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Sábado,
26/5/2007
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Redação
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Quatro verdades inconvenientes
1) Sim, Hollywood ficou toda prosa com o filme do Al Gore. Contudo, ninguém me tira da cabeça que o cinema americano - com suas enormes explosões, incêndios e tiroteios - é responsável por pelo menos 50% do efeito estufa. O que quer dizer que, se não fosse o cinema deles, a Terra seria mais fresquinha. Sacou? Sem os filmes do Rambo, do governador Schwarzenegger e, sei lá, sem os filmes sobre a guerra do Vietnã, seria possível até mesmo nevar aqui no Centro Oeste. (Na fazenda da minha saudosa avó materna, geava. O tempo passou, a véia morreu e não geia mais.)
2) O Jornal Nacional mostra uma reportagem falando coisas terríveis sobre a poluição dos rios e a porcaria que são as tais garrafas plásticas e demais dejetos não-degradáveis encontrados em meio à natureza. (São mesmo, principalmente quando muito distantes da possibilidade de serem recolhidos e reciclados.) Em sua locução, a Fátima Bernardes faz a mesma cara de quando o Brasil perde um jogo na Copa, aquele olhar de amiga de defunto. Intervalo comercial: Coca-cola, guaranás x, y, e z. Todos em garrafas PET. Volta o jornal e aparece o William Bonner todo sorridente mostrando uma apreensão de toneladas e toneladas reluzentes de CDs e DVDs piratas sendo esmigalhadas por tratores ou seja lá o que for aquele monstro de ferro e aço. O pátio da polícia federal fica repleto de pequenas montanhas de lixo plástico e... alumínio? Não sei. Sei apenas que não falam nada a respeito do destino de tanto lixo. Por que não? Meu Deus! Por que nããão? À noite, a cabeça cheia de círculos metálicos de brilhos iriados, os olhos teimam em arregalar-se. Tento dormir. Não consigo.
3) Prosseguindo minha pesquisa no Google, volto a encontrar vários sites se referindo ao aquecimento do próprio Sol. (Sim, basta digitar solar warming.) Isso me deixa preocupadíssimo, afinal ninguém parece dar atenção ao tema, o Al Gore não passa nem triscando nele, e o Sol impávido segue sua órbita ao redor do centro da Via Láctea, um colosso a ignorar nossos temores. Porra, penso, cadê a ONU? Alguém precisa multar o responsável pelo Sol, ameaçá-lo com uma comissão de astrônomos e, por que não?, de astrólogos. Caso o Sol prossiga com sua maldade, seria necessário enviar os capacetes azuis para tomá-lo de assalto, invadi-lo e fincar lá a bandeira das Nações Unidas. Hmmm. Sim, sim. É fato, os sacanas dos americanos certamente não cederão os foguetes da NASA. The bastards! Será preciso recorrer à Rússia, um povo muito mais racional...
4) Hugo Chávez acusa os futuros produtores de etanol de roubar terras necessárias à agricultura de alimentação, mas não se dá conta de que, segundo aquele pessoal da ONU que o convidou para xingar o Bush de diabo lá em Nova Iorque, o aquecimento global - responsável pela tal desertificação e pelo desarranjo climático destruidor das hortas das velhinhas camponesas de todo o mundo - é supostamente causado pela queima do petróleo que sustenta seu governo corrupto. Ou será que ele já tem a confirmação de que a culpa é apenas do Sol?
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Yuri Vieira
26/5/2007 às 18h23
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Cinemas invadidos no Brasil
Nunca deve ter acontecido antes: o circuito brasileiro de cinema tem 2.095 salas de exibição comercial. Com a estréia, no dia 25, do novo Piratas do Caribe, um total de 1.459 dessas salas está ocupado por apenas dois filmes - Homem-Aranha 3 e Piratas do Caribe 3 - No fim do mundo. Isso dá 70% de todo o circuito.
É um acinte, um absurdo, uma invasão sem precedentes. Nem quero imaginar quando Shrek 3 estrear, no final de junho.
Não vai sobrar uma salinha que seja...
São Paulo mesmo, que possui o maior circuito exibidor do país, tem 362 salas. Dessas, 247 estão tomadas pelas aranhas e pelos piratas. Só que, na pior das hipóteses, cidades maiores têm opções aos montes, ainda que limitadas em casos assim.
Eu sou meio radical: acho que situações como essa deveriam ser terminantemente proibidas, nem que o governo intervisse. Algo como limitação no número de cópias. Não faz o menor sentido o Brasil aguentar uma estréia como a de Piratas..., com suas quase 700 cópias. Mas vai falar isso pra um pobre coitado exibidor. Ou mesmo enfrentar o poderoso lobby de Hollywood.
E tenho dito. Só precisava desabafar.
P.S. - algumas das informações acima foram retiradas dos blogs do crítico Luiz Zanin Oricchio e da Ilustrada no Cinema, editado pelo colega Leonardo Cruz.
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Marcelo Miranda
26/5/2007 às 13h44
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Um ano de blog
Hoje [22/5/2007] é meu aniversário. Mas queria comemorar aqui outra coisa. Faz hoje exatamente um ano e uma semana que este blog está no ar. Não esperava que fosse aguentar tanto. Era uma brincadeira. Tinha medo de que não fosse durar três meses. Me empolguei. Durou.
Publico hoje mais regularmente do que nunca. Todo dia, de segunda a sexta, tem novidade aqui. Não é uma obrigação profissional. Mas cuido disso como uma rotina quase religiosa. Sem nenhum sacrifício. Foram 263 posts e 450 comentários. É puro prazer. Este blog me serve como uma espécie de telenovela. Sento no computador e descanso.
É também uma forma de terapia. É um exercício escrever - um parágrafo que seja - sobre minhas impressões cotidianas. Viver em São Paulo - ou viver, apenas - é um desafio constante ao nosso equilíbrio psicológico. Escrever me obriga organizar impressões, a articular opiniões. O mundo é uma bagunça, mas este blog não pode ser. Preciso ser claro com os outros e, consequentemente, acabo entendendo melhor eu mesmo.
Este blog foi, no ano passado, uma espécie de presente de aniversário que me dei. Talvez - não me lembro de outro - tenha sido o primeiro presente que eu tenha me dado. Por enquanto, pelo menos, foi o mais legal.
Edu, no exemplo de blog que eu sempre dou, para todos.
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Julio Daio Borges
25/5/2007 à 00h46
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BarCamp, Florianópolis - II
(Começa aqui...) A propósito dos debates, participei de dois. O primeiro, antes do almoço, versava sobre Propriedade Intelectual e Direito Autoral. Reunidos em uma das rodas na sala 301, todos se apresentaram pela segunda vez e a discussão começou por colocar os pingos nos is, a saber: Direito Autoral: direito (moral) da autoria, algo que, de certa forma, permanece como antes. Já Propriedade Intelectual é o direito (econômico) que garante exclusividade. Um dos participantes, com bastante ênfase, afirmou que a Propriedade Intelectual representava um entrave ao desenvolvimento econômico do país. Apesar do teor ideológico dessa sentença, os presentes fizeram valer seus pontos de vista e trouxeram outros, mais especificamente experiências pessoais, que ampliaram o âmbito da discussão. Tanto foi assim que o debate se encerrou apenas porque já tinha passado a hora do almoço.
Pouco mais de uma hora depois da pausa, foi a vez de um dos debates mais acalorados, posto que reuniu um grande número de participantes no auditório. Jornalismo Colaborativo. Jornalistas, blogueiros, professores e curiosos assistiram a um vídeo sobre o grande case do momento, o Ohmynews, com seu modelo ímpar de jornalismo participativo. Ana Maria Brambilla, que colabora com o site coreano (na sua versão em inglês), começou o debate com uma singular intervenção acerca do conceito de jornalismo participativo/colaborativo. Segundo ela, a simples participação do usuário não faz dele um jornalista, assim como não elimina a necessidade de um jornalista profissional dentro do processo informativo. Ainda assim, o envolvimento do usuário, e não somente nos jornais, tornou-se a tônica dominante daquela reunião e quase todos concordaram em continuar a discussão na sala 301.
A conversa, então, passou por vários temas: de Identidade em rede ao controle do ciberespaço (e olha que ninguém comentou naquele dia a proposta do senador Eduardo Azeredo para a internet), passando pela mediação nas colaborações dos usuários - e, ao final, uma pergunta que não foi totalmente respondida: por que, afinal, as pessoas interagem? Como bem escreveu Ana Brambilla em seu Libellus, longe de respondermos, evoluímos bastante na discussão.
De certa forma, as posições, ainda que bem distintas, marcaram o encontro, algo bem diferente das conferências e dos encontros tradicionais, onde se busca efetivamente um consenso. Definitivamente, o consenso não é algo que combina com a internet, muito menos com o BarCamp, que tem na intervenção dos seus participantes o seu traço mais fundamental.
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Fabio Silvestre Cardoso
24/5/2007 às 16h30
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BarCamp, Florianópolis - I
E o Andre de Abreu, sempre ele, vivia a me convidar para um tal de BarCamp, uma espécie de encontro, dizia ele, em que as pessoas apresentam seus temas, sempre ligados às novas mídias, ao jornalismo e à internet, em um painel aberto para a discussão de quem lá estiver. "É como as boas aulas da faculdade, aquelas em que podemos debater não só com os professores, mas uns com os outros". O "evento", e não sou lá muito justo ao chamá-lo assim, teve sua terceira edição em Florianópolis neste último fim de semana, dias 19 e 20, em uma das salas da UFSC. A despeito das semelhanças com a FFLCH, o prédio da Filosofia e Ciências Humanas da UFSC não está interditado pela presença de jovens revolucionários em busca da autonomia perdida. Em vez disso, os presentes optaram por debater e refletir as propostas existentes em virtude das novas tecnologias. Só para que o leitor tenha uma idéia, eis algumas das tags: Propriedade Intelectual vs. Direito Autoral; Gestão do Conhecimento; Jornalismo Colaborativo; Ciência 2.0. E tudo começou com uma reunião no auditório, conforme se lê no parágrafo a seguir.
No auditório, cujo nome me esqueci de anotar, Andre Avorio apresentava a proposta do BarCamp: Formato desconferência. Aos interessados, portanto, era fundamental que colocassem no painel o assunto que gostariam de debater. Do mesmo modo, os demais poderiam colaborar (essa era a idéia central) trazendo novas discussões ou remetendo a outras tags sucessivamente. O objetivo era explorar cada uma dessas tags em uma hora, abrindo espaço para as outras já previamente agendadas no painel. E isso ocorreu em boa parte dos casos no sábado, porém algumas discussões ganharam mais fôlego e absorveram as subseqüentes. Como este era meu primeiro BarCamp, foi só então que eu entendi o formato de "desconferência". Num evento, digamos, oficial, como o Proxxima, as exposições e as palestras têm hora certa para acabar, sem contar que a participação é limitada a algumas poucas questões que jamais são respondidas a contento. Num BarCamp, não só as questões são respondidas, como também é possível ouvir às opiniões dissonantes que, em vez de encerrar a discussão, abrem outros caminhos. Pode parecer confuso, mas, como ficou claro no debate sobre Jornalismo Participativo, existe uma tendência de as coisas se organizarem à medida que o debate toma forma - obviamente que nem sempre da maneira planejada no início (nem tudo é perfeito, afinal. Continua no próximo post...).
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Fabio Silvestre Cardoso
24/5/2007 às 16h28
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Foco Zero
Esse é o primeiro post de um blog que pretende ter muitos outros posts, mas não sabe se seu editor (preguiçoso!) terá paciência e criatividade para criá-los.
Mas por que esse nome: Foco Zero? Porque é por aí que vai a idéia, ou a total ausência dela. Não tem foco. Não é um blog de poesias, nem de contos, nem de ensaios, nem de jornalismo. É um blog de nada disso e um pouquinho de cada coisa. É um lugar em que pode aparecer qualquer texto sobre qualquer coisa que pareça interessante; um espaço para um exercício contínuo de escrever.
Fiquemos assim, por falta de definição melhor: é um blog de textos.
Marcio Nolasco, no blog que acaba de inaugurar, e que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
24/5/2007 à 00h37
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Brasileiro, sim, e no exterior
Vez por outra ouço críticas direcionadas a pessoas (inclusive a mim) que "falam mal do Brasil sem por ele nada fazer" (como se o Brasil fosse uma pessoa), ou pessoas que estão no "exterior" e querem "criticar o país". Talvez, se ao invés de defensivamente aceitar uma crítica a práticas correntes da sociedade, como sendo um insulto pessoal, pudessemos trocar idéias estaríamos todos em uma situação melhor.
A história tem dado repetidos exemplos de como pessoas que puderam experimentar em outras sociedades tiveram ótimas idéias e profundo impacto nas sociedades onde nasceram.
Eu, particularmente, amo o Brasil, mas não considero nação alguma acima do indivíduo. Para mim, quanto mais uma sociedade respeitar a individualidade das pessoas, e menos impor leis para regular isso, melhor para todos. Melhor porque cada um pode fazer aquilo que quer, aquilo que está melhor preparado para fazer. Ao mesmo tempo, valorizar a individualidade das pessoas significa respeitá-las da maneira mais consciente possível.
Muitas pessoas imaginam que para fazer "bem" para alguma coisa você tem que estar em contato direto com ela. Mas será que isso é mesmo verdade? No Brasil cansamos de ter exemplos de cientistas que fizeram carreiras no exterior, mas que contribuiram mais pela ciência no Brasil do que muitos professores encastelados nas universidades locais. Um exemplo recente é o professor Miguel Nicolelis da Duke University, que inclusive é cotado para o prêmio Nobel. Após realizar seu doutorado no Brasil, ele seguiu para uma carreira acadêmica no exterior, onde teve o apoio financeiro e a independência para realizar diversos experimentos na sua área de pesquisa. Estas descobertas e sua influência permitiram que muitos brasileiros tivessem acesso a estágios no exterior e a laboratórios que permitiram desenvolver mais profundamente pesquisas conduzidas no próprio país. Prof. Nicolelis, um apaixonado pelo nosso país, mais estabelecido, resolveu batalhar para abrir um centro de neurociência no Brasil, que fosse referência mundial. Este projeto está em andamento em Natal (RN).
Obviamente, para sua empreitada, ele recaiu nas mesmas dificuldades que muitas vezes já foram comentadas por todos que tentam exercer atividades independentes no nosso país: excesso de intereferência da burocracia local, existência de grupos estabelecidos aos quais não interessam mudanças nas regras do jogo, etc. Só que ele conseguiu subverter as regras do jogo, pois trouxe consigo novas maneiras de pensar e novas formas de financiar sua empreitada. Acho muito difícil que sem sua influência internacional, e sua capacidade como pesquisador provada através de um grande número de artigos, ele pudesse ter o impacto que está tendo na sua área dentro do nosso país.
Esta é uma dura realidade para todos que lidam com tecnologia e com conhecimento no Brasil. Era a dura realidade indiana e sul-coreana também. Até que a massa de emigrantes se tornou financiada por capital em seus respectivos países, trazendo não só dinheiro, mas técnicas, tecnologia e conhecimento. E em ambos países, pelo que meus colegas de lá comentam, a resistência foi enorme. As pessoas locais se sentem ameaçadas pelas mudanças e críticas e novas idéias. Mas, no fim, o conhecimento e a independência sempre prevalecem.
Da mesma forma, como eu condeno quem menospreza uma pessoa por sua origem, ou pelo local onde fez sua graduação, procurando sempre enaltecer os pontos fortes dos diplomas brasileiros em todas entrevistas e processos de contratação em que participo, eu também critico tudo que acho que está errado na nossa sociedade. É bom criticar, porque às vezes você encontra outras pessoas parecidas com você, e somente assim mudanças podem ser feitas. Ninguém muda nada sozinho, ou constrói um projeto sem ter apoio. E nada vai mudar se as pessoas se acomodarem.
Uma das minhas primeiras experiências no exterior, tendo saído do Brasil foi ter que ouvir "não" ou "esta idéia é ruim" para minhas idéias. E foi o melhor que poderia ter me acontecido, porque passo a passo fui melhorando a minha abordagem, e meus métodos de criar e fazer engenharia. Então, aprendi: ouvir "não" faz bem, torna o "sim" mais valioso.
Infelizmente, a nossa sociedade precisa melhorar muito, porque estamos estagnados numa época em que que o mundo inteiro está dando saltos grandes. Para isso, viajar um pouco faz bem. Ir a Bangalore, a Mountain View, a Seul, a Shangai abre nossos olhos para possibilidades, e também para o tempo perdido. A melhor política na vida é ser honesto consigo mesmo. Isso vale tanto para o nível pessoal, como para o conjunto da sociedade.
Eu, pessoalmente, adoro estar no Brasil, e quero poder voltar tão logo eu possa. Ao mesmo tempo, vou retornar nos meus termos, e não naqueles impostos por pessoas que foram incapazes de construir uma sociedade melhor nas coisas que me interessam. Muitos outros brasileiros aqui, que são permanentemente criticados por acadêmicos e isolacionistas de plantão, têm colaborado muito diretamente para a melhora do país, oferecendo palestras gratuitas nas universidades, montando colaborações em projetos diversos, lutando pela admissão de mais brasileiros em programas acadêmicos internacionais e em empresas aqui, e organizando investimentos.
Tudo é feito em silêncio, porque a primeira coisa que você aprende para fazer um projeto ou uma idéia que dê certo é que o importante é fazer, e não trompetear resultados. Vocês não imaginam os ataques entricheirados que acontecem a todas estas pessoas (inclusive dificultando ou impedindo o progresso de projetos e até de trazer investimentos de fora)... Desafiam qualquer lógica razoável. Se ao invés de temermos a competição ou sucesso alheio, procurarmos aprender com tudo e todos, como é minha política pessoal, acho que seremos todos melhores.
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Ram Rajagopal
23/5/2007 às 14h51
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Saudações cinemusicais
Extensão do meu site www.cinemaparadiso.com.br, este blog também é sobre trilhas e compositores de cinema, mas em formato menos "enciclopédico". Aqui, com frequência no mínimo semanal, pretendo discorrer sobre esses temas e assuntos correlatos.
Fábio Scrivano, que você também conhece daqui, no blog que acaba de inaugurar.
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Julio Daio Borges
23/5/2007 às 09h50
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Livros e letras
A cronista Maria Esther Lacerda lançou livro ontem, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. Jornalista e escritora, ela apresenta Homem de cama e mesa ou qualquer amor.
O evento Terças Poéticas teve homenagem a Waly Salomão. Arre.
E o escritor Sérgio Fantini prepara, com esmero, o Salão do Livro & Encontro de Literatura deste ano, com homenagem à Itália e aos italianos escritores.
Já foi dito: a próxima visita ao Museu de Artes de Ofícios, no evento Ofício da Palavra, é o escritor e roteirista Marçal Aquino. Melhor correr para ver os filmes.
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Ana Elisa Ribeiro
23/5/2007 à 00h37
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Fé e razão
Até hoje os filósofos divergem sobre a existência de uma filosofia durante a Idade Média. Apesar de ter sido um período de trevas e de retrocesso intelectual, a era medieval abrigou homens que deixaram sua marca na história do pensamento. É o que apresenta parte do curso Os Pensadores, na Casa do Saber.
O problema em aceitar essa herança, para o filósofo Maurício Marsola, é a mistura entre racionalidade e religião que prevaleceu na Idade Média – o que comprometeria a neutralidade (e a própria essência) da filosofia. Santo Agostinho deixou uma obra amplamente lida nos corredores acadêmicos e também nos conventos: Confissões.
Mas a dualidade fé/razão com que guiava suas reflexões fez com que muitos contestassem em Agostinho o título de filósofo. O racionalista Émile Bréhier, por exemplo, afirma que nunca existiu filosofia no período medieval, uma vez que a “filosofia cristã” seria uma contradição. Já Étienne Gilson defende que o termo não é contraditório. “Apenas circular”, diz ele, de modo que a filosofia tenha coexistido, na Idade Média, em parceria com a fé.
Seja filosofia ou não, a herança de Agostinho é inegável não apenas na fé cristã, mas na história do conhecimento. Com ou sem religião, para entender a essência de seu pensamento é preciso esquecer o eterno conflito fé/razão, do qual poucos conseguem fugir.
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Tais Laporta
22/5/2007 às 11h08
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