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Segunda-feira,
28/5/2007
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Redação
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Um tango de surpresas
Hoje estava buscando um artigo científico on-line sobre programação dinâmica quando me dei de cara com este site. Daniela Pucci é uma brasileira que, após completar um doutorado brilhante na Universidade de Stanford, seguiu carreira de professora e foi contratada para o MIT. Um grande e merecidíssimo feito, para quem começou sua carreira acadêmica no Brasil.
Junto com sua paixão por ciência e, no caso, programação dinâmica, ela descobriu uma paixão pelo Tango. E a paixão foi tão forte que, após encontrar Luis Bianchi, ela decidiu se dedicar em tempo integral a dança. Daniela Pucci é sem sombra de dúvida uma grande inspiração. A mensagem? Devemos viver a vida sempre com entrega. Sem entrega, sem amor, sem o sublime, a vida não faz o menor sentido. Imaginem a coragem para deixar algo tão valorizado pela sociedade para mergulhar no incerto mundo da arte?
A arte tem esta capacidade única de despertar em nós a entrega mais profunda. E nos alçar de encontro ao nosso espírito, ao belo. Em todas as atividades que fazemos com amor podemos ter esta experiência. Mas a arte é capaz de despertar isso em nossa alma. Uma vida bem vivida não consiste de colecionar prêmios e assinaturas de terceiros certificando nossas escolhas. Não mesmo. Uma vida bem vivida é a todo momento ter esta conexão profunda com quem somos. E estamos mudando a todo momento. Quando estiverem desistimulados ou presos a uma "carreira", assistam aos belíssimos tangos do casal Daniela Pucci e Luis Bianchi:
Nothing Else Matters, Tango Negro e Morena.
Não só pela beleza, mas porque para sempre passam a mensagem de que sempre podemos mudar, e sempre, sempre, podemos nos entregar de verdade para aquilo que mais desejamos. A vida não é para ser levada a sério demais. Viver bem é o que importa. Títulos, prêmios, tostões no banco, posições, tudo fica esquecido na poeira do tempo. A experiência, o viver a cada momento, é a única coisa para sempre.
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Ram Rajagopal
28/5/2007 às 23h41
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No 9º Salão da FNLIJ
Sexta-feira passada, dia 25/5, tive uma experiência emocionante com os jovens que compareceram à biblioteca do 9º Salão de Literatura Infantil e Juvenil da FNLIJ, nos jardins do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, para assistir a uma palestra minha e prestigiar o lançamento do meu livro Morte no Colégio, a minha estréia na literatura juvenil.
Quando participamos de um evento como esse é que percebemos com nitidez como os jovens gostam, sim, dos livros e da literatura, ao contrário do que proclama o senso comum. É como eu venho dizendo há tempos: basta que nossos jovens sejam estimulados a ler como lazer e eles farão o resto.
Era a primeira vez que eu visitava o salão como profissional do livro e decidi que a visita seria igualmente profissional sem, contudo, dispensar o diletantismo que faço questão de conservar no meu cotidiano. Como a minha palestra era às 15 horas, cheguei uma hora mais cedo, a tempo de percorrer o salão e visitar com calma cada um dos estandes das editoras presentes. É incrível o profissionalismo e a organização que cercam o evento. A presença de crianças e jovens era maciça e agradavelmente ruidosa. Havia um clima generalizado de euforia, como se estivesse acontecendo uma verdadeira celebração coletiva em torno do objeto livro.
Após o término da minha palestra, alguns dos jovens que a assistiram permaneceram no local e conversaram comigo por longos minutos. Todos eram muito inteligentes e articulados e demonstraram possuir genuíno prazer no ato de ler. Alguns deles aparecem comigo na simpática fotografia que ilustra este post. A foto, sem querer, acabou, simbolicamente, reproduzindo uma realidade nossa, estatisticamente comprovada: a de que as mulheres lêem mais do que os homens.
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Luis Eduardo Matta
28/5/2007 às 18h41
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Piratas 3: No Fim do Mundo
Esta manhã fui ao cinema. Aproveitei a sessão matutina para evitar filas enormes e assisti Pirates of the Caribbean: At World's End (EUA, 2007), do Gore Verbinski, fecho da trilogia que começou com Pirates of the Caribbean: The Curse of the Black Pearl e continuou Pirates of the Caribbean: Dead Man's Chest. Voltam os já conhecidos personagens Jack Sparrow (Johnny Depp), Will Turner (Orlando Bloom), Elizabeth Swann (Keira Knightley), Barbossa (Geoffrey Rush), Davy Jones (Bill Nighy), entre outros, e ainda surgem novos piratas, como o capitão Sao Feng (Chow Yun-Fat) e o capitão Teague (Keith Richards, que nas horas vagas toca guitarra com uma banda chamada The Rolling Stones). O filme, mais uma vez, tem uma produção magnífica. A trama, porém, é excessivamente tortuosa desta vez, fragmentando a narrativa e roubando-a da fluidez dos episódios anteriores. Talvez assistindo At World's End pela segunda ou terceira vez a riqueza das motivações dos personagens sobressaia mais em meio ao redemoinho (por vezes literal) do filme, já que cada um dos protagonistas e antagonistas busca coisas diferentes e acaba chegando exatamente ao mesmo ponto da história. Para mim, a melhor parte acabou sendo o epílogo agridoce num estilo muito apropriado ao capitão Jack Sparrow.
Nemo Nox, que há mais de dez anos (hello, blogueiros novos [e apressados]!) mantém um dos melhores blogs da internet brasileira, e que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
28/5/2007 às 11h11
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Caricaturas de Blogueiros
Do Diogo Salles, que acabou comigo (eu não sou tão ruim assim...), que é blogueiro também, e que quer caricaturar a blogosfera inteira (se você quer a sua carica, entre em contato com ele... [O Edu também foi detonado pelo Diogo])
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Julio Daio Borges
28/5/2007 à 00h56
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Quatro verdades inconvenientes
1) Sim, Hollywood ficou toda prosa com o filme do Al Gore. Contudo, ninguém me tira da cabeça que o cinema americano - com suas enormes explosões, incêndios e tiroteios - é responsável por pelo menos 50% do efeito estufa. O que quer dizer que, se não fosse o cinema deles, a Terra seria mais fresquinha. Sacou? Sem os filmes do Rambo, do governador Schwarzenegger e, sei lá, sem os filmes sobre a guerra do Vietnã, seria possível até mesmo nevar aqui no Centro Oeste. (Na fazenda da minha saudosa avó materna, geava. O tempo passou, a véia morreu e não geia mais.)
2) O Jornal Nacional mostra uma reportagem falando coisas terríveis sobre a poluição dos rios e a porcaria que são as tais garrafas plásticas e demais dejetos não-degradáveis encontrados em meio à natureza. (São mesmo, principalmente quando muito distantes da possibilidade de serem recolhidos e reciclados.) Em sua locução, a Fátima Bernardes faz a mesma cara de quando o Brasil perde um jogo na Copa, aquele olhar de amiga de defunto. Intervalo comercial: Coca-cola, guaranás x, y, e z. Todos em garrafas PET. Volta o jornal e aparece o William Bonner todo sorridente mostrando uma apreensão de toneladas e toneladas reluzentes de CDs e DVDs piratas sendo esmigalhadas por tratores ou seja lá o que for aquele monstro de ferro e aço. O pátio da polícia federal fica repleto de pequenas montanhas de lixo plástico e... alumínio? Não sei. Sei apenas que não falam nada a respeito do destino de tanto lixo. Por que não? Meu Deus! Por que nããão? À noite, a cabeça cheia de círculos metálicos de brilhos iriados, os olhos teimam em arregalar-se. Tento dormir. Não consigo.
3) Prosseguindo minha pesquisa no Google, volto a encontrar vários sites se referindo ao aquecimento do próprio Sol. (Sim, basta digitar solar warming.) Isso me deixa preocupadíssimo, afinal ninguém parece dar atenção ao tema, o Al Gore não passa nem triscando nele, e o Sol impávido segue sua órbita ao redor do centro da Via Láctea, um colosso a ignorar nossos temores. Porra, penso, cadê a ONU? Alguém precisa multar o responsável pelo Sol, ameaçá-lo com uma comissão de astrônomos e, por que não?, de astrólogos. Caso o Sol prossiga com sua maldade, seria necessário enviar os capacetes azuis para tomá-lo de assalto, invadi-lo e fincar lá a bandeira das Nações Unidas. Hmmm. Sim, sim. É fato, os sacanas dos americanos certamente não cederão os foguetes da NASA. The bastards! Será preciso recorrer à Rússia, um povo muito mais racional...
4) Hugo Chávez acusa os futuros produtores de etanol de roubar terras necessárias à agricultura de alimentação, mas não se dá conta de que, segundo aquele pessoal da ONU que o convidou para xingar o Bush de diabo lá em Nova Iorque, o aquecimento global - responsável pela tal desertificação e pelo desarranjo climático destruidor das hortas das velhinhas camponesas de todo o mundo - é supostamente causado pela queima do petróleo que sustenta seu governo corrupto. Ou será que ele já tem a confirmação de que a culpa é apenas do Sol?
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Yuri Vieira
26/5/2007 às 18h23
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Cinemas invadidos no Brasil
Nunca deve ter acontecido antes: o circuito brasileiro de cinema tem 2.095 salas de exibição comercial. Com a estréia, no dia 25, do novo Piratas do Caribe, um total de 1.459 dessas salas está ocupado por apenas dois filmes - Homem-Aranha 3 e Piratas do Caribe 3 - No fim do mundo. Isso dá 70% de todo o circuito.
É um acinte, um absurdo, uma invasão sem precedentes. Nem quero imaginar quando Shrek 3 estrear, no final de junho.
Não vai sobrar uma salinha que seja...
São Paulo mesmo, que possui o maior circuito exibidor do país, tem 362 salas. Dessas, 247 estão tomadas pelas aranhas e pelos piratas. Só que, na pior das hipóteses, cidades maiores têm opções aos montes, ainda que limitadas em casos assim.
Eu sou meio radical: acho que situações como essa deveriam ser terminantemente proibidas, nem que o governo intervisse. Algo como limitação no número de cópias. Não faz o menor sentido o Brasil aguentar uma estréia como a de Piratas..., com suas quase 700 cópias. Mas vai falar isso pra um pobre coitado exibidor. Ou mesmo enfrentar o poderoso lobby de Hollywood.
E tenho dito. Só precisava desabafar.
P.S. - algumas das informações acima foram retiradas dos blogs do crítico Luiz Zanin Oricchio e da Ilustrada no Cinema, editado pelo colega Leonardo Cruz.
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Marcelo Miranda
26/5/2007 às 13h44
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Um ano de blog
Hoje [22/5/2007] é meu aniversário. Mas queria comemorar aqui outra coisa. Faz hoje exatamente um ano e uma semana que este blog está no ar. Não esperava que fosse aguentar tanto. Era uma brincadeira. Tinha medo de que não fosse durar três meses. Me empolguei. Durou.
Publico hoje mais regularmente do que nunca. Todo dia, de segunda a sexta, tem novidade aqui. Não é uma obrigação profissional. Mas cuido disso como uma rotina quase religiosa. Sem nenhum sacrifício. Foram 263 posts e 450 comentários. É puro prazer. Este blog me serve como uma espécie de telenovela. Sento no computador e descanso.
É também uma forma de terapia. É um exercício escrever - um parágrafo que seja - sobre minhas impressões cotidianas. Viver em São Paulo - ou viver, apenas - é um desafio constante ao nosso equilíbrio psicológico. Escrever me obriga organizar impressões, a articular opiniões. O mundo é uma bagunça, mas este blog não pode ser. Preciso ser claro com os outros e, consequentemente, acabo entendendo melhor eu mesmo.
Este blog foi, no ano passado, uma espécie de presente de aniversário que me dei. Talvez - não me lembro de outro - tenha sido o primeiro presente que eu tenha me dado. Por enquanto, pelo menos, foi o mais legal.
Edu, no exemplo de blog que eu sempre dou, para todos.
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Julio Daio Borges
25/5/2007 à 00h46
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BarCamp, Florianópolis - II
(Começa aqui...) A propósito dos debates, participei de dois. O primeiro, antes do almoço, versava sobre Propriedade Intelectual e Direito Autoral. Reunidos em uma das rodas na sala 301, todos se apresentaram pela segunda vez e a discussão começou por colocar os pingos nos is, a saber: Direito Autoral: direito (moral) da autoria, algo que, de certa forma, permanece como antes. Já Propriedade Intelectual é o direito (econômico) que garante exclusividade. Um dos participantes, com bastante ênfase, afirmou que a Propriedade Intelectual representava um entrave ao desenvolvimento econômico do país. Apesar do teor ideológico dessa sentença, os presentes fizeram valer seus pontos de vista e trouxeram outros, mais especificamente experiências pessoais, que ampliaram o âmbito da discussão. Tanto foi assim que o debate se encerrou apenas porque já tinha passado a hora do almoço.
Pouco mais de uma hora depois da pausa, foi a vez de um dos debates mais acalorados, posto que reuniu um grande número de participantes no auditório. Jornalismo Colaborativo. Jornalistas, blogueiros, professores e curiosos assistiram a um vídeo sobre o grande case do momento, o Ohmynews, com seu modelo ímpar de jornalismo participativo. Ana Maria Brambilla, que colabora com o site coreano (na sua versão em inglês), começou o debate com uma singular intervenção acerca do conceito de jornalismo participativo/colaborativo. Segundo ela, a simples participação do usuário não faz dele um jornalista, assim como não elimina a necessidade de um jornalista profissional dentro do processo informativo. Ainda assim, o envolvimento do usuário, e não somente nos jornais, tornou-se a tônica dominante daquela reunião e quase todos concordaram em continuar a discussão na sala 301.
A conversa, então, passou por vários temas: de Identidade em rede ao controle do ciberespaço (e olha que ninguém comentou naquele dia a proposta do senador Eduardo Azeredo para a internet), passando pela mediação nas colaborações dos usuários - e, ao final, uma pergunta que não foi totalmente respondida: por que, afinal, as pessoas interagem? Como bem escreveu Ana Brambilla em seu Libellus, longe de respondermos, evoluímos bastante na discussão.
De certa forma, as posições, ainda que bem distintas, marcaram o encontro, algo bem diferente das conferências e dos encontros tradicionais, onde se busca efetivamente um consenso. Definitivamente, o consenso não é algo que combina com a internet, muito menos com o BarCamp, que tem na intervenção dos seus participantes o seu traço mais fundamental.
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Fabio Silvestre Cardoso
24/5/2007 às 16h30
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BarCamp, Florianópolis - I
E o Andre de Abreu, sempre ele, vivia a me convidar para um tal de BarCamp, uma espécie de encontro, dizia ele, em que as pessoas apresentam seus temas, sempre ligados às novas mídias, ao jornalismo e à internet, em um painel aberto para a discussão de quem lá estiver. "É como as boas aulas da faculdade, aquelas em que podemos debater não só com os professores, mas uns com os outros". O "evento", e não sou lá muito justo ao chamá-lo assim, teve sua terceira edição em Florianópolis neste último fim de semana, dias 19 e 20, em uma das salas da UFSC. A despeito das semelhanças com a FFLCH, o prédio da Filosofia e Ciências Humanas da UFSC não está interditado pela presença de jovens revolucionários em busca da autonomia perdida. Em vez disso, os presentes optaram por debater e refletir as propostas existentes em virtude das novas tecnologias. Só para que o leitor tenha uma idéia, eis algumas das tags: Propriedade Intelectual vs. Direito Autoral; Gestão do Conhecimento; Jornalismo Colaborativo; Ciência 2.0. E tudo começou com uma reunião no auditório, conforme se lê no parágrafo a seguir.
No auditório, cujo nome me esqueci de anotar, Andre Avorio apresentava a proposta do BarCamp: Formato desconferência. Aos interessados, portanto, era fundamental que colocassem no painel o assunto que gostariam de debater. Do mesmo modo, os demais poderiam colaborar (essa era a idéia central) trazendo novas discussões ou remetendo a outras tags sucessivamente. O objetivo era explorar cada uma dessas tags em uma hora, abrindo espaço para as outras já previamente agendadas no painel. E isso ocorreu em boa parte dos casos no sábado, porém algumas discussões ganharam mais fôlego e absorveram as subseqüentes. Como este era meu primeiro BarCamp, foi só então que eu entendi o formato de "desconferência". Num evento, digamos, oficial, como o Proxxima, as exposições e as palestras têm hora certa para acabar, sem contar que a participação é limitada a algumas poucas questões que jamais são respondidas a contento. Num BarCamp, não só as questões são respondidas, como também é possível ouvir às opiniões dissonantes que, em vez de encerrar a discussão, abrem outros caminhos. Pode parecer confuso, mas, como ficou claro no debate sobre Jornalismo Participativo, existe uma tendência de as coisas se organizarem à medida que o debate toma forma - obviamente que nem sempre da maneira planejada no início (nem tudo é perfeito, afinal. Continua no próximo post...).
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Fabio Silvestre Cardoso
24/5/2007 às 16h28
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Foco Zero
Esse é o primeiro post de um blog que pretende ter muitos outros posts, mas não sabe se seu editor (preguiçoso!) terá paciência e criatividade para criá-los.
Mas por que esse nome: Foco Zero? Porque é por aí que vai a idéia, ou a total ausência dela. Não tem foco. Não é um blog de poesias, nem de contos, nem de ensaios, nem de jornalismo. É um blog de nada disso e um pouquinho de cada coisa. É um lugar em que pode aparecer qualquer texto sobre qualquer coisa que pareça interessante; um espaço para um exercício contínuo de escrever.
Fiquemos assim, por falta de definição melhor: é um blog de textos.
Marcio Nolasco, no blog que acaba de inaugurar, e que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
24/5/2007 à 00h37
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