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Sexta-feira,
24/11/2006
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Redação
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É tudo (in)verdade
Dos apaixonados que conheço, me chamam a atenção os apaixonados pelo futuro. Eles não têm memória. Eles não querem saber de história. Pra eles é aquela coisa: o que será, será. Sem mais delongas. De longe são os que mais se sentem a vontade neste mundo que muda mudo 100 km em meia hora.
Outro dia era janeiro, aindagora eram seis da tarde, há poucos minutos estávamos eu e você, entredentes. Entra e mente pra mim, vai. Mente e me diz que tudo deveria ser como sempre foi. Sim, eu sei que você é do futuro. E você sabe que eu não sou de agora.
No momento tenho gostado de mentir, falar inverdades e impropérios. Impaciente, você. Impertinente, você solicita. Impunemente, você faz o que acha certo e eu duvido. Dessa tua certeza. Disso tudo que você insiste em me pedir, sempre. Pra falar a verdade, nem sei se tenho tanto pra te dar, mas ofereço assim mesmo. Sem mais delongas, porque eu também não tenho história. Sou do jeito que você gosta.
Ana, no seu blog (porque ela acha que escrever é como vomitar: "morro de medo, mas dá um alívio depois...")
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Julio Daio Borges
24/11/2006 à 00h54
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The web is a serial killer
"And television's next...", por Chris Anderson, autor de The Long Tail, (porque eu adoro a Economist... via Fabião).
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Julio Daio Borges
23/11/2006 às 12h51
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Les Chefs & Décors
A alta sociedade paulistana deu mostras de que também se preocupa com questões sociais. Exemplo disso aconteceu nesta segunda-feira (20), no Terraço Daslu, durante a terceira edição do Les Chefs & Décors. O evento é uma iniciativa do Projeto Velho Amigo, presidido por Regina Moraes, a herdeira caçula de Antonio Ermírio, dono do Grupo Votorantim.
Toda a renda obtida com o convite individual (no valor de R$ 220) deve ser revertida para cinco asilos de São Paulo - Casa dos Velhinhos de Ondina Lobo, Fraternidade de Aliança Toca de Assis, Cepim, Lar dos Idosos Augusto Neves e Sanatório Divina Providência. Dessa forma, além da prazerosa noite de farturas que o Les Chefs & Décors proporcionou aos convidados, foi possível também ajudar a terceira idade.
Quem esteve por lá assistiu a um verdadeiro desfile de grifes da gastronomia, em mesas criadas por chefs do calibre de Toninho Mariutti, Andréa Fasano, Charlô e Eduardo Guedes - cuja esposa, a apresentadora Eliana, roubou toda a atenção da imprensa. Já o menu dos doces ficou por conta de Nininha Sigrist, Mariza Doces e Pati Piva - só para citar algumas das maiores doceiras de São Paulo. No índice de receitas, ingredientes para lá de exóticos em forma de quitutes, bebidas, aperitivos e pratos especiais.
Mas o luxo do evento não se bastou ao paladar. Também as mesas foram decoradas por especialistas de alto relevo. Vic Meirelles, Felippe Crescenti, Chris Ayrosa, Titina Leão e Marcelo Bacchin são alguns deles. Os maiores holofotes, contudo, estavam voltados para os banquetes temáticos criados por celebridades. A apresentadora Ana Maria Braga, a diretora da Christian Dior no Brasil (e sogra do jogador Kaká) Rosangela Lyra e a socialite Beth Zafir (avó da menina Sasha) participaram da experiência.
Além do festival de comes e bebes, o cantor Paulo Ricardo (ex-RPM) fez um pocket show apenas com sucessos internacionais das décadas de 60, 70 e 80. Acompanhado de quatro instrumentistas, o novo voluntário da entidade cantou as comportadas "Love Me Tender" e "Careless Whispers". Nas edições anteriores do Les Chefs & Décors e em outros eventos do Projeto Velho Amigo, já se apresentaram os artistas Toquinho, Cláudio Zóli, Tom Cavalcanti e Chitãozinho e Xororó.
O projeto beneficente de Regina Moraes conseguiu lotar a Daslu. Uma amostra ilustrativa de que luxo e caridade conseguem conviver lado a lado. Ainda que, por ironia, o glamour seja a fórmula mágica para seu sucesso. Seja como for, os velhinhos agradecem.
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Tais Laporta
23/11/2006 à 00h14
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Fotografia de Viagens em CWB
A gente visita vários lugares do país e do mundo e às vezes não conhece muito bem a própria cidade. Eduardo Fenianos, o Urbenauta, já tinha feito essa constatação. Mas não ficou só na teoria: "viajou" por Curitiba e depois por São Paulo, para realmente conhecer as pessoas, as ruas e outros aspectos que passam batido em nosso dia-a-dia urbano.
Neste final de semana, os curitibanos podem viver, pelo menos em parte, a sensação de ser turista na própria cidade. A experiência está prevista no Workshop sobre Fotografia de Viagens, que a Portfolio Escola de Fotografia realiza de sexta a domingo, de 24 a 26 de novembro, com Valdemir Cunha, gerente de fotografia da Editora Peixes. E não é preciso ser profissional para aproveitar. Amadores também são bem-vindos no curso.
A aula inaugural, às 19h, na Casa do Barão, será aberta ao público. No dia 25, os participantes ficarão das 9h às 18h na sede da escola. O dia seguinte será dedicado integralmente a produções fotográficas.
Os eventos que acontecem neste final de semana em Curitiba podem tornar a experiência ainda mais interessante para os participantes. No domingo, às 8 horas, acontece a largada da Maratona de Curitiba. No mesmo dia, 23 mil estudantes farão a prova do vestibular da PUC-PR. O trânsito promete ficar complicado. A confusão talvez não seja a melhor inspiração para imagens bucólicas e turísticas da cidade, mas podem render boas produções de fotojornalismo.
Para ir além
Workshop sobre Fotografia de Viagens, em Curitiba, com Valdemir Cunha (41 3252-2540): 24/11, às 19h00, na Casa do Barão (Rua Carlos Cavalcanti, 533 - Centro); 25/11, das 9h às 18h00, na Portfolio Escola de Fotografia (Rua Alberto Folloni, 634 - Centro Cívico).
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Adriana Baggio
22/11/2006 às 11h37
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A tarefa do escritor
"Agora que tenho sessenta anos, já compreendi que a tarefa do escritor reside apenas em fazer o que sabe fazer: no caso do narrador, isso reside no narrar, no representar, no inventar. Há muitos anos parei de estabelecer preceitos sobre como se deveria escrever: de que adianta pregar certo tipo de literatura ou outro, se depois as coisas que se tem vontade de escrever são talvez totalmente diferentes? Levei algum tempo para entender que as intenções não contam, conta o que alguém realiza. Assim, esse trabalho literário se torna também um trabalho de busca de mim mesmo, de compreensão do que sou.
Percebo que até agora falei pouco da diversão que se pode sentir ao escrever: se alguém não se diverte ao menos um pouco com isso, não pode conseguir nada de bom."
Italo Calvino, em Eremita em Paris - Páginas autobiográficas (Companhia das Letras, 2006, 264 págs.), a segunda parte da autobiografia de Calvino, por assim dizer (a primeira é o incabado O caminho de San Giovanni).
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Rafael Rodrigues
21/11/2006 às 20h11
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Bortolotto e o velho Jack
Certos espetáculos têm a capacidade de provocar a circunspecção. Saímos do teatro pensando, avessos ao convívio social, às conversas triviais. Só vamos nos dar conta de que o celular está desligado horas depois. Kerouac é assim. Rápido, ágil, essencial.
O texto de Mauricio Arruda Mendonça consegue captar o espírito do escritor Jack Kerouac. Começa engraçado, com aquela ranzinzice toda, e vai se tornando azedo, de difícil digestão. O riso se torna constrangido. A crueza do texto toma conta. A simplicidade da direção de Fauzi Arap é a palavra de ordem - sem ornamentos desnecessários, não há elementos que dispersem.
E a chave da montagem está na cumplicidade que a excelente interpretação de Mário Bortolotto consegue estabelecer com a platéia. É Kerouac quem está ali, abrindo-se para nós. E é impressionante ver como seu discurso aparentemente desconexo guarda uma coerência essencial. Vemos um homem fiel e compromissado com seus sentimentos, angústias, vontades, princípios. Quase religioso, como chega a dizer, quando trata de Deus.
Bortolotto, talentoso dramaturgo, dá asas aqui ao seu lado ator. E o faz com maestria; é um apaixonado, devotado ao teatro. Sua interpretação de Kerouac pode ser resumida a uma palavra: honestidade.
Um trabalho preciso de um artista maduro e que acredita no que está fazendo: o resultado é de uma beleza que toca e nos faz olharmos para nós mesmos. Teatro na essência, que não subestima a inteligência do espectador. Ao contrário, aposta nela para se fazer existir. E existe.
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Guilherme Conte
20/11/2006 às 16h33
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A morte das línguas
Eu queria ler um livro que tratasse dos temas caros a mim, mas não queria uma leitura pesada, científica, acadêmica em demasia. Na estante da livraria, a capa roxa me chamou a atenção. Quando abri o livro, o projeto gráfico arejado e a mancha pequena me deixaram aliviada. A leveza dos grafismos em retícula no canto de baixo e nas aberturas de capítulos me pareceram clean. Comprei.
Tratava-se do livro A revolução na linguagem (Jorge Zahar, 2006, 152 págs.), do lingüista David Crystal, mais conhecido entre os graduandos em Letras pelo seu dicionário de Lingüística. O professor da Universidade de Wales resolveu tratar da morte das línguas como um tema da escala dos problemas ecológicos. É até divertido ler o desespero concentrado de Crystal ao tratar as línguas moribundas. Para ele, um movimento enorme e internacional deve tratar logo de salvar as línguas, assim como se salvam as baleias jubarte.
Crystal ajuntou cinco conferências sobre língua nesta obra despretensiosa. No primeiro capítulo, ele explica por que trata a mudança lingüística deste século (e do passado) como revolução. Para ele, tudo aconteceu tão rápido e tanto que merece ser chamado de "revolucionário". Mais adiante, o lingüista se derrete pela globalização da língua inglesa. De fato, o fenômeno do inglês como primeira, segunda língua ou língua estrangeira é algo de novíssimo na história da humanidade. Impossível não perceber que temos um idioma que, ao mesmo tempo que serve para a comunicação em quase todas as partes do globo, também se diversifica a cada dia, já que britânicos e norte-americanos perdem o controle sobre ele e seus padrões gramaticais. Crystal não vê a mudança e a diversificação como ameaças, apenas como mudanças.
De vez em quando, o professor toca no caso do português e de algumas línguas indígenas. Aproxima-se de uma pequena história das línguas francas e aponta soluções divertidas (inclusive com toques de ironia) para o salvamento das línguas que morrem. Segundo Crystal, a cada duas semanas uma língua se extingue em algum canto do mundo. Um terror.
E a Internet com isso? Claro que o lingüista menciona a Internet como uma das responsáveis pela difusão da língua inglesa. E mais: como um meio de comunicação capaz, também, de ajudar a salvar o idioma dos perigos da dispersão. A Internet possibilita a comunicação pelo mundo inteiro, de maneira mais real do que muita aulinha de inglês de verdade.
No último capítulo, Crystal toca num ponto interessantíssimo para quem visitou o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. O professor menciona as tentativas, na década de 1990, de erguer "templos" para as línguas em vários países do mundo. Em nenhum lugar isso vingou. Crystal lamenta que não tenham se lembrado de cultuar a língua, qualquer que seja, numa espécie de museu vivo. Chega a descrever um projeto europeu para o que chamaria O Mundo da Língua, no Reino Unido, que seria construído num prédio de três ou quatro andares. Bingo! Está aí nosso museu do português, único no mundo a vingar e a dar tanta fila para entrar. Bacana, não? Tudo bem que as escolhas mereciam mais conversa, talvez uma pesquisadinha do lado de fora da academia. Também pode-se questionar tanto espetáculo e videoclipe no lugar dos livros. Affonso Romano de Sant'Anna, numa lindíssima crônica no Estado de Minas, questiona justamente isso: cadê os livros num museu da língua? Ah, mas deixa pra lá. Vamos convidar o prof. Crystal para uma visitinha. Quem sabe somos citados em sua próxima conferência?
Vale a pena procurar o livro da Jorge Zahar Editor e pensar nas revoluções por minuto das línguas conectadas pela Internet. Ah, também vale visitar o Museu da Língua Portuguesa, na Estação da Luz, em São Paulo.
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Ana Elisa Ribeiro
20/11/2006 às 14h07
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Pessoas que irritam
Aquelas que dizem que são muito sinceras e dizem tudo na cara.
Aquelas que mandam spam diariamente.
Aquelas que dizem yeah e whatever.
Aquelas que chegam atrasadas no cinema.
Aquelas que dizem "minha vida daria um filme".
Aquelas que fazem currículo com capa.
Aquelas que fazem arte conceitual.
Aquelas que querem entrar no metrô elevador antes de todas as outras que querem sair.
Wellington, que Comenta no Digestivo, no seu Imigrante Sofre!.
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Julio Daio Borges
17/11/2006 à 00h20
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Uma feira (in)descritível
Apesar de escritora, meu fundamento é a imagem. Mesmo a palavra, antes de tudo é para mim, a palavra grafada, concreta, desenho sobre o papel (ou sobre a tela). Visualizo a palavra, em suma, antes de lê-la, o que não quer dizer que dela desvincule o significado: para mim, a palavra-imagem já significa.
Traduzir em palavras um fenômeno como a Feira do Livro de Porto Alegre, significa desenhá-la, portanto e para mim, em palavras. É possível configurar tantos gestos? Tantas cores e percursos? Veremos, ou melhor, verão vocês, que me lêem nesse exato instante: a Feira do Livro de Porto Alegre como nenhuma outra, presta-se a imagens. Porque aqui não se trata somente de literatura, mas de uma festa em torno do livro, consagrado não como mero suporte transverso a um conteúdo abstrato, imaginário, além-mundo; na Feira do Livro de Porto Alegre, o livro é tão objeto quanto o brinquedo barato vendido pelo ambulante, tão maduro quanto o senhor curioso que investiga uma leitura antiga; tão criança quanto aquela que pasmada espia por baixo dos braços da mãe. Borboleta branca que voa perdida entre os quiosques - com ela foi o livro comparado por Mallarmé. A Feira seria um grande livro anímico? Um livro folheado e lido em poucos dias de novembro? É leitura de feriados, de passeios distraídos? De domingo?
Sim, em Porto Alegre.
Não bastasse a chuva roxa, esse atropelo de olhos obcecados, desejosos de encontrar certa obra perdida; esse debate apaixonado e ruidoso que entorta ainda mais esses labirintos da praça de onde menos se espera saem jornalistas, aquele poeta, um travestido - até quem já morreu; mas no meio do formigueiro a gente senta pra tomar um café, onde toda conversa é um paratexto, um prefácio crítico; o chope, até a água mineral tem gosto de celulose - árvores e livros.
Como demonstro: esta feira não é bem e só um espetáculo-vitrine de lançamentos, editores, ou autores de umbigos. Ao lado do best-writer, do autor sensível e obscuro, da sensação cult do momento, autografa o marginal independente, o funcionário público ansioso, crente na genialidade incontestável das suas mal-editadas linhas, a senhora dona-de-casa estreando um conto infantil caseiro ilustrado pela filha mais velha - quase uma moça já. O vento se encarrega de desmanchar as poses mais atraentes, de equalizar os corpos, iguais na mesma celebração. O mesmo vento se encarrega de recobrir o sucesso de ontem com a poeira sebosa e amarelenta dos estoques acumulados. Não tem cenário e iluminação que estanque o suor, que disfarce olheiras exaustas após tantos eventos, tantas brochuras.
A Feira de Porto Alegre é uma festa de quem trabalha no e para o livro, de quem ama o livro, de quem deseja, cultua, produz e - por que não? - vende esse nosso fetiche. Um ritual completo.
Inclui, é claro, sacrifícios: desde o de aprender a tolerar cotovelos e ritmos andares alheios ou de permanecer isolado, imóvel à espera do leitor ausente; desde o de gastar tudo o que ainda nem se tem, esperando que se cumpra uma promessa feita por escrito - a garantia de um paraíso feito de poesia ou ficção -, até o de trabalhar duramente para que tudo aconteça e para que a Feira instale-se na praça tão naturalmente a ponto de confundir-se com os jacarandás floridos.
Esta feira é mais que do Livro, é uma Feira de Leitores e de Escritores que, no fundo, no fundo, não passam de leitores de todo o imaginário futuro. Pois a diferença entre o leitor e o escritor é bem e unicamente essa: o escritor é aquele que lê aquilo que ainda não foi escrito.
Da Paula Mastroberti, artista plástica e escritora (porque era para entrar nos Ensaios, mas não deu o tamanho...!).
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Julio Daio Borges
16/11/2006 às 14h11
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Controlando o acesso à Web
Para se ter uma idéia do absurdo da proposta apresentada pelo senador Eduardo Azeredo, basta imaginar que, se o mesmo princípio fosse aplicado ao telefone, todos os brasileiros teriam que apresentar CPF ou CNPJ antes de fazer uma ligação.
Carlos Castilho, citado por Rogério Mosimann, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
16/11/2006 à 00h05
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