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Terça-feira,
20/3/2007
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Redação
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A LIRA de Ricardo Aleixo
Tão logo eu termine a mini-turnê de Um ano entre os humanos, que começa no Rio (10/4), inclui Belo Horizonte (12/4) e São Paulo (22/4) e se encerra na Brown University, nos EUA (5/5), abrirei as inscrições para as duas primeiras atividades públicas do LIRA, a serem iniciadas na segunda quinzena de maio: o workshop Acompanhamento de projetos editoriais e o curso PanAroma da Poesia Brasileira Contemporânea, sobre os quais darei informações na próxima semana.
Fragmento do texto em que Ricardo Aleixo esclarece sobre a mui bem-vinda LIRA, uma casa-ateliê-laboratório interartes que ele inaugura e abre ao público.
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Ana Elisa Ribeiro
20/3/2007 às 15h37
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Pós-graduação em tempo
Para quem quer se especializar em processos editoriais, o Centro Universitário UNA, em Belo Horizonte, oferece o curso Projetos Editoriais Impressos e Multimídia. A iniciativa é pioneira e ainda dá tempo de fazer inscrição.
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Ana Elisa Ribeiro
20/3/2007 às 14h25
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Seminário digital
O curso de Comunicação Social da Universidade FUMEC, em Belo Horizonte, oferece, nos dias 26, 27 e 28 de março, de 9h20 às 11h, seminário sobre cibernarrativas, usabilidade, poéticas digitais e jornalismo colaborativo. Para todos os gostos, de graça e em bom auditório. Basta fazer inscrição.
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Ana Elisa Ribeiro
20/3/2007 às 14h10
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Literatura infantil
Dia 24 de março, sábado, de 10h às 14h, na livraria Scriptum, em Belo Horizonte, Mário Alex Rosa lança seu livro ABC Futebol Clube e outros poemas, com ilustração de Beatriz Mom.
Mário Alex é agitador cultural na capital mineira e, certamente, vai desalojar meninos e meninas da frente da tevê para bater bola no livro de papel.
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Ana Elisa Ribeiro
20/3/2007 às 14h07
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Sempre um papo BH
Ontem foi a vez da apresentação do filme Pro dia nascer feliz, de João Jardim, o mesmo bem-sucedido que dirigiu Janela da alma. O bate-papo depois do filme foi mais lucro ainda.
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Ana Elisa Ribeiro
20/3/2007 às 14h05
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movimento respiratório
Essa cidade, repleta de ladeiras... A falta de espaços planos... Rouba-me o fôlego. Ainda mais em dias quentes, com todo o gás tóxico exalado por escapamentos mal regulados de avenidas onde o tráfego é tão intenso às seis que é mais fácil chegar em casa andando. Mas o andar implica em escalar, e escalar... Ah, como me cansa! São tantas as subidas... São tão íngremes... Eu poderia me recostar em qualquer canto nesse fim de mundo, e apenas ficar rindo da cara dos transeuntes ao passarem ofegantes por mim. Semblante de exaustão, fraqueza nas pernas, falta de oxigenação cerebral, me falta ar nos pulmões... Perna esquerda, perna direita, fraqueza em ambas, bamboleio... Visão ofuscada focando o destino ao longe, o cume, o céu, minha salvação... Meu Deus, como é difícil sair desse buraco! É inútil clamar aos céus, eu sei, não me adianta em nada agora, no meio dessa depressão tão profunda, quem sabe, absoluta. E falo de acidentes geográficos, pois não consigo pensar em psicologia ou espiritualidade com essa escassez de oxigênio percorrendo as vias respiratórias, impedido de passar pelo congestionamento de moléculas de gás carbônico buzinando na hora do rush. O oxigênio deve escalar ladeiras vasculares até o cérebro, eu me canso com sua falta à medida que ele se cansa e desiste de escalar... Desistimos os dois. Perna esquerda, perna direita, fraqueza em ambas, desoxigenação cerebral... Cansado de subir, perco a consciência e caio no cruzamento da Avenida Alveolar com a Bronquíolo. Lá espero alguém para me levar ou para me elevar. Paramédicos e curiosos roubando o oxigênio que preciso, apenas rio, conheço a dificuldade momentânea desse gás em transitar. Ao chegar ao hospital, descubro que o elevador está fora de serviço... É tão árdua toda essa escalada, penso olhando a escada.
Mauro Pucci, no dezemponto, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
20/3/2007 à 00h23
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O terceiro centavo
Já há algum tempo, as moedas de um centavo desapareceram dos bolsos, das carteiras, das caixas registradoras e de nossos porquinhos. O que houve ainda é um mistério. Mistério esse que nem a casa da moeda consegue explicar. As moedas de um centavo sumiram, mas o comércio continua cobrando esse centavo que faz a diferença. Caso não fizesse, ele certamente não seria cobrado.
De centavo em centavo, perdemos um dinheiro que poderia garantir o pão de um dia do mês.
É sempre a mesma história: sua compra dá R$ 4,98. Você paga com cinco reais e os vendedores nem têm mais a cara-de-pau de dizer que vão ficar te devendo dois centavos ou de te dar uma balinha de comiseração. E espere para ver a cara do vendedor se você oferecer uma balinha para facilitar o troco.
Já virou convenção social. Quando é o estabelecimento que te deve R$ 4,98, por exemplo, você até recebe os cinco reais. Mas se o troco é de R$ 4,92, o vendedor te entrega exatos R$ 4,90, na certeza do "volte sempre". Voilà: novamente te afanaram dois centavos.
Parece que a regra do jogo é marcada pelo arredondamento de centavos: um ou dois centavos, para menos; quatro ou cinco centavos, para mais. Mas aí eu me pergunto: e quando dá três? Se, por exemplo, o valor da compra deu R$ 4,93, quem vai pagar o pato?
Com a mania de o comércio brasileiro achar que o coitado do consumidor tem que facilitar o troco (e nessas horas a balinha não vale!) é óbvio que, mais uma vez, é ele quem vai arcar com esse terceiro centavo.
O terceiro centavo caminha para o mesmo destino dos milésimos de centavos das bombas de gasolina: a invisibilidade aos olhos, mas a dor no bolso.
Nada é mais enganoso do que as lojas de R$ 1,99 e as mega-ultra-promoções de última hora em que todas as etiquetas terminam com um sedutor "vírgula noventa e nove centavos". A estratégia de marketing é absurdamente simples e funciona! O que fica na cabeça é o real. O resto é resto. Ao consumidor incauto, parece que o preço é um real e uns quebrados quando, na verdade, é o dobro.
A extinção da moeda de um centavo tirou do consumidor o único instrumento de defesa contra a prática do "se colar, colou". De centavo em centavo, continuamos com cara-de-tacho enquanto as caixas registradoras engolem reais por dia. Reais esses que meu terceiro centavo ajudou a formar.
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Pilar Fazito
19/3/2007 às 15h14
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Guinga = Gênio
Já está no mercado, quentinho, via Biscoito Fino, o novo do Guinga: Casa de Villa. Estou cuidadosamente preparando um texto pra ele, mas já fica aqui a dica: está lindo, está imperdível. E me desculpem os precavidos (e o próprio artista), mas Guinga é Gênio.
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Rafael Fernandes
19/3/2007 às 12h06
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Con Chávez hasta el 2030
Fernando Morais, sobre Montenegro, Olga, ACM... e Paulo Coelho, no site do Sempre um Papo.
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Julio Daio Borges
19/3/2007 à 00h25
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TV pública ou estatal?
Com muita falação - e pouca informação - na mídia a respeito do antiprojeto de criação de uma TV pública aqui no Brasil, fica mais uma vez patente a falha da imprensa em geral (com algumas poucas e honrosas exceções) em um de seus papéis essenciais: informar, esclarecer, elucidar.
Este colunista quer crer que não é nem ingênuo nem daqueles que vêem conspiração em tudo. Porém, vê com ceticismo esse tipo de ausência de debate. Há casos e casos. Em alguns, despreparo. Em outros, genuíno desejo de não esclarecer. Em outros ainda, as duas coisas.
Alberto Dines levantou questões interessantes em sua coluna no Observatório da Imprensa. A confusão, neste caso da TV, vem de berço: é uma TV pública ou uma TV estatal? Há diferenças cabais entre as duas coisas. São quase contrários.
Muito se lê por aí sobre o diz-que-diz de ministros para lá e para cá e pouco sobre o que realmente importa. Nas palavras de Dines: "está comprovado que o cidadão médio não sabe a diferença entre público e estatal e a mídia não está interessada em desfazer esta confusão".
Uma TV pública recebe recursos do governo mas (acredite) tem autonomia de gestão. Além disso, abarcam emissoras educativas. Por não terem que concorrer com emissoras comerciais podem teoricamente levar ao ar uma programação diferenciada e de qualidade.
Já uma TV estatal, além de receber recursos governamentais, é controlada pelo Estado. Sua programação consiste em divulgação e promoção de seus feitos, além de fazer sua defesa. Algo bem diferente de uma emissora pública.
Uma discussão honesta e ampla sobre o assunto é fundamental. Não só pela filosofia da emissora, mas também pelo que ela representa de ônus aos cofres públicos: o orçamento inicial é de R$ 250 milhões.
Onde há fumaça, há fogo. Será que a mídia vai continuar se ausentando do debate?
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Guilherme Conte
16/3/2007 às 15h56
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