Sim, mais uma entrevista — a primeira do ano. Desta vez, a Ademir Pascale Cardoso, do site Cranik. Fora a história do Digestivo, que eu sempre conto, um ou outro insight sobre o futuro do livro, da língua no Brasil e da educação nas escolas. Fica ainda como presente de aniversário ao contrário, aos Leitores do site. Bom proveito! — JDB
Minibiografia:
Julio Daio Borges nasceu em São Paulo, a 29 de janeiro de 1974. Estudou Engenharia Elétrica, com ênfase em Computação, na Poli/USP, e foi redação nota 10 da Fuvest em 1992. Iniciou sua atividade de colunista independente em 1997, com um artigo crítico sobre sua faculdade, na época da formatura, que foi parar na coluna de Luis Nassif, na Folha. Mexe com internet desde 1995, trabalhou nos bancos Itaú e Real, sempre com tecnologia, e montou o Digestivo Cultural em 2000, depois de experiências com seu site pessoal. Dirige um grupo de Colunistas e Colaboradores desde 2001, trabalha com Parceiros e Anunciantes desde 2003, editou uma revista em papel com a FGV/SP em 2004, ultrapassou a marca dos 100 mil Leitores (visitantes-únicos) em 2005 e, desde 2006, trabalha em um projeto para editar o melhor do Digestivo em livro.
1. Quando e por que o siteDigestivo Cultural foi ao ar?
O Digestivo Cultural, como newsletter, começou em setembro de 2000 e o respectivo site foi ao ar no final do mesmo ano. Eu já vinha fazendo experiências com jornalismo e internet desde 1997 — como colunista independente —, mas achava que precisaria montar uma revista eletrônica, com outros colaboradores, para saber qual o real alcance da coisa. O Digestivo mistura, desde então, meu interesse pessoal por cultura (e por jornalismo cultural) com a minha afinidade por tecnologia, que cultivo desde a adolescência e infância. O Digestivo Cultural surgiu também porque, além de tudo isso, eu achava que havia uma grande lacuna em termos de jornalismo cultural na internet brasileira.
2. Por que o nome Digestivo Cultural?
Porque eu queria falar de cultura na internet e porque, em 2000, eu achava que só poderia fazer isso de forma "digestiva". Ou seja: de maneira breve, concisa e minimamente interessante para o leitor. Digestivo Cultural, o nome, surgiu de um insight — que, como todo insight, não tem muita explicação, mas já teve várias interpretações. No fundo, eu queria mostrar que a cultura não era um bicho-de-sete-cabeças, podia ser divertida e absorvível por qualquer pessoa.
3. Qual a receptividade e público alvo do Digestivo Cultural?
A receptividade foi boa desde o começo, as pessoas, em geral, simpatizam imediatamente com o nome e o site se beneficiou do retorno à escrita e à leitura com o advento do e-mail desde os anos 90. Agora com a queda do preço dos computadores pessoais, e com o maior acesso da chamada classe C à internet, o Digestivo vem registrando um crescimento quase exponencial desde 2005. Hoje estamos com, aproximadamente, 5 mil visitantes-únicos/dia (150 mil/mês), 15 mil páginas navegadas/dia (450 mil/mês) e quase 20 mil inscritos na nossa Newsletter. E Parceiros como: Livraria Cultura, Companhia das Letras, Casa do Saber e Chakras, entre outros — são mais de dez no momento; fora Anunciantes como o Google e o Submarino.
4. No total, quantas pessoas trabalham hoje no Digestivo Cultural e como você seleciona seus Colunistas e Colaboradores?
Fora eu, que sou o Editor, o Digestivo tem 15 Colunistas fixos, mais 10 Colaboradores esporádicos, um Assistente Editorial, uma Assistente de Produção e duas Ilustradoras (webdesigners) freelancers. Sobre a seleção dos Colunistas e Colaboradores, acontece ou por indicação ou por afinidade. No primeiro caso, um Colaborador antigo indica um novo; no segundo, um potencial Colaborador se aproxima do Digestivo porque já o lê, sabe como ele funciona, entende o espírito da coisa, e acaba, às vezes, até se tornando Colunista fixo. O critério principal é a qualidade do texto. E tem de fazer jornalismo cultural...
5. Com o crescimento da internet e da inclusão digital para os menos favorecidos, você acredita que os e-books, poderão um dia tomar o lugar dos livros impressos? Ou isso não acontecerá, ou está muito longe de acontecer? Qual a sua opinião?
Eu acho que pode acontecer, sim. E não só por causa da inclusão digital, mas porque o próprio PDF — formato já consagrado há anos — é muito prático para quem quer disponibilizar livros na internet. Li uma meia dúzia de livros, no ano passado, a partir de PDFs da internet que eu mesmo baixei e imprimi. Dois deles foram os primeiros livros de contos de Daniel Galera e Daniel Pellizzari, em edição original da Livros do Mal, disponível nos seus respectivos sites. Lógico que existe diferença entre um livro comprado na livraria e um PDF impresso na impressora, mas isso não inviabiliza a leitura — às vezes, pelo contrário, até estimula.
6. Você acredita que a internet possa interferir nas variações diatópicas, excluindo cada vez mais as variações fonéticas em nosso país?
Não, porque outras mídias e outras formas de comunicação vieram, como o rádio e a televisão, e não excluíram. Ou então, se você não concordar, a internet pode "excluir" na mesma medida em que o rádio e a televisão já "excluíram". Na realidade, até penso que a internet pode vir a valorizar a cultura regional e local — embora essa não seja exatamente a minha especialidade... As ferramentas de publicação on-line, inclusive, permitem que a comunicação seja democratizada e que ela não dependa só dos grandes centros emissores de antes.
7. Você acha importante incentivar mais a norma culta e a gramática normativa na internet? Qual a sua opinião?
Nunca pensei nesses termos quando montei o Digestivo Cultural. Acontece que eu venho da tradição do jornalismo escrito, e da literatura, então mais ou menos sigo as "normas" deles. No site, achamos importante que haja uma certa padronização de formatos, ainda que haja estímulo para que cada um desenvolva sua própria linguagem, seu próprio estilo. Se você estiver atento às sutilezas, vai perceber que a Ana Elisa Ribeiro (MG) não escreve igual à Adriana Baggio (PR), que, por sua vez, não escreve igual ao Rafael Rodrigues (BA), que não escreve igual ao Luis Eduardo Matta (RJ), que não escreve igual à Elisa Andrade Buzzo (SP) — e assim por diante... A "norma culta" e a "gramática normativa", como você diz, são uma opção nossa, talvez, mas não vejo como uma obrigatoriedade para todos os sites.
8. Devido ao gigantesco interesse dos jovens pela internet e seus "derivados" — como Orkut, blogs, MSN, MP3, etc. —, as escolas públicas não deveriam repensar seu método de ensino e estimular o aluno para que interaja mais nesse campo lexical?
Sim, eu acho que deveriam; mas não só as escolas públicas, as escolas em geral. Na verdade, o "método de aprendizado" — se é que podemos chamá-lo assim — já mudou, porque o acesso à informação, com a internet, tende a ser pleno. Fica mais difícil, então, impor um "currículo" a cada nova geração de internautas, porque, graças à WWW, eles podem estudar os assuntos que quiserem, na ordem em que quiserem. O ensino, em qualquer nível, terá de ser interativo, dando abertura para sugestões, até estruturais, dos alunos. Na minha época, os professores atentos a isso eram poucos — espero que, hoje, tenham aumentado...
9. Joanne Kathleen Rowling teve uma grande importância no incentivo a leitura dos jovens, com a criação do personagem Harry Potter. Crianças que odiavam ler, hoje pedem livros com mais de 500 páginas nas cartinhas para o Papai Noel e, voltando à questão do ensino público, você não acha que os jovens teriam um melhor aproveitamento em sala de aula com livros semelhantes aos de J. K. Rowling?
Não sei; não é uma questão fechada para mim. Até porque fui um adolescente atípico: eu lia José de Alencar, Machado de Assis, Mário de Andrade, Jorge Amado e gostava. Existe uma discussão, que vem de longe, sobre a validade ou não de fenômenos com Harry Potter. O crítico Harold Bloom não aprova e o brasileiro Sérgio Augusto uma vez afirmou, num ensaio, que "quem começa lendo chorumelas, termina lendo chorumelas" — ou seja, para eles não existe esse "salto" da literatura de entretenimento em relação à alta literatura. No meu caso ainda, na adolescência também li best-sellers como os de Stephen King e Clive Barker, até porque meus amigos liam, mas tenho sérias dúvidas se foram eles que me levaram a Nélson Rodrigues, Paulo Francis e Rubem Fonseca, embora fossem muito divertidos. A meu ver — como já disse aqui —, é a internet que está aumentando, mais do que os livros, os índices de leitura e escrita.
10. Pedagogia Libertária ou Ensino Bancário? Qual a sua preferência
e por quê?
Não sei se entendo tanto do assunto para responder corretamente. No meu ponto de vista, a Web empurra cada vez mais as pessoas para o autodidatismo, para os cursos mediados pela tela do computador e para a educação continuada, porque o fluxo de informação (e, por conseguinte, a formação) é permanente. Os estímulos das mídias são cada vez em maior número e os esforços da pedagogia, qual seja, é só mais um deles. Numa era de tanto relativismo cultural como a nossa, ninguém tem sempre razão; até para eleger um caminho ou outro é complicado. Minha sugestão é fazer como faço aqui no Digestivo: aposto mais nas pessoas do que nas coisas. As pessoas certas trarão as respostas; tem sido a minha aposta desde 2000.
Milena, a editora da revista Mininas, tremenda e corajosa empreitada literário-editorial mineira, convida para passear no cine Usiminas Belas Artes a partir de hoje, 26 de janeiro. É que ali, entre as salas de projeção, ficará exposta, nas paredes do corredor, a instalação de Paco, artista plástico e novo convidado do projeto 24 fotogramas. A partir das 19h, finalzinho do dia, será inaugurado um painel que ficará exposto durante dois meses. Trata-se de uma homenagem ao personagem Pike Bishop, do filme Meu ódio será sua herança, western de 1969, do diretor Sam Peckinpah. O projeto consiste em expôr, na galeria do cinema, 24 peças de artistas contemporâneos que estejam relacionadas com cinema, de alguma forma. Não me avexo: não conheço esse tal filme aí e não ouvi falar do diretor, mas gostei do sobrenome dele: Peckinpah. Visitar os fotogramas pode forçar minha curiosidade de conhecer o bangue-bangue.
[Como explica o declínio de público jovem nos teatros?] O teatro aqui é muito ruim e chato. O que um jovem vai fazer no teatro? O repertório daqui é para cidades de estações de águas, para Poços de Caldas. Estamos reduzidos à expressão mínima de nossas possibilidades, apesar da força cultural da cidade. Isso é até criminoso. O investimento para a produção cultural e artística deveria ser muito maior em todos os sentidos e não apenas "broadwayano", que insiste nesta coisa caipira, quase cafajeste. E provinciana, numa cidade como a nossa onde as pessoas gastam seu dinheiro, enfrentam o perigo, para assistir essa coisa evangélica. Como é que um jovem vai se interessar por uma atividade morta? O jovem tem compromisso com a vida. Ele tem que pensar nela todos os minutos. Está formando suas células, seu corpo e sua sexualidade para a vida. E você oferece para ele um produto morto, empacotado? Uma múmia maquiada? Por isso ele não vai ao teatro e faz muito bem. Tem certo tipo de teatro que é perigoso, faz mal.
Passeando pela "blogolândia" (prefiro este nome à blogosfera), relembrei a sensação gostosa que é se perder em algo novo, mas ao mesmo tempo "velho conhecido", de tão similar à minha personalidade. Foi assim com a Internet, que amei de cara e me rendeu muitas noites mal dormidas e dias de estômago vazio (paixão no início é assim mesmo). Quando descobri o Orkut, a sensação foi menos intensa, mas da mesma família. Que delícia achar os amigos perdidos. E conhecer partes ocultas dos amigos presentes.
Dedicar atenção aos blogs também mexe com muitos pontos sensíveis: minha paixão pela tecnologia aplicada à comunicação, o fato de eu ser seduzida por este meio tão especial, a chacoalhada na imagem do velho jornalismo e nas relações em geral, a liberdade de expressão, a possibilidade de experimentação, a autonomia conquistada por quem publica...
Fico felicíssima ao identificar o que é tão particular a este novo meio de comunicação e não posso deixar de pensar em McLuhan e o seu "o meio é a mensagem". No mundo dos meios, sou mais Internet, embora adore a comodidade de leitura do veículo impresso, dentre eles o formato revista. Mas confesso que já me peguei querendo abrir link em matéria impressa, associar música, filme, cheiros e sabores a uma peça fraquinha, mas de tema bacana.
Para intermediar relações humanas, sou mais pra e-mail do que MSN (no qual a conversa perde partes e função diante de dois monólogos instantâneos), adoro um Orkut, fujo do telefone e me re-apaixonei pela "existência palpável" das cartas comuns assim que mudei de país (é, elas existem ainda e carregam sentimentos disfarçados em relatos do dia-a-dia e têm como estilo uma narrativa que considero muito gostosa).
Mas foi nos blogs que me realizei. Publicação com retorno, direito a réplica, tréplica e até "métrica". Cada endereço transpira a personalidade de seus donos. A essência vaza em cada escolha de palavra, de imagem, do nome do blog, de temas, de arranjos... É gente na versão pura, mesmo quando tentando projetar uma imagem. A tentativa de disfarçar já entrega. O blog não deixa, exige o sangue. É lindo!
Acho que demorei para reparar: mas onde está aquele texto da Bravo!, que um dia foi a revista mais bem escrita do Brasil? Tem coisas grosseiramente escritas lá dentro. Não precisava. Virou um panfletão dos programas culturais e mais nada. Leio a homenagem ao Paulo Francis que fizeram nesta última edição: tem a Sônia Nolasco em artigo excelente e o José Onofre - apesar de fora dos seus bons momentos -, mas só. Fiquei triste em constatar assim a decadência de uma revista da qual eu gostava tanto.
Harold Crick é um cara certinho. Desses neuróticos e entendiantes que os parentes chamam de "sistemático". É auditor da receita federal (nos EUA) e leva aquela vidavidavida, entendem? Daí que um dia ele vai auditar uma moça sexy e a parte comédia romântica do filme se instala.
Mas isso não é demérito. O filme é uma graça. Os efeitinhos de desenho animado são graciosos, assim como o ator e a atriz. Dustin Hoffman é que parece meio deslocado na trama, assim como o final do filme poderia ter solução melhor.
Harold Crick descobre, um dia, que é um personagem de romance. O livro ainda não está acabado e ele descobre essa loucura quando começa a escutar a voz da narradora em off. Para não pirar sozinho, procura um professor de teoria da literatura, daqueles bem ao estilo USP, e eles iniciam uma investigação cheia de piadinhas internas. Para entender os gracejos, é necessário saber um mínimo sobre o cânone literário ocidental.
Crick é convincente, já a fusão entre narrador e autor (na mesma pessoa, na mesma voz) parece atrapalhar as aulas de literatura da vida real. Vai-se explicar tudo de novo, mas depois de ver este filme, o narrador é o autor. Fazer o quê?
Paguei meia-entrada, sentei no meio da sala de projeção, comi uma trufa depois do filme e nem vou contar o final. Vale o ingresso.
Hoje de manhã(...), tentei postar alguma coisa(...) antes de viajar, mas criou-se a situação, insólita para mim, de(...) não conseguir entrar no proprio blog. Tentei postar alguma coisa como comentário e, na hora de salvar, perdi todo o conteúdo. Bem, cá estou...
Acabei de reler o O coração das trevas, de Conrad (onde se encontra, lá pelo fim do livro, a célebre exclamação "o horror, o horror..."). É certo que Conrad escreveu em inglês, que ele aprendeu depois dos vinte anos de idade. Ou seja, duvido que falasse inglês fluente. A tradução (inglês para português) é legal mas... tem alguma coisa esquisita. É algo como se um pintor habilidoso e destro machucasse a mão direita e pintasse com a esquerda.
Bem, deixa pra lá. O que eu queria dizer é que eu estava na fila do caixa do supermercado e cedi meu lugar para uma mulher grávida e logo atrás dela veio outra. As duas barrigudas se entalaram no corredor estreito, segurando bolsas e sacolas plásticas, dando umbigadas uma na outra, tentando se desvencilhar; uma agarrada ao carrinho de compras, a outra empurrando com as costas o rapaz que empacota as mercadorias e que tentava ajudar, enfiando os braços sob as axilas da segunda e tomando cuidado para não roçar a barrigona e os seios intumescidos... em certo momento as duas mulheres, ambas simpáticas, começaram a rir e uma delas falou: "oh, meu deus, que horror, que horror...!" Eu pensei: Conrad, você precisava ver isso...
Promovida pelo Centro Cultural Banco do Brasil, a mostra de cinema Olhares Neo-Realistas reúne 36 filmes do movimento italiano que influenciou o cinema moderno. Desde 03 de janeiro até o dia 28 janeiro na programação do CCBB-SP, ela entra na do CCBB de Brasília no dia 23 e se estende até 11 de fevereiro.
As principais características do Neo-Realismo são suas locações na rua, elenco de atores não-profissionais, equipes pequenas, poucos equipamentos e roteiro do cotidiano com a intenção de não ser apenas um cinema social, mas político, o que acabou gerando filmes de impacto sobre diversas cinematografias.
Mais do que fazer um panorama do movimento, a mostra também aborda suas influências e abrange desde clássicos, como Roma, Cidade Aberta, de Roberto Rossellini (1945), até extensões como Os Esquecidos, de Luís Buñuel (1950). É verdade que também apresenta filmes menores de diretores reconhecidos, como o filme de estréia de Luchino Visconti, Obsessão (1943) e Paisá (1946), do próprio Rosselini e parte da trilogia que começa com Roma, filmes povoados de clichês que parecem ter envelhecido, ao contrário de Roma e Os Esquecidos. Mas todos importantes para compreender seu contexto e principais personagens.
O diálogo do movimento com a cinematografia latino-americana estão em filmes como O Jovem Rebelde (Cuba, 1962), de Julio García Espinosa, e Os Inundados (Argentina, 1961), de Fernando Birri. Há também representantes brasileiros como O grande momento, de Roberto Santos (1958) e Agulha no Palheiro (1953), de Alex Viany.
Além da exibição dos filmes, o CCBB promove debates com historiadores, escritores e estudiosos brasileiros, além de aulas sobre o movimento. Também foi lançado um catálogo-livro com textos de diversos autores sobre o tema.
Mostra de filmes "Olhares Neo-Realistas"
Terça-feira a domingo: horários diversos
Ingressos por sessão: R$ 4,00 e R$ 2,00 (meia-entrada);
filmes exibidos em DVD têm entrada franca. Site oficial: www.bb.com.br/cultura
Horário de funcionamento da bilheteria: das 09h às 20h
Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Álvares Penteado, 112 - Centro - SP
(próximo às estações Sé e São Bento do Metrô)
Informações: 11 3113.3651 / 3113.3652