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Quinta-feira,
1/3/2007
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Redação
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Pra entender a Lei Rouanet
A consultoria Quixote Art & Eventos realiza em São Paulo no mês de março o curso Gestão Cultural: A Formatação de Projetos Culturais e a Captação de Recursos, que terá como enfoque a compreensão da Lei Rouanet e mostrará aos alunos algumas estratégias e alternativas para a abordagem junto a iniciativa privada. As aulas acontecem aos sábados pela manhã, das 8h30 às 12h30, nos dias 10, 17, 24 e 31 de março, no auditório do Sindicato das Secretárias do Estado de São Paulo (Rua Tupi, 118, bairro de Santa Cecília, próximo ao metrô Marechal Deodoro). O curso será ministrado pelo escritor, radialista e produtor cultural Marcelo Miguel. Mais informações pelo e-mail [email protected].
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Adriana Carvalho
1/3/2007 às 10h29
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Obsessão por números
Bom, eu já disse em algum lugar que o Brasil é o pais do achismo. Que faltam números, estatísticas, informação para embasar opiniões e pontos de vista. Isto não quer dizer que precisam fazer como na coletiva de imprensa "Panorama 2007", promovido pela Deloitte Touche ontem.
A coletiva foi para apresentar os resultados de uma pesquisa com empresários sobre o estado da indústria privada no Brasil, e as expectativas. Fomos apresentados, slide após slide de números, a algumas informações pertinetes, e muitas outras nem tanto. Os números, o excesso deles, sem descobrir nenhuma novidade, sem mostrar nada além do que já se sabia antes, foram a justificativa para reunir um monte de jornalistas numa sala. Eu acredito que eles foram lá porque recebem para preencher as páginas monótonas da seção de economia. Depois da apresentação as únicas perguntas que passaram pela moderadora foram perguntas pro forma, aquelas típicas do atual estado do jornalismo brasileiro, como por exemplo "no slide 19 você disse que o crescimento será de 18.5%. É anual ou crescimento em ano de caixa?".
Infelizmente as duas perguntas que fiz, foram respondidas com "este tema não foi abordado no estudo". Ou seja: se não houve uma questão do tema na ficha de questionário enviada aos empresários, não existe a menor hipótese do consultor ter uma opinião sobre o assunto baseado em sua experiência... Uma das perguntas se referia ao investimento empresarial no ramo de cultura. No Brasil, nos ressentimos da ausência de verdadeiros empreendimentos privados em cultura. Somos uma espécie de capital do comunismo cultural, e quase todos os projetos que andam são paitrocinados pelo governo. Mas existe um mercado grande para produtos culturais. Será que empresários pensam em investir nele seriamente, para ter lucro?
Estar preso a números, e gráficos, é tão ruim quanto estar preso a achismos... A única conclusão que eu tirei da coletiva de ontem é que realmente o jornalismo no Brasil chegou ao fim da linha, se depender dos jornalistas presentes na coletiva. Estadão, Folha, Veja, todos lá presentes, mas nenhum deles preparados nem com perguntas incisivas, nem com entusiasmo... Um festival de burocratas apagados. Tudo bem que a coletiva foi chatíssima. Mas não seria o caso de torná-la interessante baseando-se na cultura pessoal de cada um? De repente, estou mal acostumado com os meus ambientes de trabalho...
Post Scriptum
Este comportamento incolor dos jornalistas explica porque o único e maior anunciante da maioria das publicações é o governo, que com verba pública compra a consciência da maioria dos editores. Afinal, quem sua para ganhar seu dindim privado, não vai investir em uma mídia que não chama a atenção, e cujo maior valor é tentar permanentemente manter o status quo à base da antigüidade... Já dizia um técnico de futebol: se antigüidade escalasse jogador, Matusalém era titular no meu time.
Ah, sim, houve uma pergunta sobre educação... que foi tão boa, mas tão boa que, no afã de não desagradar a ninguém, o apresentador a deixou sem resposta...
Nota do Editor
Leia também "Cacá Diegues e os jornalistas"
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Ram Rajagopal
1/3/2007 às 08h11
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Este blog não fala sério
Falar sério é coisa para humoristas. Este blog não é um diário. Pela freqüência de atualizações, chega no máximo a hebdomadário. Este blog não se presta a nada construtivo. Construtivismo é coisa para quem quer derrubar o sistema. Este blog não se propõe a derrubar o sistema. Isso é coisa para acomodados. Este blog não é opinativo. Quem opina o rabo empina. Para que diabos, então, esse blog serve? Segundo estudos realizados pelo IMBECIL (Instituto de Monitoramento de Blogueiros Escancaradamente Copiadores do Ivan Lessa), este blog só serve para três coisas, sendo que para duas delas já existe o calço de mesa. Então, resta à nossa embarcação adernar a estibordo, içar a giba e a bujarrona, afiar as espadas, engatilhar os bacamartes, lotar o porão de pólvora e deixar carregados todos os canhões para, assim que passarmos pela Esquadra de Caça aos Trocadilhos, viramos para o lado e assobiarmos "God Save the Queen" baixinho. Sim, sim, vocês têm razão: na verdade o estilo deste almirante que vos posta nem lembra tanto o do Lessa; parece mais uma imitação capenga do já combalido texto do Nelson Moraes - mas não digam isso ao Edney ou ao Inagaki porque aí eu danço no portal...
Nelson Moraes, no Ao Mirante, Nelson!, que também linca pra nós (sobre a estréia do mais novo portal de blogs da internet brasileira...)
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Julio Daio Borges
1/3/2007 à 00h08
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Oferenda
OLÁ POVOS, OLÁ GENTES
para ana elisa ribeiro
se os meninos a mim não vêm, aos
meninos então eu vou, albatroz-altazor,
vôo maduro do condor, quebro o muro
de berlim mais uma vez, corto em tiras
o couro cru das gerações.
aos 55, muito já vivi, quantos trens perdi,
quantas barcaças virei, quantos portas
chutei, quantas facas esmurrei, e a noite,
a noite do tempo incessante, a noite
eu a recebo com sol, o sol do farol
dos que já vêm.
se os meninos a mim não vêm, aos
meninos então eu vou, um pé
e outro pé, essa mão e outra mão, a ponte,
eis a ponte que ainda resiste, eis o vau
do rio passante, eis o sol do farol
dos que já vêm.
sem sossego no desassossego, sigo
o curso da contracorrente. os meninos
estão com 20, 30, 40, por eles
passo com pés escreventes, dou-lhes,
com lentitudes, o meu bom-dia,
dou-lhes o boa-noite, sei
que a pressa nuvem-ave, ora direis,
turva os ouvintes,
mesmo assim, digo, do alto dos 55:
"olá povos, olá gentes".
Do escritor Paulinho Assunção, que linca para nós e resolveu presentear esta colunista.
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Ana Elisa Ribeiro
28/2/2007 às 22h08
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Blogs de jornalistas triloaded
Recentemente todos os portais e sites de jornais recorreram ao uso de blogs, essa ferramenta tão "hypada" (...). Mas não é difícil constatar que os "blogs" hospedados em portais [jornalísticos] não conversam efetivamente com outros blogs, uma vez que só linkam ou "trackbackam" notícias publicadas no próprio portal que lhes oferece hosting (hospedagem).
Não interagem efetivamente com a blogosfera, assemelhando-se mais a colunas tradicionais meramente travestidas de blogs, até porque não possuem a liberdade que a ferramenta blog deveria lhes oferecer. Além disso, são tolhidos no tema dos posts (vide o caso da Soninha Francine, que foi proibida de escrever sobre política em seu blog na Folha Online...).
(...)Ainda tergiversando sobre as diferenças entre blogueiros e colunistas de jornais, eis uma diferença fundamental: nos blogs, a repercussão de um texto surge pouquíssimo tempo após sua publicação, e vêm vem na forma de comentários e e-mails recebidos.
Blogueiros interagem com seus leitores, escrevem posts a partir dos feedbacks recebidos, deixam comentários nos blogs daqueles que visitaram sua página. O tempo de resposta de um colunista de jornal obviamente é muito mais "pausado" e limitado pelas restrições impostas pelo veículo em que escreve...
Alexandre Inagaki, em entrevista, dando também a sua versão de "por que os blogs de jornalistas não funcionam"...
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Julio Daio Borges
28/2/2007 à 00h21
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Criação Literária na AIC
Começaram no início de fevereiro as palestras do curso de Criação Literária da Academia Internacional de Cinema - AIC, em São Paulo, com a participação de editores como Fernando Paixão, da Editora Ática, além de jornalistas e escritores que fazem parte do seu corpo docente. O curso tem como objetivo formar escritores nas áreas de ficção (conto, romance e novela), poesia e não-ficção (biografias, reportagens e críticas).
À primeira vista pretensioso, Flávia Rocha, jornalista, uma das editoras da revista literária norte-americana Rattapallax, poeta, co-fundadora da AIC e coordenadora do curso, o explica. "É o sonho de todo aspirante a escritor estudar com os grandes mestres, aprender na prática e dedicar-se à criação de uma linguagem e um estilo próprio em seus textos. Voltado para a produção, é diferente dos tradicionais cursos de letras oferecidos nas universidades e mais abrangente do que uma oficina de criação, com a oportunidade de um diálogo mais amplo sobre literatura contemporânea a partir dos encontros e debates com diversos autores".
O curso ainda merece atenção por ser a primeira investida da AIC na área literária, instituição reconhecida por seus cursos completos na área cinematográfica, nos quais em um ano apresenta conteúdo que abrange todas as áreas cinematográficas (Filmworks) e, no segundo, especializações em direção, produção, direção de arte ou fotografia (Crafts).
Com foco contemporâneo, Criação Literária tem duração de um ano e sua grade curricular é composta por três aulas semanais, sendo uma voltada para palestras com convidados. No segundo semestre, os alunos escolhem em qual das três áreas querem se especializar. Não há pré-requisitos para a matrícula.
Márcia Tiburi, João Silvério Trevisan, Marcelino Freire, Wagner Carelli e Marcelo Rezende são algumas personalidades que compõem seu corpo docente. Além das aulas, a programação do curso prevê um sarau por mês com convidados e, no final do ano, os alunos apresentam um trabalho que será o começo de uma obra de sua autoria.
A AIC também oferece cursos opcionais como consultorias e workshops nas áreas de tradução e roteiro cinematográfico.
Mais informações no site da AIC.
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Marília Almeida
27/2/2007 às 18h38
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Maultaschen no Bier & Mais
Segundo a Wikipedia, maultaschen é uma versão alemã do ravióli italiano, só que em formato maior. Tradicionalmente é recheado com carne. Conta-se que a receita foi criada no monastério de Maulbronn e que originalmente levava um nome ainda mais complicado de escrever e para nós, impronunciável: "Herrgottsbscheißerle". A tradução seria "os pequeninos que enganam o Senhor". Isso porque o prato era uma maneira de driblar as regras da quaresma: os monges continuavam a comer carne no período, mas escondidinha no meio da massa.
Quando nós provamos o maultaschen no simpático Bier & Mais, de Karin Schmid, ainda era véspera de carnaval e estávamos oficialmente fora do tempo da quaresma. Ou seja, não estávamos tentando enganar a nenhum Senhor, a não ser o Senhor dos Ponteiros da Balança, ao dizer: "Veja, meu Deus, é apenas uma massinha, de digestão rápida!". Mas Ele há de entender e ser compassivo, além de considerar que tenho freqüentado assiduamente a academia, INCLUSIVE EM DIAS DE CHUVA (o que deve queimar calorias duplamente).
Ele há de compreender também que seria muito difícil resistir diante do prato de maultaschen ricamente perfumado, com molho de mostarda escura e acompanhados de salada de batatas que nós degustamos no salão tranqüilo do restaurante enquanto os paulistanos foliões entupiam as estradas em direção à praia.
Além dos raviólis alemães, também gostamos muito da mostarda caseira disponível na mesa, dotada de um amarelo vibrante e sabor bastante picante e amargo no final.
Para a sobremesa, pedimos o clássico strudell (que tem a massa feita ali mesmo no Bier & Mais) e outra receita de nome comprido: Kaiserschmarren. Trata-se de uma panqueca recheada com passas, cortada em pedaços, passada no açúcar e canela, coberta com calda de frutas vermelhas e vinho. E ainda por cima em uma porção muito bem servida.
O cardápio da casa tem ainda outras delícias, como trutas, salmão, carnes e, no inverno, fondues. Entre as bebidas, o destaque é para as cervejas, como a Erdinger e a Wersteiner. Mas quem quiser provar os raviólis que enganam o Senhor, tem que correr, porque o festival do maultaschen termina no dia 3 de março.
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Adriana Carvalho
27/2/2007 às 18h17
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Um mundo com mais cor
Não sei se vocês repararam, mas de uns tempos para cá apareceram, como por mágica, uns desenhos bacanas no Digestivo Cultural. Quando fui procurar a origem do fenômeno, acabei ganhando eu mesmo um desenho de presente, que ilustra a minha coluna "Vale a pena publicar de novo". Dêem boas vindas ao multimídia Guga Schultze. Como seu tempo é escasso, vamos ficar na torcida para que nos presenteie com suas ilustrações sempre que possível.
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Ram Rajagopal
27/2/2007 às 08h25
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duas, com bastante recheio
Preciso pensar em receitas, comidinhas gostosas, fazer vento, beber muita água e ler alguma coisa. Tudo para tentar preencher uma espécie de vazio "gigantoso" que se instalou neste ser que vos escreve. Veio hoje, dois dias depois de cumprir a mais nobre e árdua tarefa dos últimos tempos. Percorri o caminho, atravessei o rio, cheguei aqui. Fiquei feliz. Até colei um dia no outro. Nos últimos metros, com tudo pronto, fiz 24 horas de claro, sem baixar as pálpebras (até que foi divertido). Fiz a HP guspir 900 páginas divididas em 6 montinhos. Encadernaram. Coube tudo numa caixa de R$ 5,00 reais do Sedex e por R$ 27,30 fizeram minha dissertação viajar 450km e chegar ao destino. Tudo certo. Mas e agora? Será que é assim também quando uma mãe faz a "parição"? Será que é? As pessoas dizem tanta coisa e você fica, sabe, tentando interpretar o que algumas dizem. Não dá, a cabeça ainda tá na rotação+translação. E agora o sono é um piano que cai em cima de você. O sol tem que chamar muitas vezes até você escutar. Escovando os dentes surge um sorrisinho: "Tá acabou, beleza". É. Pois é. Mas, por outro lado, será que o vazio não é um sentimento interno de culpa por ter assistido a novela e um pedaço do Big Brother ontem? Por via das dúvidas, acho que vou pedir uma pizza e promover a extinção desse vazio "choraminesco".
Reges Toni Schwaab, no > [ e R R u D ! t 0 ] ..., que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
27/2/2007 à 00h16
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Um bom par de tênis
Estou arriscando uma nova prática. Descobri que, depois de tanto tempo com as caminhadas, sou capaz de correr. Longe de ser um "forrest", mas já consigo dar duas voltas no parque farroupilha sem desabar em cansaço. Fico um farrapo pelo suor, mas com alguma quantidade interessante de endorfinas circulando pelos neurônios. Minha nova droga. Gratuita. Uma droga de consumo livre, sem restrições.
As caminhadas eram a razão. Observava os ambientes, os contrastes. Ouvia até mesmo os pássaros, e podia ler alguma placa com o RG da árvore. Podia acompanhar o emagrecimento da menina. Conseguia até mesmo ouvir seu iPode gritando nos ouvidos, como um professor na aula de localizada.
Percebia o passar das semanas pela mãe, grávida de sete ou oito meses, que agora caminha empurrando o filho no carrinho. Percebia as ofertas, os alunos debandando na saída da aula, os encontros e as brigas. Caminhar é enviar uma carta para si mesmo. É escolher as frutas com calma, sem apertar. Caminhar é mastigar antes de engolir. É trocar o barulho do vento pelo silêncio. É focar o horizonte com grande angular.
A corrida se tornou meu sentimento. Minha paixão. Detona a razão pela imersão em endorfinas. Tudo que percebia nas caminhadas passa depressa demais. Não me apego mais aos detalhes. O mastigar dos pés na areia ficou mais voraz. Não sinto o gosto. Me sacio. As placas não servem mais como sinalização. São pequenos traços, borrões. Correr é estar apaixonado. É observar o horizonte em zoom. Difícil perceber o que acontece próximo de nós. É dar palpite sem pensar. É andar de mãos dadas com a imaginação. É desconfiar da raiz, e simplesmente passar por cima, sem desviar. Correr é acelerar os sentimentos, sem medo de escorregar em dúvidas.
Rocha, no Síntese, que linca pra nós (porque, às vezes, parece o Carpinejar...)
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Julio Daio Borges
26/2/2007 à 00h10
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