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Terça-feira, 14/8/2007
Blog
Redação
 
Convergência digital IV

A Universidade FUMEC, em Belo Horizonte, mais uma vez sedia o Seminário sobre convergência digital, organizado pelo prof. Jorge Rocha, jornalista e blogueiro. As mesas acontecem nos dias 20, 21 e 22 de agosto, a partir de 9h da manhã, no auditório 309. A entrada é gratuita.

Desta vez, serão debatidos a produção colaborativa em sistemas Wiki, tecnologias móveis, desafios sociais da digitalização, colaboração em ambientes digitais corporativos, comunicação intercultural e a relação entre ensino de História e games.

Os convidados, na ordem dos temas, são Carlos d'Andrea, Camila Mantovani, Adilson Cabral, Alessandra Nahra Leal, Maria Aparecida Moura e Eucídio Dutra.

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Postado por Ana Elisa Ribeiro
14/8/2007 às 22h39

 
Digestivo Pesquisa



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Postado por Julio Daio Borges
14/8/2007 às 17h13

 
Os Jornais Acabam? VIII

Desaparecer, eles não vão. Os mais espertos vão estudar um meio de se popularizar e se tornar mais "próximos" do seu leitor, tanto no contexto editorial quanto no físico (afinal, quem consegue ler um jornal no metrô?).
Marcos Henrique Lauro
São Paulo/SP


O jornal impresso no papel será substituído pelo jornal em papel eletrônico, que poderá ser atualizado constantemente, mas manterá duas características importantes do jornal impresso: a portabilidade e a facilidade de leitura. No entanto, esse cenário depende não só do barateamento da tecnologia e de sua difusão pela sociedade, criando o hábito de usar essa nova tecnologia, como também dos jornais on-line adaptarem-se, definitivamente, às características da Web. Enquanto os jornais on-line forem transposições ou fracas adaptações de jornal impresso, esse continuará, pois terá ainda muitas vantagens sobre o jornal on-line.
Valéria Machado da Costa
Campos dos Goytacazes/RJ


Não são os jornais que estão acabando, são os "leitores" de jornais. Ou seja, pessoas formadas dentro de um modelo em extinção.
Fernando Taulois
São Paulo/SP


Não acredito que os jornais vão acabar, mas evoluir, como muitas outras coisas que vimos mudar ao longo da História. A questão é que ninguém ainda tem uma explicação convincente de como será o formato deste novo jornal (ou ainda não conseguimos aceitar essa realidade). E não são só os jornais que mudarão, como também as revistas e até mesmo os portais de notícias na internet.
Fabiana Schiavon
São Paulo/SP


No mundo em que vivemos, fica cada vez mais difícil folhear um jornal e lê-lo na íntegra todos os dias. Por isso, a facilidade da informação imediata com acesso pela internet vai pouco a pouco ocupando o lugar do contato físico com o papel.
Maria Fernanda Pires de Oliveira
São Paulo/SP


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Postado por Julio Daio Borges
14/8/2007 às 14h46

 
A tal literatura independente

Nem só de palavras impressas em papel sobrevive a literatura contemporânea. Escritores, conhecidos ou amadores, já adotaram a internet como novo meio de difundir pelo mundo suas histórias, contos, poesias, crônicas ou romances.

A facilidade de produzir uma publicação on-line, com baixos custos e muita interatividade, faz com que alguns amantes da literatura produzam sua própria editora digital, dando espaço e visibilidade para algumas obras que certamente ficariam restritas ao seu autor.(...)


Iriz Medeiros, no Webinsider, apresentando o Proa da Palavra (do Galera), o Nave da Palavra e o TXTmagazine (do Takeda) [isso em 2002, pra você ver como esse papo de "literatura independente" é velho na internet...]

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Postado por Julio Daio Borges
14/8/2007 à 00h47

 
Os Jornais Acabam? VII

Sim, irão desaparecer com a morte dos leitores.
Oswaldo Ribeiro
Natal/RN


Os jornais, enquanto veículos de informação, nunca irão acabar. O que pode mudar é o meio pelo qual as empresas jornalísticas levarão essa informação ao leitor final. É bem provável que o meio papel acabe desaparecendo a longo prazo e seja substituído por formatos eletrônicos on-line, atualizados constantemente. Mesmo assim, acredito que o formato papel para o jornal, assim como para o livro, ainda levará muito tempo para desaparecer completamente, pela praticidade de transporte, baixo custo e versatilidade no uso - jornal para embrulhar peixe, banana e objetos de vidro; livros para exibir uma pretensa cultura, decorar ambientes e servir de peso de papel.
Danilo Leite Fernandes
Campinas/SP


Se deixarem de ser informantes do rei para serem os reis dos informantes, aí não acabam. No fundo precisamos de dois cadernos apenas: o dos fatos e o das falas sobre os fatos. Parece que os jornais e jornalistas não querem se humilhar e fazer os exercícios escolares de descrição. Ou será que eles pensam que descrevem? "Olhe lá o quadro negro, que lindo!" Ainda assim, com todos os viés a serem escancarados. O ideal da transparência a ser exigido e a ser exemplar. O papel jornal é descartável, e os informantes? O papel jornal é reutilizável, e os informantes?
Antonio Felicio Loureiro Thomaz
Araras/SP


Não acredito que os jornais irão acabar. Pode haver uma "correção", tanto na quantidade de exemplares como na de títulos, uma vez que a demanda talvez diminua. Mas a internet, apesar de democrática(?), não é de todo confiável. É verdade que nem sempre o são os jornais, mas pelo menos os que buscam a qualidade primam pela veracidade dos fatos e seriedade das apurações. Aliás, no dia-a-dia a apuração sempre foi uma dificuldade, mas com a internet ela perdeu o sentido. Primeiro se divulga, depois checa-se. O que cria uma verdade aparente ou em suspensão. Hoje, mesmo tendo lido uma notícia virtual, me questiono se ela é verídica... Acredito que em boa parte o jornal impresso diminui essa sensação, ou seja, um veículo, na maioria das vezes, é mais confiável. E sempre existirão pessoas buscando confiança, seja no governo, na política, na vida pessoal ou na informação.
Ana Paula Teixeira
São Paulo/SP


Sigo aqui a teoria da evolução: os mais fracos ficarão pelo caminho. Os jornais que souberem se reinventar vão sobreviver. Jamais terão a velocidade de outras mídias, mas têm com o leitor uma relação mais íntima do que qualquer outro meio. Ele é manuseado, guardado, levado para todos os cantos da casa - leia-se banheiro também. Os outros meios são mais frios. O jornal incorpora-se à casa, participa de corpo presente da discussão em família. Na era onde tudo é muito rápido, um pouco de perenidade vai bem ao ser humano. Por isso, minha resposta é não. O jornal não vai acabar.
Alessandra Pajolla
Maringá/PR


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Postado por Julio Daio Borges
13/8/2007 às 16h23

 
A todos que passem por aqui

Contrariamente ao que sempre defendi, vi-me obrigada a cancelar os comentários neste blog.

Ficam assim fechadas as portas aos comentários provocatórios, maldosos, insidiosos e... anónimos.

Claro que isto não impede um outro crime mais grave ainda: a utilização do meu nome para deixarem comentários em alguns blogs, em meu nome, fomentando a confusão e a maledicência.

Quem me conhece sabe que não sou pessoa para esse tipo de coisas. Sempre dei a cara pelos meus actos (e palavras) e se nos vossos blogs aparecer algum comentário assinado por uma Julia Coutinho que não venha dar a este blog, NÃO É MEU.

E agora, meus amigos, vou de férias!

Até Sempre!

As Causas da Júlia, que eu descobri graças ao Ao (es)correr da pena e do olhar, que linca pra nós.

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Postado por Julio Daio Borges
13/8/2007 à 00h43

 
Leitores de telas e textos

A UFMG conta com um fabuloso programa interdisciplinar chamado A tela e o texto. Trata-se de uma rede de projetos cujo tema transversal é a leitura em ambientes impressos e digitais, velhas e novas plataformas. Entre os projetos está o Fórum de Ensino de Leitura, uma espécie de reunião semanal em que se pode discutir todo aspecto da leitura, desde a movimentação da produção de textos para microtelas de telefones móveis até o ensino de leitura em colégios.

Entre os projetos do programa também está o "Leitura para todos", que sempre teve minha simpatia. Trata-se de um arranjo salutar entre os coordenadores da iniciativa e a BHTrans, empresa de trânsito de Belo Horizonte. Neste projeto, são colocadas lâminas com textos da literatura brasileira nos ônibus da capital, para que o usuário das linhas possa ler enquanto viaja. A idéia já se expandiu por algumas cidades do interior e tem ainda muito chão pela frente.

Nesta sexta-feira, dia 17, o projeto Fórum de Ensino de Leitura, coordenado pelo prof. Anderson Higino, convida para um debate sobre o livro recém-lançado pelo programa, Formando leitores de telas e de textos. A obra traz textos teóricos, mas a maioria dos trabalhos é o relato de a quantas andam os projetos vinculados ao programa, de onde partiram, onde estão, se houve percalços, para onde vão. A debatedora serei eu, que acabo de ler a obra e tenho cá minhas questões.

Para ir além
Dia 17, sexta-feira, às 18h30, na Faculdade de Letras da UFMG, campus Pampulha. É só entrar sem bater.

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Postado por Ana Elisa Ribeiro
12/8/2007 às 11h11

 
Um jornal que pensa ão?

Contra a generalização - CANCELE SUA ASSINATURA DO ESTADÃO

Alexandre Inagaki, em mais uma campanha de utilidade pública, lincando pra nós (porque eu também já falei sobre isso aqui...)

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Postado por Julio Daio Borges
10/8/2007 às 18h12

 
Paisagens de Eustáquio Gomes

Li por esses dias o livro Paisagem com neblina e buldôzeres ao fundo (Geração Editorial, 2007, 151 págs.), de Eustáquio Gomes. Já soubera antes da existência de livros com o que podem ser contos disfarçados de capítulos de um romance, e também de romances fragmentários, romances autobiográficos, mas nunca havia lido um romance autobiográfico com alguns capítulos passando-se muito bem por contos, outros por crônicas, um sendo trechos de diário, e outros (e todos), finalmente, por capítulos de um romance autobiográfico. Graças a Eustáquio, pude ter essa experiência.

Quando falo de capítulos que muito bem poderiam ser contos, tenho em mente, por exemplo, aquele "Sabiá na madrugada" que começa à página 71, do mesmo jeito que uma crônica-capítulo seria "Pânico", que vem imediatamente após o conto-capítulo. Ou seriam capítulo-crônica e capítulo-conto? Tanto faz? Porque esse livro de "cromos" - como o autor mineiro lotado em Campinas denomina as peças do romance - tem desses mistérios, e faz a gente pensar até que limites uma obra ficcional ou autobiográfica pode ir.

Paisagem..., quarto romance de Eustáquio, é dividido em quatro partes. A primeira, são os causos da infância do narrador-autor no povoado mineiro de Campo Alegre. A segunda, sua juventude em Campinas, onde lemos como aquele personagem, com a cara e a coragem, disse a um editor que havia escrito um livro de contos e queria publicá-lo, sendo que na verdade não tinha escrito nenhuma linha, e quando o editor lhe deu quinze dias para apresentar a obra, teve que, nesse período, escrever um conto por dia - o que resultou no livro Mulher que virou canoa (1978); suas saudades de aspectos da infância; seu emocionante diário em quatro páginas que acompanha o definhamento e a morte da mãe.

A terceira parte, "Fragmentos de um romance de juventude", é exatamente o que diz o título, e traz Nico Pereira, alter ego de Eustáquio, que em Campinas trabalha numa sorveteria, num bar e tem a primeira experiência sexual (no bar, aliás). A última parte é "A viagem de volta", para rever personagens e locais da infância, em Campo Alegre. Mas é uma viagem rápida essa, quase uma escala, ainda assim deliciosa de se ler.

Eustáquio é uma das descobertas mais agradáveis que já fiz no campo da literatura brasileira. Coloco com muita tranqüilidade seu livro ali na estante, ao lado de Graciliano Ramos, Dyonelio Machado, Caio Fernando Abreu, Milton Hatoum e outros. É muito bom ser um contemporâneo seu. No futuro, os brasileiros que ainda terão algum tempo para desperdiçar com literatura dirão como teria sido bom ser contemporâneo de bons escritores como Eustáquio Gomes e Milton Hatoum. Da mesma forma que, mundo afora, dirão, como deve ter sido excitante viver nos mesmo dias que Coetzee e Philip Roth, e ter a chance de ler seus livros tão logo eram publicados.

Não vejo a hora de ter em mãos A febre amorosa, romance de 1984 desse sujeito que, como define, "comete livros". No ano em que eu estava nascendo, ele aparecia com o que alguns consideram um dos melhores romances brasileiros do século passado, e que mereceu uma tradução na Rússia. Não vejo a hora.

Para ir além
Paisagem com neblina e buldôzeres ao fundo

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Postado por Daniel Lopes
10/8/2007 às 16h36

 
Os Jornais Acabam? VI

Acho que os jornais podem acabar, principalmente pelo fato de terem se tornado uma indústria cheia de "compromissos" econômicos. O que mais me preocupa é a função. O jornalismo irá sobreviver onde? Espero que a internet e as novas tecnologias avancem como meio e ambiente onde ainda seja possível um jornalismo livre, independente, mais compromissado com a verdade do que com os anunciantes e patrocinadores.
Gildemir Paixão Lima
Belo Horizonte/MG


Não acredito que os jornais impressos tendam a acabar, ainda mais se considerarmos que a sua importância aumenta à medida em que aumenta o nível de escolaridade da população. Ainda que, momentaneamente, no caso brasileiro, estejamos experimentando um decréscimo nas tiragens dos meios impressos de comunicação e, também, a concorrência dos meios eletrônicos seja uma realidade que vá inclusive se ampliar, em um futuro mais imediato, creio que a permanência dos jornais e dos meios impressos em geral estará garantida. Ainda mais num futuro - que esperamos que não esteja ainda tão distante - de expressiva melhoria do nível socioeconômico e educacional da população brasileira. O fato é que o meio impresso de comunicação (jornal, revista, etc.) cumpre um papel insubstituível para quem deseja um maior aprofundamento da informação, tantas vezes mal apurada e pouco confiável, produzida pelos meios eletrônicos (televisão, internet), até pela necessidade, característica destes últimos, de competir em velocidade e agilidade de informação. Estas mídias (impressa e eletrônica) são, portanto, complementares, e o serão ainda mais num futuro de aprimoramento intelectual e educacional da população, em que, provavelmente, caberá aos meios eletrônicos a primazia do "furo", da notícia em primeira mão, da agilidade jornalística, enquanto aos meios impressos será cada vez mais reservado um papel analítico da informação, de aprofundamento da reflexão e do debate, indispensáveis à ininterrupta evolução socioeconômica, política e cultural das sociedades humanas.
Rodrigo Carneiro Campello
Rio de Janeiro/RJ


O jornal não desaparecerá, assim como o rádio e o cinema não desapareceram com a televisão. Mas, obviamente, o jornal terá de se adaptar aos novos tempos. É claro que ele perderá, como está perdendo, a agilidade e a atualidade da informação. Porém, poderá - e deverá - aprofundar-se mais nos temas, contar com profissionais mais qualificados e mais bem remunerados. Não se pode esquecer que o jornal comercialmente ainda é mais viável que a internet, por exemplo. Ele atrai um volume bem maior de patrocínio. Por quê? Pela sua forma, pela facilidade de manuseio. Pela não necessidade de energia para fazê-lo "funcionar". Você passa de uma página a outra, de uma imagem imensa a outra em centésimos de segundo. E ainda é mais prático. No dia em que você vir um sujeito levando o laptop para o banheiro para ver as notícias, aí os jornais começarão a correr perigo. Como faturam mais, os jornais podem pagar mais e atrair os profissionais mais destacados. Bem, esse ainda é o quadro.
Odir Cunha
São Paulo/SP


A resposta é SIM. É claro que os jornais, como existem hoje, podem acabar. Os jornais são simplesmente um veículo de transmissão de informação em massa para os humanos. Nas próximas décadas deste século XXI, não é ficção científica contemplar nanodispositivos que estarão implantados em nossas regiões sensoriais e que proporcionarão conexão sem fio com a Internet, disponibilizando uma vasta quantidade de informação em massa com um gasto MUITO menor de energia do que os processos que hoje produzem os jornais (papel, tinta, energia para tocar as impressoras, etc.). Portanto, por um critério simplesmente evolutivo, obteremos mais e melhor informação com um gasto menor de energia, e as novas tecnologias de transmissão tornarão as atuais obsoletas. Quando essas "singularidades" ocorrem, o "pulo" para a próxima "curva em S" em qualquer processo evolutivo, é comum encontrar resistências saudosistas daqueles que lucram com o status quo... Se quiserem um exemplo real e atual para comparação, pensem na transmissão de informação em formato de música, e considerem o LP, depois a fita cassete, depois o CD, e agora o MP3 e formatos similares, o iPod, entre outros, como mecanismos (e tecnologias) de transmissão... Acho que o paralelo é auto-explicativo e contundente! Obrigado ao Digestivo Cultural e à Editora Contexto pela oportunidade de opinar.
Claudio P. Spiguel
Guaxupé/MG


Como poderia responder apenas sim ou não? É comparar um equipamento eletrônico com uma peça artística... Ano após ano, o "jornal de papel sujo" se mantêm artesanal (e vendável), sem perder o compromisso com o conteúdo. Interessante, não? Apesar disso, há muitos funcionários de jornais desesperados, pelo simples fato de que tudo é possível e por isso há chance dos impressos desaparecerem, mas será que o medo não aumenta a possibilidade? Ora! Faça cada um a sua parte, aprimore sempre o produto pensando no público-alvo e, talvez assim, as novas mídias sejam apenas "concorrentes" ou "aliadas" do veículo. Sou "meio romântica" e, portanto, da opinião de que nada é completamente substituível. No caso dos jornais, acredito que ainda não existe novidade que acabe com as bancas, ou seja, tão charmosamente rústicas, a ponto de findar como este, cada vez mais rotundo e colorido, bloco de informações. Mas, veremos!
Juliana Oliveira
Petrópolis/RJ


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Postado por Julio Daio Borges
10/8/2007 às 14h35

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