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Quinta-feira,
2/11/2006
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Redação
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Contradições da 30ª Mostra
A Mostra Internacional de Cinema em São Paulo é um dos grandes eventos do setor no Brasil, pois permite ao público entrar em contato com uma pluralidade de cinematografias produzidas em todo o mundo. Desde a estréia, em 1977, o evento expande suas atividades a cada ano, promovendo não só a exibição de filmes, mas também debates, lançamentos de livros, e proporcionando o encontro e a troca de experiências entre profissionais, pesquisadores e o público presente.
Pela qualidade dos filmes exibidos, a Mostra tornou-se uma boa pauta para a imprensa que cobre cultura e entretenimento, além de sagrada para os veículos de crítica cinematográfica. No entanto, o bom relacionamento entre a organização da Mostra e imprensa especializada em cinema foi abalado nesta 30ª edição do evento. Esse fato repercutiu por meio da Carta aberta à organização da Mostra de Cinema de São Paulo, redigida e assinada pelos profissionais dos sites Cinética e Cinequanon. De acordo com a carta, em sua seleção de veículos credenciados para cobrir o evento deste ano, a Mostra de São Paulo concedeu apenas uma credencial para toda a redação do Cinequanon, ignorou a Revista Cinética e reduziu pela metade a cota de credenciais do site Contracampo. Segundo os colaboradores da Cinética e do Cinequanon, a organização da Mostra excluiu os veículos de crítica independente e de internet, privilegiando a mídia impressa e não avaliando a qualidade do conteúdo crítico produzido a partir da programação da Mostra.
A carta contou com aprovação de leitores, jornalistas, cineastas e organizações do setor como a Associação Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas - seção Rio de Janeiro (ABD&C/RJ), o Congresso Brasileiro de Cinema (representante de 54 entidades do setor), Nelson Pereira dos Santos, Maurice Capovilla, Philippe Barcinski, entre outros, que se reportaram à organização da Mostra contra essa atitude. Em resposta a essas manifestações, a organização da Mostra publicou um comunicado à imprensa alegando que a falta de credenciais para determinados veículos ocorreu devido ao recorde de solicitações recebidas em 2006. No caso, foram 611 solicitações, sendo que a organização dispunha de 150 credenciais, as quais permitem assistir a todos os filmes programados no evento.
O editor da Cinética, Eduardo Valente, rebate esse comunicado ressaltando que o ponto em discussão não é a quantidade de credenciais a serem distribuídas, mas os critérios utilizados para a seleção da imprensa credenciada. Para os profissionais da Cinética e do Cinequanon, o principal motivo de indignação é a suposta falta de reconhecimento dos organizadores da Mostra pelo trabalho de crítica cinematográfica independente e reflexiva realizado por ambos.
Segundo a assessoria de imprensa da Mostra, desde sua criação ela é um evento promovido para privilegiar o público. Caso seja esse mesmo o seu intento, os organizadores da mesma precisam repensar suas prioridades, pois a falta de valorização da crítica cinematográfica prejudica não só o publico - carente de textos de boa qualidade, com informações relevantes -, mas também os profissionais do cinema, os quais merecem uma imprensa que compreenda e dialogue sobre seu trabalho e não apenas reproduza frases feitas e o senso comum. Se a Mostra Internacional de Cinema prima pela diversidade de cinematografias, é no mínimo contraditório favorecer veículos de comunicação viciados em um discurso homogeneizado e na reprodução de releases, em detrimento de profissionais que dedicam seu tempo, trabalho e amor a estudar e refletir sobre a arte cinematográfica.
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Fernanda da Silva
2/11/2006 à 00h10
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Excesso
a vida no limite. na borda da xícara. pronta para transbordar a qualquer instante. com qualquer mexida. a vida escorrida. descida pelos pés da mesa. esparramada. sumida entre os tacos do chão da sala. morro, agora, pelo excesso. por você demais. morro por não suportar nem mais uma gota. nenhuma. o que já matou a minha sede, hoje, me transborda.
Eduardo Baszczyn, no seu Coisas da Gaveta (porque foi uma indicação do Carpinejar...).
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Julio Daio Borges
2/11/2006 à 00h09
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Mostra SP: EUA Contra Lennon
Os norte-americanos David Leaf e John Scheinfeld têm tradição em documentários para TV, mais especificamente em direção e produção e roteiro, respectivamente. Scheinfeld, aliás, está acostumado a escrever roteiros de filmes sobre ícones musicais. Ele já desvendou novos ângulos da música e vida de personalidades como Frank Sinatra, Bee Gees e Nat King Cole. Juntos, dirigem, são roteiristas e produzem o documentário Os EUA Contra John Lennon, que abriu a 30ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. O filme seria mais um de seus produtos televisivos, mas acabou ousando e estreando no cinema.
O porquê deste fenômeno certamente não reside em sua forma, limitada para o veículo ao qual se remetia, apesar de conter uma boa fotografia e dinamismo exigido por um filme musical. No documentário, shows são entremeados por imagens de arquivo, tanto de fatos históricos como de arquivo pessoal da viúva Yoko Ono, e depoimentos de amigos e personalidades que participaram das mais diversas formas do período retratado.
É provável que o segredo de OS EUA Contra John Lennon resida em seu conteúdo, mesmo que já muito conhecido. Ele trata de um período interessante da vida de Lennon que abrange de 1966 a 76: o político pós-Beatles. As poucas cenas do músico com a banda, o desenrolar da história do enunciado que Beatles eram mais conhecidos que Deus, servem apenas para contextualizar e frisar que ele era, sem dúvida, a alma daquele fenômeno. O filme mostra seu relacionamento com ativistas políticos radicais, com Yoko, a paixão crescente pelos Estados Unidos e Nova York e a preocupação com a guerra do Vietnã até culminar na perseguição pelo FBI e obsessão de Hoover e Nixon, preocupados que estavam com figura tão influente.
Pontos altos da trama são o embate de John com jornalistas (especialmente uma do New York Times), que respondia com humor e ironia a acusações ferozes que consideravam seu Bed-In, uma lua-de-mel em 69 com Yoko tornada pública com o objetivo de pedir paz, decadente. Depoimentos como o de John Sinclair, o qual Lennon livrou da prisão ao criar uma música sobre sua história (Sinclair havia sido pego em flagrante com dois cigarros de maconha), Ron Kovic, Noam Chomsky e o historiador Gore Vidal, o único que dá nome aos bois, ilustram bem o clima da época.
O documentário é mais um, entre diversos, sobre um dos maiores ícones musicais de todos os tempos. Um deles, Imagine, é um verdadeiro compêndio da vida e discografia de Lennon, dirigido por Andrew Solt e distribuído pela Warner. A diferença é que foi produzido em 1988 e não parece tão atual como o produto de Leaf e Scheinfeld. Pode ser nostálgico e até inocente (o próprio filme mostra como John e Yoko eram manipulados pelos ativistas que defendiam), mas o flower power faz falta em meio a guerras como do Iraque e - por que não? - guerras modernas em geral. Mais do que o movimento em si, falta uma juventude apaixonada como a dos 70 e um ícone carismático e eficiente como John Lennon. Hoje, até mesmo os ditos ativistas sociais são fabricados. E a juventude, ah, a juventude...
Para ir além
Os EUA Contra John Lennon - Última sessão: 02 de novembro - Quinta-feira, 19h30 - Unibanco Arteplex 2 - Shopping Frei Caneca, 569 - 3º piso - Sala 2 - Tel. (11) 3472-2365
Confira também outro filme musical da Mostra:
Nossa, eu filmei isso! é para lembrar do que foi considerado o melhor show do Tim Festival deste ano. Realizado em 2004 no Madison Square Garden, em Nova York, o filme reproduz um show que fez uma releitura da carreira dos Beastie Boys. O grupo deu 50 câmeras para que fãs o gravassem da maneira que bem entendessem. O resultado é um filme bem costurado com uma edição tradicional.
Para ir além
Nossa, eu filmei isso! - Última sessão: 01 de novembro - Quarta-feira, 22h10 - Unibanco Arteplex 1 - Shopping Frei Caneca, 569 - 3º piso, sala 1 - Tel. (11) 3472-2365
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Marília Almeida
1/11/2006 à 00h58
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Carona na Rede
Com o crescimento da internet brasileira, cada vez mais as pessoas fazem uso de serviços on-line, se interagindo em comunidades, fóruns e sites de relacionamento.
Diante de tantas mudanças de comportamento, por que não tentar descolar uma carona na Rede Mundial de Computadores, sem sair de casa, deixando de lado os diversos perrengues que surgem na beira das estradas?
Jeferson Jess, em seu blog, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
1/11/2006 à 00h28
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Profissionais do Texto III
O maior espetáculo de todos no I Seminário de Profissionais do Texto da PUC Minas, no entanto, não estava em cima dos palcos ou atrás das mesas. Estava sentado num canto, em cima de uma cadeira simples, praticando o que se convencionou chamar educação inclusiva. Os dois intérpretes de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) escalados para o evento deram um show ao interpretar, para os alunos surdos-mudos da PUC, não apenas os debates das mesas-redondas, mas o espetáculo de poesia dos poetas Wilmar Silva e Luiz Edmundo Alves. Mais fantástico do que isso foi ver os intérpretes fazendo a "tradução" de Ricardo Aleixo. Quem conhece o poeta mineiro sabe do que estou falando... Nota 10 para os intérpretes de LIBRAS da PUC. Em vários momentos, chamaram mais atenção do que os artistas em cena.
É bom frisar que a PUC tem investido sistematicamente na formação de intérpretes de LIBRAS. Abriu recentemente um curso superior sobre a Língua Brasileira de Sinais e vem obedecendo às diretrizes do Ministério da Educação segundo as quais em pouco tempo todas as escolas serão obrigadas não apenas a incluir alunos com diferentes deficiências, mas dar a eles condições de estudar. A LIBRAS já é obrigatória nos cursos de licenciatura, especialmente em Letras, e os intérpretes serão obrigatórios nas escolas, nas salas de aula, no vida escolar. E saiam da frente que o Braile vem aí!
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Ana Elisa Ribeiro
31/10/2006 às 12h29
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Máscaras de gesso
Às vezes fico assim, meio mudo, meio sem ter o que dizer. Acho que talvez eu devesse ficar mais tempo assim. Percebo alguns aborrecimentos, algumas chateações que não são bons sinais. Venho me perguntando seriamente de que o meu humor vale, ou melhor, a pergunta não é essa, a pergunta é se as pessoas com quem eu convivo no trabalho, merecem o meu humor, a minha atenção, aquela coisa toda de delicadezas... Não sei, sinceramente não sei.
Edu (?), em seu A reta e a curva, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
31/10/2006 à 00h54
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Engolindo Sapo Barbudo
Acabou. Enfim, Lula se reelegeu. A tal "festa da democracia" chega ao fim e, mais uma vez, continuamos na mesma inércia. Impressionante a capacidade de se iludir do brasileiro. Capacidade esta de acreditar que viveremos num país melhor, mais justo e que, com o nosso voto, já fizemos a nossa parte. Pronto, já podemos sentar a bunda no sofá, que agora o resto é com "eles" e, mesmo que "eles" roubem, nossas bundas continuarão no sofá. Afinal de contas, isso não é problema nosso.(...)
* * *
Algumas pessoas andam dizendo que eu fiz um livro "contra o PT", outras dizem que eu isolei a corrupção como se ela fosse exclusiva e oriunda do PT em meu livro corruPTos?... mas quem não é?. Não é verdade. Na introdução do livro, eu traço um paralelo entre o PSDB no governo e do PT na oposição. A conclusão é de que pouca coisa mudou de lá pra cá. A compra de votos, os dossiês e o caixa dois sempre existiram e TODOS os partidos SEMPRE usaram desses artifícios. A novidade foi mesmo o Mensalão, mostrando que a criatividade do brasileiro na arte de corromper é infinita. A corrupção no Brasil não acontece através de fatos isolados, porque ela é endêmica, está no DNA do brasileiro. O livro é, enfim, contra tudo o que é feito sistematicamente na nossa política. Podem escrever: em 2010, todo o bacanal petista será mais vez esquecido, o sentimento ufanista de um Brasil melhor reaparecerá, e o nosso círculo vicioso continuará girando, cada vez mais sombrio.
Diogo Salles, hoje no seu blog, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
30/10/2006 às 12h53
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Profissionais do Texto II
O segundo dia de Seminário de Profissionais do Texto da PUC Minas/IEC foi de minicursos. Vários professores, de diversas instituições, ofereceram cursos que versavam sobre escrita e texto. Nem todos vinham com a discussão rente ao tema do debate, alguns fizeram questão mesmo de manter a lengalenga lingüístico-literária padrão dos cursos de Letras, mas uma tímida mistura com outros profissionais e o incômodo das discussões sobre a formação de bacharéis (chamada de "precária" no dia anterior por um dos palestrantes) ajudaram a arejar a noite.
No sábado pela manhã, os lingüistas Manoel Luiz Gonçalvez Corrêa (USP) e Luiz Carlos Travaglia (UFU) participaram de uma mesa-redonda em que discutiam texto, enunciação, "erro", etc. e tal. O bolero de uma nota só dos cursos de Letras. O burburinho dos alunos inquietos acelerou a fala dos palestrantes e deu lugar à voz dos poetas Wilmar Silva e Luiz Edmundo Alves, que declamaram poemas de Mario Quintana, Hilda Hilst, Rimbaud e outros. A apresentação, intitulada Ais, arrepia em alguns trechos. Falta talvez uma direção mais harmoniosa dos poetas, que se apresentam opostos, não por querer. Como comentou uma professora na platéia: "um travado e o outro solto demais", referindo-se aos apupos e gritos de Wilmar em cima do palco.
O saldo do Seminário será discutido pela coordenação do evento. Ao que parece, haverá fôlego para um II Seminário, quem sabe mais bem-planejado. A militância pela formação do bacharel com perfil profissional definido continua.
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Ana Elisa Ribeiro
30/10/2006 às 12h16
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Gazeta Cultural
O autor deste blog tem 20 anos, estuda, estuda e estuda. Alguém que é inteiramente inconformado. Um verdadeiro revoltado à la Albert Camus. Uma pessoa que gosta de ler muito, sobre muitas coisas aparentementes díspares, mas que no fundo, bem lá no fundo, dizem a mesma coisa em uma linguagem apenas diferente.
Acha importante ter um conhecimento global dos assuntos, lendo para tanto economia, filosofia, literatura e Direito. Um homem sem conhecimento a respeito dos grandes livros, das idéias, não é um homem, é um espectro de homem. Uma casa sem livros é uma casa sem alma. Uma vida sem cultura é um desperdício. Para ele, ler Nietzsche, Sartre, Marx, Mises e Rothbard é um imperativo categórico da mais alta responsabilidade.
Sem Marx não entendemos o Século XX. Sem Sartre não entendemos sobre a liberdade, sem Mises e Rothbard não compreedemos nada de economia, e sem Nietzsche não libertamos nossa alma da escravidão intelectual. Existem outros autores importantes, mas essem resumem a formação intelectual do autor.
Esse é o editor do blog Gazeta Cultural, Guilherme Roesler.
[Porque ele, naturalmente, linca pra nós...]
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Julio Daio Borges
30/10/2006 à 00h45
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Profissionais do Texto
Ontem teve início o I Seminário de Profissionais do Texto na PUC Minas. O evento é uma parceria (bem-sucedida) entre a graduação em Letras (nos campi Coração Eucarístico e São Gabriel) e a especialização em Revisão de Textos (Instituto de Educação Continuada da PUC). A idéia era trazer à baila a discussão sobre o que é preciso ler e fazer para se formar um profissional de edição e revisão. A noite de ontem começou com uma apresentação do grupo teatral Filhos da PUC. Por cerca de meia-hora a platéia viajou pelo sertão mineiro nas palavras de Guimarães Rosa. Logo em seguida, uma mesa-redonda diferente discutiu a profissão daqueles que trabalham no mercado editorial. Com mediação da profa. Malu Matêncio (coordenadora do curso de Letras da PUC), a profa. Sônia Queiroz (UFMG) e o prof. Plínio Martins Filho (USP) deram simpaticíssimos depoimentos de quem vive e ama os livros e a produção editorial. O assunto é, certamente, um sopro de novidade para os alunos mineiros de Letras, que vivem às voltas com a mais alta abstração lingüística ou com as possibilidades pedagógicas da profissão. O auditório lotado (cerca de 700 alunos) assoviou e quase teve orgasmos múltiplos quando o prof. Plínio criticou as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), com as quais todo estudante passa maus bocados.
O fechamento da noite foi com um fragmento unplugged do espetáculo Um ano entre os humanos, do poeta Ricardo Aleixo, também aplaudido de pé, principalmente porque selecionou, entre os poemas de seu repertório, aqueles que abordavam o mercado editorial e a profissionalização do poeta/escritor. Ironia fina em se tratando de um show que ocorreu logo após uma mesa-redonda de editores.
Hoje a noite é de oficinas e minicursos. Os mais lotados, claro, são aqueles que levam a palavra revisão no nome. Parece que estamos na crista da onda. O curso de especialização do IEC provavelmente terá a opção de oferecer duas turmas paralelas em 2007.
No sábado, haverá o fechamento do evento, com oficinas e uma mesa-redonda de lingüistas. Talvez para soltar os pés dos alunos do chão. Os poetas Wilmar Silva e Luiz Edmundo Alves farão as honras poéticas do fecho. O mais lamentável de tudo foi constatado pelo prof. Plínio, numa conversa de corredor, "estou estranhando um evento que fala sobre livros e não tem nenhum livro exposto para vender", e completa, sorrindo marotamente, "isso já me dá vontade de voltar para casa". É, professor, depois te conto os bastidores dessa discussão sobre estandes de livros.
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Ana Elisa Ribeiro
27/10/2006 às 12h31
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