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Quarta-feira,
28/2/2007
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Redação
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Oferenda
OLÁ POVOS, OLÁ GENTES
para ana elisa ribeiro
se os meninos a mim não vêm, aos
meninos então eu vou, albatroz-altazor,
vôo maduro do condor, quebro o muro
de berlim mais uma vez, corto em tiras
o couro cru das gerações.
aos 55, muito já vivi, quantos trens perdi,
quantas barcaças virei, quantos portas
chutei, quantas facas esmurrei, e a noite,
a noite do tempo incessante, a noite
eu a recebo com sol, o sol do farol
dos que já vêm.
se os meninos a mim não vêm, aos
meninos então eu vou, um pé
e outro pé, essa mão e outra mão, a ponte,
eis a ponte que ainda resiste, eis o vau
do rio passante, eis o sol do farol
dos que já vêm.
sem sossego no desassossego, sigo
o curso da contracorrente. os meninos
estão com 20, 30, 40, por eles
passo com pés escreventes, dou-lhes,
com lentitudes, o meu bom-dia,
dou-lhes o boa-noite, sei
que a pressa nuvem-ave, ora direis,
turva os ouvintes,
mesmo assim, digo, do alto dos 55:
"olá povos, olá gentes".
Do escritor Paulinho Assunção, que linca para nós e resolveu presentear esta colunista.
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Ana Elisa Ribeiro
28/2/2007 às 22h08
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Blogs de jornalistas triloaded
Recentemente todos os portais e sites de jornais recorreram ao uso de blogs, essa ferramenta tão "hypada" (...). Mas não é difícil constatar que os "blogs" hospedados em portais [jornalísticos] não conversam efetivamente com outros blogs, uma vez que só linkam ou "trackbackam" notícias publicadas no próprio portal que lhes oferece hosting (hospedagem).
Não interagem efetivamente com a blogosfera, assemelhando-se mais a colunas tradicionais meramente travestidas de blogs, até porque não possuem a liberdade que a ferramenta blog deveria lhes oferecer. Além disso, são tolhidos no tema dos posts (vide o caso da Soninha Francine, que foi proibida de escrever sobre política em seu blog na Folha Online...).
(...)Ainda tergiversando sobre as diferenças entre blogueiros e colunistas de jornais, eis uma diferença fundamental: nos blogs, a repercussão de um texto surge pouquíssimo tempo após sua publicação, e vêm vem na forma de comentários e e-mails recebidos.
Blogueiros interagem com seus leitores, escrevem posts a partir dos feedbacks recebidos, deixam comentários nos blogs daqueles que visitaram sua página. O tempo de resposta de um colunista de jornal obviamente é muito mais "pausado" e limitado pelas restrições impostas pelo veículo em que escreve...
Alexandre Inagaki, em entrevista, dando também a sua versão de "por que os blogs de jornalistas não funcionam"...
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Julio Daio Borges
28/2/2007 à 00h21
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Criação Literária na AIC
Começaram no início de fevereiro as palestras do curso de Criação Literária da Academia Internacional de Cinema - AIC, em São Paulo, com a participação de editores como Fernando Paixão, da Editora Ática, além de jornalistas e escritores que fazem parte do seu corpo docente. O curso tem como objetivo formar escritores nas áreas de ficção (conto, romance e novela), poesia e não-ficção (biografias, reportagens e críticas).
À primeira vista pretensioso, Flávia Rocha, jornalista, uma das editoras da revista literária norte-americana Rattapallax, poeta, co-fundadora da AIC e coordenadora do curso, o explica. "É o sonho de todo aspirante a escritor estudar com os grandes mestres, aprender na prática e dedicar-se à criação de uma linguagem e um estilo próprio em seus textos. Voltado para a produção, é diferente dos tradicionais cursos de letras oferecidos nas universidades e mais abrangente do que uma oficina de criação, com a oportunidade de um diálogo mais amplo sobre literatura contemporânea a partir dos encontros e debates com diversos autores".
O curso ainda merece atenção por ser a primeira investida da AIC na área literária, instituição reconhecida por seus cursos completos na área cinematográfica, nos quais em um ano apresenta conteúdo que abrange todas as áreas cinematográficas (Filmworks) e, no segundo, especializações em direção, produção, direção de arte ou fotografia (Crafts).
Com foco contemporâneo, Criação Literária tem duração de um ano e sua grade curricular é composta por três aulas semanais, sendo uma voltada para palestras com convidados. No segundo semestre, os alunos escolhem em qual das três áreas querem se especializar. Não há pré-requisitos para a matrícula.
Márcia Tiburi, João Silvério Trevisan, Marcelino Freire, Wagner Carelli e Marcelo Rezende são algumas personalidades que compõem seu corpo docente. Além das aulas, a programação do curso prevê um sarau por mês com convidados e, no final do ano, os alunos apresentam um trabalho que será o começo de uma obra de sua autoria.
A AIC também oferece cursos opcionais como consultorias e workshops nas áreas de tradução e roteiro cinematográfico.
Mais informações no site da AIC.
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Marília Almeida
27/2/2007 às 18h38
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Maultaschen no Bier & Mais
Segundo a Wikipedia, maultaschen é uma versão alemã do ravióli italiano, só que em formato maior. Tradicionalmente é recheado com carne. Conta-se que a receita foi criada no monastério de Maulbronn e que originalmente levava um nome ainda mais complicado de escrever e para nós, impronunciável: "Herrgottsbscheißerle". A tradução seria "os pequeninos que enganam o Senhor". Isso porque o prato era uma maneira de driblar as regras da quaresma: os monges continuavam a comer carne no período, mas escondidinha no meio da massa.
Quando nós provamos o maultaschen no simpático Bier & Mais, de Karin Schmid, ainda era véspera de carnaval e estávamos oficialmente fora do tempo da quaresma. Ou seja, não estávamos tentando enganar a nenhum Senhor, a não ser o Senhor dos Ponteiros da Balança, ao dizer: "Veja, meu Deus, é apenas uma massinha, de digestão rápida!". Mas Ele há de entender e ser compassivo, além de considerar que tenho freqüentado assiduamente a academia, INCLUSIVE EM DIAS DE CHUVA (o que deve queimar calorias duplamente).
Ele há de compreender também que seria muito difícil resistir diante do prato de maultaschen ricamente perfumado, com molho de mostarda escura e acompanhados de salada de batatas que nós degustamos no salão tranqüilo do restaurante enquanto os paulistanos foliões entupiam as estradas em direção à praia.
Além dos raviólis alemães, também gostamos muito da mostarda caseira disponível na mesa, dotada de um amarelo vibrante e sabor bastante picante e amargo no final.
Para a sobremesa, pedimos o clássico strudell (que tem a massa feita ali mesmo no Bier & Mais) e outra receita de nome comprido: Kaiserschmarren. Trata-se de uma panqueca recheada com passas, cortada em pedaços, passada no açúcar e canela, coberta com calda de frutas vermelhas e vinho. E ainda por cima em uma porção muito bem servida.
O cardápio da casa tem ainda outras delícias, como trutas, salmão, carnes e, no inverno, fondues. Entre as bebidas, o destaque é para as cervejas, como a Erdinger e a Wersteiner. Mas quem quiser provar os raviólis que enganam o Senhor, tem que correr, porque o festival do maultaschen termina no dia 3 de março.
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Adriana Carvalho
27/2/2007 às 18h17
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Um mundo com mais cor
Não sei se vocês repararam, mas de uns tempos para cá apareceram, como por mágica, uns desenhos bacanas no Digestivo Cultural. Quando fui procurar a origem do fenômeno, acabei ganhando eu mesmo um desenho de presente, que ilustra a minha coluna "Vale a pena publicar de novo". Dêem boas vindas ao multimídia Guga Schultze. Como seu tempo é escasso, vamos ficar na torcida para que nos presenteie com suas ilustrações sempre que possível.
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Ram Rajagopal
27/2/2007 às 08h25
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duas, com bastante recheio
Preciso pensar em receitas, comidinhas gostosas, fazer vento, beber muita água e ler alguma coisa. Tudo para tentar preencher uma espécie de vazio "gigantoso" que se instalou neste ser que vos escreve. Veio hoje, dois dias depois de cumprir a mais nobre e árdua tarefa dos últimos tempos. Percorri o caminho, atravessei o rio, cheguei aqui. Fiquei feliz. Até colei um dia no outro. Nos últimos metros, com tudo pronto, fiz 24 horas de claro, sem baixar as pálpebras (até que foi divertido). Fiz a HP guspir 900 páginas divididas em 6 montinhos. Encadernaram. Coube tudo numa caixa de R$ 5,00 reais do Sedex e por R$ 27,30 fizeram minha dissertação viajar 450km e chegar ao destino. Tudo certo. Mas e agora? Será que é assim também quando uma mãe faz a "parição"? Será que é? As pessoas dizem tanta coisa e você fica, sabe, tentando interpretar o que algumas dizem. Não dá, a cabeça ainda tá na rotação+translação. E agora o sono é um piano que cai em cima de você. O sol tem que chamar muitas vezes até você escutar. Escovando os dentes surge um sorrisinho: "Tá acabou, beleza". É. Pois é. Mas, por outro lado, será que o vazio não é um sentimento interno de culpa por ter assistido a novela e um pedaço do Big Brother ontem? Por via das dúvidas, acho que vou pedir uma pizza e promover a extinção desse vazio "choraminesco".
Reges Toni Schwaab, no > [ e R R u D ! t 0 ] ..., que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
27/2/2007 à 00h16
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Um bom par de tênis
Estou arriscando uma nova prática. Descobri que, depois de tanto tempo com as caminhadas, sou capaz de correr. Longe de ser um "forrest", mas já consigo dar duas voltas no parque farroupilha sem desabar em cansaço. Fico um farrapo pelo suor, mas com alguma quantidade interessante de endorfinas circulando pelos neurônios. Minha nova droga. Gratuita. Uma droga de consumo livre, sem restrições.
As caminhadas eram a razão. Observava os ambientes, os contrastes. Ouvia até mesmo os pássaros, e podia ler alguma placa com o RG da árvore. Podia acompanhar o emagrecimento da menina. Conseguia até mesmo ouvir seu iPode gritando nos ouvidos, como um professor na aula de localizada.
Percebia o passar das semanas pela mãe, grávida de sete ou oito meses, que agora caminha empurrando o filho no carrinho. Percebia as ofertas, os alunos debandando na saída da aula, os encontros e as brigas. Caminhar é enviar uma carta para si mesmo. É escolher as frutas com calma, sem apertar. Caminhar é mastigar antes de engolir. É trocar o barulho do vento pelo silêncio. É focar o horizonte com grande angular.
A corrida se tornou meu sentimento. Minha paixão. Detona a razão pela imersão em endorfinas. Tudo que percebia nas caminhadas passa depressa demais. Não me apego mais aos detalhes. O mastigar dos pés na areia ficou mais voraz. Não sinto o gosto. Me sacio. As placas não servem mais como sinalização. São pequenos traços, borrões. Correr é estar apaixonado. É observar o horizonte em zoom. Difícil perceber o que acontece próximo de nós. É dar palpite sem pensar. É andar de mãos dadas com a imaginação. É desconfiar da raiz, e simplesmente passar por cima, sem desviar. Correr é acelerar os sentimentos, sem medo de escorregar em dúvidas.
Rocha, no Síntese, que linca pra nós (porque, às vezes, parece o Carpinejar...)
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Julio Daio Borges
26/2/2007 à 00h10
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Pizzaria São Paulo
Talvez essa afirmação crie polêmica, mas para mim, a melhor pizzaria de São Paulo está em Ubatuba. Chama-se Pizzaria São Paulo e fica em uma casa centenária restaurada no centro da cidade. Tem mais de quarenta sabores no cardápio, incluindo receitas de casas tradicionais da capital como o Braz e Primo Basílico. A de abobrinha é a minha preferida. A do Francisco, meu filho, é a pizza "de nada". É que quando estivemos lá ele estava numa fase de querer comer só a "casquinha" (conhecida como borda), sem recheio (um ultraje, mas o que se vai fazer?). Ele me disse, ao sentar no cadeirão:
- Mamãe, pede uma pizza de nada pra mim?
Para surpresa dele (e minha também), veio a tal pizza de nada, que na verdade se chama corniccione: é uma massa de pizza fininha assada com sal e orégano, própria para a entrada e que se come com azeite.
Aliás, os azeites! Eles contaram muito na hora de eleger a Pizzaria São Paulo como a minha predileta. Há mais de vinte tipos disponíveis, de várias procedências: gregos, portugueses, italianos, espanhóis, orgânicos até. Da primeira vez que fomos lá, o dono percebeu o quanto somos malucos por azeite e foi trazendo um por um para experimentarmos, falando de sua origem, tipo de azeitona usada etc. Quem pede a pizza para viagem, ganha uma minigarrafinha de extra-virgem Colavita. É um mimo que denota o capricho da casa.
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Adriana Carvalho
23/2/2007 às 14h37
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No Brasil, de braços abertos?
Vamos a alguns fatos:
* Mais de um ano de demora para a entrega da renovação da "identidade de residente permanente";
* Um grupo de pessoas competentes literamente expulsas por sua crença religiosa;
* 600 engenheiros barrados pelo corporativismo de um sindicato politicamente aliado a requerimentos burocráticos impossíveis de serem preenchidos;
* Grandes professores e cientistas, refugiados de um país em desmanche, barrados por suas opções políticas e pelo velho corporativismo das universidades;
* Pedido de mais de 5 cartas diferentes, conta bancária, referências... (e nada consta para 5 vistos de "turista" a empresários milionários da Índia...);
* * *
Que país é este? Os Estados Unidos são fogo, não é? Infelizmente, todos os itens acima se referem ao Brasil... O imigrante em questão é minha mãe que mora, aqui, há mais de trinta anos, e que tem de renovar sua carteira de identidade a cada dez anos pela lei.
O grupo de pessoas expulsas foram os judeus que procuraram refúgio em Nova York, formando as primeiras sinagogas, e com sua riqueza alimentando, e construíndo, muito da cultura, inclusive as universidades norte-americanas... (Muitos cientistas judeus foram rechaçados quando tentaram fugir da Rússia, e mais tarde da Alemanha, e vir para o Brasil...)
Os 600 engenheiros chineses estão barrados, conforme notícia no jornal de hoje, num exemplo de corporativismo e falta de vergonha das "entidades profissionais" e do gobierno brasileño. (No resto do mundo, do Canadá ao Paquistão, os engenheiros são bem recebidos, porque os outros engenheiros sabem que sempre podem aprender com eles...)
E o país em desmanche? A União Soviética! Na década de 90, as universidades brasileiras rejeitaram muitas dezenas de grandes nomes da ciência, que fugiam da URSS e viam para o Brasil, um paraíso tropical, onde poderiam continuar suas carreiras... Alguns dos grandes nomes da teoria de controle, por exemplo, da física de semicondutores, do laser... cogitaram refúgio no Brasil (prontamente negado pelas universidades brasileiras). A COPPE no Brasil só foi fundada devido à visão do Prof. Alberto Coimbra, que indo contra tudo, e todos, contratou professores estrangeiros na década de 70... Depois disso, nos fechamos no nosso casulo tropicalóide!
O grupo de 5 seniors indianos... que passou pelo constrangimento? Alguns dos maiores empresários da área química indiana, que queriam passar o carnaval no Rio de Janeiro, e vieram gastar aqui dezenas de milhares de dólares, em produtos e serviços, coisa completamente desnecessária para uma cidade rica como o Rio de Janeiro...!
* * *
Por estas e por outras que, quando Einstein visitou o Brasil em 1925 (e quase foi barrado no aeroporto por alguns funcionários públicos burrocratas), disse o seguinte:
"Em 1º de junho voltei da América do Sul. Foi uma grande agitação sem interesse verdadeiro, mas também algumas semanas de repouso durante a travessia.(...) Para achar a Europa alegre é preciso visitar a América. Na realidade, as pessoas de lá são desprovidas de preconceitos, mas elas são, na sua grande maioria, vazias e pouco interessantes, mais do que as daqui."
* * *
Para aqueles que acreditam que o Brasil é o paraíso dos imigrantes, nada mais longe da verdade. É o paraíso do imigrante que já vem abarrotado de dinheiro, e está aqui atrás de uma esposa ou de uma aposentadoria... No geral, somos um país intolerante com a cultura alheia, extremamente protecionista, e sem nenhuma visão profunda sobre a cultura e o conhecimento... Mais algumas décadas assim e poderemos passar a nos lamentar também que o gigante adormecido não consegue ser igual à China ou à Índia. Agradeçam aos burocratas, profissionais atrasados e sindicatos de plantão.
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Ram Rajagopal
23/2/2007 às 10h46
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Media Vs. Media Institutions
First, let's agree that "media" is anything that people want to read, watch or listen to, amateur or professional.
The difference between the "old" media and the "new" is that old media packages content and new media atomizes it.
Old media is all about building businesses around content. New media is about the content, period. Old media is about platforms. New media is about individual people.
(Note: "old" does not mean bad and "new" good - I do, after all, run a very nicely growing magazine/old media business.)(...)
In short, We Media is alive and well. It's just the would-be We Media institutions that are not. A phenomenon is not necessarily a business. That doesn't make it any less of a phenomenon.
Chris Anderson defendento o We the Media (porque a discussão vai ficando cada vez mais complicada...).
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Postado por
Julio Daio Borges
23/2/2007 à 00h08
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