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Quarta-feira,
18/9/2002
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Redação
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Priscila rides again
O tempo passa ligeiro, trinta anos se passaram do inicio da era Disco, tempo de meninas de meias lurex, Dancin' Days, Antônio "Moço Bom" Fagundes, Sônia Braga, Frenéticas, Freddy Cole, o irmão de Nat King, que cantava I Love You quando Fagundes piscava para Sônia Braga, desbunde, androginia e sexo sem preservativo, o revival já tem
data e hora para acontecer em Los Angeles.
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Waldemar Pavan
18/9/2002 às 02h01
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Choro é grátis
Anote na agenda a programação para o próximo Domingo na Praça do Choro, que se instala na estação Júlio Prestes em São Paulo, lazer músical de excelente qualidade e gratuíto:
Dia 22
14h - IRMÃOS MACAMBIRA
15h - IRMÃOS PAULINO QUARTETO
16H - GRUPO VERA CRUZ
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Waldemar Pavan
18/9/2002 à 01h29
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Pernambuco invade São Paulo
Hmmm, agora que descobri o caminho das pedras vou blogar assuntos musicais direto e reto. Show da contemporânea, tradicional e sempre boa música pernambucana hoje e amanhã em São Paulo, preços que variam entre 40 e 70 reais, a música é excelente, o preço é tenebroso, dá para comprar cd de todos e se pechinchar ainda sobra troco, veja a informação por Adriana Del Ré para O Estado de São Paulo, edição de agora há pouquinho.
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Waldemar Pavan
18/9/2002 à 01h07
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Música baiana na faixa
A coluna
Bahia Singular e Plural, publicada ontem, continha um presente explicito para quem lesse, mas precisava ser decifrado, estava sugerido no meio do texto: 6 discos (92 músicas ) originários de manifestações populares do povo baiano para ouvi-los por inteiro e gratuitamente.
Visitando o site do IRDEB voce tem a possibilidade de ouvir todas as 92 músicas por inteiro e melhor sem precisar comprar os discos, isso só é possível porque o IRDEB realizou este trabalho de forma a torná-lo acessível a toda a população internáutica, é arte musical baiana gratuíta na rede mundial de computadores. O objetivo do IRDEB não é financeiro, compra os cd's quem como eu é fissurado. Falei de preço por que quem quiser ou fizer questão em adquiri-los já sabe quanto custará
Sou paulistano, quando em férias em Salvador fiquei sabendo sobre esta coleção liguei para pedir informações, a senhora que me atendeu na fitóteca convidou-me então para que eu fosse até a TVE-Bahia onde fica a fitotéca do IRDEB para que eu ouvisse os discos. Por conta do meu traje inadequado não foi possível entrar no recinto da TVE.
Minha mulher, adequadamente trajada, entrou para comprar os seis discos e voltou só com dois, a atendente disse-lhe que era recomendável ( já que não tive possibilidade de entrar para ouvir) que ela levasse somente os dois para que eu tivesse alguma noção sobre o conteúdo antes de arrastar os outros, como já estava bastante cabreiro por não ter entrado montei no mesmo taxi em que fui e voltei para o hotel.
Lá chegando fui direto ouvir no meu discman de viagem, chapei, liguei de volta, falei que queria todos, já estava na hora de fechar, era semana do folclóre e a mesma simpática atendente me falou sobre uma exposição do IRDEB que
estava rolando em um shopping a beira mar que eu já tinha planejado ir, foi sóóó no dia seguinte quando o shopping abriu ( agonia, eu já estava na porta aguardando há 1 hora a abertura ) que finalmente consegui cravar pincinhas
nos outros 4 discos e assistir rápidinho a alguns trechos de videos, detalhe: de bermuda, têninho, meinha e camiseta do tipo jacaré, uniforme oficial, sessão dia, claro.
Ninguém lá no IRDEB tá afim , nem precisando e muito menos tentando te vender nada, o que é de suma importância para a instituição é a divulgação da música verdadeiramente popular e comunitária baiana , tanto que os discos estão ai, disponiveis para serem ouvidos por inteiro na rede, se for até a sede do IRDEB (desde que trajado adequadamente ) voce assiste a todos os videos disponíveis e ouve todos os discos que quiser, mas isso é papo pra baiano ir ou para quem goza férias de 40 dias por ano, 'magina, férias curtas, bermudão folgado, em Salvador, e eu assistindo filme cultural? Nem morrrrta, se ainda fosse ouvindo só discos inéditos vá lá, mas assistindo filme na televisão em sala de exposição de folclóre com o marzão urrando às minhas costas? nem que a vaca tussa !
O que é absolutamente fascinante na música baiana exibida na coleção Bahia Singular e Plural é que ela é constituida de diversos gêneros musicais matrizes que geraram uma infinidade de outros gêneros musicais filiais, celeiro de matrizes e filhotes. Esta coleção é muito importante por que funcionou como uma antena na captação destes movimentos musicais matrizes, muitos deles provenientes de bailados, festanças e toda a sorte de comemorações onde rola música, enredo e encenações, como são encenações e cantorias de rua, passei a acreditar pela diversidade de temas musicais ( atrevido, sem ainda conhecer as representações correspondentes) que a Bahia é o maior teatro a céu aberto do planeta, teatro musical, diga-se de passagem, fiquei absolutamente chapado com as matrizes musicais das manifestações de nossa gente, explore-se comercialmente ou não, a arte musical e a arte cenica são os melhores, os mais abundantes e os principais produtos brasileiros
.
Mêda: esse é o primeiro blog que posto e tem uma luzinha piscando frenéticamente do lado esquerdo do titulo, deve estar lotado de erro ortográfico, alerta geral para o revisor, meu revisor sistêmico já era.
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Waldemar Pavan
18/9/2002 à 00h15
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Por que Fidel destruiu Havana
Theodore Dalrymple escreveu o artigo que eu, que passei umas duas semanas em Havana e cinco em Cuba, atravessando a Ilha de ponta a ponta, escreveria, se tivesse a sua competência: Why Havana Had to Die. É ao mesmo tempo um elogio à beleza e à riqueza arquitetônica da cidade e um lamento pelo descaso proposital de Fidel com ela. Dalrymple mantém uma prosa elegante e precisa, em estilo e conteúdo inalcançáveis por brasileiros entusiastas do regime castrista:
"Decay, when not carried to excess, has its architectural charms, and ruins are romantic: so romantic, indeed, that eighteenth-century English gentlemen built them in their gardens, as pleasantly melancholic reminders of the transience of earthly existence. But Fidel Castro is no eighteenth-century English gentleman, and Havana is not his private estate, for use as a personal memento mori. The ruins of Havana that he has brought into being are, in fact, the habitation of over 1 million people, whose collective will, these ruins attest, is not equal in power to the will of one man. "Comandante en jefe," says one of the political billboards that have replaced all commercial advertisements, "you give the orders." The place of everyone else, needless to say, is to obey.
"Forty-three years of totalitarian dictatorship have left the city of Havana-one of the most beautiful in the world-suspended in a peculiar state halfway between preservation and destruction.
The terrible damage that Castro has done will long outlive him and his regime. Untold billions of capital will be needed to restore Havana; legal problems about ownership and rights of residence will be costly, bitter, and interminable; and the need to balance commercial, social, and aesthetic considerations in the reconstruction of Cuba will require the highest regulatory wisdom. In the meantime, Havana stands as a dreadful warning to the world-if one were any longer needed-against the dangers of monomaniacs who believe themselves to be in possession of a theory that explains everything, including the future."
Eu só faria um reparo: Dalrymple diz que a palavra usada para denominar pequenos restaurantes em Cuba, paladares, é originária da espanhola paladar. Não é. Quando restaurantes privados começaram a ser permitidos em Cuba - sob rigorosa legislação, que ainda hoje impede que tenham mais do que um determinado número de mesas -, os cubanos estavam encantados com uma dessas novelas brasileiras, que esqueci o nome, em que uma famosa atriz, que também esqueci o nome, era proprietária de um restaurante popular que se chamava justamente "Paladar". Para quem duvidava: eis aí uma de nossas importantes influências culturais em países economicamente desenvolvidos.
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Eduardo Carvalho
17/9/2002 às 21h01
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Storytelling
O site é sobre técnicas para se contar histórias na internet. Acontece que, sem querer, acabou explicando o que a Web precisa fazer para se tornar efetivamente um meio de comunicação:
Establishment of a vocabulary. The confusion surrounding terms used to discuss online content detracts from useful analysis and comparison. Ask three different people what "interactivity" is and you will get three different definitions. So, too, with the terms multimedia, hypertext, and non-linear.
Analysis of current practices. In order to discover if there has been movement towards the creation of new and unique content, baseline measures of current practices must be developed. Baseline measures indicating to what degree and in what situations content developers are currently creating and using new forms.
Measurement of effects. There has been much speculation but little measurement of the effect various online content forms have on users. Our goal is to help create new understandings of which conditions make the most sense to use when you are trying to inform, entertain, influence, or engage an audience.
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Julio Daio Borges
17/9/2002 às 16h02
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When in doubt, blame the US
Noel Malcolm, no Eletronic Telegraph, em resenha do "After the Terror", de Ted Honderich, e do "The Eagle's Shadow: Why America Fascinates and Infuriates the World", de Mark Hertsgaard. Sobre o primeiro:
"The key points of the argument are as follows. There is no real difference between an act of omission and an act of commission. This means that each time I fail to give money to Oxfam to save the lives of starving Africans - for example, each time I spend money on a holiday - I am responsible for killing people. Therefore we are all, in a real sense, murderers, and the West is collectively responsible for the elimination of human life on a colossal scale. (Western interventions to help starving Africans, such as the ill-fated American operation in Somalia, naturally pass unmentioned here.)
If terrorists were to try to correct this injustice by murdering thousands of people in New York, that action would not be justified - because it would be "irrational", that is, not likely to achieve its intended effect. (Note in passing that if a more rationally calculated method could be devised - eg kidnapping the children of rich Westerners and demanding ransoms - this argument would apparently support it.) But even so, Honderich insists, if such terrorists did massacre people in New York in such an unjustified way, we, the people of the West, would bear "moral responsibility" for their actions.
By this point, readers may be wondering whether Professor Honderich believes that Osama bin Laden, in attacking the World Trade Center, was trying to persuade the West to feed Africans. The answer seems to be "yes". But he cannot quite bring himself to say this, resorting instead, in one of the most weaselly paragraphs of the book, to a rhetorical question ("Is it possible to suppose that the September 11 attacks had nothing at all to do with . . . Malawi, Mozambique, Zambia and Sierra Leone?") and a nudging hint ("In thinking about it, remember that the attacks on the towers were indeed attacks on the principal symbols of world capitalism")."
Conclusão de Malcolm, impecável: "Not spending £15.99 on this book is one act of omission we should all feel impelled to commit."
E a minha: corra e leia o artigo, porque, ao contrário do livro de Honderich, é bom e gratuito.
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Eduardo Carvalho
17/9/2002 às 13h40
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Eleições 2002
Finalmente alguém para fazer um uso racional da internet nestas eleições. Estamos falando do site do Globo, que montou um blog de perguntas e respostas, uma verdadeira linha-direta entre eleitores e candidatos. Para perguntar, basta se cadastrar. E para ler, basta clicar nos banners abaixo:
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Julio Daio Borges
17/9/2002 às 10h47
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Show him what he is like
"I don't consider myself to be that radical a thinker. My opinions about human nature are shared by many psychologists, linguists, and biologists, not to mention philosophers and scholars going back centuries. The connections I draw between human nature and political systems in my new book, for example, were prefigured in the debates during the Enlightenment and during the framing of the American Constitution. Madison, for example, asked 'What is government itself but the greatest of all reflections on human nature?' People today sometimes get uncomfortable with empirical claims that seem to clash with their political assumptions, often because they haven't given much thought to the connections. But a conception of human nature, and its connections to other fields such as politics and the arts, have been there from time immemorial."
Se você não advinhou quem é o sujeito na foto, autor das mal-traçadas acima, vale à pena visitar a entrevista completa de Steven Pinker no Edge. (E se advinhou, também.)
"One reason for the canonization of artists is a quirk of our moral sense. Many studies show that that people hallucinate moral virtue in other people who are high in status-people who are good-looking, or powerful, or well-connected, or artistically or athletically talented. Status and virtue are cross-wired in the human brain. We see it in language, where words like 'noble' and 'ugly' have two meanings. 'Noble' can mean high in status or morally virtuous; 'ugly' can mean physically unattractive or morally despicable. The deification of Princess Diana and John F. Kennedy Jr. are obvious examples. I think this confusion leads intellectuals and artists themselves to believe that the elite arts and humanities are a kind of higher, exalted form of human endeavor. Anyone else having some claim to insights into the human condition is seen as a philistine, and possibly as immoral if they are seen as debunking the pretensions of those in the arts and the humanities."
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Julio Daio Borges
17/9/2002 às 10h28
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Documentário
A Argentina viveu sob uma das ditaduras mais sangrentas da história. Apesar de "curta" (6 anos) mas foram mais de 30 mil desaparecidos políticos. Enchia-se aviões de prisioneiros que eram jogados no meio do Oceano Atlântico. Os filhos de militantes presos foram sequestrados, após a morte de seus pais, e eram "adotados" por famílias de militares. Em contrapartida, várias organizações foram criadas para lutar contra a impunidade como as Madres de Plaza de Mayo, as Abuelas (em busca de seus netos sequestrados) e, mais recentemente, a HIJOS, formada pelos filhos de militantes que descobriram seus verdadeiros pais.
Bom, tudo isso para falar sobre o documentário Botín de Guerra que entra em cartaz hoje na Sala UOL de cinema.
Marcelo
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Marcelo Barbão
13/9/2002 às 10h32
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Julio Daio Borges
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