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Terça-feira,
17/6/2008
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Redação
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projetoavante
Mandei um e-mail ainda há pouco para Pedro Pedroca Pedreira Perazzo convidando ele para um projeto jornalistico literato cronístico esportivo, sei lá, é que essa idéia brotou ontem enquanto eu tomava banho e cantava Caetano e Gal daquele primeiro CD.
O plano é o seguinte: formar um blog com colunistas que tenham como principal desejo utilizar da habilidade de escrever como escape desses gritos de guitarra que vez ou outra solam dentro de cada um.
Não existirão regras. Nem exigências.
Apenas o requerimento de respeitar acima de tudo nossas individualidades, nosso desejo de expor o que queiramos, não de qualquer forma, mas com criatividade, prezando o cuidado com a habilidade da escrita ou da arte em geral (no caso de publicações não textuais). Quero dizer, resumidamente, cada qual fornecendo um olhar idissiocrático das cousas.
Li uma frase um dia desses que a partir de então tenho feito esforço para que meu comprometimento com a arte a valorize: "Minha produção artística visa melhorar a qualidade do desconhecido".
É isso. Topas?
Gabriel Leirbag, convidando para o projetoavante, e lincando pra nós.
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Julio Daio Borges
17/6/2008 à 00h58
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Quixote, Sancho e o GPS
A. de Faria, no seu blog, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
16/6/2008 à 00h39
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Para o dia dos namorados
Como se diz: no amor e na guerra vale tudo. O que mais isso quer dizer? Que o amor é uma espécie de guerra. Então tá.
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Guga Schultze
12/6/2008 às 15h11
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Deriva Eletrônica
Sidney Haddad, em novo endereço, porque ele é fotográfo de verdade.
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Julio Daio Borges
12/6/2008 às 09h59
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Infinitely Fascinating People
I look for something that's new and interesting. A business model that hasn't been tried before is always interesting, even if it's likely to fail. It might give my readers an idea they didn't have before. I like new ideas, even if they're not billion-dollar ideas. Interesting founders -- if you've done something interesting in the past, if you're extremely young or extremely old or from a country that doesn't generate a lot of entrepreneurs or there's something unique about the founder. But if you're a "me too" company, just a small twist on something that already exists, it's unlikely you're going to get written about.
* * *
Some people are drawn to movie stars and rock stars. To me, entrepreneurs are the interesting people in this time and our society because they drive the economy. They have whacked out marginal utilities for risk in the sense that they seem to value risk instead of trying to shy away from it. They tend to walk away from high-paying jobs to do things that are highly risky just because they want to change the world and hope to make some money even though it's very unlikely they will. That's what's drawn me to this particular beat. I love blogging just because it's a direct channel to your readers that's very raw and unfiltered.
* * *
Two-time winners are rare. Part of the reason is the best start-ups generally come from somebody needing to scratch an itch. They have a problem, and they realize there's no solution so they make it themselves. Second-time entrepreneurs usually don't have that second itch. Sometimes they don't have the hunger to prove they can do it, so maybe they don't give all they have. Now, there are exceptions. Marc Andreessen is clearly one. A lot of the Pay Pal guys have done interesting things even though they've already made a lot of money. Steve Jobs, on a much different scale, with Apple, Pixar and NeXT clearly has something. It's very rare, and those people I find infinitely fascinating.
Michael Arrington, agora uma das 100 pessoas mais influentes do planeta (porque eu já falava dele em 2006...)
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Julio Daio Borges
11/6/2008 às 08h43
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Machado de Assis e a Esperança
Era um dia bonito em Santos. Acordei cedo e comecei a pesquisar sobre o Sr. Joaquim Maria Machado de Assis, mais conhecido por Machado de Assis. Precisava pensar em algo para escrever para este Especial, que pudesse transmitir uma mensagem sem ser hipócrita comigo e enganador de leitores (em particular, os "apressados" que iriam pesquisar sobre o maior escritor brasileiro na Internet e se deparariam com o meu texto, citando-o em uma alguma ocasião, causando quem sabe alguma infeliz conseqüência).
Já adianto e explico: não sou especialista nos romances realistas machadianos. Admiro sua linguagem, aprecio sua ironia, mas não posso ir além.
Porém, nobre leitor (bem Machado, não?) você me dá licença para falar sobre uma coisa bonita?
Estava eu sentado na mesa da copa, debruçado sobre livros de literatura e, nos intervalos, lendo os contos de Machado, quando minha sogra me contou, com um ar de orgulho e nostalgia, a força de vontade que seu pai teve para sair de Portugal, emigrar para o Brasil e proporcionar uma vida confortável em Santos para sua família. Narrou-me que seu pai acordava às três horas da manhã e só fazia a primeira refeição ao meio-dia — durante esse tempo trabalhava duro em uma terra desconhecida. Veio por meio de uma carta de chamada enviada pelo seu irmão. Sua filha (minha sogra) nasceu no velho continente, e seu pai só foi conhecê-la quando ela tinha mais de 2 anos, mas, no final, tudo valeu a pena: teve uma família feliz e a certeza de que venceu.
Enquanto ela falava, lembrei da admiração que minha namorada tinha e tem pelo avô. Realmente algo mágico...
Lembrei, também, que eu, igualmente, sinto grande respeito e admiração pelos meus avós (eles ainda serão tema de grandes artigos). Todos fugiram da guerra e fincaram raízes em um país desconhecido, transmitindo seus hábitos e ensinamentos da melhor forma possível: com carinho!
Os imigrantes são parte importante do Brasil e trazem no sangue histórias de otimismo, dedicação e vontade de vencer.
Estes heróis construíram o Brasil e enriqueceram a nossa cultura. Perpetraram, subconscientemente, uma sociedade mais culta e receptiva, para novas idéias e crenças.
Mas o que tem tudo isso a ver com Machado de Assis?
Machado é uma vertente da mesma moeda. Nasceu pobre, fruto de um ex-escravo e uma lavadeira açoriana. Ficou órfão muito cedo e sofria, já na infância, de epilepsia e gaguez.
Ora, tudo isso já é mais do que razão para, pelos deterministas, chegar-se à conclusão que ou viraria "ladrão" ou "office-boy" nos tempos modernos. Talvez, um suicídio. Quem diria que se transformaria em um dos maiores ícones da literatura brasileira?
Ele, como os imigrantes, serve-nos como exemplo, orgulho e modelo a ser seguido. Raça e determinação! Dedicação e oportunismo! São essas as palavras que melhor combinam com o perfil dos verdadeiros heróis brasileiros.
Se tivéssemos uma nova onda de imigrantes e uma nova onda de "Machados", hoje, com certeza, teríamos muito mais esperança!
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Daniel Bushatsky
10/6/2008 às 16h56
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A Lua (1928)
Tarsila do Amaral, no na velocidade terrível da queda, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
10/6/2008 à 00h47
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Música francesa
Ou o ska de Babylon Circus
Quem acha que a França parou no tempo, com as antigas chansons, ou descambou para a parafernália norte-americana de um soul ganido e um rap surrado, não conhece o ska. Bem peculiar, o ritmo é quente e não deixa ninguém parado. Talvez possa ser descrito como uma mistura de rap, reggae e rock, com uma pitada da chanson. Ainda assim, não dá para se ter idéia de como o ska faz a gente sacudir o esqueleto ao mesmo tempo em que veicula letras engajadas e muito bem construídas.
Em 2002, morei em Lyon e tive a oportunidade de conhecer uma das melhores bandas de ska daquele país, o Babylon Circus. Numa daquelas noites de fim de ano absurdamente frias e congelantes, fui a um pub para me esquentar e ver gente. O melhor pub de todos os tempos: L'Abreuvoir, ou numa tradução literal, "O Cocho". Um lugar apertado, rústico, sujo, cheio de gente e muito animado.
Atrás do balcão, três barmen carecas, sem camisa e tatuados por todo o torso, braços e pescoço, faziam performances, encenando dublagens de música, enquanto liberavam chopes e tequilas a toque de caixa. A música, aliás, era o que havia de melhor ali: entre um punk e um rock pesado, tocava "Milord", de Edith Piaf, e todos cantavam. Depois vinha um Zorba, o grego, e outras músicas inusitadas para aquele ambiente hard. Era um barato ver um monte de metaleiro cabeludo abraçado, dançando cancã ou cantando aquelas músicas todas.
Às 3h da manhã em ponto, podia estar o ambiente mais animado que fosse, normas da casa e do país: a música era interrompida, acendiam-se as luzes e um dos barmen tocava um sino, mandando todo mundo para casa. Só para dar aquela vontade de voltar na semana seguinte. Sinto saudades do Abreuvoir. Da minha vida em Lyon, não. L'Abreuvoir foi para mim um lugar de refúgio, catártico, onde todo o estigma da rabugice francesa ficava do lado de fora da porta. Como eu gostava daquilo! Mais autêntico do que o nosso carnaval brasileiro.
Foi no Abreuvoir que ouvi, pela primeira vez, o Babylon Circus. Uma banda de ska lionesa que faz bastante sucesso por lá e em alguns países da Europa. Aqui, infelizmente, ainda é desconhecida.
Senhoras e senhores, com vocês, Babylon Circus!
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Pilar Fazito
9/6/2008 às 10h49
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Morando sozinha II
Quando você mora sozinha, você pode deixar tudo se acumular em bagunça e caos ao seu redor. Eu não faço isso. Não gosto de bagunça e uma casa desorganizada me dá a impressão de que minha vida está desorganizada também. Deixo acumular um pouco os afazeres, mas acabo fazendo o serviço sujo. Nas horas mais esdrúxulas, isso é verdade. Já passei pano na casa à meia-noite, por exemplo. Vou limpando o que deve ser limpo à hora em que me dá na telha (ou na véspera de receber visitas).
O fogão eu não limpo nunca. Nunca! É uma questão de honra, para mim, não limpar o fogão. Até porque quase nunca cozinho (por "Juliana cozinhar" entenda-se fazer macarrão, miojo ou capeletti). Lavo roupa em dia de chuva, jogo água na varanda e deixo ela secar sozinha, mas odeio pia suja, banheiro sujo, lixo se acumulando, coisas fora de lugar. Mas é claro que não sou assim nenhum exemplo de mulher "do lar". Não gosto de varrer (a poeira foge de mim, não sei como usar a vassoura!), não gosto de encher balde d'água e Pinho Brill e sair passando pano pela casa inteira. Quando sou obrigada a fazer isso, molho o pano, encharco com um daqueles desinfetantes cor-de-rosa bem cheirosos, enrolo tudo na vassoura e limpo a casa inteira de uma vez! Ai, não tenho paciência pra ficar nessa de "carrega o balde", "molha o pano", "torce o pano", "enrola na vassoura", "passa o pano" e, no próximo cômodo, repetir a operação. Não, não e não! Tenho coisas melhores pra fazer do que ficar carregando balde, né, gente?!
Bah, mas me dê um limpa-vidros com spray, e um paninho, que eu faço a festa! A-do-ro! Gasto quase tudo de uma vez e só não uso no piso porque eu teria que me abaixar. Mas é o serviço mais gostoso de se fazer! Pena que é caro, senão eu usaria todos os dias. Um treco daqueles é uma arma na minha mão. Uma arma contra o bolso! Dizem que, nos EUA, é fácil trabalhar de faxineira... que as patroas não exigem muito. Será que consigo uns dólares lá só limpando vidros, espelhos, box de banheiros, pias, geladeiras, azulejos? (Sim, eu uso o spray em todas essas superfícies. Ainda há pouco olhei para a máquina de lavar e quase joguei uns jatos de spray nela também, só não fiz isso porque estava ligada e funcionando... Fiquei com medo de levar um choque!)
Ju Dacoregio, no seu blog, que linca pra nós (leia também "Morar só: a melhor coisa").
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Julio Daio Borges
9/6/2008 à 00h35
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Sex and the City, o filme
Anos e anos atrás, quando Sex and the City estava na 4ª temporada mais ou menos, eu viciei. E comecei a baixar loucamente os episódios que ainda não haviam chegado no Brasil (e eram meses de diferença!).
Nisso, uma amiga querida teve uma gravidez de risco e precisou ficar meses de cama. A solução? Sex and the City.
Fizemos alguns brunchs na casa dela, onde as mulheres ficavam literalmente a tarde de domingo vendo um episódio (ainda não lançado) atrás do outro, enquanto os meninos (por que será que vamos sempre falar "os meninos", ainda que estejamos falando de marmanjos barbados com mais de 40 anos nas costas hein?) ficavam na outra sala tocando violão e guitarra...
Um dos meninos (o marido da moça da gravidez de risco) inclusive dizia que aquilo era "Pókemon de Velha", porque ficávamos grudadas na TV a tarde toda.
Lady Rasta, no seu blog, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
6/6/2008 à 00h28
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