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Sexta-feira,
18/4/2008
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Redação
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O fim da New Musical Express
E agooora? Quem a gente vai copiar? Quase sessentão, cresce o papo de que o mais famoso semanário britânico está sucumbindo à internet e pode desaparecer na versão impressa. Sua edição on-line está cada vez mais sendo acessada, na mesma medida que a revista "real" acompanha a performance em vendas de tudo o que é impresso: ou seja, está despencando. A NME fechou 2007 vendendo 64 mil exemplares semanais em banca. Nos 90, quando o britpop estava bombando, vendia 120 mil. O anúncio do fim está sendo esperado para depois da época dos festivais de verão, que sempre dá um gás nas vendas. Mas, como diz um amigo meu, fim da NME é igual às conversas sobre "a última turnê do Kiss"...
Lúcio Ribeiro, no seu blog (via flaviadurante, pelo Twitter)...
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Julio Daio Borges
18/4/2008 à 00h47
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Na Califórnia dos anos 60
Fiquei seis meses em Nova York e fui, por terra, para a Califórnia. Freqüentei muito o Fillmore West no West Village. Lá assisti ao show do Johnny Winter, que para mim é o maior bluesman de todos os tempos. O blues branco está muito bem representado. Eric Clapton, John Mayall, entre outros. Mas o Johnny Winter consegue ser o melhor, na minha opinião.
* * *
Fiquei à disposição do Samuel Wainer enviando reportagens para a Última Hora. Entrevistei algumas pessoas como o Herbert Marcuse, numa palestra na Universidade de Columbia. Foi assim que comecei a entrar em contato com a esquerda americana, conheci o movimento hippie. Fui me enfronhando. Cheguei a ser hippie a partir de minha ida para a Califórnia.
* * *
Sempre fui um cara da contracultura. Quando você milita na coisa, dificilmente você vai para o lado do sistema, até porque você nunca desperdiçaria a sua experiência. Pode até se reciclar e passar de uma utopia para a outra, mas sempre num esquema de contracultura.
Joel Macedo, sobre seu novo livro, em conversa com Elias Nogueira (via Aumenta o Som, que linca pra nós... porque o Joel é também Leitor-Comentador)
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Julio Daio Borges
17/4/2008 à 00h33
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Mori, em Moema: uma boa opção!
Esta semana almocei no restaurante Mori, no bairro de Moema, que acabou de inaugurar, no último dia 25 de março. Eu costumava ir muito ao Mori, do bairro de Perdizes, que por ser o primeiro da cadeia não era tão sofisticado, tanto em seus pratos quanto em sua elegância, mas já tinha um ótimo sushi.
O restaurante, que se enquadra nos chamados rodízios de sushi, faz parte do seleto "top 5", ou seja, é o "Fogo de Chão" dos japoneses. Fazer uma refeição no Mori Sushi aguça o paladar. Você pode comer os mais variados peixes e pratos, dos clássicos gyoza e temakis às invenções do sushiman Aldo Aoyagi (que viajou o mundo para aprimorar sua já excepcional técnica) por um preço justo.
Digo justo porque o rodízio de sushi/sashimi (R$ 40,00) é um pouco mais caro do que seus concorrentes. Só que estes só servem os tradicionais sushi e sashimi. Peça sashimi de polvo com farofa de nozes ou atum com carambola e eles te responderão que você está ficando louco. Ah, já estava esquecendo dos hot holl com cream cheese e maçã. Nossa que delícia!
Quanto ao ambiente, fiquei um pouco decepcionado. Não que não seja bonito ou bem decorado, só não é extremamente aconchegante ou diferente. Fez a lição de casa, mas não para tirar dez.
De qualquer maneira, recomendo a ida e, se possível, sente no balcão. O simpático "chef" irá lhe proporcionar prazeres inenarráveis.
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Daniel Bushatsky
16/4/2008 às 16h39
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Mundo ingovernável
"Mas o mundo tornou-se ingovernável depois da internet. Então, o tempo que um jovem escritor levaria para ser considerado como escritor, já não digo nem como bom escritor, mas como escritor, ele foi drasticamente eliminado, foi reduzido. Você abre um blog com muita facilidade e começa a publicar sem ter que passar por qualquer tipo de restrição, por qualquer tipo sequer de aconselhamento. Você vai em uma conversa em escala direta com seu possível leitor, com poetas que eventualmente se sintam ligados àquilo que você faz e começam a se corresponder com você. Então, isso é traumático para o sistema literário, sobretudo para a Academia. Porque ela veio julgando ao longo das últimas décadas com este poder de definir o que fica e o que não fica. Hoje a gente vive, para bem, para mal, um clima de vale-tudo, mas é um vale-tudo que de algum modo aponta pra falência no Brasil da palavra pública."
Ricardo Aleixo, poeta belo-horizontino, em entrevista ao jornal O Casulo. Esta oitava edição do periódico de literatura contemporânea será lançada na Virada Cultural paulistana, dia 27 de abril, na Casa das Rosas.
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Elisa Andrade Buzzo
16/4/2008 às 08h38
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Blog, afinal, é literatura?
Era um continho bem, mas bem raquítico, nascido prematuro, sem condições ainda de ser divulgado nem lido. Daí o autor tê-lo colocado na incubadora: todos os dias ele vinha visitar o conto tão mirradinho, de arcabouço frágil, situações incipientes, diálogos padecendo de disritmia e falta de fôlego ― tanto que respirava por meio de aparelhos, aqueles tubos e aqueles êmbolos tão grandes e barulhentos para um continho como ele. O autor enfiava a mão na incubadora pela abertura circular e, com a luva de borracha, tocava nos dedinhos do conto, que de tão miudinhos mal conseguiam se fechar na ponta do polegar dele. O autor sussurrava, quase cantando, quase mais pensando do que falando, "Um dia você vai ser incluído na antologia do século e nós vamos rir disso tudo". E o autor gostava de achar que os dedinhos do continho davam uma apertadinha em seu polegar. Mas lá pelo segundo ou terceiro dia, enquanto pajeava o continho, o autor percebeu as enfermeiras rindo e cochichando, atrás do vidro da sala da incubadora. Então ele, que além de arrebatado era um autor suscetível a certo tipo de crítica, foi ver que tititi era aquele ― e uma das enfermeiras não demorou a soltar que corria por aí que aquele continho, sabe, podia não ser dele. Mas ― ela emendou ― era só boato maldoso, imagina. De gente invejosa. Falou e foi embora. O autor sentiu o chão rodar e faltar ao mesmo tempo, a garganta entalar, e depois de uns cardíacos minutos voltou até a incubadora. Enquanto o sangue lhe voltava devagar ao rosto ele observava o continho mirradinho, de olhinho fechado, dormindo. E esperou, esperou, esperou até ficar tarde, até não ter ninguém por perto ― aí foi à máquina de oxigênio da incubadora e nem hesitou para desligar. O barulho parou mas não de repente. O autor apagou a luz da sala, pegou o casaco e só então lembrou que tinha guardado no bolso um pacote. Um pacote contendo uma roupagenzinha para o continho, para ser colocada assim que pudessem ir para casa. Uma roupagenzinha pequenininha, engraçadinha, do tamanhinho exato do conto e que revestiria a criaturinha de um estilo e de um acabamento que fariam as visitas dizer "é a sua cara". O autor olhou para trás, guardando no labirinto do ouvido o seco e esticado silêncio da máquina de oxigênio, foi até a lata de lixo, jogou o pacote e saiu do hospital. Lá fora a brisa carregada de motes para histórias de amor e morte circulava sem muita pressa, com alguma melodia e um tanto assim úmida.
Nelson Moraes, via Inagaki (via Twitter, porque eu acabei de entrar)... Ah, o Nelson também linca pra nós!
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Julio Daio Borges
16/4/2008 à 00h21
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Infocracia
Essa é minha prima, entrevistando o grande Ronaldo "Overmundo" Lemos, que eu indiquei.
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Julio Daio Borges
15/4/2008 à 00h05
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Sobre o fim do velho ensino
Os estudantes vão formar grupos de interesse e discutir coisas. Alunos com o uso da Internet sabem muito mais que o professor. O que vai acontecer? Eles é que vão determinar o que devem aprender. Cada vez mais professores vão dizer: "A próxima aula é sobre o assunto tal. Vocês preparem e dêem para o resto da classe." O professor simplesmente comenta, complementa etc. Não corrige. Henry Chesbrough, que leciona em Berkeley, é um gênio. Ele ensina da seguinte maneira. "Hoje vamos aprender sobre a IBM. O que vocês sabem sobre ela?" E vai anotando tudo no quadro. Daqui a pouco ele agrega uma ou outra coisa. Ao final, os alunos prepararam toda a aula. É sensacional.
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Deixem os alunos decidirem o que eles precisam. Olhe para a sua própria carreira. Antigamente as pessoas ficavam vinte anos em uma empresa. As companhias possuíam uma estrutura verticalizada. Hoje as pessoas pulam de um departamento para outro. O treinamento do aluno dentro de uma universidade precisa ser interdisciplinar. Quanto mais coisas diferentes aprender, melhor. Seria muito bom se a Poli tivesse cursos de comunicação e de artes, por exemplo.
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Sempre diversifique o seu conhecimento. Sempre aprenda muito. Vá a palestras que não têm nada a ver com a sua carreira e então você realmente verá se é isso que você quer. Descubra a Arquitetura, a Psicologia, a Filosofia... Comece a entender que redes sociais, blogs, wikis, etc. são a tecnologia do futuro. Quase todos os alunos já estão familiarizados com elas. Possuem perfis. Estão conectados. É preciso saber entender as outras pessoas. Conheça pessoas diferentes e saiba o quanto nós podemos aprender com elas.
Jean Paul Jacob, no Offline, que acaba de começar.
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Julio Daio Borges
14/4/2008 à 00h11
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Por que o Google caiu hoje
Google App Engine, via Cris Dias, porque... quanto mais alto, maior a queda.
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Julio Daio Borges
11/4/2008 às 16h33
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NewsCamp amanhã
NewsCamp é uma "desconferência" entre jornalistas para abordar temas relacionados à mídias sociais, jornalismo on-line, entre outras temáticas do mundo da imprensa na internet. O evento é gratuito e pode ser organizado por qualquer jornalista, em qualquer cidade do Brasil. Para isso, basta nos enviar um e-mail a fim de divulgarmos a sua iniciativa e os resultados da desconferência com seu grupo.
Blog do NewsCamp, do qual participo amanhã, a convite da Ceila Santos.
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Julio Daio Borges
11/4/2008 às 12h11
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Sob o céu de Brasília
Março de 2008 ― Lentes ocultas flagraram um excêntrico escritor carioca de thrillers zanzando pela Esplanada dos Ministérios, enquanto fazia anotações suspeitas. Em sua defesa, o escriba alegou tratar-se de pesquisa para um novo livro. A conferir.
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Postado por
Luis Eduardo Matta
11/4/2008 à 01h32
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