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Terça-feira,
1/7/2008
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Redação
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O último dia de Bill Gates
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Postado por
Julio Daio Borges
1/7/2008 à 00h41
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Enjoy your caviar today
Negative Feedback.
Very tough to find, very hard to accept.
Without negative feedback I think I would have been a complete uncompetent.
If I have to think back at my education as well, I still remember those lecturers who had the ability to let you understand what exactly you did wrong.
My idea is that too many times we run away from feedback specially if it's negative, possibly because we already know we have done something wrong.
The cathartic effect of having a customer telling you: "I did not like that" is our caviar today. Very scarce, hard to find and very expensive.
Please consider that it is a fact that when you are angry or not happy and you let someone know, it is because you care.
My suggestion is to clean and open our ears and enjoy our caviar next time someone shows up complaining.
Julius Solaris, no Event Manager Blog, que eu acabei de descobrir.
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Postado por
Julio Daio Borges
30/6/2008 à 00h48
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Festival da Mantiqueira: final
Antecedendo em um mês a Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), que neste ano acontecerá entre 2 e 6 de julho, no dia 1 de junho ocorreu o encerramento do Festival da Mantiqueira ― Diálogos da Literatura, em São Francisco Xavier. Por três dias, nesse bucólico distrito do município de São José dos Campos (SP), foram discutidas as relações da literatura com o cinema, música e televisão. Além desses painéis, houve conversas com escritores, como aquela conduzida por Fernando Morais sobre seu livro mais recente, O mago, já tratada aqui no blog do Digestivo Cultural.
Nos bastidores, estudantes, professores e profissionais de bibliotecas, previamente selecionados por meio de concurso, participaram de oficinas, ministradas respectivamente por Marcelino Freire, Ivana Arruda Leite e Alice Bandini.
O Festival da Mantiqueira, iniciativa bem recebida tanto pelo público como pela mídia que cobriu o evento, abriu na manhã de sábado, dia 31 de maio, com o painel sobre os elos entre literatura e cinema. Dele participaram Suzana Amaral, Marçal Aquino e Moacyr Scliar. Adequação melhor, impossível. Enquanto aquela primeira, como cineasta, escreveu o roteiro e dirigiu A hora da estrela e Uma vida em segredo, baseados em obras de Clarice Lispector e Autran Dourado, este último, no reverso da medalha, teve um de seus livros, Sonhos Tropicais, transformado em filme, dirigido por André Sturm (por coincidência, o responsável pelo evento, em nome da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo). No centro desses dois pólos, Marçal Aquino, o premiado escritor (Prêmios Nestlé e Jabuti) que não apenas roteirizou para o cinema algumas de suas obras, como escreveu diretamente roteiro para filme. Nas palavras de Aquino, embora seu chão seja a literatura, está emprestado para o cinema.
Os três foram unânimes em reconhecer que literatura e cinema são searas diversas: uma utiliza palavras, outra, imagens, como apontado por Amaral e Scliar; uma é trabalho individual, outra é coletiva, como frisado por Aquino.
O livro tem que fazer "plim" no coração (Suzana Amaral)
Para Suzana Amaral, passar um livro para a tela não é processo de adaptação, mas, sim, de recriação. É necessário ler, reler, interiorizar a obra literária para só então transpô-la para outro suporte. O roteirista, e depois o diretor, criam uma terceira obra, em que é possível abreviar passagens, matar ou aumentar personagens. Indo adiante, no processo de filmagem, mais coisas podem ser reinterpretadas, em face de realidades fílmicas e parafílmicas. Entre estas últimas, ela apontou a falta de recursos financeiros; entre aquelas primeiras, a necessidade de alterar a linguagem literária, ancorada na palavra, para a linguagem cinematográfica, construída por imagens.
Suzana não tem uma razão para sua preferência em filmar literatura. "É como ter que responder o porquê de casarmos com alguém." Confessou nunca ter sido uma leitora voraz: leu mais quando cursava o mestrado em cinema, na New York University. Em 1977, ano em que Clarice Lispector faleceu, foi à biblioteca da NYU (onde a seção de literatura brasileira é uma das mais completas dos Estados Unidos) e tirou o livro mais fino da autora. Despertando o riso da platéia, Suzana firmou sua predileção por livros finos, uma vez que neles a verdade do autor está concentrada (como nos perfumes, os melhores nos menores frascos). O livro tem que fazer "plim" no coração.
O bom escritor poupa o leitor dos diálogos (Moacyr Scliar)
Moacyr Scliar, admitindo ser de uma geração de cinéfilos e de escritores que moldaram visões de mundo através do cinema, introduziu a polêmica ao diálogo. Depois de endossar as considerações de Suzana Amaral sobre as diferenças entre as linguagens, afirmou que a criação literária hoje é diferente da do passado por causa do cinema. E que escrever livros é diferente de escrever roteiros. Na dupla qualidade de médico e escritor, foi convidado pela Rede Globo para escrever o roteiro de um episódio da série "Obrigado, Doutor". Entregue o roteiro, recebeu como resposta do diretor: "Ótimo como literatura, mas ruim como roteiro". Na literatura, o autor lida com palavras, enquanto que no cinema, com personagens. Além disso, há a questão do diálogo. No cinema, ele é mais importante do que no livro. Nessa altura, o pomo da discórdia foi lançado na ampla tenda em que ocorreu o evento.
O acadêmico Moacyr Scliar defendeu com unhas e dentes que um bom autor poupa o leitor dos diálogos. Na literatura, quanto menos diálogo, melhor. Autores mais experientes conhecem a qualidade da obra pela ausência de diálogos. Fazem o teste da mancha da folha: quanto mais compacta, mais literatura.
Pelas perguntas que se seguiram, o auditório teve poucos ouvidos para as divagações finais de Scliar: a maioria tentava digerir as diatribes do imortal membro da Academia Brasileira de Letras sobre diálogos no texto literário.
O escritor que entrega uma obra sua para o cinema tem que estar preparado para a traição (Marçal Aquino)
Marçal Aquino pontuou que entre a obra coletiva, que é o cinema, e a individual, que é o livro, este último sempre leva vantagem. Na literatura, o escritor precisa de lápis e papel; no cinema, de roteirista, diretor, atores, contra-regra, montador, diretor de arte, figurinista, maquiador... Citou Fellini, que pregava que o filmado é aquilo que fica na cabeça do diretor depois da leitura do livro; portanto, o escritor deve estar preparado para a traição.
Será que haveria espaço para os acalorados debates sobre a questão dos diálogos na literatura? A primeira pergunta veio do escritor, cronista e dramaturgo Mario Prata, que de forma veemente perguntou como ficariam os diálogos, por exemplo, de Dostoievski e de Nelson Rodrigues (teatro também é literatura). Aquino logo sinalizou que discordava de Scliar. Suzana Amaral moderou, recordando que cinema é feito de imagens: o teste de um filme é assisti-lo sem som. Bons roteiros são feitos com poucos diálogos que, em abundância, transformam o cinema em teatro. Scliar ficou irredutível: poucos escritores utilizam bem o diálogo, por isso a regra é que literatura de qualidade não tem diálogo.
Os ingleses têm como regra que the proof of the pudding is in the taste ("a prova do pudim está em prová-lo", mais ou menos assim para preservar a rima). Scliar que, como jurado de inúmeros concursos literários, revelou desprezar sem ler originais reprovados na prova da mancha, elegeu, em parceria com Luiz Antonio de Assis Brasil, em 2005, Hoje está um dia morto, como o vencedor do Prêmio SESC Literatura, na categoria romance. O livro de André de Leones é cheio de diálogos. Scliar, que assina uma das capas, certifica que se trata de um livro surpreendente. Participante de concursos literários, não levem a sério certas afirmações categóricas!
A literatura às vezes nos chega pela primeira vez através da oralidade (Milton Hatoum)
Depois dos embates matutinos, a tarde foi brindada com a tranqüilidade da voz de Milton Hatoum. O autor de livros que já nascem clássicos, todos laureados (Relato de um certo Oriente, Dois irmãos, Cinzas do Norte, Órfãos do Eldorado), recordou à platéia que a literatura às vezes nos visita pela primeira vez por meio da oralidade. Seu primeiro livro foram os relatos que seu avô lhe fazia em Manaus, debaixo de um jambeiro: reminiscências da vida e trechos do que ele se lembrava das Mil e uma noites.
Só aos 12 ou 13 anos é que foi ler Machado de Assis. A estréia deu-se por meio dos contos, achados ao acaso nas obras completas que a mãe adquirira de um vendedor ambulante. O segundo passo foi dado em um castigo: o professor, como punição, impusera-lhe a leitura de Os Sertões, de Euclides da Cunha. Para Hatoum, durante essa fase de formação, o diálogo com a literatura transformou-se em um diálogo com o Brasil: Vidas secas (Graciliano Ramos), O continente (da trilogia O tempo e o vento, de Érico Veríssimo), Capitães de areia (cuja edição mais recente, da Companhia das Letras, conta com um pósfácio que ele assina) fizeram-no entender que o mundo era algo maior do que a já gigantesca região amazônica.
De forma paralela, nas aulas particulares de francês com a mulher do cônsul da França em Manaus, Hatoum começou a ler Gustave Flaubert, dando início àquilo que ele chama de diálogo Paris-Manaus. Voltaria, décadas depois, para Flaubert, traduzindo-o. Depois do nomadismo dos anos 1970, época em que veio para São Paulo, estudou arquitetura, publicou um livro de poesias, intitulado Amazonas, um rio entre ruínas, partiu para a Europa. Na Espanha, deu início a uma obra mais ou menos autobiográfica, projeto que abandonou, mas que ressurge depois, modificado, em Cinzas do Norte. "Num certo momento, tudo é importante para alguém que escolhe a literatura como razão de vida." Foi após a morte do avô que colocou em marcha o Relato de um certo Oriente. Quando começa um texto, segredou Hatoum, nunca sabe a extensão que esse terá. Não é só com ele que isso acontece: Conrad começou a escrever Lord Jim como conto e terminou como um grande romance.
Hatoum insistiu que a literatura não busca saída, magia nem magos. "Quem quer facilidade, devia evitá-la, confirmem-no Lord Jim, Emma Bovary ou Grande Sertão: Veredas. A felicidade não nos é dada de graça", em suas palavras.
Durante os debates, as questões foram muitas. Aqui fica destacada apenas sua resposta à indagação de como estimular a leitura entre os jovens. Embora não se possa forçar ninguém a ler, o escritor alertou que é um crime negar aos jovens o acesso à leitura. Aos sem recursos, a opção deveria ser ao menos oferecida: ler ou não ler. Uns gostam, outros não, mas a liberdade de acesso deve ser assegurada.
Por fim, um recado aos escritores estreantes: um bom texto sempre aparece. Pode demorar, para confirmar essa regra; entretanto, aparece.
Em sua primeira edição, o Festival da Mantiqueira causou a melhor das impressões. Votos para que se repita por muitos anos, entrando de forma definitiva no calendário cultural paulista.
Nota do Editor
Eugenia Zerbini, escritora, vencedora do Prêmio SESC Literatura, em 2004, com seu romance de estréia, As netas da Ema. Conclui atualmente A mãe dos brasileiros, biografia romanceada da imperatriz Teresa Cristina, mulher de D.Pedro II.
[1 Comentário(s)]
Postado por
Eugenia Zerbini
28/6/2008 à 01h03
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Estrela de brilho eterno
Sylvinha e o parceiro de décadas
A cantora Sylvinha Araújo, de apenas 57 anos, faleceu, na noite de ontem, 25 de junho. Estou chocada e chateada com uma morte tão prematura e de uma figura tão importante para a música popular nacional, até porque assisti a um show dela e do marido este ano ainda, e ela estava em pleno vigor, jovem e linda. A voz de Sylvinha calou em decorrência de um câncer de mama que enfrentava há doze anos.
A bela esposa de Eduardo Araújo fez história com o marido nos áureos tempos da Jovem Guarda e foi um dos ícones da juventude dos anos 1960. Era imitada e adorada pelas jovens de seu tempo. A mineira, garota prodígio, saiu, aos 13 anos, de um coral de escola, em Mariana, para se tornar estrela em programas de tevê e de rádio. No ano seguinte, já sustentava a família com o que ganhava na TV Excelsior. Aos 15, estava em São Paulo como a nova atração do programa O Bom, juntamente com o colega e futuro esposo Eduardo Araújo.
Em 1969, Silvia Maria Vieira Peixoto se casou com Eduardo Araújo e juntos formaram um dos mais bonitos casais do mundo artístico, numa união duradoura e alimentada com muito amor. Tiveram dois filhos, Eduardo e Mônica (como na música da Legião Urbana), que seguiram os passos dos pais e se tornaram cantores.
Sylvinha se afastou dos palcos após tornar-se mãe, mas eis que em 1978 voltou aos estúdios de gravação, cantando jingles publicitários. Passou, a partir daí, a fazer vocais em discos de terceiros. O talento único, a versatilidade e a jovialidade sempre estiveram presentes na carreira e na voz desta cantora magnífica, que de tanto fazer sorrir, hoje fez chorar.
Em 40 anos de carreira, Sylvinha lançou diversos LP's e compactos, gravou mais de 2.000 jingles para comerciais, participou do movimento Jovem Guarda com muita garra, carisma e expressividade gutural, sempre empregando muita emoção em todos os seus trabalhos, encantando a todos com brilho e emoção tamanha que jamais será esquecida. Viva, Sylvinha Araújo!, estrela de primeira grandeza e de luz eterna!
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Postado por
Tatiana Cavalcanti
27/6/2008 às 17h38
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Ave Google!
O Google é o oráculo da internet. Se houvesse uma sucursal do Google aqui em minha pequena cidade, eu iria todos os domingos à noite depositar minhas oferendas.
É o Google que responde nossas rezas. É ao Google que fazemos nossas confissões.
Quem nunca desejou saber o que se passa num confessionário? Que palavras são ditas pelos que se prostram no genuflexório e escancaram seus pecados ao sacerdote?
Eles são proibidos de falar, mas o Google não tem esse compromisso de silêncio. Ele publica todo mês as palavras ditas ao seu pé do ouvido pelos internautas mundo afora.[...]
Abdalan da Gama, que Comenta aqui, no seu blog.
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Julio Daio Borges
27/6/2008 à 00h59
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sweethell
cética, cínica e amarga.
sarcástica, arrogante e intolerante.
instável, autoritária e niilista.
tatiana leão, no seu blog, que linca pra nós.
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Postado por
Julio Daio Borges
26/6/2008 à 00h13
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Entenda...
Foi estranho depois de tanto tempo te encontrar na porta da minha casa. Havia o quê, dois anos que não nos víamos?
Sei que não foi idéia sua tocar aquela campainha. Mas quem você esperava que te recebesse? Minha mãe?
Você jamais conseguiria entender como, em uma fração, segundo li tudo nos seus olhos — e como depois agradeci a Deus por não ter te confessado o que precedeu sucedeu depois que terminamos...
E, sinceramente, eu não entendo como diaxos diabos soube, ali, que você ainda tem aquela mania engraçada de dar petelecos!
Ri pra você porque foi engraçado saber como ainda te conheço tão bem. Aquele um segundo me disse tudo a respeito do que você pensava naquele exato instante.
E saber que você não estava feliz em me ver, confesso, causou-me um misto de saudade e tristeza. Porque eu já havia esquecido quão bonita você é e quantas coisas boas aconteceram naquela época...
Te ver me olhar daquele jeito foi legal, porque é bom ver algo tão de perto e estar tão longe — você não entenderia isto. Não tenho jeito para lidar com ex-namoradas.
E isso não é questão de ódio ou arrependimento, como eu acreditava antes. Só não aprendi a lidar com essas coisas, e te sendo bem sincero, não pretendo aprender tão cedo...
Certamente nem em mil anos eu haveria de impedir a morte da nossa amizade tão sincera. Quantas amizades minhas — como a nossa — ainda haverão hão de morrer... só o Santíssimo sabe!
E é disso que são feitos meus ex-casos? Se for(em), é bom. Porque eu poderia ter feito você fazer ficar mais, talvez você não acredite ou não aceite...
Porque eu poderia mudar a maneira que você me olhava, talvez você não acredite ou não aceite isso também. Eu poderia ter feito tudo pra quase deixar as coisas como antes. (Você entende o tom agudo de ênfase desse "quase"?)
Mas não me leve mau a mal, não te fiz ficar e mudar o jeito de me olhar, pela mesma maneira que não te abracei e te beijei no rosto...
É apenas uma questão de saber "quem somos" e, sobretudo, de saber quem você ainda é... É mandar um "oi" de leve, e saber que está tudo sob controle, à minha maneira (claro).
Seu Osvaldino, quem diria..., no seu blog, que linca pra nós.
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Postado por
Julio Daio Borges
25/6/2008 à 00h08
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Envolturas
Adianto-lhes,
nasci como me fiz
e refaço-me
diariamente
My ra, no seu blog, que linca pra nós.
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Postado por
Julio Daio Borges
24/6/2008 à 00h53
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Quando uma moto se apaixona
Paulo Ito, em sua Galeria no Flickr, porque ele também Comenta aqui.
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Postado por
Julio Daio Borges
23/6/2008 à 00h49
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Diário de um ano ruim
Na Flip de 2007, vi J.M. Coetzee em carne e osso. Para um cara como eu, cá do interior da Bahia, que há alguns anos havia lido Juventude e ficado atordoado com a leitura, era como se estivesse observando uma entidade, ou algo parecido. Quando Coetzee passou do meu lado, em direção à mesa de autógrafos, eu parei de ouvir a pessoa com quem estava conversando ― se não me engano, era o Daniel Galera; e, se não me engano de novo, ele parou de falar ― e só observei. Era como se meu silêncio e olhar fossem sinais de respeito, como uma continência que um soldado presta a um general.
Lá, em Parati, Coetzee leu trechos de um romance então inédito no Brasil, Diary of a bad year. Aí vai um curto trecho do livro, recém-publicado aqui com o título Diário de um ano ruim, claro. E que já encomendei, óbvio.
"E fica-se grato à Rússia também, à Mãe Rússia, por estabelecer diante de nós com certeza tão inquestionável o padrão ao qual todo romancista sério deve aspirar, mesmo sem a menor chance de chegar lá: o padrão do mesmo Tolstói de um lado e do mestre Dostoiévski do outro. Com o exemplo deles somos artistas melhores; e com melhor não quero dizer mais hábeis, mas eticamente melhores. Eles aniquilam nossas pretensões impuras; eles esclarecem nossa visão; eles fortalecem nosso braço."
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Postado por
Rafael Rodrigues
23/6/2008 à 00h47
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