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Sexta-feira, 4/4/2008
Blog
Redação
 
Divagações

A gente deveria ter um botão para não-viver por uns tempos.

marjorierodrigues, no seu blog, que linca pra nós.

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Postado por Julio Daio Borges
4/4/2008 à 00h39

 
Uma pintura num clique

Encerra-se no próximo domingo na Caixa Cultural da avenida Paulista, em São Paulo, a exposição Magnum 60 anos, com cinqüenta fotos da agência fotográfica mais famosa e impressionante da história do jornalismo. São fotografias clássicas que assumem a postura de documentos vivos de episódios importantes do século 20 e do início do terceiro milênio, como a Guerra Civil Espanhola, a Revolução Cubana, os protestos pelo fim da Guerra no Vietnã, as manifestações de maio de 1968, na França; o massacre na praça da Paz Celestial, em 1989, na China; e o ataque ao World Trade Center, em 2001, em Nova York.

A agência foi criada em 1947, após a Guerra Mundial, pelo mítico Henri Cartier-Bresson, Robert Capa, David "Chim" Seymour e George Rodger, em forma de cooperativa de fotógrafos independentes, deixando-os livres para produzirem suas próprias pautas, além de dar o direito à posse de negativos, à edição e à assinatura dos ensaios. Além desses fatos que, por si, já são revolucionários, o caminho seguido pelos fotojornalistas também correu contra a corrente: mergulhou-se em uma outra perspectiva da imagem, atravessando o espaço puro e simples da foto e dos acontecimentos históricos, alcançando o ser humano, a vida cotidiana, os cenários, as pessoas, as guerras, as alegrias e tristezas, inerentes ao homem.

A exposição está dividida em cinco temas: "Momentos", "Outras Perspectivas", "Tradição Documental", "Fotografia Documental Contemporânea" e "Retratos". Na primeira, o cotidiano é o mote. Sendo assim, uma vila na Grécia foi pintada com um vibrante branco que refletia o sol forte. Em outra imagem, a sombra dava vivacidade ao resto do cenário, em que uma menina pulava em frente a prédios de um bairro residencial italiano. Destaque para a foto de Marc Ribaud, feita em 1965, com a visão de uma rua de Pequim de dentro de um antiquário. Cada quadradinho de uma espécie de gaiola guardou um momento de algum evento que acontecia na rua chinesa.

Em "Outras Perspectivas", por exemplo, Gueorgui Pinkhassov priorizou as cores de uma jovem garota no metrô de Tóquio, em 1996, desfocando a vista da janela embaçada pela chuva. Já na "Tradição Documental" estão os fatos históricos mais antigos, com muitas peças clássicas que poderiam ser comparadas a quadros valiosos, que, no entanto, registram situações ocorridas, sentidas, por cada ser humano. Mas vale citar a fotografia de Robert Capa, em 1936, no exato momento em que o soldado republicano Frederico Borrell Garcia caía, após um tiro durante a Guerra Civil Espanhola, em Córdoba, Espanha. O torpor daquele instante, retratado enquanto o combatente morria no campo de batalha, traz uma realidade impressionante à foto.
Os atos mais recentes ficam para a "Fotografia Documental Contemporânea", que, entre outras, possui a famosa imagem das Torres Gêmeas se esvaindo em fumaça de concreto, após os ataques dos aviões que mataram mais de 3 mil pessoas em 11 de setembro de 2001, em Manhattan, pleno coração financeiro dos Estados Unidos. Já a divisão "Retratos" possui várias raridades, como Muhammad Ali, Marilyn Monroe, James Dean, Che Guevara. Mas a que mais chama a atenção é o conhecidíssimo retrato da afegã Sharbat Gula, feito em 1984 por Steve McCurry, que foi capa de uma edição da revista National Geographic.


Sharbat Gula
São tantas fotos que mesmo as cinqüenta da exposição não cabem aqui. O trabalho do curador João Kulcsár deve ter sido hercúleo, já que ele escolheu um mero punhado das mais de um milhão de fotos existentes em seis décadas da agência. Ele preferiu as clássicas mais conhecidas do público, que são universais: todos apreendem a mensagem passada pelas expressões e cores de cada tema.

Até por isso, as imagens escolhidas para essa exposição deixam claro que a fotografia também é uma forma de arte e, mais que isso, uma estupenda expressão cultural que, mais que documentar fatos e retratar pessoas, sintetiza a vida, as alegrias e desgraças dos seres humanos em determinado período da história. É como um registro pictórico que nossos ancestrais desenhavam nas cavernas, para afirmar aos que vieram depois que eles existiram. Um sinal de fumaça que cruza o tempo e chega ao futuro, imortalizando aquele que deixou sua marca, seja num desenho, num escrito, ou por uma imagem.

Para ir além
Magnum 60 Anos ― Até 6 de abril ― Das 9 às 21hs.; no domingo, das 10 às 21hs. ― Caixa Cultural, Galeria da Paulista ― Av. Paulista, 2083 ― (11) 3321-4400.

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Postado por Rodrigo Herrero
3/4/2008 às 02h17

 
Mofoooo, compos e primavera

Fotos de Laura Storch, cujo blog linca pra nós.

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Postado por Julio Daio Borges
3/4/2008 à 00h27

 
tem aí um negócio

― é nóis, cara, é nóis.
― é nóis o caralho.
― é nóis, cara, é nóis.
― é nóis o caralho.
― e aí, cara, legau?
― tudo bom.
― e aí, cara, legau?
― tudo bom.
― é nóis, bicho, é nóis.
― é nóis uma foda.
― é nóis, bicho, é nóis.
― é nóis uma foda.
― e aí, cara, beleza?
― tudo legau.
― e aí, cara, tudo jóia?
― beleza.
― falou.
― valeu.

azia, no seu blog, que linca pra nós.

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Postado por Julio Daio Borges
2/4/2008 à 00h23

 
Reclusive founder opens up

[...]We shouldn't give credit to Linux per se. There were open source projects and free software before Linux was there. Linux in many ways is one of the more visible and one of the bigger technical projects in this area and it changed how people looked at it because Linux took both the practical and ideological approach. At the same time I don't think this whole "openness" notion is new. In fact I often compare open source to science. To where science took this whole notion of developing ideas in the open and improving on other peoples' ideas and making it into what science is today, and the incredible advances that we have had. And I compare that to witchcraft and alchemy, where openness was something you didn't do. So openness is not something new, it is something that actually has worked for a long time.

* * *

[...]I long ago decided I will never go to meetings again because I think face to face meetings are the biggest waste of time you can ever have. I think most people who work at offices must share my opinion on meetings. Nothing ever gets done. When things get done, you usually have someone come into your office to talk about it. But a lot of the time the real work gets done by people sitting, especially in programming, alone in front of their computers doing what they do best.

* * *

[...]I am not the kind of person that really plans ahead a lot. When I started Linux it wasn't because I wanted to be where I am today. I am more of an "everyday as it comes" type of person. I am very happy that I feel like I do something meaningful, that has made a difference, that actually a lot of people use. But at the same time I don't have and I never have had any big visionary goals.[...]

Linus Torvalds, inventor do Linux, numa rara entrevista que eu acabei de encontrar...

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Postado por Julio Daio Borges
1/4/2008 à 00h52

 
A volta da Mad

Como se diz, vaso ruim não quebra. E a revista Mad, a mais anárquica revista de humor já lançada no Brasil, está de volta, depois de ter sido cancela três vezes. Agora a publicação sai pela poderosa Panini, o que pode garantir seu sucesso junto a novos leitores.

A Mad surgiu na década de 1950, criada pelo mestre Harvey Kurtzman a pedido de Bill Gaines, o dono da E.C., editora que fazia grande sucesso com revistas de terror e ficção-científica. Inicialmente o seu foco era justamente aquilo que Kurtzman mais conhecia: os próprios quadrinhos. Mas logo a revista começaria a ridicularizar todos os aspectos da vida norte-americana. Era tão irreverente que não conseguia anunciantes, vivendo exclusivamente das vendas em bancas.

Os quadrinhos da E.C. arregimentaram a fúria dos setores mais conservadores da sociedade, que fizeram uma cruzada contra os quadrinhos. Para sobreviver, as outras editoras montaram um comics code que praticamente proibia as revistas da E.C. A única publicação que sobreviveu foi a Mad. Adaptada para o formato magazine e em preto e branco, não era considerada um gibi e, portanto, escapava das regras do código. Nesse período, Kurtzman se desentendeu com Gaines e a revista passou a ser editada por All Feldestein. Este não tinha um humor tão corrosivo quanto o de Kurtzman, mas introduziu mudanças que agradaram, como colocar o mascote da revista, o idiota Alfred E. Newman, em todas as capas. Esse mascote ficou tão famoso que foi usado, posteriormente, em protestos contra o presidente George Bush (por causa da semelhança física).

A revista não só sobreviveu, como se tornou a mais vendida dos EUA durante décadas. Por ela passaram grandes nomes dos quadrinhos, como Wally Wood, Jack Davis, Bill Elder, Sérgio Aragonés, Don Martin e muitos outros.

No Brasil a revista surgiu em 1974, duas décadas depois de ter sido lançada. A razão do atraso é que a maioria das editoras achava que seria impossível traduzir as piadas. Quem acreditou na proposta foi Lotário Vechhi, da editora Vecchi. Para cuidar da adaptação, ele encarregou o jovem Otacílio d'Assunção Barros, que mais tarde ficaria conhecido pelos leitores com Ota. Dizem as lendas que a entrevista de emprego do novo editor poderia ser mais uma piada da Mad. Lotário perguntou ao Ota quais eram os nomes dos sobrinhos do Pato Donald e do cachorro do Fantasma. Ao final, ele se levantou, apertou sua mão e disse: "Sr. Otacílio, o senhor foi o melhor candidato que apareceu aqui até agora. O emprego é seu!". Ota saiu de lá achando seu novo patrão um completo imbecil.

Apesar de Lotário e Ota estarem certos do sucesso da Mad, essa opinião não era compartilhada por mais ninguém na editora, de forma que foi um espanto quando a primeira edição, de 40 mil exemplares vendeu rapidamente, apenas no Rio e São Paulo. Foi necessário imprimir às pressas mais 30 mil exemplares. A revista vendeu muito bem (gerando várias imitações), até a falência da Vecchi, sendo publicada posteriormente pela Record e, mais recentemente, pela Mithos.

Nos últimos anos, a revista não lembrava os tempos de grande sucesso das décadas de 1980 e 1990, quando virou referência, satirizando novelas, filmes e acontecimentos políticos. Cara e mal impressa, a Mad ficava perdida nas bancas e não chamava a atenção da nova geração de leitores.

A edição da Panini obviamente pretende reviver o sucesso da publicação. Para isso, eles mexeram no que estava ruim e deixaram o que sempre fez sucesso. O Ota, por exemplo, continua na revista. Nesses mais de 30 anos ele virou uma verdadeira referência, sendo o editor que mais tempo cuidou da revista no mundo. Mas outros detalhes mudaram. A impressão, por exemplo, deu um salto. Além disso, agora a revista vem completamente colorida. Na versão da Mithos, histórias coloridas eram impressas em preto e branco, o que tornava a leitura desinteressante. A editora ganhou também um segundo editor, Raphael Fernandes, responsável pela parte internacional ("eles são incompetentes o bastante para cuidar da parte deles assim como sou da minha", afirma Ota, no editorial do primeiro número).

O primeiro número tem coisas clássicas, como as cartas esculhambando a revista (muitos leitores escreviam para a Mad em folhas de papel higiênico), sátiras de filmes (Harry Potter, Meu nome não é Johnny), o relatório Ota, as histórias mudas de Sérgio Aragonés... tudo que tinha nas versões anteriores, mas a qualidade de impressão e a cor fazem uma diferença enorme. Para não dizer que está perfeita, há vários erros de revisão e o papel da capa ainda está muito fino. Mesmo assim, espera-se que essa nova versão consiga conquistar os jovens leitores. Aqui em casa funcionou. A garotada devorou a revista.

[2 Comentário(s)]

Postado por Gian Danton
31/3/2008 às 08h43

 
Model Blogger

Anina is an international model with a passion for technology.(...) She is the one of the first MOBILE artists, producing mulitimedia art content with cutting edge cellular technology.(...) She has been featured in WIRED magazine and spoken at the LES BLOGS conference in Paris last December.(...) Anina wishes to use her image and voice to encourage all women of the world to embrace technology so they will have the possibility to compete in the new digital markets that are emerging globally.

Anina, em anina.net, uma super modelo que bloga.

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Postado por Julio Daio Borges
31/3/2008 à 00h57

 
Encontros com a Escrita

Denise Gontijo, especialista em texto, divulga que estão abertas as inscrições para a oficina Encontros com a Escrita. O curso é voltado para "todos que necessitam aprender a redigir com clareza, organização de idéias e objetividade ou que desejam despertar a criatividade e o prazer na escrita".

Iniciando em 8 de abril, haverá turmas às terças e quintas ou às segundas e quartas. Os horários podem ser no final da tarde ou à noite. Ao todo, são 8 encontros de duas horas e isso depende de um investimento de R$ 360,00 (que podem ser divididos em duas vezes). A oficina limita a turma a 8 alunos e, para que o curso aconteça, são necessários no mínimo 3 inscritos.

É importante salientar que Denise Gontijo é revisora/redatora da Assembléia Legislativa de Minas Gerais e fará turmas intensivas para auxiliar os candidatos que passaram na primeira etapa do concurso público da ALMG.

Os Encontros com a Escrita funcionam na rua Bernardo Guimarães, 1209, sala 505, em Belo Horizonte. Dúvidas, contato direto com dgontijo @ uai.com.br.

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Postado por Ana Elisa Ribeiro
29/3/2008 às 15h20

 
YouAreBeautiful

YouAreBeautiful, dica da Letícia Nogueira, que linca pra nós.

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Postado por Julio Daio Borges
28/3/2008 à 00h59

 
I'm not there

Neste fim de semana pretendo ir ao cinema, assistir ao I'm not there (Não estou lá), o filme sobre Bob Dylan que, ao contrário do que o título declara, sempre esteve lá.

Bob Dylan sempre esteve lá e talvez seja necessário esclarecer onde: no centro da cena musical americana, no templo do rock mundial, onde ele é um dos deuses mais reverenciados e também um dos que ergueram esse mesmo templo, fazendo com que o rock deixasse a idiotice infanto-juvenil de seus primeiros berros e assumisse uma maturidade, que não tinha, e que não teria, sem Dylan, Lennon e McCartney, Zappa etc. etc. ― essa turma, que todo mundo sabe.

"Mas Dylan não é propriamente um roqueiro". Bobagem. As nuances da música popular americana são regionais, apenas. Dylan pertence à história do rock, assim como Bach pertence à história da música erudita, sem restrições quanto ao fato de ser barroco rococó, ou clássico, ou pré-romântico.

Então tá: lá está Dylan no filme que usa nada menos do que seis atores para representá-lo. Entre eles, um menino negro e uma mulher. Tudo bem, é a pluralidade. É a diversidade cultural, a marca do nosso tempo. É a tentativa, talvez brilhante, de multifacetar a personalidade de Dylan ― um prato que ele mesmo sempre serviu à mídia, enfiando nela, goela abaixo, colheradas diversificadas de contradições, falso testemunho e sarcasmo.

Quero acreditar nisso, nessa apologia da diversidade, que permite que seis atores, duas raças e os dois gêneros representem um só ícone do rock. Porque não quero a suspeita, rondando sobre minha cabeça, de que estou sendo conduzido apenas pelo politicamente correto, certo?.

A propósito, quero sugerir aos diretores de cinema algumas idéias para filmes biográficos:

― Gisele Bündchen interpretando a Ella Fitzgerald (eu ia adorar, incondicionalmente).

― Will Smith interpretando Hitler (eu ia intensificar bastante meu ódio natural por Hitler).

― Robin Williams interpretando Idi Amin, o ditador africano (eu ia rir demais).

Ok, depois eu conto do filme.

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Postado por Guga Schultze
27/3/2008 às 14h31

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