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Terça-feira, 6/5/2008
Blog
Redação
 
O livro é só uma tecnologia



[...]A mídia digital, através das tecnologias sociais, permite que as pessoas utilizem o conhecimento de forma diferente, tornando-se atores participativos em ambientes de colaboração e cooperação. Ela favorece a criatividade e a inovação, combustíveis das organizações do mundo de hoje. Veja o vídeo acima, que mostra as dificuldade que normalmente as pessoas têm ao se defrontar com as novas mídias e seus produtos. Não seja um simples leitor passivo, mostre que você já se apropriou dessa mídia...

Antonio Mendes Ribeiro, via Peabirus.

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Postado por Julio Daio Borges
6/5/2008 à 00h10

 
Há algo especialmente podre...

na Áustria? Em março, li Medo de voar, da Erica Jong. Em meio a tantas considerações mais importantes e relevantes sobre esse marco do que chamam "literatura feminista", me surpreendeu o quanto a personagem principal detesta Viena e os austríacos (e os alemães de uma forma geral, já que ela é judia e viveu na Alemanha do pós-guerra, tentando se encontrar nos destroços nazistas).

E na última semana de abril, terminei O náufrago (Companhia das Letras, 2006, 140 págs.), de Thomas Bernhard, tão bem resenhado pelo Julio D. Borges que fica complicado encontrar algo que complemente o texto do nosso editor. O gancho salvador é que, assim como a Isadora de Jong, os três personagens do livro abominam a terra de Mozart.

Dois deles são ficcionais e austríacos e o terceiro é o pianista (artista do piano, como prefere o narrador, um ex-virtuose) américo-canadense Glenn Gould. Eles se conhecem no Mozarteum de Salzburgo onde, juntos, terão aulas de piano durante alguns meses. De tão horrível (na opinião deles), não conseguem morar na cidade e alugam uma casa numa localidade vizinha.

Do início ao fim, opiniões deprimentes sobre as cidades austríacas pontuam a narração, que é o fluxo de pensamento do ex-virtuose enquanto aguarda a deprimente dona da deprimente pousada onde vai se hospedar. Ele pinta um país destruidor de pessoas, de mentes, de corações, a ponto de cogitar se a geografia contribuiu para o suicídio do amigo, o náufrago do título. O único, por sinal, que permaneceu na Áustria.

Enquanto Glenn Gould volta para os Estados Unidos e o ex-virtuose, alguns anos depois, refugia-se em Madri, o náufrago permanence e soçobra em meio à decepção por jamais poder alcançar o talento de seu colega americano. Uma constatação que é feita muito cedo, ainda no Mozarteum, o que torna tudo ainda mais cruel. Como diz o livro, se ele nunca tivesse se deparado com o gênio, se ele nunca tivesse passado pela sala 33 e ouvido Gould interpretar as Variações Goldberg, de Bach, Wertheimer, o náufrago, talvez tivesse sobrevivido ― mesmo vivendo na Áustria.

O fato é que, em dois meses, li dois livros cujos personagens detestam a Áustria. E enquanto isso, o governo austríaco trabalha para melhorar sua imagem depois de o mundo se chocar com o caso de um de seus cidadãos, o pai que abusou, engravidou e manteve a filha presa em um porão por 24 anos. Episódio que, somado a outro longo seqüestro de uma jovem (que ficou presa 8 anos, mas pelo menos o carrasco não era o pai), pode fazer as pessoas imaginarem o que há de errado com esse país.

Infelizmente, não conheço a Áustria. Felizmente, já ouvi/li muito mais opiniões positivas do que negativas sobre o país. Tenho uma amiga morando lá e ela está muito satisfeita. Comento aqui a coincidência porque me fascina a maneira como certas informações, de origens muito distintas, se repetem, sem que possamos saber, antes de ler um livro ou abrir o jornal, o quanto os conteúdos se entrelaçam.

Não concluo nada sobre a coincidente relação temporal entre os livros e os fatos. Talvez, apenas, que existem bons livros falando mal da Áustria. E que, provavelmente, a humanidade está ficando cada vez mais podre, seja na Europa, no Brasil ou em qualquer outro canto do globo.

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Postado por Adriana Baggio
5/5/2008 às 17h29

 
Aloha!

I need a vacation, I've been on the grid for over 900 days.

I'm going to be spending some time away, which will be the first time in over two and a half years that I'll be completely offline. I won't be checking email, my blog, or twitter, so you'll have to catch me when I get back in a few days.

The last 6 months as an analyst have been very busy, I hit my goals in the role, published research, helped clients, and supported the company move it's own social media efforts forward — all while maintaining this blog.

But not everything went smoothly, I've made a few mistakes on the way that I wish I could have fixed, but I'll file those away as some hard lessons. A rough customer presentation, a few internal speedbumps, trying hard to learn how to write reports in the Forrester style (it's like learning a new language) and learning new research and analytical skills.

I've given up a lot of sleep, frankly, I worked hard, so I need to recharge.

Jeremiah Owyang, no seu blog (e no Havaí), que eu acabei de descobrir.

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Postado por Julio Daio Borges
5/5/2008 à 00h58

 
Necessidades contemporâneas

Não é à toa que a depressão é o mal do século. São muitas exigências para uma pessoa só. Seguir padrões de beleza, ser magra, andar na moda, ter cabelo bonito e bem tratado, mãos e pés impecáveis; falar e escrever português corretamente, ter fluência em inglês, procurar aprender uma outra língua como diferencial para seu currículo e sua carreira, ter uma profissão que lhe dê prazer e ao mesmo tempo dinheiro, conseguir seguir um plano de carreira dentro da empresa;

Estar sempre atualizada com as novas tendências tecnológicas, megabytes, gigabytes, MP3, MP4, iPod, celulares que já adivinham para quem você quer ligar, fones de ouvido mega potentes, TVs de ultra-mega-super-alta definição; estar antenada com as notícias não só do Brasil, mas também do resto do mundo, inclusive das micro ilhas da Indonésia, entender o tipo de economia vigente lá e o sistema político adotado;

Ter um relacionamento feliz e duradouro com um homem que atenda todos os pré-requisitos para lhe fazer feliz ― ou seja, um homem com pouquíssimos defeitos ―, estar casada com ele antes dos 30 anos, ter filhos ou um filho até os 35 e ainda continuar bonita e sensual, pois você corre o risco de ser trocada por outra mulher que é tudo isso e muito mais;

É imprescindível que o seu apartamento atenda o design da última moda e te defina como pessoa, e que ele esteja sempre limpo e impecável para receber suas amigas, casadas ou não, mas todas pós-graduadas como você, que já passou por trabalhos de conclusão de curso, bancadas com professores mal-humorados cheios de perguntas irrelevantes, às vezes considerados profissionais frustados;

Mas, nada disso importa, pois você conseguirá assistir a todos os ultra-mega-advanced espetáculos do Teatro Abril, aos shows do U2 e do Roger Waters, que talvez nunca mais venham ao Brasil, assim como os filmes da Mostra Internacional de Cinema que só passam uma vez e nunca entrarão no circuito dos grandes cinemas, e você, ainda bem, conseguiu ver aquele do diretor consagrado do Irã que todos acharam fantástico;

E... claro! Não podíamos esquecer que você também tem que, antes dos 50 anos, ter conhecido a Europa, alguns países essenciais da América Latina, como Chile e Argentina, e a última tendência da área do turismo, Dubai; e nada melhor do que levar na bagagem, tanto de mão quanto intelectual o entendimento de assuntos, principalmente os literários. Para isso, é preciso que você tenha lido, pelo menos, um livro do Saramago, um do Luis Fernando Verissimo, uns dois do Dostoievski ― afinal de contas é preciso saber comparar uma obra da outra ―, um do português Eça de Queirós, uns quatro do baiano Jorge Amado, pelo menos um do colombiano Gabriel García Márquez e um do espanhol Miguel de Cervantes.

É necessário também ter lido e saber citar poesias de Manuel Bandeira, Cecília Meireles e Fernando Pessoa, saber sobre cinema e os filmes de autor e assim ter visto, pelo menos, um filme do Fellini, do Kubrick, do Lars von Trier, do Spielberg, do Kurosawa e do louquíssimo Buñel, ter ido a todas as super-ultra-mega exposições da Oca, no Parque do Ibirapuera e, para finalizar, não esquecer de se atualizar sempre sobre os últimos campeões do campeonato Paulista, Brasileiro e Libertadores.

E tudo isso procurando sempre manter a sua autenticidade e personalidade intactas, seguindo os preceitos do bem e não fazendo mal a ninguém, porque aqui se faz, aqui se paga.

Nota do Editor
Taís Kerche escreve no blog Tagarelices.

[1 Comentário(s)]

Postado por Taís Kerche
4/5/2008 às 03h08

 
la caminadora

Cristiane Martins, em seu blog, que linca pra nós.

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Postado por Julio Daio Borges
2/5/2008 à 00h47

 
Morar só: a melhor coisa

Em pouco tempo, aprendi várias coisas morando sozinha:

1. A casa não fica limpa se você não fizer alguma coisa...

2. A louça precisa ser lavada sempre!

3. Lavar roupas brancas é dificílimo.

4. Ter tapete felpudo dá um trabalho (e gera custo para lavar).

5. É preciso comprar bastante água mineral.

6. O quilo do tomate têm uma variação muito grande de preço. (Idem para cebolas e batatas.)

7. Produtos de limpeza são caros!

8. Qualquer ida "básica" ao supermercado gera um custo de cinqüenta reais (no mínimo).

9. Visita, acho um saco.

10. E morar sozinha é a melhor coisa do mundo!

Lia Winter, no seu blog, que linca pra nós.

[1 Comentário(s)]

Postado por Julio Daio Borges
1/5/2008 à 00h45

 
O drama do poeta virtual

Fwd_me, fwd_me.
Post_me, post_me.
Caps lock_me, caps lock_me.
Read_me, read_me.
Spam_me, spam_me.
Load_me, load_me.
Orkut_me, orkut_me.
Coment_me, coment_me.
Enter_me, enter_me.
Link_me, link_me.
Fwd_me, fwd_me.
Fwd_me.
Ctrl + Alt + Del_se.

Ramon Alcântara, em seu blog, que linca pra nós.

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Postado por Julio Daio Borges
30/4/2008 à 00h29

 
Rock'n'Roll Suicide

Meu nome é Adriana, mas pode me chamar de Dri. Amo música e, não, infelizmente não fiz nenhuma faculdade que tivesse alguma relação com ela. Sou formada em Bacharel em Química (?!) e terminei há pouco tempo o mestrado na área de polímeros. Nada haver a ver, né?

Escuto praticamente todos os estilos, mas um eu posso dizer que não consigo suportar: o funk. Também não tenho nada contra quem gosta; cada um na sua; viva e deixe viver!

Apesar do nascimento do MP3, não consigo viver sem comprar CDs. Quando gosto mesmo de alguma banda, faço questão de comprar o disco para ajudar os caras... Tenho comprado algumas caixas (famosas box sets) nestes últimos anos, e estou ficando viciada nisso. A última, eu ganhei da minha irmã: não precisei comprar :-). Foi a do Nick Drake, Fruit Tree (maravilhosa, por sinal).

Acho que a vida não teria o mesmo sentido sem a música. Música e perfume. As duas coisas que mais me trazem recordações...

Adriana, em seu site, que linca pra nós.

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Postado por Julio Daio Borges
29/4/2008 à 00h19

 
Olhando pela fresta


Ana e eu, pausa nos autógrafos...

No último sábado, dia 26, fui ao lançamento do livro da Ana Elisa, Fresta por onde olhar. Aqui em Belo Horizonte, no Café com Letras. A Ana Elisa Ribeiro dispensa apresentações. Todo mundo conhece essa colunista bárbara, aqui no Digestivo.

Não resisto à tentação de escrever um pouco sobre o livro da Ana, mesmo sabendo que qualquer coisa que eu escreva vai ser pouco. É o (terceiro) livro de uma poeta madura, sem frescuras, essencial. São poemas curtos, na maioria, e todos contêm aquele acabamento refinado das coisas muito pensadas, vividas ou sentidas. Ou seja, aquela maturidade que faz a poesia respirar sozinha.

A Ana consegue sempre um impacto, seja pela inteligência ao expor os poemas, seja pela forma elegante de desenvolver os temas e fechá-los magnificamente. Não vou me estender mais que isso, basta ler o livro e confirmar.

Lá fomos nós, para o lançamento do livro da nossa amiga. Eu, Claudia, minha mulher e Max, nosso filhinho. Lá encontrei alguns amigos. E Jorge, o marido da Ana e o filhinho deles, Dudu.


Dudu e Max, o poder intelectual do futuro...

Dudu e Max se dão bem, têm mais ou menos a mesma idade e ficaram brincando o tempo todo, recebendo aquela compreensão resignada das pessoas em volta, porque crianças são pequeninas, mas ocupam, cada uma, um espaço que cinco adultos não conseguem...

Eu, Claudia e Jorge ali, de babás. A Ana ocupada em autografar para os fãs, sem tempo para mais nada. Esperei o momento para entrar na fila e pegar o meu exemplar, com direito a foto e tudo.

No mais, conversas entre amigos, alguma cerveja e também esse encontro entre nossas famílias, coisa que eu gosto muito, quando rola. Sempre há a promessa de mais um, mais para frente.

E a Ana fica muito bem, autografando livros para os fãs. O pessoal de São Paulo poderá conferir em breve, no próximo dia 6.

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Postado por Guga Schultze
28/4/2008 às 15h35

 
13 thrillers que li e indico

A exemplo do que o meu amigo Polzonoff faz de quando em quando, resolvi, também, elaborar uma listinha de "13 mais". No caso, de treze thrillers que li ao longo dos anos. Não serei presunçoso a ponto de afirmar categoricamente que são todos excelentes, pois muitos leitores terão impressões diferentes e essa subjetividade na relação com a arte precisa ser sempre levada em conta. O que posso, humildemente, declarar é que eu os achei excelentes. E recomendo a todos que, assim como eu, são apreciadores do gênero.

1. O analista, de John Katzenbach
2. O Círculo Matarese, de Robert Ludlum
3. Pátria amada, de Robert Harris
4. O negociador, de Frederick Forsyth
5. Jane precisa de ajuda, de Joy Fielding
6. Prova de fogo, de Phillip Margolin
7. Conspiração diamante, de Nicolas Kublicki
8. Poder absoluto, de David Baldacci
9. O homem de São Petersburgo, de Ken Follett
10. Hora zero, de Joseph Finder
11. O espião que saiu do frio, de John Le Carré
12. O sexto mandamento, de Lawrence Sanders
13. Cérebro, de Robin Cook

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Postado por Luis Eduardo Matta
28/4/2008 às 10h08

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