e da desigualdade social no Brasil seja tratado de uma forma simplista, na medida em que se apresenta como um conflito entre personagens bons e maus, e não como um complexo emaranhado de questões políticas, econômicas e culturais estabelecidas ao longo da formação do país, a iniciativa de discutir um tema de vital importância para a atualidade é válida para não deixar o assunto cair na banalidade, indiferença e letargia que permeiam nossa sociedade frente aos problemas sociais.
Acorda Brasil! - Teatro Shopping Frei Caneca (600 lug.)
Rua Frei Caneca nº 569, 6º andar - Consolação. Fone: (11) 3472-2226. Sexta e sábado às 21:00, domingo às19:00. Duração: 110min. Preço: R$50,00. Até 03 de setembro.
Acorda Brasil!
Antônio Ermírio de Moraes
Editora: Gente - 2006
272 páginas
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Fernanda da Silva
1/9/2006 à 00h53
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O Joca me adora
Joca mostra como se faz "literatura" hoje (foto de João Wainer)
Joca Reiners Terron me xinga no seu blog, Hotel Hell, sem mais nem menos...
Eu fico contente de estar sendo lido e de estar, finalmente, incomodando a Geração 90. Obrigado, Joca, pela deferência.
Na verdade - que eu me lembre -, nunca falei mal dele especificamente, nem critiquei um livro seu. Ou critiquei? (Joca, infelizmente, não me lembro tanto assim de você.)
Ah, teve aquela vez, em que o avistei na Flip 2004, pensei na Ana Elisa Ribeiro (amiga dele, amiga minha), e terminei chamando o Joca Reiners Terron, junto com outros dois ou três nomes, de escritor entre aspas (em comparação com o Michel Laub...).
Penso que o Joca nunca me perdoou... E continuou lendo, assiduamente, o Digestivo Cultural. Como acabou de terminar a Flip 2006, deduzo que ele vem lendo - há dois anos, pelo menos - minhas críticas à Geração 90 e vem vestindo, sistematicamente, a carapuça.
Vocês me ajudam? "Joca Reiners Terron", em textos meus, aparece apenas três vezes (uma, até, elogiosamente), segundo a busca avançada do próprio Digestivo. Já "Geração 90" aparece, em textos meus, mais de meia-dúzia de vezes (o dobro, portanto).
Ah, teve outro episódio, agora me lembro. Lendo o Mário Bortolotto (eu gosto dele, fazer o quê?), encomendei um livro da editora do Joca - e ele me destratou por e-mail. Disse que não ia mandar a tal coletânea porque, segundo sua própria avaliação (eu nem folheei o livro), só tinha "escritor meia-boca".
Ora, Joca, assim fica difícil. Quando eu tento ler você - e os seus amigos -, você me proíbe... Como quer que eu mude de opinião sobre a sua "literatura" (e a deles)?
Para terminar, o Joca implica com a minha blusa preta de gola alta (e, conseqüentemente, com a minha foto, no meu CV). Joca, francamente: se é pela minha malha preta de gola rulê, eu te arranjo uma igual em troca das suas "obras completas", que tal? Pode ser?
A culpa, pela gola rulê no Brasil, nem é minha: é do Caetano Veloso, que introduziu a moda no Festival da Record, na performance de "Alegria, Alegria". (Você escreve pra Folha, você deveria saber.)
E, ah, ao contrário de você, eu nunca usei "bigodinho"...
(Coloca óculos, Joca. Quem sabe isso não te ajuda a escrever?)
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Julio Daio Borges
1/9/2006 à 00h47
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Reposta ao Edgard Costa
Perdido: é como se sente o Edgard Costa
O Edgard Costa não gostou que eu falei que ele "se perdeu", no meu texto "Melhores Podcasts", fazendo referência ao seu podcast, o GavezDois.
Não tenho razões pessoais para atacar o Edgard Costa (não o conheço pessoalmente), e nem acho que foi um ataque, estava apenas comentando que "postar" todos os dias, em formato podcast, pode não ser uma boa coisa - porque você se sente na obrigação de postar diariamente e acaba sacrificando seus próprios critérios em nome da última novidade. (Já sofri esse tipo de pressão e sei do que estou falando.)
O Edgard Costa também ficou incomodado, claro, porque eu não incluí seu podcast na minha lista de "melhores". Se ele olhasse bem, perceberia que, de certa forma, ele está lá. Ele é tão citado quanto, ou até mais, do que os outros. (Mais ou menos como aconteceu com o Rafael Lima, quando do meu texto "Melhores Blogs": o Rafael, mordido na época (por não estar na minha lista), declarou, depois de ler, que eu havia aprendido tudo, sobre blogs, com ele...!)
Por último, o Edgard Costa insinua que eu não deveria "pretender" fazer "jornalismo" se nem sei o nome do podcaster que assina o Íntima Fracção (o nome é Francisco Amaral). Ora, que culpa eu tenho se ele - Edgard Costa - inclui o programa Íntima Fracção (originalmente de uma rádio de Portugal) como podcast seu (de Edgard Costa) sem nem explicar, aos ouvintes, o que está acontecendo...? Aposto que muito mais gente não entendeu; só que não falou para ele...
Para encerar, adotei o tom pessoal no meu texto, justamente, para tomar esse tipo de "liberdade". É a minha lista de "melhores" mas, como quase sempre acontece, as pessoas tomam como "os melhores podcasts segundo o Digestivo Cultural"...
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Julio Daio Borges
31/8/2006 à 00h13
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Sites que mudaram o mundo
(Dica do Guilherme.) Quinze sites que mudaram o mundo, segundo a Carta Capital. Ebay, Wikipedia, Napster, YouTube, Blogger, Friends Reunited(?), Drudge Report(?), Myspace, Amazon.com, Slashdot, Salon, Craigslist, Google, Yahoo! e Easyjet.com(?). (Na verdade, segundo The Observer, de quem a Carta Capital reproduz matérias traduzidas semanalmente.)
(Agora, vamos às minhas críticas...) Não entendi o Google e o Yahoo! quase no final da lista. Não entendi a ausência da AOL, que está mal das pernas, foi responsável pela compra desastrada da Time Warner (e pela entrada desastrada no Brasil), mas que teve sua importância na era pré-internet. Netscape não é um site (hoje, na verdade, até é), mas foi vital (a primeira IPO). Tudo bem não incluir MSN (Microsoft sempre gera antipatia), mas cadê o Hotmail (primeiro caso de marketing viral)? OK, Blogger (embora não tenha inventado o blog) e YouTube, mas faltou o Flickr (que fez a mesma coisa pelas imagens "estáticas"...). OK, Slashdot, mas não sei se é mais importante, hoje, do que o Digg (e o del.icio.us!) e principalmente, como fenômeno de "jornalismo cidadão", do que o OhMyNews... OK, Salon, mas faltou o Newswine (e a Slate Magazine, você também não incluiria?). Falaram do Ewan Williams, e do Blogger, mas não falaram do Odeo (e dos podcasts...!).
Que mais? Craigslist é hors concours, matando os classificados dos jornais... E Amazon, um dos maiores símbolos da sobrevivência da internet pós-Bolha. (Que tal, também, a extinta CDNow, na área de CDs?) Não entendi o Friends Reunited (nunca tinha ouvido falar...); eu trocaria pelo Facebook (muito mais importante). Por que o Drudge Report e por que não outros blogueiros tão influentes quanto (John Battelle, primeiro autor de livro-blog; e Chris Anderson, pai de The Long Tail, uma teoria que está destruindo outras...)? Sei que não é site, mas eu incluiria a Wired (talvez, então, o Wired News; das primeiras agências de notícia 100% Web) - ainda a Bíblia... E o Seth Godin. (Easyjet? Melhor Google Maps, apesar do Google já estar lá...) Do velho mainstream: o próprio Guardian? BBC?
Na seleção do Brasil, pela própria Carta Capital, faltou quase tudo... Acho que todos os portais, mesmo com todos os defeitos, foram importantes. A começar pela Agência Estado (leia da sua importância, pioneira, aqui). Cadê o Zip.Net (um negócio da China, quando conteúdo ainda valia ouro...)? OK, UOL (hoje da Folha), mas o BOL (da Abril) também foi importante. Cadê, OK, embora seja apenas o Yahoo brasileiro... iG, pelo Último Segundo? E - é inevitável o trocadilho - cadê o Buscapé, um dos maiores sucessos dos últimos tempos (desde 1998, um portal praticamente)? Submarino, eu respeito, mas e a Booknet, do Jack London, que antecedeu a ela? Mandic (alguém ainda se lembra dela/dele)? Zap, que deu origem ao Terra... HpG até, o Geocities brasileiro (aliás, cadê o Geocities na lista dos gringos, o Orkut-a-manivela?). Blogueiros brasileiros... algum? No (Mínimo) mais Digestivo (eu assumo - se formos pensar em equivalentes para Salon e Slate, não respectivamente...). Americanas.com, pioneira na classe C (agora tem até Marabraz e Casas Bahia, lógico, na jogada). Orkut, claro, para nós um marco. Globo.com, pelos vídeos(?) e pelo Blogger.com.br(?). E BlueBus, para fechar. Cliquemusic, no auge? Play?
Vou hoje lá, pessoalmente, puxar a orelha do Mino Carta...
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Julio Daio Borges
30/8/2006 às 08h55
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Aliás (Estadão) debate Cultura
O Estado de S. Paulo, através do caderno "Aliás", vem realizando uma série de debates temáticos, suprapartidários e semanais, sempre às segundas-feiras, no auditório do próprio jornal. Em semanas anteriores, já debatemos Educação, Segurança & Violência, Pobreza & Desigualdade e Crescimento Econômico.
Nesta próxima segunda, dia 4 de setembro, às 10h30, debateremos o tema Cultura, com quatro renomados especialistas. São eles: Danilo Santos de Miranda, diretor regional do SESC-SP; Hermano Vianna, doutor em Antropologia Social e pesquisador musical; José Arthur Giannotti filósofo e professor Emérito da USP; e Sérgio Miceli, sociólogo e professor USP.
Luiz Henrique Ligabue, do próprio "Aliás", convidando os Leitores do Digestivo por e-mail.
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Julio Daio Borges
29/8/2006 às 18h17
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Há um tempo atrás
Eu já tive um blog, há um tempo atrás, quando era mais menina, mais saudável, mais inspirada, menos alegre. Não sei se vejo ainda sentido em escrever linhas e linhas de palavras para colocar no computador. Acho isso um tanto bizarro, acho que mortifica os sentimentos (os meus, pelo menos, ficam do tamanho de um botão quando releio). Mas aqui estou eu novamente. Por favor, só peço para ninguém esperar muitas coisas construtivas nessa página. Mas acho que isso você não espera, né? Poxa, você está em um blog.
Da Marisol, que mal começou e já linca pra nós.
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Postado por
Julio Daio Borges
29/8/2006 às 09h36
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