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Quinta-feira,
7/11/2002
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Redação
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A Vida de Pi
O jornal The New York Times entrou ontem na polêmica em torno do livro Life of Pi (A Vida de Pi), de Yann Martel, vencedor deste ano do Booker Prize, o mais importante prêmio literário de língua inglesa. Martel utiliza, em sua obra, o mesmo argumento do livro do brasileiro Moacyr Scliar, no livro Max e os Felinos (LP&M), especificamente na narrativa O Jaguar e o Escaler, publicado no Brasil em 1981 e nos EUA em 1990.
O fato é que Martel cita Scliar numa nota introdutória, o que indica, pelo menos, a intenção de dar o crédito da idéia original. Por enquanto, Scliar não anunciou nenhuma providência concreta - "Por natureza, não gosto de litígios" disse Scliar ao NYT. Ele pretende ler Life of Pi - por enquanto, não teria pensado numa ação legal, embora não exclua a possibilidade. Uma conseqüência prática do incidente é que a Companhia das Letras, que chegou a fazer uma oferta para publicar o livro de Martel no Brasil, deve desistir de editar a obra.
Hoje em "A polêmica brasileira em torno do Booker Prize"
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Julio Daio Borges
7/11/2002 às 10h08
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Sem conteúdo
Imagine um país com 27,7 milhões de domicílios, onde até há bem pouco tempo moravam igual número de famílias. Agora tente entender a seguinte situação: seis em cada dez dessas famílias não podem mais ser localizadas nos seus endereços de origem. Qual é o mistério?
Um quadro como esse seria quase impossível no mundo real, mas é exatamente o que está ocorrendo no ambiente virtual. Pelo menos é o que garantem as ferramentas de buscas do www.deleteddomains.com, serviço especializado em localizar endereços que já existiram, foram legalmente registrados um dia e hoje estão inativos e não pertencem a ninguém.
Até o início desta semana, o serviço indicava a existência de 27,4 milhões de endereços registrados nos Estados Unidos com as terminações com, org e net. Deste total, 17,4 milhões de domínios estariam na categoria "disponíveis", ao inteiro dispor de qualquer um, pessoa física ou jurídica.
Robson Pereira em "Sem-conteúdos já são maioria na internet"
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Julio Daio Borges
7/11/2002 às 10h05
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Clima de desilusão
Dois anos depois de a mais bizarra eleição presidencial da história americana ter sido decidida pela Suprema Corte e 14 meses depois do horror indescritível dos ataques terroristas em Nova York e Washington, os Estados Unidos votaram terça-feira num clima de desilusão e curioso distanciamento do sistema político.
Os eleitores podem estar diante de uma série de questões capazes de mudar suas vidas, incluindo a perspectiva da guerra contra o Iraque e a incerteza no cenário econômico. Mas a campanha eleitoral foi notavelmente sem vida e melancólica, com comícios de animação destituídos de ânimo e discursos políticos que estimularam poucos eleitores.
"Tanto os candidatos como o eleitorado parecem ter decidido que não é hora de fazer política como de costume", disse um dirigente republicano. "Como conseqüência, não se vê nem combate filosófico, nem paixão partidária."
R. W. Apple JR. em "Clima de desilusão marca votação de 2002"
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Julio Daio Borges
7/11/2002 às 10h00
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Sistema de Castas
Uma excentricidade que me agrada: esta página é uma defesa do sistema de castas hindu. Algumas surpresas, pelo menos para mim: Gandhi defendia o sistema. Ele disse que o sistema de castas (ou varnashrama) é "inerente à natureza humana, e o Hinduísmo apenas o transformou numa ciência".
Um certo Guy Sorman, um scholar de Stanford, escreveu: "Os ocidentais têm a tendência de ficar escandalizados ou perplexos com o sistema de castas, se esquecendo que a aristocracia que governou a europa por mil anos era um tipo de casta. As guildas do Antigo Regime se pareciam com as castas indianas tais como elas eram no início, com cada casta correspondendo a uma profissão específica".
E um certo viajante francês chamado Desvaulx escreveu, em 1777: "A autoridade da casta é um impedimento ao possível abuso de poder por parte dos príncipes." Segundo a página: "Nunca houve uma autoridade central capaz de impor uma língua única, ou uma só religião ou modo de vida, nas várias castas que constituem a Índia. É por esse mesmo motivo que, no passado, os conquistadores muçulmanos e britânicos tiveram que abandonar suas ambições".
As aplicações do sistema de castas no Brasil de hoje me fazem sonhar. Mas enfim.
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Alexandre Soares Silva
6/11/2002 à 01h56
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Tribalistas e Zé Celso
Ontem, um amigo que sabe da minha admiração pelos Tribalistas (o mais novo programa de índio da música brasileira) me abordou com as seguintes palavras: "Trio. Tripé. Triângulo. Tribalistas". Eu ri e perguntei: "Você está inventando isso agora?" Ele: "Não, vi o Arnaldo Picaretunes dizendo isso, a sério, na TV. Que pena que você perdeu [sorriso cínico irreproduzível]". Bom, nunca é tarde para, com a inestimável ajuda do "Houaiss", dar minha contribuição a esse "chef d'oeuvre" da poesia tribalista: "Tripa. Tribufu. Tricô. Triglicérides. Trilegal. Triste-Bahia-oh-quão-dessemelhante. Three to get ready. Tripanossoma, tripanossoma, tripanossoma!" (A repetição da última palavra é importantíssima para acentuar o caráter protozoário da coisa.)
Outro amigo me retransmitiu o convite para o debate de lançamento de um livro: "Folha Explica José Celso Martinez Corrêa". Confesso que fiquei atônito: como assim? Alguém crê que Zé Celso seja um ser explicável? Será que finalmente eu vou entender o que é o te-ato electrocandomblaiko? Ou o livro traz, passo a passo, as instruções para fazer uma orgya dionysíaca pós-artaudiana? Bem, seja como for, leio que o debate, que é hoje, terá a presença do próprio ser zé-célsico e de um psicanalista. Não é por nada, mas acho que eles deveriam ter chamado um psiquiatra -com uma camisa-de-força à mão, just in case.
Ruy Goiaba, ontem, no puragoiaba
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Julio Daio Borges
5/11/2002 às 13h19
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SegPlay
SegPlay is the neatest way to play with Photographs on the Web.
We've taken our Segmation Technology and come up with a fun and interactive experience to allow to you color in images, without lifting a paint brush or crayon. You'll see the amazing detail and beauty that we've revealed in these pictures. No artistic skill or technical ability is needed here. Of course, we've included a "beat the clock" coloring mode, for those of you who like to be challenged!
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Julio Daio Borges
5/11/2002 às 13h16
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Blogwise
Blogwise is a new site bringing you a collection of categorised blogs from around the world. Whatever your taste, interest and culture - there's bound to be a blog out there written by a person just like you. If not, then why not start one yourself!
Blogwise was started to let people find interesting, relevant blogs quickly and easily. Blogwise was launched October 2002 in a quiet, darkened room in Southern England by a twenty year old called Sven.
Although the site is in very early stages at the moment, I released it as is because in its infant form it already provides a useable and hopefully useful directory of weblogs. Future developments will include a search facililty of both keywords and the sites themselves. There are a number of other ideas I have in the pipelines, but I'm not going to reveal them until I'm sure I can get them working!
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Julio Daio Borges
5/11/2002 às 13h05
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PFP
O PT é o Partido do Funcionalismo Público. Por esse motivo, é natural que a estratégia do novo governo seja burocratizar ao máximo. Na área de cultura, promete-se criar uma infinidade de novos órgãos, dotados de siglas sugestivas como SNPC, ou PNIC, ou PNC, ou INRC.
Os signatários do programa lulista se queixam de que FHC destinou poucos recursos à cultura. É curioso notar, porém, que quase todos eles sobreviveram nos últimos anos graças à benevolência do Estado, recebendo salários do Estado, ensinando em universidades do Estado, produzindo obras subsidiadas pelo Estado.
O igualitarismo do novo governo embaralha alta cultura e baixa cultura. E difunde a idéia demagógica de que todos os brasileiros possuem talento artístico, embora muitos se encontrem escondidos por causa do nosso "apartheid cultural". Não sei se o Brasil realmente tem tantos artistas escondidos. Sei que tem muitos que poderiam se esconder.
Diogo Mainardi em "O Brasil do Zé Carioca", hoje em Veja
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Julio Daio Borges
3/11/2002 às 15h27
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28 anos
"Desânimo, depressão ou medo por causas um tanto inconscientes. Dificuldades de relação com a família, principalmente com o pai. Chatice, resmunguice, seriedade excessiva.
"Se você tem por volta dos 28 anos de idade, assim como eu, deve estar passando por algo similar. É o que os astrólogos chamam de 'Retorno de Saturno'. A cada 7 anos o planeta saturno completa um quarto de órbita ao redor do sol, ou seja, Saturno completa o seu ciclo em mais ou menos 28 anos, e nos influencia de forma contundente de 7 em 7 anos, a partir da data do nosso nascimento."
Não fui eu que disse, foi o Hiro. (Se você quiser saber mais, clique aqui. Agora, se você quiser saber mais ainda, então clique aqui.)
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Julio Daio Borges
2/11/2002 às 17h48
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Devagar com o andor
João Mellão, hoje, no Estadão, acaba com o mito de que Lula é "o primeiro presidente brasileiro que veio de baixo" - repetido, ininterruptamente, da Veja à Folha. Lula é, na verdade, talvez o homem mais ignorante que o Brasil já elegeu como Presidente. É preciso esclarecer: pobreza não é sinônimo de falta de instrução. Lula deixou de ser pobre faz tempo. E, que me conste, até hoje não se dedica apropriadamente nem ao estudo da Gramática nem ao de princípios econômicos. Ou não teria dito, no Jornal Nacional, que "o mercado também tem coração", ou coisa parecida. É mesmo com isso que ele está contando?
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Eduardo Carvalho
1/11/2002 às 15h22
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Julio Daio Borges
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