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Terça-feira,
6/2/2007
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Redação
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Contabilidade
Balanço do ano de 2007, o ano que ainda não começou:
Dias corridos até o momento: 34
Dias em que estive doente: 34
Dias em BH: 4
Dias em que saí de casa em BH: 1
Eventos visitados no único dia em que saí em BH: 2 (um casamento e um aniversário de 90 anos)
Nesses eventos:
Número de pessoas que se surpreenderam com a minha voltadefinitiva: impreciso.
Número de gente que perguntou se casei ou onde estão meus filhos: aproximadamente 7, em um dia.
Atualmente:
Número de pessoas que quero ver: 0
Número de pessoas que tenho vontade de estrangular: todas
Por Pilar Fazito, de volta à terra natal, blog Quero ser um repolho.
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Ana Elisa Ribeiro
6/2/2007 às 12h15
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Sobrevivência dos impressos
"A imprensa escrita atravessa a pior crise da história. Não apenas na França, mas por quase todo o mundo, jornais, incluindo o Le Monde diplomatique, são confrontados, há três anos, com uma queda constante do número de leitores. Isto enfraquece o equilíbrio econômico, coloca em risco sua sobrevivência e pode, portanto, ameaçar a pluralidade de opinião das democracias. As dificuldades por que passa, por exemplo, o diário francês Libération são sintomáticas de um estado geral alarmante da imprensa. Quais seriam as causas principais disso tudo?"
Ignacio Ramonet, diretor-presidente do jornal francês Le Monde diplomatique, fala sobre a Internet "que abalou a totalidade das práticas culturais (música, livro, cinema, televisão), e não poupa o campo da comunicação", e as estratégias de sobrevivência da publicação no editorial de janeiro (versão em português disponível na edição brasileira).
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Elisa Andrade Buzzo
6/2/2007 à 01h42
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Passei o Natal dormindo
Polzonoff, em sua mais nova encarnação, e em fotos no Flickr.
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Julio Daio Borges
6/2/2007 à 00h22
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Manhattan Connection, ontem
Ontem à noite (04/02/2007), no Manhattan Connection, o pessoal lembrava do Francis. Diogo Mainardi sentado ao lado de Sérgio Augusto; Lucas Mendes maestro da banda e o inquieto Caio Blinder. Havia outros e outras, mas não se manifestaram o suficiente para pesar na memória. Sonia Nolasco não pôde comparecer. Uma pena.
Caio Blinder é um sujeito gentil. Levou muita traulitada de Francis, para o divertimento geral, na época em que Paulo Francis estrelava (literalmente) o programa, mas falou de Francis como se fala de um amigo que se foi. Ou seja, os inimigos que Francis deixou têm muito o que aprender com o Caio. E os partidários de Francis, que adoravam a pancadaria verbal que Francis promovia em cima do "colega", recebem a lição de um gentleman. Bravo. Isso se aplica a nós, que só víamos a coisa na TV. Os dois eram amigos.
Diogo Mainardi, com modéstia, se defendeu da acusação (citada por ele mesmo) de imitador de Francis, dizendo, em outras palavras, que nem se quisesse conseguiria. Falou do impacto da imagem televisiva de Francis como algo que influenciou o jornalismo na mídia. Todos concordaram ou, pelo menos, consentiram.
A impressão geral era de que essa turma, tarimbada na convivência com o Francis, não se preocupou em montar um programa, uma pauta, e deixou a coisa fluir meio no improviso, um papo de amigos. Provavelmente a intenção tenha sido exatamente essa (como sempre). Mas a ocasião talvez exigisse uma certa solenidade ou apenas maior direcionamento de pautas. O resultado geral foi meio frouxo. Francis aparece uma única vez, numa de suas famosas interpretações de marchinhas de carnaval.
Sergio Augusto, calmo e talvez um pouco cansado, comentou o Francis escritor. Os livros que não foram devidamente assimilados pela crítica (com uma única exceção, que ele saiba); ele mesmo autor de uma breve apresentação, na época, sem maior entusiasmo. Lucas Mendes, gozador, comentando que lembrou ao Francis que o livro dele "tinha 53 personagens nas dez primeiras páginas" e que teve que ir anotando nomes numa folha para seguir, por exemplo, um personagem que é citado brevemente no início e reaparece lá no fim do livro...
De qualquer maneira a impressão que fica é que o Francis ainda faz falta. E, bem, o Francis escritor é pra mim assunto não esgotado. Pretendo (que Deus me ajude) rever esse negócio.
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Guga Schultze
5/2/2007 às 11h26
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Incompatibilidade...
- De gênios?
- Não. De lâmpadas.
Por Pilar Fazito, recém-separada, no blog Quero ser um repolho.
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Ana Elisa Ribeiro
5/2/2007 à 01h13
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Mal Secreto
Foto da AnaBetta, cujo blog linca pra nós.
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Julio Daio Borges
5/2/2007 à 00h27
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10 anos esta noite
Os dez anos da morte de Paulo Francis, que se completam amanhã hoje, passaram muito depressa. Principalmente quando seus amigos mais antigos recordam certas peripécias da convivência com ele e constatam, atônitos, que alguns desses episódios parecem ter acontecido há uma eternidade - quarenta anos. Um deles, e dos mais bonitos na trajetória de Francis, foi sua curta, mas brilhante temporada como editor da revista Diners, no Rio, em 1968 - uma publicação, tanto hoje como na época, maciçamente desconhecida do público, mas, então, muito admirada no meio e o sonho de inúmeros jornalistas cariocas, que adorariam colaborar nela. Não era apenas a revista intelectualmente mais sofisticada da imprensa brasileira e herdeira direta da respeitada Senhor (1958-1964). Era também a que pagava melhor - e no ato.
Ruy Castro, no Estadão, e no site da editora Francis, que colige as homenagens a Paulo Francis, falecido a 4 de fevereiro de 1997.
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Julio Daio Borges
4/2/2007 às 20h04
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Para quem acredita em amor
A realização do amor platônico é a sua morte. Poetas só sabem criar imaginando musas. Não há mortal que consiga virar musa em meio a panelas sujas na pia, falta de emprego e, principalmente, de contato físico. Não dá.
Vim, vi e não venci. Se perdi, eu ainda não sei. Enfim, apostei muita coisa nisso. Preciso me recolher e cuidar de mim mais uma vez.
O lugar da gente é onde a gente é amado. Independentemente de cidade, estado ou país.
Por Pilar Fazito, escritora mineira, no blog Quero ser um repolho.
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Ana Elisa Ribeiro
4/2/2007 às 12h09
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2007 enfim começou
Ressaca... mas uma ressacazinha mínima. Já tive piores. Acordei e comecei a me lembrar desde quando bebo. Não lembro a data exata, mas me lembro que a minha primeira grande paixão alcoólica foi o uísque, isso ainda na fase junkaça dos 17 aos 22. Eu escondia garrafas de Jack Daniels no guarda-roupa, para minha mãe não ver. Passada a fase do uísque, veio a fase da pinga, que bateu direitinho com o começo da faculdade. Batíamos cartão em cachaçarias (havia uma muuuito boa em Taubaté) e acabei até indo duas vezes ao Festival da Pinga, em Parati (e quero voltar lá). Depois foi vodka. Dois grandes amigos bebiam copos enormes no almoço, e eu não entendia como eles podiam gostar daquilo. Fui na deles, e adorei. Vodka passou a ser a minha principal companheira, no entanto, quando me mudei para São Paulo, acabei encontrando prazer em beber cerveja. Nas baladas entre 2001 e 2005, geralmente eu entornava de seis a dez latinhas (raramente mais que dez) por noite, e dormia feliz com os anjos dos bêbados. De um ano e pouco pra cá, as cervejas começaram a ficar mais tempo do que o normal na geladeira, e precisou que um amigo matasse as duas doses de vodka de uma garrafa que estava na geladeira fazia meses. Em baladas, a bebida principal passou a ser a caipirinha, de preferência de morango ou abacaxi. Já tenho um longo caso de amor com a caipirinha de abacaxi. A gente se encontra sempre em quiosques nas praias do litoral norte, ou mesmo Santos, e foi uma tremenda decepção não encontrar nem caipirinha de morango, nem de abacaxi, em mais de dez quiosques da orla de Copacabana, no réveillon. Como assim, só há a "tradicional caipirinha de limão"? Tudo bem que uma das melhores caipirinhas que já provei tenha sido uma de lima, em Santa Tereza, nesta mesma viagem ao Rio de Janeiro, mas ignorarem o sabor da caipirinha de morango é uma afronta. Ontem, o porre foi de cerveja. Não contei quantas, mas serviu para desarranjar meu estômago, e me fazer sentir vivo. Um brinde à ressaca.
Marcelo Costa, no editorial do Scream & Yell (porque o Digestivo foi site do ano de 2006, no Top Seven S&Y 2006, junto com YouTube, MySpace e Last.fm...)
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Julio Daio Borges
2/2/2007 à 00h37
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Duas desculpas e uma meditação
Caros leitores, primeiro me desculpo por nas próximas linhas colocar o foco em Tom Jobim, "esquecendo-me", assim, de falar sobre Toquinho, Vinícius de Moraes, Miúcha, entre tantos outros músicos que ajudaram o gênio a se desenvolver e ser ou ter o reconhecimento que possui hoje.
Minhas segundas desculpas vão aos que esperam deste humilde texto uma análise matemática das letras, composições, enfim, das belas poesias de Tom. Isso, deixo com os especialistas. Só lhes garanto uma coisa: li e estudei o Compositor (com letra maiúscula mesmo) para deixar aqui uma meditação.
A felicidade é complicada, e "é por ela ser assim tão delicada, que eu sempre trato dela muito bem".
Não é de hoje que a sociedade esqueceu dos pequenos gestos: obrigado, seja feliz, boa sorte e tudo bem? (querendo mesmo saber a resposta).
As pessoas são hipócritas e más, e, talvez seja por isto que "Passarim quis pousar, não deu, voou, porque o tiro partiu, mas não pegou".
A individualidade exacerbada, o egoísmo, a falta de reflexão, faz o mundo selvagem e competitivo.
Poucos são os que param para ler um bom livro, ouvir uma boa música (que não seja no carro indo para o trabalho) e dedicam parte do seu dia ao ócio, ao prazer, a descobrir a beleza do mar, do céu, das estrelas e por que não da alma, do espírito e de como o mundo poderia ser, mas não é, por pouco...
Mas o que mais incomoda é o "não é comigo", é olhar o pobre e achar que a culpa da pobreza é a preguiça e a da preguiça é a inveja.
O Brasil está cheio de desculpas tangentes!
Já dizia Chico Buarque: "dinheiro é bom para comprar uísque, charuto e pagar o aluguel. Quando o dinheiro é tudo, a vida vira a maior chatice".
E completa Noel Rosa: "Quanto a você, da aristocracia, tem dinheiro, mas não compra a alegria. Há de viver eternamente sendo escravo dessa gente que cultiva a hipocrisia".
O que eu quero dizer com tudo isso, e acho que eles quiseram dizer também, é que precisamos desenvolver nosso lado poético, metafísico, improvisador (uma das melhores qualidades de Tom), para alcançarmos uma vida mais sadia, menos estressada, mais pura.
Já que "pobre de quem acredita na glória e no dinheiro para ser feliz", porque mesmo no peito dos desafinados bate um coração, espero, sinceramente, que aos poucos comecemos a dar mais valor ao ser do que ao ter, pois isto sim será a promessa de vida no seu coração.
Uma sugestão: façamos como nas composições do Poeta: tudo tão simples, mas tão profundo...
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Postado por
Daniel Bushatsky
1/2/2007 às 14h59
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