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Quinta-feira,
3/7/2008
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Redação
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Música Independente 2.0
O mercado independente de música está crescendo. O que está em queda são as antigas relações gravadora-artista, sobretudo no mainstream. O CD, hoje, é apenas um suporte de divulgação das bandas e, não, sua sustentação principal. Tanto no Brasil quanto na Europa e nos EUA, pequenos selos ganham relevância com artistas alcançando sucesso de público e de crítica. E isso não é conseguido com vendagem de discos e, sim, com uma boa divulgação, shows e, claro, alguma qualidade e criatividade. Para conquistar seu espaço, as bandas novas precisam conhecer como funciona o mercado em que estão entrando. Se entrar com uma visão romântica de que serão acolhidas por uma grande gravadora e ficarão ricas, vão quebrar a cara. Isso pode até acontecer, mas precisam se perguntar até que ponto irão abrir mão da liberdade criativa para fazer sucesso. O modelo mais utilizado, e coerente, é trabalhar em parceria com pequenos selos independentes. Aqui no Brasil, ainda há muito o que crescer neste sentido.
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Recebi alguns discos de bandas independentes no formato SMD e achei bem interessante. Acredito que as bandas e selos devam buscar outras formas de comercializar música. Mas também precisam ficar cientes de que os outros formatos podem conviver com eles. Ainda não encontramos o momento ideal da comercialização de música pela internet, mas este comércio naturalmente será a regra no futuro. As próprias gravadoras já descobriram que não adianta mais lutar contra e, agora, buscam formas de lucrar com a Web. Enquanto isso, todos procuram maneiras criativas de distribuir seus trabalhos. Até uma das maiores bandas do mundo, o Radiohead, acirrou esta discussão sobre o valor da música.
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Como falei, estamos vivendo esta nova realidade e fica difícil prever o que o futuro reserva para a distribuição de música. O que sabemos é que a internet será o veículo principal tanto na comercialização quanto no download gratuito. Todo dia surge uma nova idéia que explora a Web de maneira inteligente e lucrativa, mas ainda não se chegou a um modelo ideal (e talvez nunca se chegue...). Como jornalista, acredito que o disco, enquanto conceito, deva existir. A idéia de "álbum" é muito importante para firmar o trabalho de uma banda. Ninguém baseia uma carreira apenas em faixas dispersas. Precisa ter uma unidade, uma idéia, juntas, num único conjunto, o disco. Mesmo que não seja lançado fisicamente, sua existência já funciona como "agendamento", o que para imprensa é muito importante. Na revista, recebemos muito e-mail de bandas querendo divulgar o trabalho, mas as que mais receberão destaque são as que têm algum disco pronto (mesmo que nunca lançado em formato físico). O disco não irá morrer, o que está entrando em decadência são as formas de distribuição e comercialização tradicionais. As bandas precisam compreender este momento se quiserem adquirir relevância nos próximos anos...
Paulo Floro, em entrevista à Movin' Up, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
3/7/2008 à 00h31
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frases soltas
ontem sonhei que tinha todas as respostas.
quando acordei, descobri que estavam de fato corretas.
decepcionante.
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para um fóton, o tempo não passa.
um único instante abarca toda sua existência.
por algum motivo, isso me inquieta profundamente.
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há muitas coisas que podemos ignorar.
quase todas, aliás.
(talvez todas, mas não quero parecer leviano.)
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detesto quem relativiza em excesso.
a teoria da relatividade baseia-se numa constante.
para o inferno com o "tudo é relativo".
cássio koshikumo, no seu blog, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
2/7/2008 à 00h24
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Mulheres de A a Zezé
Alice, a pedófila. Belinha, parricida. Carlota, sofre de crise de abstinência de café, eu sei como é, é horrível. Diana, a caçadora ninfomaníaca.
Elisa, a namorada perfeita. Fátima Aparecida, bêbada, encontrou Jesus e depois O perdeu. Francisca, assassina. Guiomar, não lava, não passa e não cozinha, mas faz amor que é uma beleza.
Helena, a mentirosa, nunca poderia estar em uma novela de Manoel Carlos. Heloisa, pecadora. Jessica, mulher do Raimundo, era feia de rosto e boa vocês sabem do quê. Joana, morreu queimada no fogo de um orgasmo.
Julie Lacroix, Salete Silva de registro, escritora, inteligente, morre de medo de morrer. Karin, a gringa generosa. Laurinha, cruelmente assassinada e igualmente vingada. Lavínia, suicida. Luíza, artista que pinta pintos. Marta, a golpista. Miriam, recusa e renúncia. Nora Rubi, cleptomaníaca, abduzida para a prisão.
Olívia, a matadora de aluguel. Raimundinha, a cega. Selma, a enfermeira com que todo homem fantasia. Dona Teresa, viúva triste. Xânia, colega de Olívia, e Zezé, que se vira com o que a vida lhe dá e assim consegue o quer.
E também tem Ela, que cita Nietzsche na cama. Ela e outras mulheres (Companhia das Lestras, 2006, 169 p.) réune 27 contos breves de Rubem Fonseca, naquele estilo dele que você já conhece. Algozes ou vítimas e rodeadas de palavrões, elas se envolvem em situações de sexo, morte e outras sacanagens da vida.
Eu adorei a Alice e a Nora Rubi. E você, qual escolheria?
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Adriana Baggio
1/7/2008 às 14h26
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Amizade (1)
Nas mesas, nos bares,
amigos conversam
(não mais entre si)
com seus celulares.
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Guga Schultze
1/7/2008 às 13h22
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O último dia de Bill Gates
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Julio Daio Borges
1/7/2008 à 00h41
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Enjoy your caviar today
Negative Feedback.
Very tough to find, very hard to accept.
Without negative feedback I think I would have been a complete uncompetent.
If I have to think back at my education as well, I still remember those lecturers who had the ability to let you understand what exactly you did wrong.
My idea is that too many times we run away from feedback specially if it's negative, possibly because we already know we have done something wrong.
The cathartic effect of having a customer telling you: "I did not like that" is our caviar today. Very scarce, hard to find and very expensive.
Please consider that it is a fact that when you are angry or not happy and you let someone know, it is because you care.
My suggestion is to clean and open our ears and enjoy our caviar next time someone shows up complaining.
Julius Solaris, no Event Manager Blog, que eu acabei de descobrir.
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Julio Daio Borges
30/6/2008 à 00h48
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Festival da Mantiqueira: final
Antecedendo em um mês a Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), que neste ano acontecerá entre 2 e 6 de julho, no dia 1 de junho ocorreu o encerramento do Festival da Mantiqueira ― Diálogos da Literatura, em São Francisco Xavier. Por três dias, nesse bucólico distrito do município de São José dos Campos (SP), foram discutidas as relações da literatura com o cinema, música e televisão. Além desses painéis, houve conversas com escritores, como aquela conduzida por Fernando Morais sobre seu livro mais recente, O mago, já tratada aqui no blog do Digestivo Cultural.
Nos bastidores, estudantes, professores e profissionais de bibliotecas, previamente selecionados por meio de concurso, participaram de oficinas, ministradas respectivamente por Marcelino Freire, Ivana Arruda Leite e Alice Bandini.
O Festival da Mantiqueira, iniciativa bem recebida tanto pelo público como pela mídia que cobriu o evento, abriu na manhã de sábado, dia 31 de maio, com o painel sobre os elos entre literatura e cinema. Dele participaram Suzana Amaral, Marçal Aquino e Moacyr Scliar. Adequação melhor, impossível. Enquanto aquela primeira, como cineasta, escreveu o roteiro e dirigiu A hora da estrela e Uma vida em segredo, baseados em obras de Clarice Lispector e Autran Dourado, este último, no reverso da medalha, teve um de seus livros, Sonhos Tropicais, transformado em filme, dirigido por André Sturm (por coincidência, o responsável pelo evento, em nome da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo). No centro desses dois pólos, Marçal Aquino, o premiado escritor (Prêmios Nestlé e Jabuti) que não apenas roteirizou para o cinema algumas de suas obras, como escreveu diretamente roteiro para filme. Nas palavras de Aquino, embora seu chão seja a literatura, está emprestado para o cinema.
Os três foram unânimes em reconhecer que literatura e cinema são searas diversas: uma utiliza palavras, outra, imagens, como apontado por Amaral e Scliar; uma é trabalho individual, outra é coletiva, como frisado por Aquino.
O livro tem que fazer "plim" no coração (Suzana Amaral)
Para Suzana Amaral, passar um livro para a tela não é processo de adaptação, mas, sim, de recriação. É necessário ler, reler, interiorizar a obra literária para só então transpô-la para outro suporte. O roteirista, e depois o diretor, criam uma terceira obra, em que é possível abreviar passagens, matar ou aumentar personagens. Indo adiante, no processo de filmagem, mais coisas podem ser reinterpretadas, em face de realidades fílmicas e parafílmicas. Entre estas últimas, ela apontou a falta de recursos financeiros; entre aquelas primeiras, a necessidade de alterar a linguagem literária, ancorada na palavra, para a linguagem cinematográfica, construída por imagens.
Suzana não tem uma razão para sua preferência em filmar literatura. "É como ter que responder o porquê de casarmos com alguém." Confessou nunca ter sido uma leitora voraz: leu mais quando cursava o mestrado em cinema, na New York University. Em 1977, ano em que Clarice Lispector faleceu, foi à biblioteca da NYU (onde a seção de literatura brasileira é uma das mais completas dos Estados Unidos) e tirou o livro mais fino da autora. Despertando o riso da platéia, Suzana firmou sua predileção por livros finos, uma vez que neles a verdade do autor está concentrada (como nos perfumes, os melhores nos menores frascos). O livro tem que fazer "plim" no coração.
O bom escritor poupa o leitor dos diálogos (Moacyr Scliar)
Moacyr Scliar, admitindo ser de uma geração de cinéfilos e de escritores que moldaram visões de mundo através do cinema, introduziu a polêmica ao diálogo. Depois de endossar as considerações de Suzana Amaral sobre as diferenças entre as linguagens, afirmou que a criação literária hoje é diferente da do passado por causa do cinema. E que escrever livros é diferente de escrever roteiros. Na dupla qualidade de médico e escritor, foi convidado pela Rede Globo para escrever o roteiro de um episódio da série "Obrigado, Doutor". Entregue o roteiro, recebeu como resposta do diretor: "Ótimo como literatura, mas ruim como roteiro". Na literatura, o autor lida com palavras, enquanto que no cinema, com personagens. Além disso, há a questão do diálogo. No cinema, ele é mais importante do que no livro. Nessa altura, o pomo da discórdia foi lançado na ampla tenda em que ocorreu o evento.
O acadêmico Moacyr Scliar defendeu com unhas e dentes que um bom autor poupa o leitor dos diálogos. Na literatura, quanto menos diálogo, melhor. Autores mais experientes conhecem a qualidade da obra pela ausência de diálogos. Fazem o teste da mancha da folha: quanto mais compacta, mais literatura.
Pelas perguntas que se seguiram, o auditório teve poucos ouvidos para as divagações finais de Scliar: a maioria tentava digerir as diatribes do imortal membro da Academia Brasileira de Letras sobre diálogos no texto literário.
O escritor que entrega uma obra sua para o cinema tem que estar preparado para a traição (Marçal Aquino)
Marçal Aquino pontuou que entre a obra coletiva, que é o cinema, e a individual, que é o livro, este último sempre leva vantagem. Na literatura, o escritor precisa de lápis e papel; no cinema, de roteirista, diretor, atores, contra-regra, montador, diretor de arte, figurinista, maquiador... Citou Fellini, que pregava que o filmado é aquilo que fica na cabeça do diretor depois da leitura do livro; portanto, o escritor deve estar preparado para a traição.
Será que haveria espaço para os acalorados debates sobre a questão dos diálogos na literatura? A primeira pergunta veio do escritor, cronista e dramaturgo Mario Prata, que de forma veemente perguntou como ficariam os diálogos, por exemplo, de Dostoievski e de Nelson Rodrigues (teatro também é literatura). Aquino logo sinalizou que discordava de Scliar. Suzana Amaral moderou, recordando que cinema é feito de imagens: o teste de um filme é assisti-lo sem som. Bons roteiros são feitos com poucos diálogos que, em abundância, transformam o cinema em teatro. Scliar ficou irredutível: poucos escritores utilizam bem o diálogo, por isso a regra é que literatura de qualidade não tem diálogo.
Os ingleses têm como regra que the proof of the pudding is in the taste ("a prova do pudim está em prová-lo", mais ou menos assim para preservar a rima). Scliar que, como jurado de inúmeros concursos literários, revelou desprezar sem ler originais reprovados na prova da mancha, elegeu, em parceria com Luiz Antonio de Assis Brasil, em 2005, Hoje está um dia morto, como o vencedor do Prêmio SESC Literatura, na categoria romance. O livro de André de Leones é cheio de diálogos. Scliar, que assina uma das capas, certifica que se trata de um livro surpreendente. Participante de concursos literários, não levem a sério certas afirmações categóricas!
A literatura às vezes nos chega pela primeira vez através da oralidade (Milton Hatoum)
Depois dos embates matutinos, a tarde foi brindada com a tranqüilidade da voz de Milton Hatoum. O autor de livros que já nascem clássicos, todos laureados (Relato de um certo Oriente, Dois irmãos, Cinzas do Norte, Órfãos do Eldorado), recordou à platéia que a literatura às vezes nos visita pela primeira vez por meio da oralidade. Seu primeiro livro foram os relatos que seu avô lhe fazia em Manaus, debaixo de um jambeiro: reminiscências da vida e trechos do que ele se lembrava das Mil e uma noites.
Só aos 12 ou 13 anos é que foi ler Machado de Assis. A estréia deu-se por meio dos contos, achados ao acaso nas obras completas que a mãe adquirira de um vendedor ambulante. O segundo passo foi dado em um castigo: o professor, como punição, impusera-lhe a leitura de Os Sertões, de Euclides da Cunha. Para Hatoum, durante essa fase de formação, o diálogo com a literatura transformou-se em um diálogo com o Brasil: Vidas secas (Graciliano Ramos), O continente (da trilogia O tempo e o vento, de Érico Veríssimo), Capitães de areia (cuja edição mais recente, da Companhia das Letras, conta com um pósfácio que ele assina) fizeram-no entender que o mundo era algo maior do que a já gigantesca região amazônica.
De forma paralela, nas aulas particulares de francês com a mulher do cônsul da França em Manaus, Hatoum começou a ler Gustave Flaubert, dando início àquilo que ele chama de diálogo Paris-Manaus. Voltaria, décadas depois, para Flaubert, traduzindo-o. Depois do nomadismo dos anos 1970, época em que veio para São Paulo, estudou arquitetura, publicou um livro de poesias, intitulado Amazonas, um rio entre ruínas, partiu para a Europa. Na Espanha, deu início a uma obra mais ou menos autobiográfica, projeto que abandonou, mas que ressurge depois, modificado, em Cinzas do Norte. "Num certo momento, tudo é importante para alguém que escolhe a literatura como razão de vida." Foi após a morte do avô que colocou em marcha o Relato de um certo Oriente. Quando começa um texto, segredou Hatoum, nunca sabe a extensão que esse terá. Não é só com ele que isso acontece: Conrad começou a escrever Lord Jim como conto e terminou como um grande romance.
Hatoum insistiu que a literatura não busca saída, magia nem magos. "Quem quer facilidade, devia evitá-la, confirmem-no Lord Jim, Emma Bovary ou Grande Sertão: Veredas. A felicidade não nos é dada de graça", em suas palavras.
Durante os debates, as questões foram muitas. Aqui fica destacada apenas sua resposta à indagação de como estimular a leitura entre os jovens. Embora não se possa forçar ninguém a ler, o escritor alertou que é um crime negar aos jovens o acesso à leitura. Aos sem recursos, a opção deveria ser ao menos oferecida: ler ou não ler. Uns gostam, outros não, mas a liberdade de acesso deve ser assegurada.
Por fim, um recado aos escritores estreantes: um bom texto sempre aparece. Pode demorar, para confirmar essa regra; entretanto, aparece.
Em sua primeira edição, o Festival da Mantiqueira causou a melhor das impressões. Votos para que se repita por muitos anos, entrando de forma definitiva no calendário cultural paulista.
Nota do Editor
Eugenia Zerbini, escritora, vencedora do Prêmio SESC Literatura, em 2004, com seu romance de estréia, As netas da Ema. Conclui atualmente A mãe dos brasileiros, biografia romanceada da imperatriz Teresa Cristina, mulher de D.Pedro II.
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Postado por
Eugenia Zerbini
28/6/2008 à 01h03
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Estrela de brilho eterno
Sylvinha e o parceiro de décadas
A cantora Sylvinha Araújo, de apenas 57 anos, faleceu, na noite de ontem, 25 de junho. Estou chocada e chateada com uma morte tão prematura e de uma figura tão importante para a música popular nacional, até porque assisti a um show dela e do marido este ano ainda, e ela estava em pleno vigor, jovem e linda. A voz de Sylvinha calou em decorrência de um câncer de mama que enfrentava há doze anos.
A bela esposa de Eduardo Araújo fez história com o marido nos áureos tempos da Jovem Guarda e foi um dos ícones da juventude dos anos 1960. Era imitada e adorada pelas jovens de seu tempo. A mineira, garota prodígio, saiu, aos 13 anos, de um coral de escola, em Mariana, para se tornar estrela em programas de tevê e de rádio. No ano seguinte, já sustentava a família com o que ganhava na TV Excelsior. Aos 15, estava em São Paulo como a nova atração do programa O Bom, juntamente com o colega e futuro esposo Eduardo Araújo.
Em 1969, Silvia Maria Vieira Peixoto se casou com Eduardo Araújo e juntos formaram um dos mais bonitos casais do mundo artístico, numa união duradoura e alimentada com muito amor. Tiveram dois filhos, Eduardo e Mônica (como na música da Legião Urbana), que seguiram os passos dos pais e se tornaram cantores.
Sylvinha se afastou dos palcos após tornar-se mãe, mas eis que em 1978 voltou aos estúdios de gravação, cantando jingles publicitários. Passou, a partir daí, a fazer vocais em discos de terceiros. O talento único, a versatilidade e a jovialidade sempre estiveram presentes na carreira e na voz desta cantora magnífica, que de tanto fazer sorrir, hoje fez chorar.
Em 40 anos de carreira, Sylvinha lançou diversos LP's e compactos, gravou mais de 2.000 jingles para comerciais, participou do movimento Jovem Guarda com muita garra, carisma e expressividade gutural, sempre empregando muita emoção em todos os seus trabalhos, encantando a todos com brilho e emoção tamanha que jamais será esquecida. Viva, Sylvinha Araújo!, estrela de primeira grandeza e de luz eterna!
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Postado por
Tatiana Cavalcanti
27/6/2008 às 17h38
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Ave Google!
O Google é o oráculo da internet. Se houvesse uma sucursal do Google aqui em minha pequena cidade, eu iria todos os domingos à noite depositar minhas oferendas.
É o Google que responde nossas rezas. É ao Google que fazemos nossas confissões.
Quem nunca desejou saber o que se passa num confessionário? Que palavras são ditas pelos que se prostram no genuflexório e escancaram seus pecados ao sacerdote?
Eles são proibidos de falar, mas o Google não tem esse compromisso de silêncio. Ele publica todo mês as palavras ditas ao seu pé do ouvido pelos internautas mundo afora.[...]
Abdalan da Gama, que Comenta aqui, no seu blog.
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Postado por
Julio Daio Borges
27/6/2008 à 00h59
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sweethell
cética, cínica e amarga.
sarcástica, arrogante e intolerante.
instável, autoritária e niilista.
tatiana leão, no seu blog, que linca pra nós.
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Postado por
Julio Daio Borges
26/6/2008 à 00h13
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