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BLOG

Sexta-feira, 20/9/2002
Blog
Redação
 
Online Journalism

Mindy McAdams prestou um grande serviço àqueles que se interessam por publicações sobre jornalismo on-line. Ela catalogou e esmiuçou cada um dos livros disponíveis no mercado americano:

1. Online Journalism (Jim Hall)
2. Journalism Online (Mike Ward)
3. Introduction to Online Journalism (De Wolk)
4. Journalism and New Media (John V. Pavlik)
5. Writing for Multimedia and the Web (Garrand)
6. Hot Text: Web Writing That Works (Price)
7. Telling the Story: Writing for Print, Broadcast and Online Media
8. News in a New Century (Lanson & Fought)
9. Going Live (Seib)

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Postado por Julio Daio Borges
20/9/2002 às 15h38

 
The Homeless Guy

Em resposta a The Homeless Guy, o blog de Kevin Barbieux (que vive nas ruas dos EUA desde 1982 e envia seus posts através de computadores com acesso gratuito), no Brasil, já estão pensando nas versões Meninos de Rua (Capitães de Areia), Sem Teto, Sem Terra e até Sem Internet (mas com blog):

"The Homeless Guy blog could be one of the most insightful sites you're likely to visit. Kevin, homeless since 1982, uses library computers with Internet access to maintain an online journal of his life, all to demonstrate that there is 'more to a homeless person than being homeless.'

"Barbieux writes well, and his weblog is a great read. It reminded me that the citizen weblog hosting concept can bring some interesting and different content to a news site - giving voice to those you don't normally encounter but are worth hearing. Think about it."

[Eu sei. Não foi engraçado e foi, inclusive, de mau gosto. Tá bom. Cartas para a redação.]

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Postado por Julio Daio Borges
20/9/2002 às 15h09

 
Les Rendez-Vous électroniques

fonte: technopol.net

Uma entrevista publicada no Le Monde a propósito do festival "Rendez-Vous électroniques 2002", que se realiza no Centre Georges-Pompidou, em Paris, tenta costurar o culto às imagens com as manifestações genericamente denominadas de "eletrônicas". Afora a salada na terminologia utilizada ("trans", "psicodelia", etc.), até que o entrevistado se sai bem, destacando a participação do Brasil (Brésil) como país convidado:

"Dans notre société, je crois que le public se fait une opinion par l'image. Elle est ce qui marque le plus, ce qui prime sur les mots. Elle est aussi le reflet de notre culture, d'autant que les créateurs d'aujourd'hui sont d'une génération née dans l'image. Il était donc important de révéler son omniprésence dans la sphère culturelle électronique, à travers toutes les formes d'expressions qu'elle revêt.

"Le Brésil est l'invité de la cinquième édition des Rendez-Vous électroniques. Il est représenté par ses principaux artistes à travers, notamment, le vaste projet intitulé 'Sao Paulo Electronico'. 'La France est très réceptive à la musique brésilienne et nombre d'artistes de la scène électronique s'en inspirent. Nous, nous avons les rythmes et une énergie intrinsèque. La musique électronique française, elle, est une référence. Pour nous, elle représente l'avant-garde. Nous sommes très complémentaires', souligne Alexandre Youssef, secrétaire à la jeunesse et aux sports de la mairie de Sao Paolo."

E tem mais sobre São Paulo (ou melhor: Sao Paolo), vejam só:

"Sao Paolo est la capitale même de la scène électronique brésilienne, d'où le nom du projet 'Sao Paulo Electronico'. 'C'est une ville beaucoup plus urbaine et la banlieue est un vivier de jeunes artistes, ajoute Alexandre Youssef. Le film Sao Paolo Citade Electronica en est d'ailleurs un exemple.' Cette scène puise l'essentiel de sa force et de son aura internationale dans ses rythmes."

fonte: technopol.net



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Postado por Julio Daio Borges
20/9/2002 às 13h47

 
The movies made in 1962

fonte: New York Times

Embora 1939 tenha sido o ano de O Mágico de Oz e de E o vento levou..., o New York Times argumenta que para o cinema nunca houve um ano como o de 1962. Na comemoração destas quatro décadas que nos separam daquele pico inalcançável, estão programadas retrospectivas com os treze filmes mais importantes de 1962:

"In 1962, two sassy François Truffaut masterpieces were released in America - 'Shoot the Piano Player' and 'Jules and Jim.' Two of Michelangelo Antonioni's eloquent studies in urban malaise - 'La Notte' and 'Eclipse' - also hit American screens. We saw Ingmar Bergman's searing meditation on madness and mortality, 'Through a Glass Darkly.' Luis Buñuel continued his savage scrutiny of hypocrisy in 'Viridiana.'

"There was more. The Indian director Satyajit Ray released 'Devi,' and Akira Kurosawa presented his influential samurai western, 'Yojimbo.' Agnès Varda made her first film, 'Cleo From Five to Seven.' Federico Fellini was represented in only one of the three segments of the entertaining omnibus film, 'Boccaccio '70,' but his tale, 'The Temptation of Dr. Antonio,' was one of his wittiest and most imaginative flights of fancy. Fellini's favorite star, Marcello Mastroianni, was nominated for an Oscar for his role in Pietro Germi's scathing satire, 'Divorce Italian Style.' Tony Richardson released two movies that year: 'A Taste of Honey' and 'The Loneliness of the Long Distance Runner.' Finally, one of the most scintillating was Alain Resnais's elegant enigma, 'Last Year at Marienbad.'"

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Postado por Julio Daio Borges
20/9/2002 às 13h36

 
Plebiscito contra a Alca

As aspas da revista The Economist estão perfeitamente adequadas: "Opposition stirred to the proposed Free-Trade Area of the Americas. Brazil's Catholic bishops organised a "plebiscite" against it." É preciso muita cara de pau para organizar um plebiscito contra alguma coisa - e ainda querer ser levado a sério.

O resultado da pesquisa é assustador: 98,33% dos participantes preferem que o governo não assine o acordo. Isto é incrível: como é que 1,67% conseguiu votar a favor da Alca, depois de receber lições e pressões dos próprios organizadores do evento? Só podem ter errado o quadradinho.

Agora, convenhamos: se quase 2% dos votantes não conseguiram, depois de orientados, nem acertar o quadradinho certo, então eles são ainda menos educados do que os analfabetos ingênuos que assinalaram o lugar preciso. Daí é possível ter uma idéia do grau de educação dos outros 98% voluntários.

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Postado por Eduardo Carvalho
18/9/2002 às 22h33

 
Priscila rides again

O tempo passa ligeiro, trinta anos se passaram do inicio da era Disco, tempo de meninas de meias lurex, Dancin' Days, Antônio "Moço Bom" Fagundes, Sônia Braga, Frenéticas, Freddy Cole, o irmão de Nat King, que cantava I Love You quando Fagundes piscava para Sônia Braga, desbunde, androginia e sexo sem preservativo, o revival já tem data e hora para acontecer em Los Angeles.

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Postado por Waldemar Pavan
18/9/2002 às 02h01

 
Choro é grátis

Anote na agenda a programação para o próximo Domingo na Praça do Choro, que se instala na estação Júlio Prestes em São Paulo, lazer músical de excelente qualidade e gratuíto:

Dia 22
14h - IRMÃOS MACAMBIRA
15h - IRMÃOS PAULINO QUARTETO
16H - GRUPO VERA CRUZ

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Postado por Waldemar Pavan
18/9/2002 à 01h29

 
Pernambuco invade São Paulo

Hmmm, agora que descobri o caminho das pedras vou blogar assuntos musicais direto e reto. Show da contemporânea, tradicional e sempre boa música pernambucana hoje e amanhã em São Paulo, preços que variam entre 40 e 70 reais, a música é excelente, o preço é tenebroso, dá para comprar cd de todos e se pechinchar ainda sobra troco, veja a informação por Adriana Del Ré para O Estado de São Paulo, edição de agora há pouquinho.

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Postado por Waldemar Pavan
18/9/2002 à 01h07

 
Música baiana na faixa

A coluna Bahia Singular e Plural, publicada ontem, continha um presente explicito para quem lesse, mas precisava ser decifrado, estava sugerido no meio do texto: 6 discos (92 músicas ) originários de manifestações populares do povo baiano para ouvi-los por inteiro e gratuitamente.

Visitando o site do IRDEB voce tem a possibilidade de ouvir todas as 92 músicas por inteiro e melhor sem precisar comprar os discos, isso só é possível porque o IRDEB realizou este trabalho de forma a torná-lo acessível a toda a população internáutica, é arte musical baiana gratuíta na rede mundial de computadores. O objetivo do IRDEB não é financeiro, compra os cd's quem como eu é fissurado. Falei de preço por que quem quiser ou fizer questão em adquiri-los já sabe quanto custará

Sou paulistano, quando em férias em Salvador fiquei sabendo sobre esta coleção liguei para pedir informações, a senhora que me atendeu na fitóteca convidou-me então para que eu fosse até a TVE-Bahia onde fica a fitotéca do IRDEB para que eu ouvisse os discos. Por conta do meu traje inadequado não foi possível entrar no recinto da TVE.

Minha mulher, adequadamente trajada, entrou para comprar os seis discos e voltou só com dois, a atendente disse-lhe que era recomendável ( já que não tive possibilidade de entrar para ouvir) que ela levasse somente os dois para que eu tivesse alguma noção sobre o conteúdo antes de arrastar os outros, como já estava bastante cabreiro por não ter entrado montei no mesmo taxi em que fui e voltei para o hotel.

Lá chegando fui direto ouvir no meu discman de viagem, chapei, liguei de volta, falei que queria todos, já estava na hora de fechar, era semana do folclóre e a mesma simpática atendente me falou sobre uma exposição do IRDEB que estava rolando em um shopping a beira mar que eu já tinha planejado ir, foi sóóó no dia seguinte quando o shopping abriu ( agonia, eu já estava na porta aguardando há 1 hora a abertura ) que finalmente consegui cravar pincinhas nos outros 4 discos e assistir rápidinho a alguns trechos de videos, detalhe: de bermuda, têninho, meinha e camiseta do tipo jacaré, uniforme oficial, sessão dia, claro.

Ninguém lá no IRDEB tá afim , nem precisando e muito menos tentando te vender nada, o que é de suma importância para a instituição é a divulgação da música verdadeiramente popular e comunitária baiana , tanto que os discos estão ai, disponiveis para serem ouvidos por inteiro na rede, se for até a sede do IRDEB (desde que trajado adequadamente ) voce assiste a todos os videos disponíveis e ouve todos os discos que quiser, mas isso é papo pra baiano ir ou para quem goza férias de 40 dias por ano, 'magina, férias curtas, bermudão folgado, em Salvador, e eu assistindo filme cultural? Nem morrrrta, se ainda fosse ouvindo só discos inéditos vá lá, mas assistindo filme na televisão em sala de exposição de folclóre com o marzão urrando às minhas costas? nem que a vaca tussa !

O que é absolutamente fascinante na música baiana exibida na coleção Bahia Singular e Plural é que ela é constituida de diversos gêneros musicais matrizes que geraram uma infinidade de outros gêneros musicais filiais, celeiro de matrizes e filhotes. Esta coleção é muito importante por que funcionou como uma antena na captação destes movimentos musicais matrizes, muitos deles provenientes de bailados, festanças e toda a sorte de comemorações onde rola música, enredo e encenações, como são encenações e cantorias de rua, passei a acreditar pela diversidade de temas musicais ( atrevido, sem ainda conhecer as representações correspondentes) que a Bahia é o maior teatro a céu aberto do planeta, teatro musical, diga-se de passagem, fiquei absolutamente chapado com as matrizes musicais das manifestações de nossa gente, explore-se comercialmente ou não, a arte musical e a arte cenica são os melhores, os mais abundantes e os principais produtos brasileiros

. Mêda: esse é o primeiro blog que posto e tem uma luzinha piscando frenéticamente do lado esquerdo do titulo, deve estar lotado de erro ortográfico, alerta geral para o revisor, meu revisor sistêmico já era.

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Postado por Waldemar Pavan
18/9/2002 à 00h15

 
Por que Fidel destruiu Havana

Theodore Dalrymple escreveu o artigo que eu, que passei umas duas semanas em Havana e cinco em Cuba, atravessando a Ilha de ponta a ponta, escreveria, se tivesse a sua competência: Why Havana Had to Die. É ao mesmo tempo um elogio à beleza e à riqueza arquitetônica da cidade e um lamento pelo descaso proposital de Fidel com ela. Dalrymple mantém uma prosa elegante e precisa, em estilo e conteúdo inalcançáveis por brasileiros entusiastas do regime castrista:

"Decay, when not carried to excess, has its architectural charms, and ruins are romantic: so romantic, indeed, that eighteenth-century English gentlemen built them in their gardens, as pleasantly melancholic reminders of the transience of earthly existence. But Fidel Castro is no eighteenth-century English gentleman, and Havana is not his private estate, for use as a personal memento mori. The ruins of Havana that he has brought into being are, in fact, the habitation of over 1 million people, whose collective will, these ruins attest, is not equal in power to the will of one man. "Comandante en jefe," says one of the political billboards that have replaced all commercial advertisements, "you give the orders." The place of everyone else, needless to say, is to obey.

"Forty-three years of totalitarian dictatorship have left the city of Havana-one of the most beautiful in the world-suspended in a peculiar state halfway between preservation and destruction.

The terrible damage that Castro has done will long outlive him and his regime. Untold billions of capital will be needed to restore Havana; legal problems about ownership and rights of residence will be costly, bitter, and interminable; and the need to balance commercial, social, and aesthetic considerations in the reconstruction of Cuba will require the highest regulatory wisdom. In the meantime, Havana stands as a dreadful warning to the world-if one were any longer needed-against the dangers of monomaniacs who believe themselves to be in possession of a theory that explains everything, including the future."

Eu só faria um reparo: Dalrymple diz que a palavra usada para denominar pequenos restaurantes em Cuba, paladares, é originária da espanhola paladar. Não é. Quando restaurantes privados começaram a ser permitidos em Cuba - sob rigorosa legislação, que ainda hoje impede que tenham mais do que um determinado número de mesas -, os cubanos estavam encantados com uma dessas novelas brasileiras, que esqueci o nome, em que uma famosa atriz, que também esqueci o nome, era proprietária de um restaurante popular que se chamava justamente "Paladar". Para quem duvidava: eis aí uma de nossas importantes influências culturais em países economicamente desenvolvidos.

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Postado por Eduardo Carvalho
17/9/2002 às 21h01

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