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Quinta-feira,
7/6/2007
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Redação
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Rio das Ostras Jazz&Blues I

Aqui estou, a 170 quilômetros do centro do Rio de Janeiro, após treze horas de viagem, me preparando para o primeiro dia da 5ª edição do festival "Rio das Ostras Jazz & Blues". O vento é frio, mas o sol começa a esquentar e já se pode vislumbrar como será a paisagem dos shows, que começam diariamente, até o final do feriado, no dia 10 (domingo), às 14h e vão, no mínimo, até 23h. São cinco por dia, em três palcos ao ar livre.
O show de hoje, do compositor e vibrafonista Stefon Harris e seu quarteto, ao entardecer, promete, pois será o primeiro executado na Praia da Tartaruga, em um palco montado em cima de uma grande pedra, bem em frente ao mar azul-claro. Antes, haverá ainda a apresentação da Big Gilson Blues Band, na Lagoa de Iriry. Gilson, natural do Rio de Janeiro, é fundador do grupo de blues brasileiro Big Allambik. À noite, no palco Costazul, ainda se apresentam o pianista Dom Salvador; Hamilton de Holanda, considerado o "Príncipe do Bandolim" por Djavan, Maria Bethânia e outros; além do guitarrista, cantor e compositor do Bronx, Michael Hill.

Rio das Ostras, na região dos lagos, abrange onze praias, que somam 28 quilômetros, com mar tranqüilo e monazitas, mineral castanho-avermelhado. Ao contrário de Búzios, onde o festival aconteceu no ano passado, mais badalada e que mantém o ar empolado de outrora, Rio das Ostras é rústica, uma antiga colônia de pescadores que começam a trabalhar logo pela manhã, tanto às margens do mar como em barcos. A praia fica repleta deles e essas feições humanas completam a paisagem estonteante por sua naturalidade.

Mas a cidade também tem outra característica: respira cultura, maneira de explorar o seu potencial turístico. Além de sediar o festival, desde o começo do ano a cidade já organizou exposições de jovens talentos, promoveu encontros com estudantes e escritores no projeto Leitura Viva, promoveu uma feira com trabalhos de alunos do Centro de Formação Artística, um Festival de Música, Cinema na Rua e até um Festival Nacional de Teatro. A maioria deles são obras da Casa de Cultura e da de Educação, ligadas à prefeitura municipal.
Ontem à noite foi realizada a abertura oficial do festival. Apesar do grande atraso, de cerca de duas horas, sentido mais ainda em uma noite fria, a Orquestra Kuarup Cordas e Sopros abriu o evento, seguida pela Big Gilson Blues Band e o renomado percussionista Naná Vasconcelos. Projeto social da cidade, criado antes de 1997, quando passou a ser um projeto da Fundação Rio das Ostras de Cultura, a Orquestra Kuarup teve sentido mais simbólico do que propriamente técnico, pois é sempre louvável incluir crianças e adultos na música.
Quem perdeu, seja por desconhecimento ou até pelo trânsito da véspera de feriado, intensificado por acidentes em rodovias, ainda pode ver Big Gilson hoje, mas não poderá mais conferir Naná e seu som afro, que já acompanhou Milton Nascimento e Geraldo Vandré. Ele também já tocou com os mestres Miles Davis e B.B King, além de ter feito música para filmes como de Lucia Murat e até Jim Jarmusch e gravado com Caetano, Marisa Monte e Mundo Livre S/A. Depois de uma carreira internacional, voltou ao país como idealizador do Panorama Percussivo Mundial (Percpan), festival que realizou sua 14º edição em maio em Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro.
Naná Vasconcelos foi eleito diversas vezes o melhor do mundo pela Down Beat Magazine, considerada a bíblia do jazz, na sua especialidade, o berimbau. O Rio das Ostras Jazz & Blues foi incluído na lista dos 100 maiores festivais do mundo pela mesma revista. Confira a programação completa do evento no site do evento e confira com seus próprios olhos e ouvidos. E aguarde mais notícias aqui.
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Marília Almeida
7/6/2007 às 12h25
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8º Salão do Livro
Belo Horizonte, mais uma vez, será palco do Salão do Livro e Encontro Nacional de Literatura. Em sua oitava edição, o evento de 2007 homenageia a Itália. É claro que temas como Dante e a literatura italiana contemporânea serão discutidos com destaque. O 8º Salão acontece na Serraria Souza Pinto, de 14 a 24 de junho, de 9h às 22h. Palestras, minicursos, oficinas e entrevistas são as atrações principais do evento.
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Ana Elisa Ribeiro
6/6/2007 às 23h10
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Revista eletrônica
O Núcleo de Estudos do Hipertexto e Tecnologia Educacional, NEHTE, coordenado pelo prof. Antônio Carlos Xavier, da Universidade Federal de Pernambuco, acaba de lançar a revista Hipertextus. A publicação eletrônica é tão importante quanto as de papel e coerente com a proposta do grupo: estudar questões dos ambientes digitais de interação e comunicação. O grupo estará presente no II Encontro Nacional sobre Hipertexto, que acontecerá nos dias 24, 25 e 26 de outubro, em Fortaleza.
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Ana Elisa Ribeiro
6/6/2007 às 23h04
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Convergência
Mais uma vez, a universidade FUMEC, em Belo Horizonte, põe o tema da convergência digital em pauta. No auditório Fênix, nos dias 11, 12 e 13 de junho, pela manhã, de graça, será possível assistir a conferências de pesquisadores e profissionais que lidam com blogs, jornalismo de portal, tecnopoéticas, entre outros baratos. Só ir.
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Ana Elisa Ribeiro
6/6/2007 às 23h01
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Penso, logo existo
René Descartes era um homem metódico. Acreditava que o corpo humano e a natureza eram máquinas tão perfeitas quanto um relógio. Colocou ciência, razão e religião em seus respectivos lugares. O filósofo Maurício Marsola foi a fundo no seu legado durante o curso Os Pensadores, da Casa do Saber.
Marsola observa que, em Meditações, Descartes alerta que não se pode confiar no mundo sensível. "Os sentidos enganam a mente", escreveu. Prova disso seriam os sonhos, durante os quais acreditamos serem reais. Portanto, a realidade poderia ser uma ilusão (uma espécie de Matrix), que legitimaria a dúvida em relação à própria existência.
Preocupado com a possibilidade de não existir, Descartes passa a duvidar de tudo. Até que conclui: não pode duvidar que duvida. E se duvida, pensa. Assim, o filósofo elege um princípio que acaba com seus tormentos momentâneos. "Cogito, ergo sum" (Penso, logo existo).
Essa afirmação seria o marco inicial do pensamento moderno. A filosofia não mais estaria vinculada à teologia, mas à ciência, soberana da razão. Começa uma nova era, seguida por Hobbes, Rousseau, Nietzsche e tantos outros.
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Tais Laporta
6/6/2007 às 15h12
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O rival
O telefone que toca, ela que atende, ele que está a três mil quatrocentos e vinte e dois quilômetros de distância, do outro lado da linha e que fala, despreocupado, confiando que são assim próximos, chegados, mesmo em extremos geográficos irreconciliáveis.
Ela me olha, muda, escutando o fone mas com olhos fixos em mim, abana a cabeça como se a pessoa do outro lado da linha - ele, o amigo gay - a pudesse ver, mas olha para mim e seus olhos encerram uma pergunta e eu me pergunto qual seria e ela aponta o dedo na direção das prateleiras da sua sala e faz, com a mão, o gesto de escrever. Quer uma caneta, provavelmente quer papel também; ela faz gestos imperativos agora e eu não acho a porcaria das coisas na primeira tentativa, mas meto a mão por detrás dos livros, no vão que eles formam - livros de psicologia - e consigo capturar a Bic azul e volto, procurando o bloco de anotações que, para meu alívio, ela já achou e tem nas mãos.
Eu estava na casa dela, tinha passado ali para dizer que havia um filme na cidade, que estava passando nos cinemas e queria que ela fosse comigo, mas percebi que eu nunca teria a décima parte da atenção que ela demonstrava ter, conversando, atenta, com o amigo gay e distante - uma atenção de mulher faminta. As palavras dele enchiam, visivelmente, sua alma.
Eu não ouvia, claro, o que ele dizia, mas via no rosto dela o sorriso de criança feliz que, tantas vezes, em vão, eu tentara provocar. Fiz a ela sinais com as mãos, me despedindo. Fui em direção à porta, andando quase que de costas e me despedindo. Seu gesto de adeus, ainda que inconformado, me lançou porta afora, de novo para as ruas, de onde eu não deveria ter saído para ir até sua casa e fui, mãos nos bolsos da jaqueta, procurando os trocados para o ônibus, rumo ao centro da cidade, para ver o último super-herói americano e seu amor impossível, como o meu.
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Guga Schultze
6/6/2007 às 14h33
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E-mails melhores do que livros
Há pessoas que escrevem bem. Há pessoas que escrevem bem o que a gente deseja ler. E quando conseguimos encontrar um texto com essa combinação a leitura se torna muito mais agradável.
Confesso que, ultimamente, tenho tido a sorte de ler e-mails (sim, e-mails!) que dariam bom material para um livro. Duvidam? Pois eu garanto que estes e-mails dizem muito mais (pra mim) do que grandes escritores ou pensadores poderiam dizer. Isso pode parecer estranho, mas já explico.
Algumas pessoas têm o dom de transferir para o texto uma visão muito especial da vida. Cada palavra ou frase que escrevem servem de inspiração para quem lê. O melhor disso tudo é quando descobrimos pessoas assim bem perto da gente.
Aprendi o quanto é interessante ler coisas de quem conheço e sei que tem bom coração. Uma pessoa muito querida me chamou a atenção para isso e eu nunca mais esqueci. Tenho que admitir também que ando cansada de ler textos chatos de pessoas que só estão preocupadas em parecer cultas.
Rose, no seu blog, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
6/6/2007 às 10h17
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Pizza leve com massa fina
O bairro do Paraíso, em São Paulo, possui muitos deliverys. Mas Ana Komel achou que faltava um pouco de sofisticação nas pizzas entregues na região. Explica: "A pizza exige maior tempo de preparo. A massa pronta precisa descansar de quatro a seis horas, o molho pré-pronto deve ser feito no dia e os ingredientes devem ser frescos, pois o presunto, por exemplo, pode ressecar e perder a qualidade".

Então, Ana, que já tinha tido anteriormente um restaurante de massas em Pinheiros, instalou, desde setembro, na esquina das ruas Afonso de Freitas com Carlos Steinen, a Vicina Pizzeria. Aberta com a proposta de operar apenas com serviço de delivery, logo ganhou mesas e bistrôs, acomodados em dois pequenos salões, que ficam menores no inverno, quando o espaço em frente ao sobrado fica fechado por causa do frio. Mas Ana pretende, em breve, aumentá-lo para o segundo andar. "Queria abrir algo pequeno que fosse crescendo com a minha cara", justifica.

O clima, informal e descontraído, é decorado com muitas velas, fotos de shows de cantoras como Zélia Duncan e Maria Bethânia e de tatuagens, e quadros, obras da polivalente Ana, que, além de fotógrafa profissional e ter a pintura como hobby, trabalha na TV há 26 anos. O ambiente é complementado pela falta de garçons que objetiva fazer com que as famílias ou grupos de amigos se sirvam e sintam-se em casa.

Há também outro motivo menos visível: Ana, além de atender seus clientes, compra os ingredientes e ainda coloca a mão na massa e ajuda a preparar os recheios. "Além de ser perfeccionista e gostar do que faço, isso me permite fazer coisas novas de tempos em tempos. Por exemplo, sempre mudo o sabor das lasquinhas crocantes, temperadas com ervas finas, servidas como entradas. Já fiz com manjericão, gergelim, semente de girassol e agora estou testando pães com calabresa", afirma.

Para saborear junto com a cerveja, em garrafa e servida em copo gelado, o cardápio oferece 27 sabores de pizza. O destaque é sua massa, fina e crocante, desenvolvida a partir de receitas italianas antigas, além do recheio, preparado na hora. Entre as sugestões, destaque para a leve Vicina Selvatica, com mussarela, abobrinha refogada com shoyu e cortadas minuciosamente, parmesão ralado, orégano e tomate seco; e a Vicina Impazziro, com mozarela, champignon, bacon, orégano e azeitona.
Para ir além
Vicina Pizzeria - Rua Afonso de Freitas, 603, Paraíso - Tel. 3052-4406 e 3057-3092 - De terça a domingo, a partir das 18 horas - Pizzas para viagem e salão - De R$ 17,00 a R$ 25,00 - Cerveja Brahma, Bohemia e Stella Artois.
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Marília Almeida
6/6/2007 à 00h46
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Tarantino no Sesc Santana
Ao dar continuidade ao projeto "Última chance em 35", que resgata exibições em 35 mm com foco no cinema arte, o Sesc Santana apresenta o ciclo gratuito "Quentin Tarantino - Violência Burlesca", com quatro produções que abrangem quase toda sua obra, apesar de deixar de fora seus dois filmes mais marcantes: Cães de aluguel e Pulp Fiction.
De 5 a 26 de junho, sempre às terças-feiras, às 20 horas, o público pode assistir aos filmes Jackie Brown, Kill Bill (vols. 1 e 2) e Sin City - A cidade do pecado, com direção (o último como diretor convidado) do cineasta mais popular do cinema independente americano.
Para o segundo semestre, o Sesc prepara para o público infantil o projeto "A escola vai ao cinema", uma iniciativa do Departamento Nacional do SESC em todo o Brasil, que exibirá títulos inéditos de produções nacionais e internacionais.
Para ir além
"Quentin Tarantino - Violência Burlesca" - De 5 a 26 de junho, terças-feiras, às 20 horas, no Teatro - Entrada gratuita (retirar ingresso no dia da exibição a partir das 13h) - Sesc Santana - Av. Luiz Dumont Villares, 579 - Santana - Fone:(11) 6971-8700.
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Marília Almeida
5/6/2007 às 16h26
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Repescagem ou Mazel tov
O glamour de ter seu nome estampado na lombar de um livro e posicionado à altura dos olhos nas grandes livrarias, com uma editora de respeito por trás e uma distribuição proporcional à sua fama, não tem preço.
Utopia? Sonho pequeno burguês, capitalista ou o nome que vocês quiserem dar? Pode ser. Mas quero deixar claro que não só é escritor quem publica assim. Mas assim é mais charmoso! É mais fantasioso! É mais hollywoodiano! E me parece mais palpável, mais material, mais eterno.
Mas não quero publicar assim por favor, por dó ou me endividando!
Quero publicar assim se meu livro for lido e aprovado por pelo menos um grande crítico ou editor, até porque um grande editor deve ser um grande crítico. Utópico de novo? Talvez porque hoje, infelizmente, para a literatura, mas felizmente para o entretenimento, os editores estejam mais para grandes marqueteiros.
Não quero dizer com isto que preciso ser o Machado de Assis do amanhã e nem que minha obra (será que será uma obra?) precisa ser uma unanimidade dos críticos, um supra-sumo. Pode ser uma boa obra, para ser lida antes de dormir ou até para colocar crianças para dormir... Quero pelo menos passar uma mensagem, idéia ou conforto a alguém. Mas, pelo amor de Deus, que sirva para alguma coisa.
Porém, hoje o começo, e acho que o final, será sempre a Internet. Precisamos aprender a escrever a um contrastante público, que lê rápido, e está conectado com o mundo, da mesma forma que está conectado com as suas poucas linhas.
Precisamos também lembrar que um livro transmite uma mensagem e precisamos de tempo para lê-lo, absorvê-lo, digeri-lo e criticá-lo. Quanto tempo você tem para isto?
Desta forma, concordo com os que dizem que o mercado literário precisa de críticas mais ferozes, de editores mais rígidos, e o leitor merece respeito das prateleiras que encontra nas livrarias.
Preocupo-me, entretanto, com os bons autores que não estarão na hora certa, no lugar certo e no momento certo, três atributos que na religião judaica são o significado da palavra Mazel Tov, para serem publicados. Estes autores amargarão uma derrota que muitas vezes deveria ser mais que uma vitória: uma estátua no meio da praça principal!
Para os infortunados, resta a repescagem e o consolo nas palavras de Wilson Martins: "Não há exemplo de grande escritor, em qualquer lugar do mundo, que tivesse dependido de incentivo externo para se expressar. Quem tem algo para fazer, faz. Se a pessoa tem algo para escrever, não precisa estimular. O iniciante precisa de obstáculos e desafios".
Ou Mazel Tov!
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Daniel Bushatsky
5/6/2007 às 13h19
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