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Quinta-feira,
28/6/2007
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Redação
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Você me faz escrever melhor
Logo que você começou a conversar comigo sem qualquer motivo e com aquela sobriedade assustadora, seu humor pontiagudo e inteligente, baby, percebi que eu estava frito. Frito e tostado. (Rindo assim você vai engasgar. É melhor parar com isso e me beijar logo.) Gosto até, vá lá, quando você recebe a Pomba "Bruce Dickinson" Gira. Cada vez que conversamos é como se eu acabasse de ler uma biblioteca inteira e ainda tivesse bebido algumas doses daquele nosso uísque de fim de noite. Você me deixa bem alto e um tanto alucinado. Escrevo na tentativa de fazer durar a beleza que você consegue criar naturalmente. Se você é fugidia e eu, objetivo, isso significa que o nosso encontro faz o chão tremer. Tipo Daileon contra Satan Goss, com jorros de lava falsa e tudo. Com isso eu escrevo melhor. Peraí, sei que pareço durão, mas estou tentando fazer uma declaração de amor. Com você eu escrevo melhor mesmo. E escrever melhor é ser mais direto com as palavras. Sem atalhos, pois você colocou explosivos em todos eles. Gosto quando você não tem medo de ir a fundo em tudo que diz respeito a nós. Não há qualquer palavra excessiva nessa sua volúpia de dizer com calma. Como você faz isso? Frescuras vão a pique enquanto olhamos o movimento das folhas pelo chão nesse frio maldito e vivemos a nossa tempestade de verão como crianças enlameadas com joelhos ralados. Para quem mais eu poderia me declarar assim e saber que sou compreendido: - Você me faz escrever melhor, garota.
João Paulo Freitas, no Outro.blog, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
28/6/2007 à 00h27
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Leviatã
Thomas Hobbes foi um materialista radical. Ao contrário do que escrevia Descartes, rejeitou a idéia de que o homem seria matéria e espírito (seria "só matéria"). Para Hobbes, portanto, as atitudes morais não podem ser justificadas pela imaterialidade - isto é, pelo terreno transcedental. Esses conceitos são a essência do clássico Leviatã, desmistificado pelo filósofo Julio Pompeu no curso Os Pensadores, na Casa do Saber.
Pompeu explica que, para Hobbes, o homem não segue as leis da natureza tal qual os animais (onde há "presa" e "predador") porque aderiu passivamente a um pacto coletivo, em que abre mão de sua liberdade e igualdade. Embora seja racional, o ser humano é egoísta (por instinto de sobrevivência), razão pela qual é capaz de matar. Os homens podem destruir-se mutuamente. Mas a covardia é tão grande quanto o egoísmo, razão pela qual o maior de todos os medos é a morte violenta.
Para preservar a própria vida, o homem cede sua liberdade e igualdade em favor de um pacto social, que torna legítimos o poder absoluto do soberano e a obediência coletiva. Logo, conclui Hobbes, o bem estar social é assegurado pela covardia e medo individuais. Sentimentos que proporcionam uma ordem em sociedade e que, portanto, seriam benéficos.
Essas idéias são uma visita superficial pela obra do pensador. Para quem quer entender a essência do seu pensamento, Leviatã é facilmente encontrado em formato pocket, em sebos e livrarias comuns. É leitura obrigatória no meio acadêmico, especialmente nos cursos de Filosofia e Direito.
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Tais Laporta
27/6/2007 às 15h39
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Adeus, Bruno Tolentino!
Faleceu hoje o mestre e amigo Bruno Tolentino, que conheci em 1998, no dia do meu aniversário de 27 anos, na casa da escritora Hilda Hilst. Bruno também morou ali na Casa do Sol - por cerca de oito meses - e, além de termos feito algumas feijoadas juntos, discorremos sobre todo tipo de assunto, principalmente literatura, arte, política e religião. Juntamente com a Hilda e com o escritor Mora Fuentes, costumávamos também, ao final daquelas saudosas tertúlias diárias, assistir a clássicos do cinema. Nunca me esquecerei da expressão em seu rosto quando, certa tarde, apareceu em meu quarto para reclamar do CD que eu estava ouvindo e que, segundo deixou claro, o estava incomodando em seus afazeres: Passages, de Philip Glass e Ravi Shankar. "Essa composição está andando em círculos, não tem a saída da espiral! Isto não é música, é a música como idéia...", comentou, parafraseando o título do livro que vinha finalizando no quarto ao lado, O mundo como Idéia.
Amigo e mestre, vá com Deus e mande um beijo pra Hilda.
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Yuri Vieira
27/6/2007 às 15h32
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Olha a sala do Al Gore
Não sei porque, mas, de repente, me senti menos sobrecarregado (via Edu Carvalho...)
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Julio Daio Borges
27/6/2007 às 10h36
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tErApiA da pAlaVrA
Aqui é onde a psicanalista Maria Rachel analisa a jornalista tagarela que é ela mesma. E aproveita o espaço pra falar da vida alheia, de ilustres desconhecidos, de gente que jamais deveria ter encontrado, de encontros inesquecíveis, futurologia e outras caraminholices várias.
Maria Rachel, no seu blog, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
27/6/2007 à 00h48
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Israel Kamakawiwo'ole
Hoje é aniversário de dez anos da morte do cantor havaiano Israel Kamakawiwo'ole, autor do famoso medley "Somewhere over the rainbow/ What a wonderful world". Ele faleceu aos 38 anos devido a complicações com obesidade mórbida. (Pesava então 343Kg.) Você também pode assistir a este clipe dele com cenas de seu funeral, durante o qual suas cinzas foram jogadas ao mar.
Aloha, brother! God bless you!!
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Yuri Vieira
26/6/2007 às 17h53
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Carta à Julia
Como se não bastasse o futuro: essa coisa perpétua e plena de caos. Esta juventude amadora, verde. "Imadura". Estes direitos de chorar que nos colocamos à prova, mais solitária, porra de crise juvenil. Tô de saco cheio destes ovos ao chão e desta cara de criança apaixonada no espelho... E os seus "sapientes fins"?!?... Tesos de tanta ignorância... A maior de todas é justamente a de ser jovem e querer salvar o que ainda "há de ser pródigo". Fim. Pena... nem mesmo as dentaduras hão de nos salvar.
Thais Arnaut, no me alugo pra sonhar, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
26/6/2007 à 00h25
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Ofício da Palavra
Dia 27 de junho, quarta-feira, às 19h30, o Ofício da Palavra traz Marçal Aquino a Belo Horizonte para conversar sobre literatura, roteiro e improviso. Não menos atraentes são os debatedores: o escritor mineiro Sérgio Fantini e o jornalista José Eduardo Gonçalves. O bate-papo acontece dentro do Museu de Artes e Ofícios, na Praça da Estação. É só sair de casa e ir.
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Ana Elisa Ribeiro
25/6/2007 às 17h50
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Literatura a R$1,99 em BH
Esse é o tema do Fórum de Ensino de Leitura que acontece às 18h do dia 29 de junho, na Faculdade de Letras da UFMG, com entrada franca. Desta vez, os pesquisadores e professores matam a cobra a mostram o pau. A Linha Editorial, parte do programa A Tela e o Texto, produz livros de R$ 1,99 com boa seleção de textos literários. Para quê? Para atingir o público que não alcança os preços de capa dos livros comerciais.
No debate do dia 29 estarão presentes Maria José Alves e Gerlane de Oliveira (integrantes da Linha Editorial), Jorge Fernando dos Santos (jornalista e escritor), Sérgio Fantini (escritor) e Rogério Barbosa (professor do CEFET MG e editor da revista Ato).
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Ana Elisa Ribeiro
25/6/2007 às 17h43
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A Torcida Grita
Danilo Moraes e Ricardo Teté venceram o conturbado Festival da TV Cultura de 2005 e, para receber o prêmio, foram contemplados por sonoras vaias pelo público, que já tinha escolhido seu "próprio" vencedor. E é isso o que acho mais chato em festivais: a torcida, que defende suas preferidas por serem supostamente "de qualidade", mas mais se aproximam de arruaceiros torcedores de futebol do que amantes da música com bobagens como vaia, xingamentos e gritos de ordem. Prêmios valem para os que ganham, mas o que vale mesmo é a apresentação de novos artistas e músicas. Controvérsias a parte, a dupla lançou A Torcida Grita, que apresenta músicas melhores que "Contabilidade", a vencedora. Os jurados miraram na música e acertaram no disco. Nem sempre (raramente) a voz do povo é a voz de Deus.
O CD não veio para salvar a tal da MPB. E se alguém espera uma revolução musical, pode parar por aqui. Mas o disco oferece um punhado de boas canções apenas à espera de serem conhecidas. Se em "Nem que a vaca tussa" e "Sisudo" há um deja vu forte demais de Lenine, em "Arredondamento", "TinTim", "Sempitermo", "Relativismo" e a ótima "Teresa e a torcida" é mostrada a força da dupla, com boas melodias e letras inteligentes e bem humoradas. "Viva a vaia", uma das melhores, mostra boa ironia sobre o festival: "Quem pediu silêncio no Maracanã se engana (...) Quem quiser dar queixa com o ministro aproveite a deixa (...) Quem pediu silêncio ouviu a vaia e viva a vaia". Um belo tapa musical na cara dos críticos. Viva a vaia!
Ouça "Viva a vaia":
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Rafael Fernandes
25/6/2007 às 15h00
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