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Quinta-feira,
26/4/2007
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Redação
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What are you doing?
Jason Calacanis entrevista Evan Williams, o pai do Blogger, em sua mais nova encarnação, o Twitter.
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Julio Daio Borges
26/4/2007 à 00h28
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Bom Bril: de volta na sua TV
Quando a gente fala em campanhas publicitárias do Bom Bril, fica difícil negar a idéia de que a publicidade realmente faz parte da cultura brasileira. Popular, mas ainda assim cultura. Pois bem, recebemos aqui no Digestivo informações sobre a nova campanha publicitária do produto, estrelada pelo seu indefectível garoto-propaganda, Carlos Moreno, e co-protagonizada por personalidades como Nelson Ned e Pelé.
Não vou descrever aqui os anúncios e nem os filmes. Você poderá conferi-los em emissoras e revistas de todo o Brasil, a partir de 29 de abril. Com os filmes desta campanha, o Bom Bril soma 344 comerciais de TV, que desde 1978 contam com a participação de Washington Olivetto (dono da W/Brasil) na equipe de criação. Por sua longevidade, seria como um Direito de nascer da publicidade.
De tão populares, as campanhas de Bom Bril funcionaram como uma faca de dois gumes para Carlos Moreno. Ao mesmo tempo em que fizeram dele um dos rostos mais conhecidos e queridos do Brasil (as donas de casa ligavam para a Bom Bril pedindo que ele voltasse, na época em que Moreno deixou de estrelar os comerciais da marca), a publicidade limitou as oportunidades de trabalho do ator.
A Bom Bril, por sua vez, foi chacoalhada pelo lançamento da concorrente Assolan, que conquistou grandes fatias de mercado na época em que as pessoas passaram a dar menos bola para marca e decidiram prestigiar também o preço. O release diz que a Bom Bril é líder entre as palhas de aço. Não sei se ela chegou a perder a liderança, mas com certeza foi severamente ameaçada pela concorrência.
Como você poderá ver, o conceito da campanha é "Tudo passa. Só Bom Bril fica" (percebeu a relação com Nelson Ned? "Tudo passa, tudo paaaaaaaaassarááá"). Também poderia ser levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima. Afinal, Bom Bril e Moreno passaram, mas estão de volta.
A propósito, aproveito a oportunidade desta imagem atual de Carlos Moreno para fazer minha contribuição à série "Separados no Nascimento". Gente, ele não está a cara do Ricardo Boechat?
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Adriana Baggio
25/4/2007 às 15h37
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Prêmio Portugal Telecom 2007
Eu soube disso já faz alguns dias, mas não pude divulgar antes.
Prezado Rafael,
Por sugestão de Rogério Pereira, você foi indicado para fazer parte do Júri Inicial do Prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa. Esse Júri escolherá por e-mail os 50 primeiros finalistas do Prêmio. Considero esse Júri o mais importante, já que elege os participantes das etapas seguintes. Assim, gostaria muito de sua participação, pois seus votos, com certeza, serão votos de qualidade.
Você indicará os cinco melhores livros de 2006 a partir da lista de livros inscritos, que você receberá no e-mail.
Você votará também em cinco nomes da lista do Júri Inicial para formar os Júris subseqüentes: 20 especialistas que escolhem os 10 finalistas e os três vencedores a partir da lista dos 50 livros."
Rogério Pereira é editor e idealizador do jornal Rascunho, onde saiu um texto meu em janeiro. Já o agradeci via e-mail, mas não custa deixar um muito obrigado público aqui. Então, Rogério, muito obrigado, de novo.
(Não dá pra expressar com palavras o estado eufórico em que fiquei quando li o e-mail acima. Tentem imaginar, apenas.)
Esse júri inicial é composto por 303 pessoas. Alguns nomes que lá estão: Xico Sá, Miguel Sanches Neto, José Castello, Cassiano Elek Machado, Luis Antônio Giron, Jerônimo Teixeira (podem até falar mal dele, eu mesmo já falei, mas que o cara é bom, é), Fabio Silvestre Cardoso, Jonas Lopes, Edney Silvestre, meu ex-professor, escritor e doutor em teoria literária Antônio Brasileiro, e por aí vai.
Explicando de novo: cada um dos 303 indicará cinco livros, de uma lista com 382 títulos. Os 50 mais indicados passam para a segunda etapa do Prêmio. O Júri Inicial indicará também os nomes para integrar o Juri Intermediário, que em outubro vai selecionar os 10 finalistas, dentro dos 50, de onde sairão os três vencedores do Prêmio. Deu pra entender? Se não, no site do PPT tem tudo explicadinho.
Dei uma rápida olhada na lista dos livros que participam do Prêmio e vi que li alguns deles. Até falei de (ou citei) alguns aqui no Digestivo, como A coleira no pescoço (Menalton Braff), O homem que não gostava de beijos (Edward Pimenta), A solidão do diabo (Paulo Bentancur), A secretária de Borges (Lúcia Bettencourt), Eu, Deus (Sidney Garambone), Malvadeza Durão e outros contos (Flávio Moreira da Costa) e Nhô Guimarães (Aleilton Fonseca). Alguns da lista eu tenho e não li, mas vou providenciar a leitura antes do prazo final (25 de maio) para enviar meus indicados; outros eu estou pensando seriamente em comprar para ler (Logo tu repousarás também, de Charles Kiefer, por exemplo). O seu Valsa para Bruno Stein é muitíssimo bom, e gostaria muito de indicar o livro do Kiefer. Mas sem ler, não indico, disso tenham certeza.
Pra finalizar, preciso agradecer a pessoas que sempre me ajudaram bastante e continuam me ajudando até hoje: Augusto Sales, editor do Paralelos, pela enorme confiança que depositou em mim e pelas várias oportunidades que me deu, a Julio Daio Borges, editor deste Digestivo, pela mesma confiança e pelas mesmas várias oportunidades, e à curadoria do Prêmio, é claro, pelo convite.
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Rafael Rodrigues
25/4/2007 às 10h22
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Fale-nos das suas entrevistas
Fazer entrevistas e perfis é talvez o que mais gosto em jornalismo. Sou fascinada pelos textos do americano Joseph Mitchell, que por muitos anos trabalhou na The New Yorker. Ele passava um longo tempo estudando os personagens que iria perfilar na revista, muitas vezes gente comum, que ele encontrava na rua, nos recantos de uma cidade que conhecia tão bem. Essas histórias pessoais, nas mãos de Mitchell, transformavam-se em emblemas de uma sociedade eclética, em constante formação. Escritores e artistas são gente cujas histórias pessoais e o modo como pensam, interessam a todo mundo. Eles têm um poder de comunicação extraordinário, mesmo quando visivelmente tímidos, como John Ashbery, ou cautelosos, como Alanis Morrissete (que não se deixa ser fotografada, a não ser produzida e controla todas as imagens que saem na mídia). Billy Collins é extremamente afável e foi buscar a mim e ao Ram Devineni na estação de trem próximo à pequena cidade onde vive - Somers, NY - na companhia de seu simpático cão. Paul Auster e Michael Cunningham são generosos com a imprensa e acessíveis e parecem incansáveis, pelo volume de artigos que produzem, aparições públicas, etc. Se levarmos em conta Joseph Mitchell, sim, são gente como a gente.
Uma entrevista da Flávia, que eu encontrei só agora...
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Julio Daio Borges
25/4/2007 à 00h06
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Cemitério de Automóveis
O Cemitério de Automóveis está comemorando seus 25 anos com uma mostra. Ela segue até domingo no Espaço Cênico Ademar Guerra ("o porão", para os íntimos) do Centro Cultural São Paulo. E essa última semana guarda algumas das jóias raras da produção do grupo.
Fundado em 1982 na cidade de Londrina pelo dramaturgo, ator e diretor Mário Bortolotto, o Cemitério escreveu seu nome na história do teatro brasileiro recente. A constante escassez de recursos e a falta de patrocínio não impediram que o grupo mantivesse uma produção constante e brigasse por seu espaço. O resultado pode ser visto nas quatro peças que serão apresentadas até domingo, todas com textos assinados por Bortolotto.
Hoje é o dia de Efeito Urtigão, em que Mário e o ator Paulo de Tharso dividem o palco para mostrar o encontro entre um brilhante jornalista que decidiu se isolar do mundo e um colega medíocre que vem tentar conseguir, por vias não lá muito lícitas, uma reportagem com ele. A rapidez e aspereza dos diálogos, marcas registradas do autor, brotam de interpretações afinadas.
Amanhã é a vez de Felizes para sempre, que reúne três histórias de casais. "O tipo de casal condenado irremediavelmente a uma espécie de felicidade que poucos almejam, mas que é a única que eu acredito que possa existir", define Mário. O elenco reúne, além dele, Fernanda D'Umbra, Bárbara Paz, Nelson Peres, Chris Couto e Marcos Cesana.
E, para fechar a mostra em grande estilo, duas das grandes montagens do grupo. Quinta e sexta acontecem apresentações de A frente fria que a chuva traz. Belíssimo texto em montagem irrepreensível. É a história de um grupo de jovens endinheirados que alugam uma laje na periferia para fazer suas festinhas.
A escrita de Bortolotto atinge aqui um de seus pontos altos. A peça é uma grande armadilha: seu humor nos desarma e aí o golpe vem muito mais duro. Difícil não chorar com o desempenho brilhante de Fernanda D'Umbra no papel da junkie Amsterdã ou com o final, construído com maestria pela direção de Bortolotto. Uma poesia fina e comovente revela-se aos poucos.
Por fim, no sábado e no domingo o grupo mostra Chapa Quente, uma adaptação feita por Bortolotto dos quadrinhos do cartunista paulistano André Kitagawa. Pequenos flagrantes urbanos de vagabundos, viciados e anônimos em geral. A grande sacada da montagem está na mistura das projeções dos quadrinhos com a ação dos atores no palco. O efeito é único e mostra toda a força do grupo. Daqueles espetáculos para não esquecer nunca.
Para ir além
IV Mostra Cemitério de Automóveis - Centro Cultural São Paulo - Espaço Cênico Ademar Guerra - Rua Vergueiro, 1.000 - Tel. (11) 3277-1435 - Paraíso - Terça a sábado, 21h; domingo, 20h - R$ 15 - Até 29/04.
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Guilherme Conte
24/4/2007 às 18h15
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Open Culture
Open Culture explores cultural and educational media (podcasts, videos, online courses, etc.) that's freely available on the web, and that makes learning dynamic, productive, and fun.
We sift through all the media, highlight the good and jettison the bad, and centralize it in one place. Trust us, you'll find engaging content here that will keep you learning and sharp. And you will find it much more efficiently than if you spend your time searching with Google, Yahoo or iTunes.
Open Culture, minha nova fonte de podcasts (cortesia da Gabi Klein, que me passou a dica por e-mail...)
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Julio Daio Borges
24/4/2007 à 00h33
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Estudo que merece prêmio
Até hoje, a maioria dos documentários e filmes que se passam no Brasil sempre pecaram por quererem ser fiéis demais à visão do autor sobre o país. Um filme que não comete este excesso sobre o nosso país é a grande obra de arte Turistas (que durante os trailers aqui nos Estados Unidos, saiu com o subtítulo "Go Home!"). É o melhor estudo gringo já feito sobre o nosso país. Tem o motorista de ônibus que xinga o motoqueiro enquanto dirige alucinadamente, os gringos que querem ir a Floripa mas tomam o caminho errado, o desenho de um boneco com a genitália de fora no banco de ônibus que diz: "agora que você chegou aqui, fica de quatro...". Tem o proverbial samba de raiz, as descrições precisas sobre as festas de carnaval, o malandro que tenta se dar bem em cima dos turistas, os chacineiros das "comunidades". E coisas do gênero.
Até mesmo o estado de sítio em que nos acostumamos a viver está bem caracterizado neste filme de terror. Violência, caos, e tudo o mais retratado com um pouquinho só de liberdade artística. Espero que continuemos a ter obras assim, são bem mais divertidas e realistas que a maioria dos documentários patrocinados pela Petrobrás... Ao menos uma vez, alguém entendeu uma realidade cultural do Brasil: não somos, e nem precisamos ser, um país profundo. Graças a Deus!
Nota do Editor
Leia também "A imagem do Brasil em Turistas".
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Ram Rajagopal
23/4/2007 às 14h41
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Quem não leu, não lê mais
Deu pau geral aqui, quem leu as postagens antigas, leu, quem não leu, adeus. Foi tudo pro espaço. A mesma coisa com as MP3, quem pegou, pegou. Mas vamos começar de novo. E de cara mais ou menos nova. Simbora.
Daniel Lopes, no seu blog (porque ele escreve pra nós e porque... você já perdeu tudo no seu blog?)
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Julio Daio Borges
23/4/2007 à 00h24
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Erico Verissimo no Rio
Já contamos dois anos do centenário de nascimento de Erico Verissimo, mas os ecos das comemorações promovidas pela mídia, pelo governo e pela Academia ainda se fazem sentir na cena cultural gaúcha. Mais que isso: estão sendo "espraiadas" para fora do Estado. Prova disso é a exposição As cidades imaginadas de Erico Verissimo, que chega ao Rio de Janeiro depois de bem sucedida temporada em Porto Alegre.
Promovida pelo Arquivo Nacional em parceria com o Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (MARGS), a mostra coletiva traz o olhar de diversos artistas sobre os locais descritos pelo escritor em seus romances, unindo de forma rara e feliz a literatura e as artes plásticas. Com curadoria da designer Vera Pellin e seleção de textos da diretora do Acervo Literário Erico Verissimo, Maria da Glória Bordini, a mostra ficará no Rio de 24 de abril até 25 de maio com visitação de segunda à sexta, das 9h às 17h, no Arquivo Nacional.
Paula Mastroberti, uma das artistas participantes, entusiasma-se com a possibilidade de aproximar linguagens que a mostra produz. "Sou a favor da integração opcional e eficiente entre os discursos, e procuro, sempre que posso, chamar a atenção para os aspectos visuais do livro como suporte para o texto literário, independente de gênero ou destinatário", afirma Paula.
A artista, aliás, é uma das convidadas para a palestra de abertura sobre o projeto, no dia 24 de abril, às 17h30, no Auditório do Arquivo Nacional. Além de Paula, participam Maria da Glória Bordini e o artista Edgar Vasques.
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Postado por
Marcelo Spalding
20/4/2007 às 19h23
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Ricardo Aleixo em Sampa
No dia 22 de abril, domingão, às 19h30, no auditório do Itaú Cultural (SP), o poeta e performer Ricardo Aleixo apresenta nova versão do espetáculo intermídia Um ano entre os humanos.
Dividem (ou somam!) o palco com ele Benedikt Wiertz (trumpete, sitar, esraj e objetos) e Rodrigo Coelho (videopoemas, vídeo ao vivo e cenário virtual). Aleixo entra com poemas, vocalizações, poemanto, bases pré-gravadas, laptop, CD-player, controlador MIDI, processador de efeitos e objetos. No repertório, além de peças autorais, textos de outros poetas: Sebastião Nunes, Manoel Ricardo de Lima, Lenora de Barros, Ricardo Corona e Virna Teixeira.
Mais adiante, Ricardo viaja para os Estados Unidos para participar do Festival of Lusophone Poetry. Junto com ele embarcam Ricardo Chacal e Salgado Maranhão. Os três ainda se encontram com Rodrigo Garcia Lopes, que mora no país do Tio Sam.
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Postado por
Ana Elisa Ribeiro
20/4/2007 às 14h20
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