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Quarta-feira, 8/8/2007
Blog
Redação
 
O que é canção, por Luiz Tatit

Para entender, analisar e mergulhar de cabeça no universo da música popular brasileira, nada melhor do que começar pelo começo, pela raiz: O que é canção? Ora, uma pergunta aparentemente fácil de responder, mas que chega a confundir quem pensa que é sinônimo de música. O cantor, compositor e professor titular do Departamento de Lingüística da USP, Luiz Tatit, discorreu ontem sobre a complexidade que existe na criação de uma canção, na primeira aula do curso de MPB do Espaço da Revista Cult. Essa questão já foi até tema de um livro publicado pelo próprio Tatit.

A combinação entre letra, melodia e harmonia não é tão antiga quanto se parece. Aqui no Brasil, a canção nasceu na década de 1920, com a invenção do gravador. Até então, as músicas feitas na época eram muito improvisadas, não havia nada fixo para que todos decorassem e cantassem. Era até freqüente os compositores não decorarem a própria composição, apenas o refrão, o que Tatit chama de "gravador natural", por ser repetido muitas vezes.

Com a possibilidade de gravar, começou uma verdadeira corrida para ver quem fazia a melhor música. "A primeira gravação, 'Pelo Telefone', do Donga, era na verdade vários refrãos que juntaram em uma mesma música. Eram brincadeiras de aliteração, isso jamais poderia ser um modelo de canção", conta. Durante toda década foram feitas tentativas de se chegar a um formato e daí que começou a surgir uma divisão de partes nas músicas, as estrofes e o refrão, e a ser estabelecido esse modelo. "A canção já surgiu como comércio. Com um modelo já definido, começou uma produção em série." Os cantores da época encomendavam as músicas para os compositores, que recebiam por canção.


Luiz Tatit, durante a aula do curso de MPB

Mas o grande "xis" da questão, o que faz uma música ser considerada uma canção, nas palavras de Tatit, é a fala por trás da melodia. Tanto a letra quanto a melodia devem passar a mesma mensagem, como na época em que surgiram as primeiras canções, em que pareciam recados: amorosos, uma bronca ou até uma exaltação. Além disso, canção é diferente de música ou de poesia, pois "não adianta fazer poesia, porque, se ela não puder ser dita, não vira canção. E você pode ter também uma música extremamente elaborada, mas se ela não suscitar uma letra, não tiver entoação, também não é canção". Por isso o termo "cancionista", aplicado naqueles que não são músicos profissionais, mas que sabem compor canções.

Além da entoação e do "sobe e desce" presentes na fala, a melodia recebe influência forte também do ritmo e da letra da canção, estabelecendo uma relação direta com as vogais e consoantes. "A gente tem uma música na fala porque existe vogal. Pode durar mais ou menos tempo, mas são elas que determinam a altura do som, são as vogais que afinam", explica o compositor. Já a consoante representa o corte - da vogal e do sentimentalismo da canção. "Quando a canção é romântica, as vogais duram mais, justamente para você sentir a vibração de cada nota que o cantor está cantando. Uma canção mais rítmica não precisa alongar tanto as vogais, ela quer provocar estímulos de dança."

Se em uma música a vogal dura bastante, esse efeito traz a sensação de que há uma busca e uma distância entre o sujeito e o objeto, por isso simboliza perda, um dos temas mais recorrentes de músicas de amor. Já naquelas canções com uma melodia mais acelerada, sem vogais prolongadas, os trajetos são condensados e não há falta nem necessidade de nada. Daí a razão de as canções com ritmo mais rápido passarem a sensação de alegria e festividade.

O samba é um dos estilos musicais que mais respeita a entoação da fala, pois tem um ritmo quebrado, ou seja, que não se encaixa nos compassos quadrados de uma música convencional, se assemelhando ao que é a fala, que não respeita nenhum padrão, pois é natural. E o rap, pode ser considerado uma canção? Ao contrário dos que dizem que o rap simboliza o final dos tempos na música, Tatit polemiza ao dizer que é uma canção pura. "É como se a canção chegasse em sua raiz, pois é alguém falando, com algumas organizações de métrica. O rap quer passar mensagens e, para isso, é necessário aproximar ao máximo da fala", justifica.

Apesar de existir um modelo, um padrão de canção, vem à tona uma pergunta: existe alguma fórmula para compor? Bom, não há uma regra, mas Tatit defende a criação de uma faculdade de canção, ou pelo menos de algum departamento específico dentro de uma faculdade de música ou de letras, que, segundo ele, não contribuem na formação de cancionistas. Mas, além da teoria, seria necessário treinar o ouvido e a sensibilidade musical dos alunos. A aula termina com um desafio: "Todos nós podemos ser compositores, afinal, todos nós falamos. Só depende da nossa habilidade de fixar a canção na memória."

Para ir além
Curso de MPB do Espaço da Revista Cult

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Postado por Débora Costa e Silva
8/8/2007 às 18h13

 
NewsTrust

Steve Outing comenta o aparecimento do NewsTrust, um site ainda em estágio beta, que se propõe a funcionar como uma espécie de termômetro de credibilidade para notícias e fontes de notícias, em diversos suportes on-line (jornais, revistas, blogs, sites noticiosos independentes), nos Estados Unidos.

O ranqueamento de credibilidade é feito pelos próprios participantes do experimento, como no Digg. Notas são atribuídas às notícias, em um sistema de avaliação que lembra o modelo do Slashdot, com a diferença de que no NewsTrust as fontes e notícias cobrem toda a gama de interesses e suportes on-line.

Uma vez se inscrevendo no site, qualquer interessado pode passar a avaliar notícias e fontes, colaborando para a construção do termômetro coletivo de credibilidade.

Marcos Palacios, no seu Jornalismo & Internet, que linca pra nós.

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Postado por Julio Daio Borges
8/8/2007 à 00h22

 
A Guerrilha do Araguaia

Trailer do documentário dirigido pelo amigo Eduardo Castro, que, ano passado, trabalhou sob minha direção no making of da Goiânia Mostra Curtas. Guerrilha do Araguaia - As faces ocultas da história, segundo me disse o próprio Eduardo, mostra, em primeiro lugar, como os camponeses foram sacaneados por guerrilheiros e militares; em segundo, como ingênuos estudantes travestidos de guerrilheiros foram iludidos e traídos pelo Partido Comunista; e, finalmente, como foram todos pulverizados pelo Exército. A narração é do ator Paulo José, a produção executiva e bibliográfica é de Marcus Fidelis, a pesquisa de arquivos, de Rô Siqueira, e a produção, de Ana Cristina Evangelista.

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Postado por Yuri Vieira
7/8/2007 às 19h46

 
Optimizar Blogs

A série optimizar blogs surgiu para ajudar os bloggers a compreender e tirar partido do funcionamento dos motores de busca [=Google]. Ao longo de sete artigos procurei oferecer alguma informação útil para os noviços e os mais experimentados:

1. "Optimizar blogs para os motores de busca: reduzindo as assimetrias" explica porque devem os bloggers prestar atenção aos motores de busca.

2. "Por que gostam os motores de busca dos blogs?" A resposta está algures entre a arquitectura dos sites, os conteúdos trabalhados e actualizados e os...

3. "Links", muitos links. Porque os links, tal como as recomendações, são importantes para os motores de busca.

4. Factor decisivo no posicionamento, são os títulos. É importante usar "palavras chave nos títulos".

5. Nos títulos e ao longo do texto, é necessário saber "escrever para o Google e para a audiência".

6. Parte da optimização passa por terceiros e outros sites: "Optimização off-site": promoção em directórios, na web social e noutros blogs. Não depende de nós mas podemos dar uma ajuda.

7. Para terminar convém estar atento a "armadilhas e erros frequentes" de quem se entusiasma com tráfego dos motores de busca. Também tenho a minha quota...

Cristina Vieira de Portugal, citando o ótimo Marketing de Busca, e lincando pra nós.

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Postado por Julio Daio Borges
7/8/2007 à 00h05

 
Shakespeare Papangu

O sul-maravilha terá oportunidade de ver uma produção cênica potiguar de excelente qualidade este mês.

A trupe Clowns de Shakespeare despenca de Natal em terras mineiras para participar dos festivais de inverno - dentre eles, o da cidade de Ouro Branco. O grupo aproveita para dar uma canja em Belo Horizonte, trazendo na bagagem duas peças adultas muito bem montadas, de ótima repercussão, e uma infantil: Muito barulho por quase nada, O casamento e Fábulas.


Marco França encarna o ótimo Benedicto em Muito barulho por quase nada

A companhia existe desde 1993 e mantém um bom intercâmbio técnico e criativo com grupos de outras regiões do país. Grupos ótimos e reconhecidos, diga-se, como o Galpão (BH) e Os Parlapatões (SP).

Os Clowns de Shakespeare dedicam-se ao estudo da comédia do dramaturgo inglês e misturam elementos folclóricos e regionais em suas adaptações. Como dizem, trata-se de um "Shakespeare com sotaque nordestino e tempero potiguar". Ao mesmo tempo, as peças apresentam momentos de uma comicidade urbana e atual, deliciosamente bem dosada e caprichada.

Figurino, maquiagem e cenários simples somam-se a ótimas trilhas, muitas delas, a propósito, compostas e/ou dirigidas por Marco França, músico profissional integrante da banda Mad Dogs e que também faz parte da trupe.

Merece destaque a versão de Muito barulho por quase nada, que teve a participação de Eduardo Moreira na direção. Eduardo é um dos fundadores do Grupo Galpão e contribuiu para "abalar" a estrutura pré-concebida da peça, além de mostrar o "caminho das pedras" para o grupo.

Para ir além
Muito barulho por quase nada (10 a 12 de agosto, 6ª e sábado às 21h, domingo às 19h, R$ 20,00 inteira e R$ 10,00 a meia), O casamento (17 a 19 de agosto, 6ª e sábado às 21h, domingo às 19h, R$ 20,00 inteira e R$ 10,00 a meia), Fábulas (11, 12, 18 e 19 de agosto, sábados e domingos às 16h30, R$ 10,00 inteira e R$ 5,00 a meia) - Teatro alterosa - Av. Assis Chateaubriand, 499 Bairro Floresta. Tel.: (31) 3237-6611.

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Postado por Pilar Fazito
6/8/2007 às 16h36

 
O Casulo vai à escola


Ilustração da capa: Luli Penna

Neste final de ano, o jornal de literatura contemporânea O Casulo irá completar dois anos de existência. E não foram poucos os desafios que esta publicação foi se impondo ao longo de cinco números. Como a quarta edição, dedicada à literatura de hoje feita na América Latina; ou mesmo a quinta - reservada ao exercício da crítica de poesia -, onde diversos autores deram a cara a tapa, mas também vestiram luvas de pelica...

Talvez o maior desafio dos editores Eduardo Lacerda e Andréa Catrópa esteja na nova fase a ser inaugurada na edição número seis, que terá lançamento na proxima sexta-feira (10 de agosto, a partir das 19h30) na Biblioteca Alceu Amoroso Lima, em São Paulo.

Uma edição voltada aos alunos do ensino médio da rede pública paulistana. O cantor, músico e compositor Zeca Baleiro é o entrevistado desta edição. E o time de poetas que demonstra como é parte da produção poética contemporânea brasileira é composto por Angélica Freitas, Marcelo Montenegro e Ronald Polito.

A especificidade desta edição, assim como do número sete previsto para novembro de 2007, foi possível graças ao apoio do VAI - Valorização de Iniciativas Culturais - projeto da Secretaria de Cultura da Prefeitura de São Paulo.

Com um bocado de paciência e insistência O Casulo passa, nos números seis e sete, de uma tiragem de três mil exemplares para 30 mil exemplares (seria a maior tiragem de uma publicação literária no Brasil?). A distribuição será gratuita, inclusive em bibliotecas públicas e escolas de ensino médio da rede pública da cidade de São Paulo. Também serão organizadas 20 oficinas de criação literária e o "1º Concurso Saia do Casulo" para alunos do ensino médio.

Quem sabe mais importante do que o direcionamento tomado por ora, seja o fato de que o editorial esteja aberto a captar diversos questionamentos sobre a literatura hoje - algumas vezes de maneira didática devido ao direcionamento proposto -, não só para os estudantes, como também para o público em geral. O que é poesia hoje? Quais os pontos de contato entre ela, a música e a literatura? O que haveria de novo e possível a ser feito?

"Insisto no assunto porque acho que no meio literário nem sempre damos a devida atenção aos trabalhos que mesclam linguagens. Como se pairasse no ar o seguinte preconceito: se o texto fosse bom mesmo, não ia precisar estar associado a outras formas de expressão", analisa Andréa Catrópa. Gancho para a entrevista com Zeca Baleiro, em que é discutido o processo de criação do CD Ode descontínua e remota para flauta e oboé - de Ariana para Dionísio (2005), para o qual o compositor musicou uma série homônima de poesias de Hilda Hilst.

Andréa ainda aponta: "outro dia, o professor Roberto Zular observou uma coisa interessante: nós poetas estamos usando a Internet quase sempre como usamos os suportes impressos. De fato, pouco fazemos hoje que seja poesia especificamente para o meio eletrônico, ou seja, que aproveite as potencialidades do som, da imagem em movimento etc. Será que temos medo de não sermos sérios?".

O Casulo, ainda que firmado em prensa, lança os dados do novo e quem sabe realize o impensável. 30 mil exemplares de papel-jornal em tempos de internet. Seria, portanto, remar contra a maré? Não se pensarmos que o meio impresso, apesar de convencional, tem suas vantagens e se ajusta à proposta. Resta saber como a própria publicação irá explorar as possibilidades do blog neste número e lidar com seu formato daqui em diante.

Para ir além
O Casulo - Jornal de literatura contemporânea - lançamento da edição número 6 - Dia 10 de agosto, às 19h30 - Biblioteca Alceu Amoroso Lima - Rua Henrique Schaumann, 777 - Pinheiros - São Paulo.

[4 Comentário(s)]

Postado por Elisa Andrade Buzzo
6/8/2007 às 15h08

 
Posts para abastecer seu blog

1. Entrevistas
2. Rankings
3. Pergunte a seus leitores e publique as respostas
4. Pergunte a outros editores e publique as respostas
5. Convide alguém para escrever
6. Polemize
7. Séries
8. Fale sobre seu próprio blog
9. Promoções
10. Coletâneas internas

Dicas do Alessandro Martins, em seu mais novo blog, que já linca pra nós.

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Postado por Julio Daio Borges
6/8/2007 à 00h56

 
Melhores curtas no YouTube

Resolvi buscar no YouTube: "best short films" ("melhores curtas-metragens"). E então descobri a lista com o título acima: Best shortfilms on YouTube. Qual não foi minha surpresa ao encontrar, entre esses melhores curtas, o vídeo "From Goyaz to Glauber Rocha", cujo roteiro escrevi com Pedro Novaes, e que realizamos com a ajuda de Dib Lutfi (direção de fotografia) e João Paulo Carvalho (edição). Bem, verifiquei - não sem uma pontinha de desapontamento, confesso - que o dono da lista é brasileiro, afinal, seria muito estranho um vídeo em língua portuguesa, e sem legendas, tocar a mente de um estrangeiro. (O brasileiro costuma ter um comportamento de torcida de futebol que sempre me faz duvidar de sua isenção crítica). Em contrapartida, estamos em contato com a organização de um evento em Barcelona, uma mostra sobre o Glauber Rocha, que nos convidou a apresentar por lá o mesmo vídeo. Quem estiver na Catalunya...

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Postado por Yuri Vieira
5/8/2007 às 14h13

 
Prática de conversação on-line

Apenas para avisar aos poucos que se interessam por tecnologias revolucionárias: o Second Life agora tem Voice Chat, isto é, você pode bater-papo nas mais diversas línguas sem tirar a bunda da cadeira. Sim, você pode treinar seu ouvido e sua dicção com pessoas que vai encontrando ao acaso. Sem falar que, agora, as palestras e discussões literárias, políticas e filosóficas ficarão mais dinâmicas. (Antes só o palestrante tinha acesso à transmissão de áudio, as perguntas eram feitas por escrito). Como também há o recurso do chat comum, sempre que você não entender algo, seu interlocutor pode - como diziam lá no Equador - "dibujar" pra você, colocar tudo em letras de forma. Uma ótima escola de línguas para autodidatas. (Agora só falta a força de vontade.)

Aliás, cá entre nós, a técnica de aprender idiomas fazendo sexo - aprimorada por Sir Richard Francis Burton no século XIX - terá agora toda a segurança da virtualidade. Brave new world...

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Postado por Yuri Vieira
4/8/2007 às 17h39

 
Podcasting, imprensa e futuro

Não é novidade que o número de jornais impressos está cada vez menor. Também não é novidade que os grandes jornais estão transitando para a Internet.

Mas então, qual é o futuro da imprensa? Acho que podemos dividi-la em duas grandes frentes.

A primeira a das notícias regionalizadas e por assunto, em jornais pequenos e distribuídos de graça.

Sim, estou falando do Destak e do Metro. Quem ainda não foi gentilmente abordado por uma menina, fantasiada da cor do jornal, oferecendo estes folhetins que trazem os hilights das principais notícias?

As pessoas lêem este tipo de diário da mesma forma que lêem a maioria das reportagens veiculadas na internet: rapidamente e de forma superficial.

A vantagem é que você sabe um pouco de tudo, mas, em contra partida, nada profundamente. Em uma mesa de botequim, ok. Em uma reunião, ferrou!

O segundo tipo será o dos grandes podcastings. Ninguém mais lerá. Você baixa em seu computador ou em seu iPod o seu programa favorito de notícias, do assunto de seu interesse e, automaticamente, ficará informado quanto àquele tema, sempre restrito a um ponto de vista.

Isto porque as pessoas, em geral, são preguiçosas e ninguém irá procurar se informar de uma outra opinião.

Mas é como a propaganda da Folha: dois milhões e meio de leitores e cada um lê um dos cadernos (sem se importar com os outros).

Ora, se a cultura é compartimentada, qual é o problema de somente nos informarmos do que realmente nos interessa?

Uma vantagem será a especialidade do que estamos ouvindo/vendo. Porém, quando um jornalista atua em mais de uma área (tipo economia e cotidiano) você pode ter uma visão mais completa da realidade.

Outra vantagem do podcastig notícia será no âmbito ambiental. Economizaremos papel, tinta, energia, não precisando imprimir um monte de jornal que ninguém lerá mesmo.

E, por fim, nos livraremos de editores que ditam as colunas com a política e interesse dos acionistas sem se importar com os reais fatos, manipulando a informação (tudo bem que todos expressam sua opinião quando falam, mas vocês entenderam o que estou dizendo).

Quanto aos jornais tradicionais, sobreviverão com sensacionalismo, já que: (i) muitas pessoas não possuem internet; (ii) não têm cultura para assuntos mais profundos; e (iii) é isto que vende, não é?

Eu, ao contrário, tenho um sonho: espero que os jornais tradicionais só produzam colunas, crônicas e especiais.

Grandes escritores, grandes jornalistas e grandes revelações. Quero me divertir lendo o jornal! Pensar em coisas diferentes! Ver pensamentos novos.

Até porque preciso cair novamente no tema "publicar em papel": ler o jornal é gostoso. Pegar um café-com-leite e lê-lo tranqüilamente, só reportagens interessantes e profundas, não tem preço!

[4 Comentário(s)]

Postado por Daniel Bushatsky
3/8/2007 às 18h44

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