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Quinta-feira,
28/9/2006
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Redação
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O problema da Lei Rouanet
O benefício concedido ao Cirque du Soleil, através da Lei Rouanet, revoltou muita gente. E não era para menos. Enquanto artistas brasileiros enfrentam a burocracia, a intolerância e até a ignorância dos empresários para conseguir o subsídio, a companhia canadense recebeu mais de 9 milhões de reais para suas apresentações, que custam, ao espectador, de 50 a 400 reais o ingresso.
Absurdo? Custa-me assimilar que a culpa seja do MinC - Ministério da Cultura. Afinal de contas, ele apenas aprova a renúncia fiscal de uma empresa que contribui com o artista. Então, a culpa seria de quem? Do empresário brasileiro? O empresário cresce os olhos para a visibilidade que sua empresa pode ter através da divulgação de sua marca por parte de um megaespetáculo como este, o que é, no mínimo, compreensível.
Na realidade, a culpa não é de ninguém. Talvez o método esteja errado. A Lei Rouanet, embora contribua com o projeto de muitos artistas merecedores, ainda não supre a necessidade daquele artista regional, que não possui visibilidade o bastante para aguçar a boa vontade de um grande empresário. O problema da Lei Rouanet está justamente neste contraste, ou seja, o sistema ainda não é o adequado para todos. É por isso que os artistas regionais necessitam de leis municipais para subsidiar seus projetos.
O Ministério da Cultura acabou negando a segunda parte do pedido de incentivo por parte do Cirque du Soleil, pois o rebuliço que a classe artística brasileira causou não foi brincadeira. Em abril, houve até mudanças na Lei Rouanet, com inserção de alguns critérios a mais para que um projeto seja aprovado. Um deles, o que seria um reflexo desta movimentação, foi o de que seria necessário o benefício do público, afinal, o dinheiro é público. O Cirque du Soleil, como se sabe, cobra os ingressos, que não são baratos, então, por isso, teve seu segundo pedido negado.
Esta atitude do MinC, porém, não resolve o problema, apenas o abafa. Não adianta nada haver uma lei de incentivo que não beneficia aqueles que mais precisam dela. O certo, como já disse, é criar um fundo de cultura, de preferência regional, que alcance os pequenos artistas ou profissionais que colaboram com a Cultura. Este fundo de cultura não só seria mais justo como mais prático para todos, pois o trabalho de incentivo seria descentralizado, distribuindo as funções para cada órgão competente, na esfera municipal.
Afinal, a Cultura está em todo lugar. Ela surge o tempo todo, independente de qualquer coisa. E para preservá-la, é necessário ordem, dedicação e compreensão por parte do poder público.
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Cristiane Carvalho
28/9/2006 às 16h45
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Rascunho
Esse blog não nasceu para polemizar ou engessar nenhuma de minhas opiniões. Aliás, eu nem gosto muito da palavra opinião. Dá impressão de idéia estanque sobre alguma coisa. Eu tenho sim meus sentimentos a respeito do que vejo, do que experimento, e até algumas convicções. Mas sei que tudo, absolutamente tudo nessa vida pode mudar. Inclusive o que eu escrever neste blog...
Alessandra Pajolla, no seu blog (porque ela Comenta no Digestivo Cultural...)
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Julio Daio Borges
27/9/2006 à 00h30
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Ceravolo e a velha internet
Um dos alunos do curso de Jornalismo Cultural do Centro de Estudos da Revista Cult pergunta: "Você acha que a internet roubou público da TV, do jornal, da revista?". Haroldo Ceravolo Sereza, editor da capa do UOL, responde: "Acho que não. Mas pode vir a tirar."
Se você der uma passadinha na capa do UOL, provavelmente vai achar conteúdo de cultura que privilegia a interação entre vídeos, arquivos de som, imagens e texto, além de links com a grife de veículos de imprensa como a Folha de S.Paulo ou a Veja. "Hoje não dá para pensar em nenhum processo jornalístico abrindo mão da internet", diz Ceravolo. "Eu não conheço nenhum caso de site que fechou uma revista ou jornal, pelo contrário. Bons sites tendem a render uma versão em papel".
De acordo com o editor, as chamadas de capa do UOL sempre tentam equilibrar conteúdo relevante e ao mesmo tempo interessante para o público. A palestra de Ceravolo, no último dia 19, deu detalhes de como a internet tem ganhado credibilidade com o público e da consolidação da linguagem que funciona bem para a Web.
"Uma coisa bacana de se fazer jornalismo cultural na internet é ficar ligado nessa produção que está sendo feita na rede", comentou Ceravolo. A Web é inesgotável tanto por sua capacidade praticamente ilimitada de prover conteúdo, quanto pela forma livre e autônoma com que a informação se organiza, como pelos novos filtros que estão sendo criados. Formatos como o blog, o podcast e o videocast abrem um espectro de possibilidades de circulação da informação diferentes de tudo que havia antes, sobretudo pelo fato de que qualquer um que tenha acesso às ferramentas pode gerar conteúdo em pé de igualdade, em termos de acesso, com o do de grandes veículos. E é difícil para a velha guarda do jornalismo aceitar esse processo irreversível.
A Web 2.0 tem suas próprias regras, que vão se criando dentro de uma geração que cresceu usando a internet como principal ferramenta de trabalho, entretenimento e comunicação. Em outras palavras, o futuro já chegou para a internet, mas o jornalismo na rede é teimoso e, no geral, insiste no passado. Se a era anterior foi a da informação, possivelmente a presente é a dos filtros. O sistema de abas ou de menus estáticos, por exemplo, ainda são as duas grandes opções usadas na organização de conteúdo de grandes portais de conteúdo jornalístico, como o próprio UOL, o Terra ou o Último Segundo. Perguntado sobre se as tags, extremamente usadas em fenômenos atuais da Internet como YouTube ou del.icio.us, poderiam ser absorvidas pelo jornalismo como parte da linguagem da Web, Ceravolo, concluiu, caetanamente: "Isso no limite, é a morte do jornalismo. Ou não."
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Verônica Mambrini
26/9/2006 às 23h27
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O início
O blog é um espaço para reflexão e questionamento, para reunir os diversos, trocar idéias e experiências.
O conteúdo é editado por mim, Angela Gomes de Souza, com os colaboradores Ellen Motta Assad e Marco Godinho, sendo atualizado por convidados e visitantes.
Em conjunto, temos como ponto de partida as cidades em suas várias escalas, as metrópoles, o seu dia-a-dia e suas situações excepcionais.
Na rede estamos descolados da geografia, a cidade de Vitória é meramente um cenário... As conexões que pretendemos vão muito além da Ilha, tudo está por construir.
Escreva ou envie imagens sobre o que você vê: o mundo, o Brasil, a cidade... a vida. Diferentes olhares e escalas de reflexão...
Angela Gomes de Souza, inaugurando seu DAUS Blog, e lincando pra nós...
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Julio Daio Borges
26/9/2006 à 00h20
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A Canção Pobre
Sintam-se em casa, nobres amigos! A partir de hoje, esse é meu blog oficial, e é aqui que vocês poderão ler o que já foi chamado por algum anônimo pedante de "elucubrações" de "um aspirante a jornalista malogrado, um beócio escritor de idiotices".(...)
Continuarei a fazer o que sempre fiz, falando de livros aqui, discos ali, cotidiano acolá... flertando com contos vez por outra, sendo polêmico quando tiver que ser, e por aí vai (e o melhor: agora tudo devidamente dividido por categoria!).
Ponham links em seus blogs, divulguem para seus amigos e continuem com as visitas e os comentários.
É isso. Estamos aí!
Jorge Wagner, inaugurando seu blog (porque ele Comenta aqui no Digestivo...).
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Julio Daio Borges
25/9/2006 à 00h26
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El dia que me quieras
Termina neste final de semana a temporada do espetáculo El dia que me quieras, belíssimo trabalho do grupo Folias d'Arte. No texto, do venezuelano José Ignácio Cabrujas, o famoso cantor de tangos Carlos Gardel faz uma viagem à Venezuela. A peça foca a tradicional família Ancizar, que tem suas relações botadas em xeque com a chegada do astro.
A montagem é estruturada como os próprios musicais de Gardel, com músicas executadas no decorrer da trama. Uma das irmãs Ancizar está se preparando para ir à União Soviética com o marido. A irmã mais velha reprova este desejo, ocupada com os preparativos para a chegada de Gardel. A sobrinha órfã não tem olhos para outra coisa que não seja o cantor. O irmão, um fanfarrão idealista, consegue inclusive se aproximar dele.
Com um tom cômico, a peça é uma bela reflexão sobre a morte das utopias. O marido de Maria Claudia, Pio, aparece na primeira parte com óculos escuros como um cego, que assume uma postura revisionista e bota, melancolicamente, seus valores e crenças em uma nova perspectiva. Maria Claudia é uma deslumbrada encantada pelo discurso do marido - ela sonha com a vida no campo nos kholkozes da Ucrânia -, mas que vacila ao ficar próxima de Gardel, que visita a casa.
A decadência da família emerge entre discursos inócuos e uma cegueira para o mundo circundante. Os Ancizar estão presos a um tempo que passou, em uma cidade colocada a escanteio no desenvolvimento econômico e cultural. Seus horizontes não ultrapassam aquela Caracas nostálgica que endeusa Gardel.
Todos ali são no fundo figuras vazias ilhadas em um país colonizado, agarrados desesperadamente a tradições empoeiradas pelo tempo. Tanto o nome do finado General Ancizar quanto a grandeza da casa, um palacete decadente, com móveis cobertos, são evocados com freqüência.
O texto alcança grandes dimensões na inteligente e sensível montagem de Marco Antonio Rodrigues, que carrega no registro expressivo de seus atores. O elenco é talentoso e celebra a alegria de se fazer teatro, com um belo trabalho musical e lindas imagens, além de interagir com o próprio entorno do galpão, quando se abrem as portas do teatro.
O Folias, responsável por alguns dos melhores espetáculos paulistanos dos últimos anos, acerta em cheio em El dia que me quieras. Teatro de discussão política sem nem sequer passar perto de ser panfletário ou leviano. Aqui, a reflexão vem do riso e da poesia.
Para ir além
El dia que me quieras - Galpão do Folias - R. Ana Cintra, 213 - Santa Cecília - Tel. (11) 3361-2223 - R$ 20 - 150 min. - Sexta e sábado, 21h; domingo, 20h - Até 24/09.
Para quem quiser conhecer melhor o trabalho do grupo, há algumas boas oportunidades. Até o dia 24 de outubro acontece o projeto "Latinitudes e Longitinidades", com uma série de debates, filmes e show com a Améria Latina em questão. No dia 13 de outubro reestréia a montagem de Otelo, de Shakespeare. E também em novembro acontece a quinta edição da Mostra do Folias, evento anual que traz outros trabalhos do grupo e peças de conjuntos convidados. Em 2006 virão os grupos As Graças, Caixa de Imagens, Farândola e Barracão Teatro.
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Guilherme Conte
22/9/2006 às 15h43
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Um dia na vida
Eduardo acorda. Ao seu lado, no criado mudo, disputam o pequeno espaço um pen drive, celular, dois livros, um caderno e no topo da pilha, seu notebook. Sentado na cama, desliga o despertador do celular, puxa o notebook para o seu colo e acessa o primeiro site que lhe vem à cabeça, verificando a conexão wireless. Ainda tem tempo de sobra antes de sair para a primeira aula da semana. Abre dois endereços de webmail distintos e em um deles resolve finalmente, e agora com bastante calma, responder ao e-mail irritado que a namorada enviara ontem. Antes mesmo de terminar, percebe que o download de um cd importado que deixou executando durante a noite já encerrou e começa a escutar as músicas. Conecta o seu mp3player no notebook para carregar as músicas enquanto terminar de escrever. No outro webmail uma mensagem da Bianca enviada para ele e mais dez amigos tenta combinar um dia para um jantar em grupo. Verifica sua agenda eletrônica e vota pela próxima quarta. Acessa um site que agrega informações sobre as músicas que ele escuta no computador e vê sugestões de artistas similares. Percebe que seu contato foi adicionado na lista de um amigo, e acessa a página deste para ver o que ele está escutando. Enquanto isso sua namorada e ex-colega de trabalho entram no chat. Conversa com os dois, intercalando seu tempo entre um e outro. Na lista de discussão de tradutores do Gnome dá o seu palpite sobre o uso de verbos em imperativo ou infinitivo. Agora está na pagina inicial da wikipedia e resolve que ainda dá tempo para corrigir aquele último parágrafo sobre sua cidade natal. Já está meio atrasado, mas entregar o trabalho do professor no site da disciplina não leva mais que dois minutos. Quando sai de casa percebe que esqueceu de pagar a fatura do cartão...
Vinicius Pinheiro, em (por extenso) "Um dia na vida de um indivíduo social imerso na emergente economia da informação em rede", no blog (dentro do site) que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
22/9/2006 à 00h02
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Podcast: carta de alforria
Os podcasts estão crescendo no mercado mundial como uma nova forma de distribuição de arquivos multimídia, tanto para áudio quanto para programas de vídeo. Eles estão demonstrando que a população cibernética procura assuntos específicos para ouvir ou ver, pinçando o ouro do rio.
Mas será que isto é produtivo? Uma leitura rápida do título diria que sim, é uma carta de alforria. Carta, esta, dada aos escravos para comprovarem a liberdade, e, no nosso caso, retirando os péssimos programas veiculados nas emissoras, sobrando só os que, no nosso ponto de vista, possuam qualidade.
Desta forma, não precisamos, teoricamente, nos preocupar com entretenimento, este sempre será "legal", utilizando, propositalmente, uma expressão nada criteriosa. Ninguém fará um download e arquivará, periodicamente, um programa que julgue de profundo desinteresse.
Nesta linha de raciocínio, encontramos a primeira carta de alforria, ou seja, liberdade e qualidade para nossos sentidos.
Por outro lado, dependendo da nossa disposição em pesquisar novas podcasts e tempo hábil para descobertas (estamos falando do comodismo), nos confinaremos, inconscientemente, em uma caverna semelhante à de Platão.
Ou seja, dogmatizaremos nossa linha de raciocínio à opinião do criador do postcast. Enquadraremos nosso gosto ao poder de crítica e persuasão deste mentor escolhido para nos entreter.
Em suma, por meio do podcast teremos aprisionado a nossa possibilidade de conhecer o novo. Como sairemos desta redoma? A carta de alforria desta vez se inverte: a liberdade, talvez, esteja em ver também porcarias. Estamos diante de uma faca de dois gumes.
Como se entreter sem se chatear?
Ora, a palavra chave é proporcionalidade. O tempo, o seu tempo, cada vez mais precioso, deve ser economizado com podcasts, realmente interessantes no seu ponto de vista.
Mas não se esqueça da maravilha de descobrir o porquê da expressão "gosto não se discute", e, principalmente, que novas culturas surgem a todo o momento.
Para não se enclausurar, para se ter a real carta de alforria, deve-se, sim, adotar um podcast, porém, sem perder a capacidade de criticar, positiva ou negativamente, tudo o que se ouve ou vê, dando oportunidade ao vôo mágico do livre arbítrio e da respectiva liberdade que isto nos trás.
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Daniel Bushatsky
21/9/2006 às 15h02
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LiveMarks
...is a project to show del.icio.us and other services' bookmarks live.
Porque... você quer ver as pessoas guardando links agora?
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Julio Daio Borges
21/9/2006 à 00h04
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Patrícia Palumbo e o rádio
Jornalista que faz rádio costuma ser louco por rádio. Os primeiros anos da profissão normalmente são de salários mais baixos e horas de trabalho mais puxadas, o que espanta quem não tiver um encanto natural por esse meio. A jornalista Patrícia Palumbo, da Eldorado, gosta tanto de rádio que coleciona aparelhos. Coleciona também belas entrevistas em sua trajetória, com vozes inconfundíveis da música brasileira. Patrícia mostrou algumas delas no último dia 15, no curso de jornalismo cultural promovido pelo Centro de Estudos da Revista Cult.
Patrícia começou a carreira na rádio Cultura AM há 18 anos, e lá aprendeu a fazer "jornalismo com responsabilidade". Por ser transmitida em AM, FM e ondas curtas, a Cultura tem um alcance enorme, até mesmo fora do País. Ela diz que hoje só trabalha com o que gosta, e que ganha bem para isso. "Minha independência foi um pouco de sorte e muito de postura. Desde o começo procurei lugares onde pudesse buscar essa especialização". Na discoteca da Fundação Padre Anchieta, por exemplo, ela extraiu o que pôde do acervo de 40 mil LPs da rádio.
Aprendeu logo que "você tem de trabalhar a linguagem, seduzir seu ouvinte". Depois de conquistá-lo, o jornalista ganha confiança suficiente para entrar no não habitual, em assuntos mais variados e sair da pobreza da agenda cultural que domina as rádios hoje. Embora haja exemplos esparsos de bons programas no ar, as rádios estão cada vez mais massificadas, se agregando a redes que padronizam o conteúdo. É um público muito grande para o alcance ínfimo existente de programas culturais atraentes e com conteúdo.
Uma emissora como a rádio Transamérica, por exemplo, chega a atingir 160 mil pessoas por minuto. Patrícia informa também que, segundo o Ibope, cerca de 99% dos domicílios brasileiros possuem aparelho de rádio - um contingente enorme de ouvintes em potencial para bons programas de cultura.
Ela cita os exemplos do Planeta Som, na rádio USP FM, com Magda Pucci (do grupo musical Mawaca), que explora só o terreno na música, ou o Show da Manhã , na Jovem Pan, que tem o jeitão da rádio: rápido, popular, lúdico. Mais sóbrio, o Estação Cultura , na Cultura FM, com Gioconda Bordon (que antes fazia Espaço Informal na Eldorado), achou um ritmo próprio, mais lento; Patrícia acredita que é contraponto interessante à loucura do trânsito urbano, no horário do programa (das 18h às 19h, de segunda à sexta-feira).
Na rádio em moldes mais tradicionais, Patrícia levou ao ar o Vozes do Brasil, por um ano, às terças-feiras à noite, na rádio Eldorado. O programa tinha entrevistas com grandes vozes da MPB. Rendeu filhotes, como o Vozes ao Vivo, parceria com o Sesc Vila Mariana, e o Vozes na Biscoito, com a gravadora Biscoito Fino. O último veio a partir de entrevistas de Patrícia em que ela perguntou a artistas como Chico Buarque ("Eu aprendi a cantar ouvindo rádio") e Maria Bethânia ("Eu me criei ouvindo rádio 24 horas") qual era a relação deles com o rádio.
Patrícia Palumbo ouve e produz rádio para internet. Além de ter suas preferidas, envia boletins de música brasileira contemporânea para a rádio Grenouille, em Marselha, na França. Contudo, não se entusiasma muito com podcasts. "O podcast ainda não é uma alternativa de trabalho, é só diversão", afirma. Se o podcast vai se tornar um fenômeno sério no Brasil, como os blogs de jornalistas têm se tornado, só dá para saber com o tempo.
Uma curiosidade: ela não escreve os roteiros antes de ir para o ar. Abre o programa apenas com a primeira música na cabeça, e deixa que uma "puxe" a outra. "Você tem de estar preparado todo o tempo, saber que vai entrar ao vivo. Esse negócio de precisar ter alguma coisa escrita, senão você não dá conta, é uma armadilha. Você tem que ter firmeza, saber do que está falando."
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Postado por
Verônica Mambrini
20/9/2006 às 12h35
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