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Segunda-feira,
30/4/2007
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Redação
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Entre, a casa é sua!
Leitor costumeiro de blogs por aí e inspirado pela criação recente do Cacilda, da Lenise Pinheiro e do Nelson de Sá, resolvi criar este aqui. Para quem não me conhece, sou jornalista e escrevo sobre teatro desde junho de 2005 no site Digestivo Cultural. De janeiro pra cá comecei também a escrever para o Guia da Semana e para uma revista prestes a nascer, do Festival PoA Em Cena, de Porto Alegre. E teatro será meu assunto por aqui. Espero que gostem.
Guilherme Conte, que você também conhece daqui, estreando no Senhor dos Afogados.
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Julio Daio Borges
30/4/2007 à 00h00
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Wikipedia: prós e contras
Minha primeira vontade ao me deparar com o tema da Wikipedia - a enciclopédia livre, ou Wiki para os íntimos, foi criticá-la. Questionar a validade de seus artigos/verbetes, a qualificação de seus editores (todos podem inserir textos na enciclopédia), e a capacidade técnica e os meios de captação de seus revisores.
Depois me veio à idéia de que a Wiki poderia ser uma boa primeira fonte de pesquisa. Nela qualquer estudante ou curioso poderia ter a oportunidade de saber as primeiras linhas da matéria desconhecida.
Se a informação era 100% confiável não importa. Em questão de segundos, você pode saber a definição de qualquer coisa, a história dos países, ou mais de três milhões de outras informações.
Ora, um mundo dinâmico como o nosso não pode querer outra coisa.
O problema começa a aparecer quando nos questionamos se as pessoas que acessam a maior enciclopédia do mundo têm senso crítico e cultura para avaliar e utilizar as informações absorvidas.
No Brasil, por exemplo, a questão é complicada. O IBGE informa que em 2002 o país tinha 32,1 milhões de analfabetos funcionais, ou seja, 26% da população de 15 anos ou mais de idade. Mas o que isso significa?
Segundo a UNESCO, analfabetos funcionais são as pessoas com menos de quatro anos de estudo. Para a organização, mesmo que essas pessoas saibam ler e escrever frases simples, elas não possuem as habilidades necessárias para satisfazer as demandas do seu dia-a-dia e se desenvolver pessoal e profissionalmente.
Imaginem estas pessoas lendo uma informação errada. Como checariam a informação? Pior, na certa a transmitiriam como uma verdade indiscutível e absoluta, com o argumento que haviam lido em uma enciclopédia!
Estaríamos gerando uma pseudocultura, um falso conhecimento, modificando, assim, conceitos muitas vezes importantes para o desenvolvimento do ser humano e da sociedade.
Caro leitor, desculpe a interrupção na leitura do texto, mas quero fazer duas ressalvas, a primeira para o senhor não me taxar de ingênuo e a segunda para ver minha preocupação com a cultura no Brasil.
Coloco os dados do IBGE sobre analfabetismo funcional não porque considero que os leitores da Internet são, em geral, estes. Pelo contrário, até imagino que o analfabeto funcional pouco ou nunca acesse a rede mundial, mas se 26% da população pouco entende o que lê, imagino que, infelizmente, boa parte do restante da população não seja muito diferente.
A segunda justificativa é que o dado trazido pelo IBGE é muito triste. Analfabetos funcionais decaem o nível da mão-de-obra do Brasil, não vão ao cinema e ao teatro e, pior, mal conseguem pegar o ônibus certo para irem para casa.
Por outro lado, continuando o texto, poderíamos colocar uma dose de otimismo nisso tudo. Quem sabe estaríamos gerando uma sociedade crítica, capaz de analisar um texto e interpretá-lo. O que fosse ruim seria automaticamente descartado pelo nosso imenso e perspicaz cérebro.
Outro problema se instala: quantos sabem que as informações colocadas na Wiki não são 100% confiáveis? Em conversas informais com amigos, alguns universitários, outros até já formados, muitos não sabiam desta característica da enciclopédia, confiando irrestritamente nas informações provindas do site.
Talvez a solução para este problema fosse a obrigatoriedade de na tela deste monstruoso acervo humanista haver em letras garrafais "Cuidado, nem toda informação aqui é confiável - antes de utilizá-la, pense bem".
Bem que esta máxima deveria estar colada em outros lugares também, você não acha?
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Daniel Bushatsky
27/4/2007 às 11h14
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Mais um blog?!?!
Resolvi começar um blog. Sem grandes justificativas. Vou evitar aquela coisa boba de "hoje meu dia foi..." que prejudicou a credibilidade dos blogs no início. Os assuntos? Basicamente música. Mas também futebol, cultura em geral e o que mais der na telha. Bem vindo. Ou não.
Rafael Fernandes, que você conhece daqui, estreando seu Aratunga.
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Julio Daio Borges
27/4/2007 à 00h03
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Mestres do blablablá
Muita gente já ouviu falar em "sofisma". O termo entrou em desuso há milênios, mas foi uma das artes mais admiráveis no mundo grego: persuadir pelo discurso. Os sofistas, portanto, convenciam multidões com um papo bem elaborado. Seu discurso nem precisava ser tão verdadeiro. Nem um pouco, na verdade.
Sócrates viveu quando os sofistas faziam grande fama. Ele soltava a língua - como aponta Os Pensadores, curso iniciado esse semestre na Casa do Saber - para desbancar a astúcia dos sofistas. "Como Sócrates não deixou escritos", lembra Roberto Bolzani Filho, "temos três fontes confiáveis: Platão, Xenofonte e Aristófanes".
Enquanto os dois primeiros fizeram as famosas apologias ao pensador, Aristófanes ridicularizou Sócrates em uma de suas comédias, As Nuvens. Na peça, o acusava de ser apenas mais um sofista. Essa fama teria prevalecido se os diálogos de Platão não repercutissem tanto no pensamento ocidental.
Neles, Sócrates desafia seus interlocutores, supostos sábios, com questões espinhosas. Por ironia, perguntava apenas o que não podia ser respondido. No diálogo com Hípias "O que é o belo?", Hípias responde: "O belo é uma bela moça". Mas Sócrates não quer exemplos de coisas belas. Quer saber "o que deve estar em todas as coisas belas, para torná-las belas". Na ótica de Platão, Sócrates os ajudaria a sair do erro para chegar, assim, à verdade.
Obviamente, foi mal interpretado e conquistou desafetos. Em Apologia de Sócrates, o pensador é acusado de corromper a verdade. No tribunal, prefere a morte a reconhecer seu erro. A postura relutante de Sócrates acaba por obrigar os juízes a condená-lo à morte.
"Sócrates é um divisor de águas na filosofia antiga", acrescenta Bolzani. Foi o primeiro a propor que o conhecimento nasce totalmente da razão. Esses valores vão influenciar Platão e Aristóteles, bem como o pensamento ocidental posterior. Estas e outras reflexões ganham fôlego nos cursos semestrais oferecidos pela Casa.
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Tais Laporta
26/4/2007 às 18h46
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Violência, violência
O assunto é velho, mas sempre volta à tona. O massacre de estudantes na Virginia reabriu a discussão sobre a influência do cinema sobre o comportamento dos cidadãos na vida real. O assassino sul-coreano era aparentemente fã de Oldboy (2003), uma violenta história de vingança dirigida por um compatriota. Anteriormente, especulou-se sobre a associação entre o tiroteio do Shopping Morumbi e Clube da luta (1999).
Não sou psicólogo e não tenho, portanto, o menor embasamento teórico ou prático para discorrer sobre os malefícios da indústria do "entretenimento", sobre a real influência de um filme, música ou vídeo-game nas atitudes de uma pessoa. Eu mesmo, quando adolescente, adorava filmes de terror, mas não me tornei psicopata e hoje em dia sou incapaz de suportar cinco minutos das matanças de Jason e similares. Mesmo o celebrado Psicose (1960), de Hitchcock, com suas facadas pioneiras, não me atrai tanto quanto outros títulos do Mestre do Suspense.
Por outro lado, é impossível não se surpreender com o sucesso de produções que exploram o pior do ser humano e buscar explicações para o inabalável fascínio do espectador por esse tipo de espetáculo. Por que alguém, acossado diariamente por notícias terríveis, paga quinze reais por um ingresso de Jogos mortais ou O Albergue, duas horas de tortura, na tela e na poltrona? É o mesmo mecanismo psicológico que nos leva a andar de montanha-russa?
Cinema é diversão e também reflexão. A violência é fato inescapável da vida e é extremamente importante que artistas também discutam os aspectos menos agradáveis da existência.
Os dois melhores filmes de 2005 na minha opinião (Munique, de Spielberg, e Crash, de Paul Haggis) são exemplos de como é possível transformar a dura realidade em arte, contextualizando e expondo com inteligência o momento conturbado que o mundo atravessa. É uma pena que um ano depois de premiar Crash, a Academia de Hollywood, aplicando mais uma vez sua notória política de "Oscar por compensação", tenha dado a principal estatueta da cerimônia para o repulsivo Os Infiltrados, enésima demonstração do prazer mórbido de Martin Scorsese, um cineasta tecnicamente brilhante e um admirável preservacionista, com a violência.
E o círculo vicioso continua em 2007. Enquanto as bilheterias forem positivas, os estúdios vão investir no filão sanguinolento. Atualmente, o filme mais visto nos Estados Unidos é Disturbia, que segundo um crítico de lá, começa como Janela Indiscreta e termina como Sexta-Feira 13. O mais elogiado, no entanto, é Zodiac, mais uma incursão de David Fincher (Seven, Clube da luta), ao mundo dos serial killers. E por falar em assassinos em série, está estreando no Brasil Hannibal - Origem do Mal, sobre a juventude do personagem de O silêncio dos inocentes.
Responsabilidade social é algo muito bonito, mas não tanto quanto o tilintar contínuo das caixas registradoras. E a onda de pacifismo e sentimentos nobres que tomou conta do cinema americano imediatamente após o 11 de setembro? Desapareceu, junto com Bin Laden.
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Fábio Scrivano
26/4/2007 às 15h55
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Leitura em pauta
A Associação Brasileira de Leitura promove, este ano, o 16º Congresso de Leitura, que, como sempre, acontece na Unicamp, em julho. É uma viagem pelo mundo da leitura, em todos os aspectos, participar do evento. As inscrições estão abertas aqui.
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Ana Elisa Ribeiro
26/4/2007 às 09h58
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What are you doing?
Jason Calacanis entrevista Evan Williams, o pai do Blogger, em sua mais nova encarnação, o Twitter.
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Julio Daio Borges
26/4/2007 à 00h28
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Bom Bril: de volta na sua TV
Quando a gente fala em campanhas publicitárias do Bom Bril, fica difícil negar a idéia de que a publicidade realmente faz parte da cultura brasileira. Popular, mas ainda assim cultura. Pois bem, recebemos aqui no Digestivo informações sobre a nova campanha publicitária do produto, estrelada pelo seu indefectível garoto-propaganda, Carlos Moreno, e co-protagonizada por personalidades como Nelson Ned e Pelé.
Não vou descrever aqui os anúncios e nem os filmes. Você poderá conferi-los em emissoras e revistas de todo o Brasil, a partir de 29 de abril. Com os filmes desta campanha, o Bom Bril soma 344 comerciais de TV, que desde 1978 contam com a participação de Washington Olivetto (dono da W/Brasil) na equipe de criação. Por sua longevidade, seria como um Direito de nascer da publicidade.
De tão populares, as campanhas de Bom Bril funcionaram como uma faca de dois gumes para Carlos Moreno. Ao mesmo tempo em que fizeram dele um dos rostos mais conhecidos e queridos do Brasil (as donas de casa ligavam para a Bom Bril pedindo que ele voltasse, na época em que Moreno deixou de estrelar os comerciais da marca), a publicidade limitou as oportunidades de trabalho do ator.
A Bom Bril, por sua vez, foi chacoalhada pelo lançamento da concorrente Assolan, que conquistou grandes fatias de mercado na época em que as pessoas passaram a dar menos bola para marca e decidiram prestigiar também o preço. O release diz que a Bom Bril é líder entre as palhas de aço. Não sei se ela chegou a perder a liderança, mas com certeza foi severamente ameaçada pela concorrência.
Como você poderá ver, o conceito da campanha é "Tudo passa. Só Bom Bril fica" (percebeu a relação com Nelson Ned? "Tudo passa, tudo paaaaaaaaassarááá"). Também poderia ser levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima. Afinal, Bom Bril e Moreno passaram, mas estão de volta.
A propósito, aproveito a oportunidade desta imagem atual de Carlos Moreno para fazer minha contribuição à série "Separados no Nascimento". Gente, ele não está a cara do Ricardo Boechat?
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Adriana Baggio
25/4/2007 às 15h37
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Prêmio Portugal Telecom 2007
Eu soube disso já faz alguns dias, mas não pude divulgar antes.
Prezado Rafael,
Por sugestão de Rogério Pereira, você foi indicado para fazer parte do Júri Inicial do Prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa. Esse Júri escolherá por e-mail os 50 primeiros finalistas do Prêmio. Considero esse Júri o mais importante, já que elege os participantes das etapas seguintes. Assim, gostaria muito de sua participação, pois seus votos, com certeza, serão votos de qualidade.
Você indicará os cinco melhores livros de 2006 a partir da lista de livros inscritos, que você receberá no e-mail.
Você votará também em cinco nomes da lista do Júri Inicial para formar os Júris subseqüentes: 20 especialistas que escolhem os 10 finalistas e os três vencedores a partir da lista dos 50 livros."
Rogério Pereira é editor e idealizador do jornal Rascunho, onde saiu um texto meu em janeiro. Já o agradeci via e-mail, mas não custa deixar um muito obrigado público aqui. Então, Rogério, muito obrigado, de novo.
(Não dá pra expressar com palavras o estado eufórico em que fiquei quando li o e-mail acima. Tentem imaginar, apenas.)
Esse júri inicial é composto por 303 pessoas. Alguns nomes que lá estão: Xico Sá, Miguel Sanches Neto, José Castello, Cassiano Elek Machado, Luis Antônio Giron, Jerônimo Teixeira (podem até falar mal dele, eu mesmo já falei, mas que o cara é bom, é), Fabio Silvestre Cardoso, Jonas Lopes, Edney Silvestre, meu ex-professor, escritor e doutor em teoria literária Antônio Brasileiro, e por aí vai.
Explicando de novo: cada um dos 303 indicará cinco livros, de uma lista com 382 títulos. Os 50 mais indicados passam para a segunda etapa do Prêmio. O Júri Inicial indicará também os nomes para integrar o Juri Intermediário, que em outubro vai selecionar os 10 finalistas, dentro dos 50, de onde sairão os três vencedores do Prêmio. Deu pra entender? Se não, no site do PPT tem tudo explicadinho.
Dei uma rápida olhada na lista dos livros que participam do Prêmio e vi que li alguns deles. Até falei de (ou citei) alguns aqui no Digestivo, como A coleira no pescoço (Menalton Braff), O homem que não gostava de beijos (Edward Pimenta), A solidão do diabo (Paulo Bentancur), A secretária de Borges (Lúcia Bettencourt), Eu, Deus (Sidney Garambone), Malvadeza Durão e outros contos (Flávio Moreira da Costa) e Nhô Guimarães (Aleilton Fonseca). Alguns da lista eu tenho e não li, mas vou providenciar a leitura antes do prazo final (25 de maio) para enviar meus indicados; outros eu estou pensando seriamente em comprar para ler (Logo tu repousarás também, de Charles Kiefer, por exemplo). O seu Valsa para Bruno Stein é muitíssimo bom, e gostaria muito de indicar o livro do Kiefer. Mas sem ler, não indico, disso tenham certeza.
Pra finalizar, preciso agradecer a pessoas que sempre me ajudaram bastante e continuam me ajudando até hoje: Augusto Sales, editor do Paralelos, pela enorme confiança que depositou em mim e pelas várias oportunidades que me deu, a Julio Daio Borges, editor deste Digestivo, pela mesma confiança e pelas mesmas várias oportunidades, e à curadoria do Prêmio, é claro, pelo convite.
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Rafael Rodrigues
25/4/2007 às 10h22
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Fale-nos das suas entrevistas
Fazer entrevistas e perfis é talvez o que mais gosto em jornalismo. Sou fascinada pelos textos do americano Joseph Mitchell, que por muitos anos trabalhou na The New Yorker. Ele passava um longo tempo estudando os personagens que iria perfilar na revista, muitas vezes gente comum, que ele encontrava na rua, nos recantos de uma cidade que conhecia tão bem. Essas histórias pessoais, nas mãos de Mitchell, transformavam-se em emblemas de uma sociedade eclética, em constante formação. Escritores e artistas são gente cujas histórias pessoais e o modo como pensam, interessam a todo mundo. Eles têm um poder de comunicação extraordinário, mesmo quando visivelmente tímidos, como John Ashbery, ou cautelosos, como Alanis Morrissete (que não se deixa ser fotografada, a não ser produzida e controla todas as imagens que saem na mídia). Billy Collins é extremamente afável e foi buscar a mim e ao Ram Devineni na estação de trem próximo à pequena cidade onde vive - Somers, NY - na companhia de seu simpático cão. Paul Auster e Michael Cunningham são generosos com a imprensa e acessíveis e parecem incansáveis, pelo volume de artigos que produzem, aparições públicas, etc. Se levarmos em conta Joseph Mitchell, sim, são gente como a gente.
Uma entrevista da Flávia, que eu encontrei só agora...
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Postado por
Julio Daio Borges
25/4/2007 à 00h06
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