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Quinta-feira,
31/7/2008
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Redação
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O que é o Identi.ca
Identi.ca é um micro-blogging que roda sobre uma plataforma de software livre, cujo principal diferencial é a robustez e a proteção contra quedas do servidor, devido ao uso do protocolo de comunicação OpenMicroBlogging. Identi.ca tem funcionalidades semelhantes ao Twitter, Jaiku, Pownce e Plurk, mas, como não é necessariamente centralizado, tem menos possiblidade de cair por excesso de usuários.
Marcos Gomes, no seu blog, que eu acabei de descobrir.
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Julio Daio Borges
31/7/2008 à 00h45
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Nordeste literário
No dia 04 de agosto, às 18h, o escritor potiguar Nei Leandro de Castro lançará, em Natal, uma nova edição de seu romance O dia das moscas.
Para quem ainda não conhece, Nei Leandro é um dos maiores expoentes da literatura nordestina contemporânea e, sem dúvida, o que mais se destaca no Rio Grande do Norte. Seu romance mais conhecido, As pelejas de Ojuara ― O homem que enfrentou o diabo, foi transformado em filme em 2006 pelo diretor Moacyr Góes e um elenco bem conhecido: Marcos Palmeira, Lúcio Mauro, Flávia Alessandra, Fernanda Paes Leme, Lívia Falcão, Sérgio Mamberti, entre outros.
De formação publicitária, Nei Leandro escreve com muita desenvoltura, aliando o erudito ao popular, algo difícil de manejar em termos estilísticos, diga-se.
Seu traço característico é o humor apimentado. Ao usar o erotismo e o deboche como forma de incitar a reflexão e a crítica, Nei desconstrói regras e denuncia os vícios e costumes de uma sociedade miscigenada e, ao mesmo tempo, única. Longe de reduzir o estilo do autor, mas talvez a expressão "um Jorge Amado mais debochado e pragmático" ajude os leitores a situarem melhor as praias potiguares de Nei Leandro.
O dia das moscas é reeditado pelo selo literário Jovens Escribas e faz parte da programação do II Festival Literário de Natal, que acontecerá de 04 a 08 de agosto na praça de eventos do Natal Shopping. Também integram a programação do Festival as presenças de Fernando Morais, Marcelino Freire, William Douglas e Laurentino Gomes.
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Pilar Fazito
30/7/2008 às 22h39
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Juliette, revista de cinema
Ontem à noite (29/7), no sótão de uma bela casa antiga do centro histórico de Curitiba, foi lançado o número 001 da revista de cinema Juliette. O nome alude à personagem do Marquês de Sade, porque pretende ser tão safadinha quanto sua homônima literária. Safadinha, sim, já que vai ousar cutucar o contexto da produção cinematográfica de Curitiba e do Paraná e falar bem alto coisas que outros só comentam à boca pequena.
Em sua segunda aparição (houve uma edição 000), Juliette traz um artigo sobre duas revistas de cinema publicadas em Curitiba na década de 1970, pela Cinemateca da cidade. E se Juliette não é exatamente a pioneira absoluta, como se achava, é seguramente a primeira independente. Um exemplo de como a categorização pode ser importante para a personalidade de uma jovem revista (o que em marketing a gente chama de posicionamento). E se falo disso aqui e agora, é porque pouco antes de começar a escrever esse texto li no blog da Juliette uma entrevista com o co-editor e documentarista Eduardo Baggio, feita pela editora-chefe Josiane Orvatich. Em determinado momento, eles conversam justamente sobre isso: a relevância de se ter categorias.
Sim, Juliette também é legal porque seus bracinhos abarcam não apenas a edição impressa, mas também o conteúdo do blog e um evento no lançamento de cada número. Para o 001, os editores programaram exibição de filmes e debate sobre o documentarista paraibano Vladimir Carvalho, que mereceu verbete de Glauber Rocha no livro Revolução no Cinema Novo.
Vladimir estreou como co-roteirista e assistente no curta Aruanda, de 1960, do conterrâneo Linduarte Noronha. Foi expoente no Grupo da Paraíba, "importante momento da realização documental no estado em fins da década de 1950 e da próxima", contextualiza o também co-editor Rafael Urban na introdução para a entrevista que realizou com Vladimir — atração principal desta Juliette.
Além de falar sobre sua produção, da atuação entre as Ligas Camponesas durante o Golpe de 1964 e do presente e futuro do cinema documentário brasileiro, nesta entrevista Vladimir conta episódios vividos por ele e que se mesclam com a história do País. Um dos mais impressionantes, talvez, seja o retratado em Conterrâneos Velhos de Guerra, de 1992. Citado por Rafael na entrevista e comentado no debate, o documentário investiga a morte de centenas de operários durante a construção de Brasília. Para tentar desvendar a história escondida atrás da História, Vladimir conversou até com o arquiteto Oscar Niemeyer, que teria aconselhado o documentarista a "deixar essa merda pra lá".
A Juliette 001 traz ainda textos sobre Michael Moore, Brakhage e Pollock, Zé do Caixão e animação no cinema e uma bela arte de Lucía Alvarez. Como você pode ver, ela nasce em Curitiba mas quer abraçar o mundo. Curtinha e faceira, com sua capa pink e estilo zine de produção, pode ser adquirida por módicos R$ 2,00, também para quem não está na capital do Paraná. São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre já contam com ela em alguns pontos de venda. Para saber onde encontrar ou para receber a sua pelo correio, escreva: [email protected].
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Adriana Baggio
30/7/2008 às 16h04
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Blog de Música Clássica
Meu nome é Eric, trabalho com artes há 12 anos, após alguns tristes anos estudando Engenharia. Trabalhei com Teatro, Música pop, Circo contemporâneo, Museu, Dança e hoje me dedico exclusivamente à Música erudita. Acordo Barenboim, calculo Tchaikovsky, almoço Ashkenazy, converso Beethoven e janto Maazel.
Meu filho tem dois anos e eu tenho uma certa culpa de não ter-lhe dado nenhuma instrução musical ainda. Minha mulher estabelece cotas máximas de eventos por mês e já sabe identificar a maioria dos instrumentos (as madeiras ainda a confundem um pouco).
Será que vale mais a pena dedicar o tempo a Mozart do que à contabilidade, trade marketing, processos litigiosos? Eu acho que sim.
O Eric, no seu blog, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
30/7/2008 à 00h56
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TV de alta definição
Dica do Fabinho, cujo blog, claro, linca pra nós.
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Julio Daio Borges
29/7/2008 à 00h51
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Caixa de entrada (?)
A leitura deste post é recomendada para aqueles que conhecem apenas os cookies guardados no armário da cozinha.
Toda semana é a mesma coisa: o gerente Joshua Hertson me avisa por e-mail que meu cadastro no banco está desatualizado, pede meus dados pessoais e número de cartão de crédito, além de me comunicar que, agora, posso usufruir dos serviços completos do banco e desfrutar de sua imperdível linha de crédito de duzentos mil dólares.
Adoro o tom cordial de Joshua, exceto pelo fato de eu nunca ter visitado a Nigéria, nem ter uma conta bancária no Nigeria Savings Bank. Ele deve estar desapontado, nunca respondi tais mensagens, nem cliquei no link para o site do banco.
A internet está entupida de tentativas de phishing scan como esta que, apesar de tola, sempre acaba trazendo algum resultado para o criminoso na outra ponta da rede. De um lado está o estelionatário com milhares de endereços de e-mail ativos e, do outro, alguma pessoa disposta a tudo pelo vil metal. Um e-mail respondido, lucro ilícito auferido.
Já perdi a conta da quantidade de spams semelhantes que recebi: "Recadastre a sua conta do Orkut", "Recadastre a sua conta do Hotmail para evitar a desativação", "Você foi pego na malha fina da Receita Federal", "O Banco do Brasil...".
Bobagem? Apesar da grande maioria dos usuários da internet conhecer as precauções contra spam, vale lembrar que a escalada da criminalidade ― e a cibernética não é diferente ― acompanha o aumento da repressão estatal. Em meados de 2007 recebi um e-mail idêntico ao de um tribunal de justiça para acompanhamento de um processo judicial e quase dei de cara com uma página pronta para varrer o meu computador em busca de informações pessoais. O e-mail era igual ao que eu já recebia: endereço do remetente, imagens no corpo do texto, inclusive a linguagem. Se a tomada não estivesse ao alcance dos meus pés, estaria encrencado.
Ultimamente, os estelionatários têm utilizado mensagens que simulam sites de grande circulação ou de instituições públicas. Fique esperto: o cadastramento nestes sites sempre é feito diretamente na homepage, via de regra com o envio de apenas um e-mail para ativação da conta e, no caso das instituições públicas como bancos, órgãos da justiça e receita federal, o contato por e-mail só é realizado em casos raros, como cadastro para acompanhamento processual. E o detalhe mais importante: sites e órgãos públicos não enviam arquivos anexos em hipótese nenhuma.
Pronto! Agora você pode correr até o armário da cozinha e pegar um cookie sem vírus...
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Vicente Escudero
28/7/2008 às 09h54
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Sobre produtividade
* stress é o oposto de produtividade, mas nós amamos o stress;
* ser "multitarefa" não é bom, é ruim; prefira concentração;
* foque em poucas coisas, lembre-se sempre dos seus objetivos;
* cuidado com "informação em excesso"; você não precisa ler tudo o que recebe;
* informações importantes "virão" até você;
* o contato presencial às vezes pode ajudar;
* e o mais importante é o equilíbrio.
Miguel Cavalcanti, no seu blog, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
28/7/2008 à 00h44
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Não vamos falar da dor
Antonino Mata é um imigrante cabo-verdiano que vive na região de Valmares, ao sul de Portugal. O antigo país colonizador, às vésperas do século XXI, ainda se divide entre a modernidade européia e as heranças de antigos preconceitos e tradições. O viúvo moço, assim como os outros 18 integrantes da sua família, vive na antiga fábrica de conservas da família Leandro. O arrendamento da propriedade permitiu aos Mata trocarem o bairro pobre dos negros imigrantes por um local mais nobre, onde desfrutam o luxo máximo da água corrente e abundante saindo das torneiras. Antonino, um dos filhos da líder do clã, Felícia Mata, movimenta gruas em uma grande obra e, apesar do perigo, gosta quando o vento assobia lá em cima.
Um perigo quiçá tão grande quanto a relação que Antonino estabelece com Milene Leandro. Tudo começa quando Regina, a avó da moça, foge de uma ambulância e decide ir morrer às portas da antiga fábrica. Milene, a única a permanecer na cidade durante um grande feriado de verão, enterra a avó sozinha e tenta seguir os passos dos seus últimos momentos de vida. Na tentativa de desvendar esse mistério, conhece Antonino e os Mata e com eles estabelece uma relação muito mais calorosa e autêntica do que a que tem com sua família.
Mesmo a edição brasileira de O vento assobiando nas gruas (Record, 2008, 496 págs.), da escritora portuguesa Lídia Jorge, mantém o idioma original. Isso e mais a forma sutil com que é escrito faz o leitor demorar um pouco a perceber as peculiaridades da personalidade de Milene. Não sabemos se a fragilidade e confusão mostradas nas páginas iniciais são fruto do choque pela morte da avó, do peso da responsabilidade de organizar seu enterro sozinha, da tristeza de perder alguém tão querido. Ou se nos confundimos porque, apesar de contemporânea, a história indica traços de um Portugal ainda atrasado em relação a outros países europeus.
Como Lídia Jorge não revela nada explicitamente, só no decorrer do livro vamos percebendo que Milene é diferente. Sua simplicidade de origem biológica encontra eco na simplicidade cultural dos Mata. O instinto natural da moça conversa com o conhecimento e a sabedoria de vida que a família cabo-verdiana traz consigo há gerações. E quando o instinto de Milene a leva a se apaixonar por Antonino, o aprendizado histórico dos Mata os faz intuir os problemas que a ligação entre um negro pobre e uma branca rica podem representar neste Portugal ainda arcaico.
Verão, outono, inverno, primavera. Enquanto a natureza renasce, algo se perde. As estações se sucedem e o clima, assim como a geografia, a descrição das estradas, das roupas, das casas, servem não só de pano de fundo mas de contraponto para os acontecimentos que se dão entre essas duas famílias. Por isso, Lídia Jorge não economiza ao nos apresentar as dunas, o nevoeiro, o brilho infernal dos casebres de lata ao sol quente de verão, a chuva, as saias curtas de uma Milene com 30 anos de idade e jeito de menina.
Ao longo de quase 500 páginas, demoramos para entender exatamente o que está acontecendo, apesar da apreensão que vamos sentindo. Porque os crimes cometidos neste livro também não são fáceis de serem compreendidos, ou de serem digeridos. Sábia é Milene, que com sua maneira própria de ver e viver as complexidades do mundo, diz sempre a Antonino: "não vamos falar da dor".
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Adriana Baggio
25/7/2008 às 22h02
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poesiafora
Ricardo Silveira, no seu blog, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
25/7/2008 à 00h21
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Alma Nua
Aluga-se um corpo.
Três décadas de uso.
Bom estado de conservação.
Requer poucos reparos.
Ideal para efemeridades.
Acompanha perfume,
lingeries e desejos.
Prazer garantido.
Sigilo total.
Oportunidade única.
Aluga-se um corpo.
Porém, vazio.
Sem rosto.
Sem alma.
E sem coração.
Rosane Lima, no seu blog, que linca pra nós.
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Postado por
Julio Daio Borges
24/7/2008 à 00h49
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