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Segunda-feira,
11/6/2007
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Redação
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Só São Paulo faz por você
Os clichês sobre a cidade de São Paulo se aplicam sempre: trânsito irracional, poluição ambiental e sonora em níveis desastrosos, manifestações de violências diversas, sujeira, desorganização urbana... Mas tem coisas que só São Paulo faz por você. E uma delas ocorreu na última terça, dia 05 de junho: show de voz e violão de dois dos maiores músicos do planeta, Luciana Souza e Romero Lubambo, no ótimo Teatro do Sesi a um preço de R$ 3,00 (sim! TRÊS reais!!!). E a apresentação suplantou a expectativa: já tocando no formato duo há 11 anos, os músicos têm entrosamento invejável, parecem um só - um aponta uma intenção e o outro segue na hora. É um prazer imenso ver Luciana Souza ao vivo - uma das grandes cantoras brasileiras, é a prova que cantar passa longe de apenas "voz boa" e merece muito estudo e preparo; seu virtuosismo vocal é impressionante, mas, mais do que mera exibição de técnica ela mostra profundo controle sobre a voz em interpretações repletas de dinâmicas. Romero também impressiona na execução tanto de violão quanto guitarra, com total domínio dos instrumentos, intensa variação rítmica e improvisos de tirar o fôlego. Por vezes o show pareceu excessivamente "para gringo", com muitas músicas já batidas de Tom Jobim, por exemplo, mas nada que comprometesse - principalmente pelos arranjos beirando a desconstrução das mesmas (o que pode desagradar a muitos). No final das contas um show histórico e primoroso para esquentar uma 3ª feira fria. Para quem quiser, repetem a dose amanhã, no Borboun Street.
Para ir além
Luciana Souza e Romero Lubambo - Bourbon Street: Rua dos Chanés, 127, Moema - Tel. 5095-6100 - Dia 12 de junho de 2007, 22hs. Preço: R$ 95,00.
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Rafael Fernandes
11/6/2007 às 15h49
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Snoopy no Dia dos Namorados
A L&PM resgata em sua coleção de bolso o famoso personagem do norte-americano Charles Schulz, cartunista morto em 2000, tomando como gancho o Dia dos Namorados. Mas os dois volumes do beagle escritor mais querido do mundo, Snoopy e sua turma e Snoopy Feliz Dia dos Namorados, ao contrário do que os títulos podem fazer pensar, possuem ambos uma miscelânea de tirinhas em preto e branco que incluem, entre outras, histórias de, digamos, amor, dessas crianças que sempre têm uma sacada inteligente e bem-humorada para seus problemas.
Protagonista da maioria das tirinhas que contém o tema, Snoopy sempre escreve cartas para uma namorada imaginária, por quem é perdidamente apaixonado, mas não mais do que por seu almoço. Há também Charlie Brown, o Minduim, que sempre espera uma cartinha no dia ou ensaia mandar uma para a menininha ruiva e se surpreende quando Patty Pimentinha e Marcie, suas duas admiradoras, ligam para perguntar se ele as ama. Além deles, há as tradicionais investidas amorosas de Sally, irmã mais nova de Charlie Brown, com o melhor amigo de seu irmão, Linus. E, lógico, sem esquecer da "psiquiatra" Lucy e sua admiração pelo pianista loiro Schroeder, que parece sempre preferir a música e, conseqüentemente, não querer ser perturbado com outras coisas a não ser melodias de Beethoven.
É difícil dizer quem encanta mais. Há as tirinhas de Marcie e Patty, ou mesmo Sally, na escola, que são hilárias e sempre desnudam o pensamento infantil com relação à instituição. Sally, na verdade, chama atenção sempre, tanto pelas suas tiradas cheias de revolta e ironia ou mesmo por seus mimos, com os quais não há como não nos identificarmos (como na que, vendo TV, diz que se sentirá em casa quando não precisar saber nada, ao levar uma bronca do seu irmão, que amaldiçoa a tecnologia).
A aparição do filosófico Linus também é risada na certa, principalmente nas brigas com sua irmã mais velha, que refletem perfeitamente o relacionamento entre irmãos. E, por fim, as tentativas de Snoopy de escrever um romance, que sempre recebe críticas de Lucy, também é imperdível (há uma na qual o beagle até muda de comportamento após ler livros de auto-ajuda.
As histórias somente perdem um pouco o fôlego nas tirinhas de jogos de beisebol, nas quais o time capitaneado por Minduim sempre perde, e nas aventuras do irmão de Snoopy no deserto. O mais incrível nas histórias de Schulz é que, mesmo quando não dizem nada, as imagens, para usar um clichê, dizem mais que muitas palavras, sempre com simplicidade e abusando da simpatia e carisma dos personagens e suas feições. As com Woodstock, particularmente, sempre à procura da mãe, são de uma delicadeza sem igual, assim como as reflexões de Snoopy.
Vale lembrar os números espetaculares que envolvem as tirinhas de Peanuts: elas foram publicadas diária e ininterruptamente por cerca de 50 anos em 2,6 mil jornais, atingindo 355 milhões de leitores em 75 países e 40 línguas. Após tudo isso, é capaz de continuar universal e atual, agradando crianças e adultos com seus traços únicos, mesmo quando o mundo é invadido por super-heróis cheios de efeitos especiais nos cinemas e tudo quanto é personagens mirabolantes nos quadrinhos. Snoopy sente essa pressão e já não pode ser achado facilmente em papelarias e até em lojas de DVDs. Por isso o relançamento é tão caro aos seus eternos fãs.
A L&PM Pocket ainda possui títulos com tirinhas de Garfield, Hagar e Recruta Zero.
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Marília Almeida
11/6/2007 às 07h06
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Futuro do Pretérito
1. O preço da veiculação de anúncios na mídia tradicional cairá pela metade em cinco anos;
2. As empresas de mídia líderes de mercado não produzirão mais conteúdo;
3. O comercial de trinta segundos sobreviverá;
4. Veremos a ascensão de especialistas e de agregadores de conteúdo;
5. A morte do slogan será decretada e a história de cada um com a marca se fortalecerá;
6. Departamentos de marketing vão se dividir entre "marketing em forma de histórias" e "marketing em forma de conversação";
7. Surgirão as "franquias" da marca, por tipo de consumidor;
8. Surgirá a micro marca global;
9. Surgirão as Comunidades Fiscalizadoras da Marca;
10. O Distúrbio de Identidade Digital e a Esquizofrenia Digital serão finalmente reconhecidos, como patologias, pela medicina.
Tradução livríssima (minha) para The future isn't what it used to be (ou "O futuro não é mais como era antigamente", segundo a Legião Urbana), um manifesto de Richard Stacy (via Manfatta...)
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Julio Daio Borges
11/6/2007 à 00h24
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Negócios no Second Life
Que vêm ocorrendo reuniões, palestras, aulas e seminários nas várias áreas do Second Life - e sobre os mais diversos assuntos - não é segredo para ninguém. Eu mesmo já estive no Primeiro Festival de Literatura do SL, em várias outras discussões literárias, filosóficas, políticas e inclusive numa leitura ao vivo do escritor D. Harlan Wilson; e basta checar a categoria SL do meu blog para comprovar isso. (Sim, todos os eventos em inglês, pois o povo mais inteligente do mundo - o povo brasileiro - ainda pensa que SL é só um joguinho e utiliza o programa apenas para desperdiçar tempo). Enfim, as pessoas vêm utilizando a nova ferramenta cada vez mais e melhor. Até aí tudo normal... Agora, um seminário sobre o Second Life, fora do Second Life, e no Brasil, é algo realmente digno de nota. É um projeto da Editora Abril e da revista Info e cobrará R$ 665,00 de cada participante. (É brincadeira, isso? Claro que não, neguinho não brinca com dinheiro). O seminário se chama "O ambiente de negócios no Second Life" e ocorrerá dia 20 de Junho, em São Paulo.
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Yuri Vieira
10/6/2007 às 09h51
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Rio das Ostras Jazz&Blues III
Ontem à noite houve algo novo e rejuvenescedor no ar musical de Rio das Ostras: a banda Soulive e Stefon Harris Quartet, ambas compostas por músicos jovens, talvez o maior motivo para sua inovação e frescor.
Mas antes, na Praia da Tartaruga, teve o free jazz de Ravi Coltrane, filho do saxofonista e compositor norte-americano John Coltrane. Diante de um espaço lotado e um entardecer com uma fina neblina e céu de tom róseo, Ravi desempenhou uma performance soft e seu grupo, com destaque para o piano de Luis Perdomo, não perdeu a harmonia e, pelo contrário, criou ritmo próprio até em suas pausas, com batidas fortes e secas da bateria de E.J. Strickland, produzida com a ajuda de um revestimento nas baquetas.
Apesar de Ravi ter convivido pouco tempo com o pai, pois tinha dois anos quando morreu, herdou sua técnica, assim como de nomes como Sonny Rollins e Wayne Shorter, para criar seu estilo. Assumindo a influência e atendendo às expectativas gerais, Ravi tocou uma música de seu pai no bis. Sua passagem pelo país marca o lançamento do seu novo CD, In Flux, seu quarto trabalho solo.
À noite, mais quente que as anteriores, tanto no clima quanto na música, quem abriu foi o Stefon Harris Quartet, ovacionado pela platéia que já havia conferido sua performance ontem à tarde na Praia da Tartaruga. De cara, Stefon surpreende: o músico de 34 anos consegue trazer o vibrafone para a linha de frente do jazz. O som, concomitante ou individual, de um instrumento composto por uma estrutura de madeira e outra de metal resulta em um som etéreo e delicado, influenciado por Lionel Hampton e Milt Jackson.
Outra coisa que chama atenção é a introdução de tecnologia no som do grupo. Marc Cary foi dinâmico ao manejar, além do piano, um teclado ligado a um laptop, que reproduz o som de instrumentos antigos. A energia e simpatia de Stefon é desproporcional ao seu tamanho: junto com o toque do vibrafone, canta baixo, mas com vigor. Após indicações ao Grammy de Melhor Solo Instrumental e Melhor Álbum, anunciou seu quinto CD, African Tarantella.
Em uma noite com atrasos menores, o blueseiro Roy Rogers entrou no palco logo depois. Apesar de um problema de microfonia na primeira música, deixou o público extasiado e com olhar vidrado em seu rápido dedilhado. Em dois momentos, utilizou a guitarra dupla e seu repertório consistiu em músicas como "Terraplane Blues", que terminou com um bis dedicado às crianças em zonas de conflito, um solo que terminou rápido e repentino. Um contagiante boogie woogie finalizou o espetáculo.
Por fim, fechando a noite com estilo, o Soulive surpreendeu com seu groove que passa por diversos ritmos e pode ter uma pegada rock, reggae e até de r&b, apesar de ter o soul, o funk e o jazz como suas principais fontes. A ausência do baixo é logo sentida, mas contornada com criatividade pelo teclado de Neal Evans, que reproduz o seu som.
Antes apenas instrumental, a banda introduz agora o vocal afinado, o gingado e carisma de Toussaint em vários momentos, complementado por grandes solos de guitarra de Eric Krasno, que faz referências a bandas como de Red Hot Chili Peppers e Black Sabbath. Seu repertório incluiu, entre outras, músicas de seu último álbum, No place like soul, que será lançado no dia 31 de julho, com destaque para as faixas "Mary" e "Comfort". No bis, "The ocean", do Led Zeppelin, foi executada em uma performance impecável. O maior mérito do Soulive, por fim, é conseguir tornar o jazz palatável ao público, que respondeu dançando aos gritos de groove on.
Hoje à noite o show continua com Luciana Souza em um duo com Romero Lubambo, Robben Ford e nova apresentação de Ravi Coltrane e Michael Hill. Amanhã ainda serão realizadas apresentações de Dom Salvador e Robbem Ford. Aguarde um balanço dos shows da última noite do festival e uma análise do evento.
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Marília Almeida
9/6/2007 às 16h40
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Uma trincheira no YouTube
Com o fechamento autoritário da RCTV pelo protoditador Hugo Chávez, a internet e, mais particularmente, o YouTube explicitam seu caráter unívoco de "trincheira virtual". Se a empresa venezuelana já não possui permissão para transmitir como um canal aberto, ao menos não deixou de produzir seus programas, os quais vêm sendo divulgados no site El Observador e no próprio YouTube.
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Yuri Vieira
8/6/2007 às 22h37
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Lançamentos poéticos
O poeta Paulo Ferraz lança pelo Selo Sebastião Grifo seus dois novos livros de poesia, De novo nada e Evidências pedestres. Tudo isso no dia 11 de junho, em São Paulo, na Feira Moderna.
Para ir além
Lançamento dos livros De novo nada e Evidências pedestres - 11 de junho às 19h - Feira Moderna - Rua Fradique Coutinho, 1246 - Vila Madalena
E dia 12 de junho, na Academia Internacional de Cinema, acontece o lançamento da coletânea 8 femmes organizada pela poeta Virna Teixeira. As atrizes do filme de François Ozon foram "substituídas" por oito poetas, cada uma participando com dois poemas. Além de Virna, do blog Papel de Rascunho, Ana Rüsche, Silvana Guimarães, Marília Kubota, Simone Homem de Mello, Ana Maria Ramiro, Andréa Catrópa e Sílvia Chueire completam a coletânea.
Para ir além
8 femmes - lançamento dia 12 de junho às 20h - Academia Internacional de Cinema - Rua Dr. Gabriel dos Santos, 142 - Higienópolis
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Elisa Andrade Buzzo
8/6/2007 às 19h04
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Rio das Ostras Jazz&Blues II
O 1º dia do Rio das Ostras Jazz & Blues agradou todos os gostos. Foram dois shows de blues, dois de jazz e um bem brasileiro.
A música começou às 14h, na Lagoa do Iriry, rodeada por restinga que barrou um córrego e permitiu sua formação ao lado do mar. A Big Gilson Blues Band incendiou um público heterogêneo, após dois meses de turnê pela Europa, sob um sol forte, mas sem aquele calor abafado. Em uma arena, a platéia se acomodou na arquibancada, trouxe suas próprias cadeiras de praia ou simplesmente ficou em pé no meio ou bem perto do pequeno palco, dançando ao som do blues.
O ritmo começou crescente com a agitada "Big Mama´s House", composição do novo CD de Gilson, Chrysalis, gravado com sua banda Rio Dynamite e com participação do cantor inglês The Wolf, que faleceu no ano passado logo após a turnê do grupo pelos EUA. Na seqüência, o grupo engatou "Tell me baby", do mestre B.B. King, para depois partir para uma guitarra chorosa, pontuada pelo resto da banda até que estoura com todo o acompanhamento. O gaitista Jefferson Gonçalves, que está no novo CD, participou do show.
A banda ainda tocou mais duas músicas do novo CD, uma delas com backing vocal feminino, cujo estilo Gilson batiza de neo-country, uma fusão de blues, country, southern rock e rockabilly. Um violão elétrico de metal ajudou a produzir um som cortante. O resultado? Uma música para dançar que contagia.
Big pediu coro do público com uma postura cool. Aplaudido na passagem de som, soltou um "olha que nem começamos" e sua figura largada, típica dos blueseiros, despertou simpatia. Por fim, após clássicos como "Hoochie Coochie Man", Gilson soltou um boogie woogie e decretou: essa música não dá para ficar parado. Foi a deixa para a platéia levantar e curtir "Sweet Home Chicago", cantada em coro.
Após show do Stefon Harris Quartet, o blues continuou à noite no grande palco Costazul, cuja infra-estrutura possui lojas de CDs e praça de alimentação e apresenta três shows por noite. A guitarra do norte-americano Michael Hill abriu com uma melodia agitada, acompanhado pelo baixo enérgico de Michael Griot. A interação com o país aconteceu durante todo show, seja com uma bateria que, por segundos, reproduziu o som de uma bateria de escola de samba, a brincadeira no vocal que mencionou Rio das Ostras e o rápido dedilhado de uma composição nacional.
A improvisação, aliás, foi característica do show, que teve mesclas como de "Hoadhouse Blues" e "King of the highway", de Norton Buffalo, que levantou, literalmente, a platéia. Além da interação com o Brasil, com declarações como "beautiful country" sem parecer falso, pelo contrário, com carisma e animação, Michael não deixou as mensagens políticas de lado em "Black Gold" e em "By George", onde critica o presidente norte-americano George Bush e a polícia, ambas do CD Black Gold & Goddesses Bold!.
Mas a grande surpresa foi a participação do guitarrista Junior Aguiar e o vocalista Ricardo Villas, ambos da banda carioca BASE, que executou "Minha alma", do Rappa, no ritmo do blues. Logo, o grupo emendou "I feel good", de James Brown, e um solo vocal de "Canário do reino". A parte romântica ficou com "Fever", música que ganhou um estilo novo na voz forte de Hill, perfeita na canja de Jimi Hendrix, grande inspiração do guitarrista. O que era um bis acabou se tornando a deixa para Michael continuar animado no palco e até errar o time do espetáculo.
O resto da noite foi, infelizmente, decrescente. Culpa do atraso de instrumentos, que fez com que Michael Hill abrisse a noite, ao invés de fechá-la. Hamilton de Holanda, o "Príncipe do Bandolim", continuou na sequência com um show instrumental que começou em ritmo eletrizante. Posteriormente, o show deu espaço a músicas mais lentas e momentos mais intimistas, onde Hamilton até sentou à beira do palco. Os grandes solos de toda a banda arrancaram gritos da platéia, principalmente o da bateria de Marcio Bahia. Porém, sem grandes interações, o show ficou um pouco cansativo para a grande estrutura na qual estava inserido. O bis ficou por conta de uma música de Hermeto Pascoal.
Por fim, no aguardado show do pianista Dom Salvador, que começou aproximadamente 1h da manhã, o cansaço tomava conta da platéia, que, visivelmente, não estava preparada para ouvir um jazz técnico e cerebral, com a aglutinação dos instrumentos no centro do palco e a concentração imperturbável de Dom enquanto suas mãos deslizavam sobre o piano. Até a iluminação do show era minimalista. Porém, em duo com o saxofone ou a flauta, Dom ainda arrancou elogios.
Aguarde mais notícias amanhã. E não esqueça: hoje, às 17h, na Praia Tartaruga, o entardecer será ao som de Ravi Coltrane.
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Marília Almeida
8/6/2007 às 14h02
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Um piano pela estrada
Ontem, às 20 horas, assisti à apresentação do pianista Arthur Moreira Lima no Parque Sulivan Silvestre (o famigerado Vaca Brava), em Goiânia. (Eu sugiro, por razões que não vem ao caso, a alteração do nome para Parque Vaca Louca.) No dia de Corpus Christi, ele iniciou adequadamente com Jesus, alegria dos homens, de Bach, e encerrou com uma emocionante execução do Hino Nacional, que botou de pé quem estava sentado. Tocou também Pixinguinha, Chopin, Beethoven, Radamés Gnattali, Villa-Lobos, Luiz Gonzaga e Astor Piazzola, cuja obra "Adiós Nonino", composta quando da morte de seu pai, deixou muitos cabelos arrepiados. (Algo me diz que o cara tem dez dedos em cada mão.)
Arthur Moreira desenvolveu seu projeto para homenagear Juscelino Kubitschek, quem lhe possibilitou seus estudos na Europa quando ainda era apenas um aspirante a Engenheiro Aeronáutico. Assim, Juscelino mudou não apenas a capital do país, mas também a carreira de Arthur, que vem percorrendo as diversas cidades que se desenvolveram na esteira da fundação da nova capital. O projeto se chama Um piano pela estrada. Se o caminhão dele chegar à sua cidade, não fique em casa, vá para a praça correndo.
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Postado por
Yuri Vieira
8/6/2007 às 12h06
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