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Quinta-feira,
17/7/2008
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Redação
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distracção: a morte do artista
distraí-me um minuto
e já se escondeu a nuvem
cujas formas eu vinha contemplando.
um gajo não se pode distrair
nem um segundo.
Azia, no seu blog, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
17/7/2008 à 00h54
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Sete vezes Almodóvar
Pedro Almodóvar faz parte de uma seleta lista de cineastas que ainda em vida conseguiram virar verbete na história do cinema. Não apenas pela incrível fotografia de seus filmes, de cores inconfundivelmente vibrantes, mas principalmente por conta do jeito peculiar de ver as relações humanas.
Trafegando entre a comédia e o drama, Almodóvar conseguiu, ao longo de sua já extensa filmografia (que conta com 16 longas), criar um universo cinematográfico único, em que temas como homossexualismo, infância, maternidade e desejo ganham contornos próprios e sofisticados através de suas lentes.
Nascido em 1949, na pequena Calzada de Calatrava, Almodóvar mudou para Madri no fim dos anos 1970, aos 16 anos, com o objetivo de estudar cinema. Por conta da tumultuada situação política que o país vivia, com o fechamento da escola de cinema da Espanha, restou-lhe a prática, que exercitava fazendo curtas-metragens nas horas vagas de seu emprego formal na companhia telefônica nacional. O sonho de se tornar cineasta começou a ganhar forma quando Almodóvar se envolveu com a chamada Movida, um movimento de contracultura que agitou a capital espanhola entre o fim da ditadura franquista e o início do período democrático.
Um pedaço importante da história cinematográfica de Almodóvar, que se inicia oficialmente em 1980, com Pepi, Luci, Bom y Otras Chicas del Montón, pode ser conferido no canal Telecine Cult entre os dias 21 e 27 de julho. A mostra Cores de Almodóvar apresenta sete filmes e faz um bom panorama da obra do cineasta espanhol, mesclando longas do início da carreira (Maus hábitos, 1983), a trabalhos mais atuais (Volver, 2006). A seleção privilegia filmes da primeira fase do cineasta, como O que fiz para merecer isso? (1984) e A lei do desejo (1987), em que Almodóvar começa burilar e dar consistência aos elementos que se tornariam marcas de sua obra, como a crítica à família tradicional espanhola e o retrato peculiar das mulheres. Aliás, a mostra é também uma boa oportunidade para conferir outra característica bem conhecida do diretor: as suas atrizes-fetiche. Carmen Maura, a atriz que estrelou sete de seus filmes, está em quatro longas-metragens da programação, incluindo Mulheres à beira de um ataque de nervos (1988), uma comédia amalucada que colocou o diretor no cenário dos grandes realizadores. Já Penélope Cruz, outra figura marcante de Almodóvar, pode ser conferida em Volver. O único senão da seleção é a ausência de Tudo sobre minha mãe (1999) e Fale com ela (2002), as duas obras-primas do diretor, essenciais para quem quer conhecer o estilo "almodovariano".
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Luiz Rebinski Junior
16/7/2008 às 19h07
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Dos bons livros (e escritores)
"Todos os bons livros assemelham-se no facto de serem mais verdadeiros do que se tivessem acontecido realmente, e que, terminada a leitura de um deles, sentimos que tudo aquilo nos aconteceu mesmo, que agora nos pertencem o bem e o mal, o êxtase, o remorso e a mágoa, as pessoas e os lugares e o tempo que fez. Se conseguires dar essa sensação às pessoas, então és um bom escritor."
Hemingway, em português de Portugal, no Transcendentalismo, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
16/7/2008 à 00h14
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Machado em exposição
Depois da Flip, agora é a vez do Museu da Língua Portuguesa prestar sua homenagem ao escritor Machado de Assis, que, recentemente, foi tema, também, de um especial neste Digestivo, ocasião em que o colunista Daniel Lopes, entre outros, afirmou não ter lá tanto apreço pelo celebrado Bruxo do Cosme Velho. Pois na exposição Machado de Assis, mas este capítulo não é sério ele teria mais motivos para não gostar do autor e de sua obra. Muito embora a intenção seja, como o próprio nome sugere, mostrar um Machado de Assis menos sisudo e mais íntimo, o resultado acaba por desqualificar essa proposta.
A razão para tanto é (aparentemente) simples: a mostra comete o equívoco de confundir aspectos visuais com elementos verdadeiramente consistentes no que se refere ao universo Machadiano. Nesse sentido, existe, de um lado, a preocupação na disposição dos objetos que, de uma forma ou de outra, pertencem ao ideal de um escritor, tais como livros, manuscritos, estantes. Por outro, nota-se a tentativa de recriar um ambiente mais próximo de Machado de Assis, e daí entram em cena os documentos pessoais e as imagens, com caricaturas e fotos.
Situada em apenas um andar (pavimento) do Museu da Língua, tanta parafernália não dá, em primeiro lugar, espaço para o público se movimentar adequadamente. Em segundo, falta conteúdo efetivamente explicativo sobre Machado de Assis. As poucas palavras dispostas na parede não dão conta do escritor, assim como os guias educativos, que, ainda nesta terça-feira, dia em que a exposição abre para o público, eram instruídos sobre o que falar acerca do autor de Memórias Póstumas de Brás Cubas. Em terceiro e último lugar (até porque a exposição é breve), ao mesmo tempo em que falta substância, sobra espaço para as leituras de Machado de Assis feitas por personalidades.
Como é de costume na sociedade do espetáculo, não basta ser, tem de parecer-ser. Nesse caso, não basta ter leitura dos textos machadianos, mas tem de apresentar personalidades nessa função. Assim, há espaço para nomes como Xico Sá, Zé Celso e até Malu Mader. E o visitante fica sem saber muito bem por que esses nomes foram escolhidos. Ao fim e ao cabo, todo esse desleixo pode ser deixado lado se se lembrar que a mostra é um capítulo que não é sério.
Nota do Editor
Leia também "No Museu da Língua falta o livro" e "Guimarães Rosa no Museu da Língua Portuguesa".
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Fabio Silvestre Cardoso
15/7/2008 às 12h41
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David Lynch em BH
No dia 06 de agosto de 2008, às 10h45, o cineasta norte-americano David Lynch estará presente no auditório da reitoria da UFMG, em Belo Horizonte, participando de um ciclo de conferências.
O diretor de O homem elefante, O veludo azul e Coração selvagem, dentre outros, fará parte de um debate sobre "consciência e processo criativo" com os professores Heitor Capuzzo e Maria Esther Maciel.
Chega a ser engraçado, senão bizarro, que a UFMG ofereça uma oportunidade dessas ao público mineiro, já que até hoje o seu curso de cinema não saiu do papel. Mas numa capital em que o único curso superior de cinema ― de uma faculdade particular, diga-se ― ainda não formou a primeira turma e nem foi capaz de trazer um cineasta desse quilate para a interlocução com interessados e profissionais, toda ação nesse sentido, mesmo que pela metade, é muito bem vinda.
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Pilar Fazito
15/7/2008 às 09h06
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Loucos sistemas de blogs
O WordPress possui o melhor editor de texto, com opção de post privado e de edição de data, e tem a coleção de templates grátis não customizável mais horrorosa da Web. Para modificar tem que pagar. O Blogspot, dizem, "é o melhor sistema de blogs gratuitos da Web", mas tem um painel de edição que, putz, não dá. O Zip.net é customizável, o caramba a quatro, mas caiu em "desgosto popular meu". Cansei. Sem contar que, no Zip.net, ou se faz realmente um template decente ou se conta com alguns modelos também grátis, piores que os do WordPress. E ando com uma preguiça pra fazer layouts... Preguiça e um PC tartaruga. O que acaba tirando mais onda com a preguiça, ainda. Quero um iMac. Pronto, me rendi. Não trava, não tem assistência técnica, e ainda cabe tudo numa tela. Quer coisa mais pontual?
Ana Peluso, no seu novo blog.
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Julio Daio Borges
15/7/2008 à 00h47
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Mãos ao alto, leitor!
A Web tupiniquim está em polvorosa. Na semana passada a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou o Substitutivo aos projetos de lei 137/2000 e 76/2000, do Senado, e 89/2003, da Câmara, que trata da tipificação penal de condutas praticadas através da internet.
Nada de novo. Há tempos o Congresso Nacional vem debatendo o tema com certa cautela, mas sem a participação do maior interessado: você, leitor. Imagine que os líderes dos partidos consentiram com a resolução que proibiu a campanha política através da internet e você terá um esboço da qualidade da lei que está em gestação. Os pontos mais controvertidos são a tentativa envergonhada de criminalizar a transmissão de arquivos protegidos por direitos autorais e a atribuição de poderes policiais aos provedores de acesso.
A primeira idéia já é antiga e vem tomando corpo desde o começo da enxurrada no mercado nacional de produtos piratas chineses. A ineficácia das medidas policiais e dos "rapas" nos locais de venda de produtos pirateados acabou mudando o foco da repressão para o lado mais fraco da questão: o usuário da internet. O rigor da lei com o internauta que mantém material protegido por direito autoral sem autorização é tamanho que a pena cominada impede a concessão dos benefícios da transação penal e da suspensão do processo. O perigosíssimo internauta vai ter que prestar serviços comunitários! Já em relação aos poderes policiais dos provedores, estes deverão manter os históricos de navegação dos últimos três anos de todos os seus usuários, além de terem a obrigação de informar a polícia sobre eventuais práticas de crimes pela rede. A última obrigação não é nova no direito penal nacional, já existia na obrigação do médico notificar determinadas doenças a determinados órgãos públicos. A desproporção na utilização do instituto é patente: equipara-se download de músicas com o risco de uma epidemia. Enfatize-se: nada de novo para o país que prende o autor de um furto num supermercado e liberta os investidores do dinheiro público.
As medidas mais eficazes no combate aos crimes praticados pela internet passam pela agilização do inquérito policial, através de procedimentos que facilitem o recebimento de informações pela polícia, e pelo endurecimento com o mercado clandestino de bancos de dados. Legislar além destes temas, no atual estado de desenvolvimento da internet, é intimidar o usuário.
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Vicente Escudero
14/7/2008 às 02h13
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Jabá é sempre jabá
Gente já vendeu sua alma, sua irmã, seu irmão, fantasmas em jarros, seu nome, o filho da vizinha. Estou apenas vendendo o espaço aqui deste blog. Sim, este mísero espaço, onde não tenho o menor compromisso com a verdade, com a ética nem com os bons costumes. Claro! Sem dizer que também não tenho compromisso com a gramática nem com a língua portuguesa, então se forem me citar, por favor não percam tempo enchendo o texto de "sic". Nego nem sabe o que é sic.
Sim, sou um Blogueiro de Aluguel, minha opinião tem preço? Claro que tem! Tudo na vida tem um preço, afinal o fim do mês está ai e todos nós precisamos pagar a conta do Carrefour. Sim, eu adoro receber presentes, como eu disse, só reclama do Jabá quem tá de fora. Mochila, casaco, refrigerante, cesta de natal, iPod, relógio. Jabá é sempre jabá.
Pois então, o jabazeiro clássico é oportunista. Uns vão para Cannes, outros vão para área VIP de shows, outros ganham bloquinhos, outros vão em pré-estreia, outros aceitam patrocínio da lei de incentivo à cultura. Tudo isso é Jabá, menos ou mais institucionalizado. (Me senti o lendário Lobão escrevendo este parágrafo).
Minha alma eu já vendi, uns 20 anos atrás, em troca de um Atari. Mas agora ando precisando de uma TV LCD, um Nintento Wii, um GM Prisma, ingressos para a pré-estreia de Cavaleiro das Trevas, alguns filmes em DVD, ingressos para shows bacanas e uma geladeira USB.
Canetas, bottoms, mousepads, notebooks tambem são aceitos.
Blogueiro de Aluguel, no Blog de Aluguel, que acaba de inaugurar.
Nota do Editor
Leia também "Sobre o Jabá"
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Julio Daio Borges
11/7/2008 à 00h48
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nosso futuro comum
Somos dependentes da natureza. Nossos corações batem porque um ser vivo na Terra aprisona a luz do sol. O oxigênio de nossos pulmões vem de microsseres dos oceanos. Sem as abelhas, não teríamos comida.
Por que então tanta falta de amor pela natureza, tanta destruição, tanta arrogância?
Este site busca ajudar as pessoas a encontrar respostas para uma série de dúvidas sobre o que está acontecendo no mundo hoje. Através de trabalhos que colaboram para encontrarmos nosso destino de harmonia e paz entre todas as outras formas de vida, entre nós e o planeta.
Algo que nunca fizemos, mas que agora é urgente fazermos.
Hugo Penteado, inaugurando seu blog e me avisando por e-mail.
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Julio Daio Borges
10/7/2008 à 00h00
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Sexpedia
Não sou sexóloga, nem tenho qualquer tipo de especialização acadêmica no assunto, mas como temas relacionados a sexo estão presentes na maioria das minhas sugestões de pauta e matérias (não sou nenhuma maníaca, juro, é curiosidade jornalística-científica pura), o pessoal da redação me incentivou a criar um blog para trocar idéias sobre meu assunto predileto e ajudar a buscar as respostas para dúvidas de todos os interessados em melhorar a vida sexual. Adorei! Um espaço só para falar sobre sexo, em horário de trabalho e com o aval do chefe? Irrecusável.
Fernanda Colavitti, no seu blog, uma indicação do Alexandre Maron.
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Julio Daio Borges
9/7/2008 à 00h23
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Julio Daio Borges
Editor
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