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Quarta-feira,
6/8/2008
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Redação
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Usabilidade para criancinhas
Meu filho de 4 anos sabe clicar faz tempo e sabe, inclusive, que o nome de clicar é clicar. A palavra é fácil para ele, que tem aquela dicção do Cebolinha. (A cadela Cofap daqui de casa se chama Lira, mas meio bairro pensa que ela se chama Lila). Ele sabe o que é e pra que serve o cursor. Identifica os ícones do Word com as ações respectivas, especialmente a tesourinha (um dos "brinquedos" preferidos na vida real). Mas ele gosta mesmo é de carrinhos Hot Wheels. "No meu tempo", existiam os Matchbox, mas eram caros e a gente os chamava de "carrinhos de ferro". Hoje em dia o barato são os Hot Wheels, espécie de grife dos "carrinhos de ferro", contra a concorrência (os velhos Maisto). (Lembro até hoje, com carinho, de dar uma réplica maiorzinha de presente para um amigo, era uma BMW cor de vinho). E meu filho de 4 anos pediu que eu entrasse no site da Hot Wheels. Em parte ele navegou, em parte, eu. "Mãe, olha só esses carros correndo!". O que para mim é chato (aquela animação pesada em Flash), para ele funcionou bem. O próximo clique levava a outra página em Flash. Tenho de clicar a seta que aparece na minha máquina. Carregando. Uma tarja de fogo aparece para me avisar do status do carregamento. Da primeira vez o garotinho achou legal. "Mãe, olha o fogo!". Da segunda vez (que foi logo), ele disse: "Aquele fogo de novo?". É, de novo e de novo e de novo. Até que chegamos a um mapa-múndi. Perguntei a ele se sabia o que era aquele desenho. Ele não sabia, mas tinha dificuldade de admitir (desde cedo). Falei pra ele que aquilo era o desenho do mundo. E mostrei onde estávamos nós no mapa (o Brasil). "Aqui, ó, este desenho aqui é o Brasil". Ele ficou encantado (ainda mais quando passei o cursor por cima da arpa e o país se iluminou de amarelo). O guri pensou um pouco, com os olhos arregalados, e disse: "Olha, mãe, o Brasil parece um cara carregando uma vaca!". Assenti, porque é melhor não contrariar. Coisas que as crianças vêem e a gente deixou de ver.
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Ana Elisa Ribeiro
6/8/2008 às 23h53
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Cheech & Chong reloaded
A dupla de comediantes Cheech & Chong anunciou que está preparando uma nova turnê (ainda sem data de estréia), a primeira depois de 25 anos. Difícil a bagaça chegar por aqui, mas o barato é que também está nos planos o lançamento de um novo filme. A dupla alcançou a fama nos anos 70 e 80 com seus personagens, hippies politicamente incorretos, que falavam frases antológicas como "salvem as baleias, mas matem as focas". Nos últimos tempos, Chong interpretou o papel do maluco Leo Chingwake na série That 70's Show, enquanto Cheech vem atuando em inúmeros filmes de Robert Rodriguez, como El Mariachi. No vídeo [acima] está uma cena de Up in Smoke, primeiro filme da dupla, que já realizou 10 longas e tem 10 álbuns gravados.
Cesar Ribeiro, no seu blog, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
6/8/2008 à 00h56
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O Livro, o Prisma e a Retina
Ah, os livros. Tenho uma porção deles, posso garantir. Não leio tanto quanto gostaria, mas leio em todos os momentos que o tempo me permite, e quando o silêncio parece colaborar comigo.
O livro que leio tem de significar um desafio, caso contrário torna-se tedioso pra mim. Gosto dos "livros difíceis", das "palavras complicadas". Livros banais, tratando das coisas cotidianas são fastiosos, pois de banal e cotidiano já basta a minha vida.
Os livros nos apresentam diferentes prismas de uma mesma realidade, nos mostrando a retina sob o qual determinado autor enxergava a árvore que agora contemplamos. Há espíritos diminutos, que pouco se desenvolveram e pouco nos têm a mostrar através de seu olhar, e há os espíritos abissais, onde o pensamento se dilata como um universo em constante expansão. E são estes últimos a quem procuro.(...)
Ivan Barthel, no seu blog, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
5/8/2008 à 00h49
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O grande livro do jornalismo
O crescente interesse do mercado editorial brasileiro pelo chamado jornalismo literário continua rendendo boas edições. A última delas é uma compilação de textos publicados na imprensa internacional ― principalmente Inglaterra e Estados Unidos ― em diferentes períodos dos séculos XIX, XX e XXI. Além do nome pomposo, O grande livro do jornalismo (José Olympio, 2008, 378 págs.) chama a atenção pelo caráter histórico e pela qualidade literária dos 55 textos curtos, escritos por gente do quilate de John Steinbeck e George Orwell. Muito antes da turma de Capote e Gay Talese reivindicar a paternidade do jornalismo literário, escritores consagrados ― ou apenas iniciantes à época ― já colocavam a boa prosa a serviço do jornalismo factual. Daí que a união de elementos literários com temas jornalísticos teve o seu debute muito antes do new journalism norte-americano, que foi, talvez, o período de maior visibilidade do jornalismo com requintes literários.
Os registros de guerra certamente fazem parte do começo desse flerte entre literatura e jornalismo. De John Hersey, com seu famoso registro pós-bomba atômica (Hiroshima), a Robert Fisk, que cobriu conflitos no Oriente Médio para jornais ingleses, os temas bélicos povoam grande parte de O grande livro do jornalismo. Mas há espaço para perfis fabulosos, como o escrito por John Gunther, que analisa em detalhes a personalidade de um Hitler ainda em plena atividade, e fatos históricos, como o assassinato de John Kennedy e o julgamento de nazistas em Nuremberg. E como para a boa literatura não existe tema ruim, não surpreende o emocionante relato em primeira pessoa do ― ainda ― correspondente de guerra Winston Churchill, sobre a sua fuga de uma prisão da África do Sul, em 1900. Mais do que pautas assinadas por escritores que ganhavam a vida como jornalistas, os relatos do livro são verdadeiras peças literárias, que, por conta do talento de seus autores, transcendem ao relato frio e preguiçoso das pautas dos jornais diários. Textos que trafegam na tênue linha entre o ficcional e o factual e que mostram como o jornalismo diário pode ser inteligente e saboroso.
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Luiz Rebinski Junior
4/8/2008 às 19h39
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Hipnose
Do uma síndrome estrangeira, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
4/8/2008 à 00h42
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Com a palavra, Ronald Rios
Ronald Rios, uma dica do Wagner "Cocadaboa" Martins.
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Julio Daio Borges
1/8/2008 à 00h56
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O que é o Identi.ca
Identi.ca é um micro-blogging que roda sobre uma plataforma de software livre, cujo principal diferencial é a robustez e a proteção contra quedas do servidor, devido ao uso do protocolo de comunicação OpenMicroBlogging. Identi.ca tem funcionalidades semelhantes ao Twitter, Jaiku, Pownce e Plurk, mas, como não é necessariamente centralizado, tem menos possiblidade de cair por excesso de usuários.
Marcos Gomes, no seu blog, que eu acabei de descobrir.
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Julio Daio Borges
31/7/2008 à 00h45
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Nordeste literário
No dia 04 de agosto, às 18h, o escritor potiguar Nei Leandro de Castro lançará, em Natal, uma nova edição de seu romance O dia das moscas.
Para quem ainda não conhece, Nei Leandro é um dos maiores expoentes da literatura nordestina contemporânea e, sem dúvida, o que mais se destaca no Rio Grande do Norte. Seu romance mais conhecido, As pelejas de Ojuara ― O homem que enfrentou o diabo, foi transformado em filme em 2006 pelo diretor Moacyr Góes e um elenco bem conhecido: Marcos Palmeira, Lúcio Mauro, Flávia Alessandra, Fernanda Paes Leme, Lívia Falcão, Sérgio Mamberti, entre outros.
De formação publicitária, Nei Leandro escreve com muita desenvoltura, aliando o erudito ao popular, algo difícil de manejar em termos estilísticos, diga-se.
Seu traço característico é o humor apimentado. Ao usar o erotismo e o deboche como forma de incitar a reflexão e a crítica, Nei desconstrói regras e denuncia os vícios e costumes de uma sociedade miscigenada e, ao mesmo tempo, única. Longe de reduzir o estilo do autor, mas talvez a expressão "um Jorge Amado mais debochado e pragmático" ajude os leitores a situarem melhor as praias potiguares de Nei Leandro.
O dia das moscas é reeditado pelo selo literário Jovens Escribas e faz parte da programação do II Festival Literário de Natal, que acontecerá de 04 a 08 de agosto na praça de eventos do Natal Shopping. Também integram a programação do Festival as presenças de Fernando Morais, Marcelino Freire, William Douglas e Laurentino Gomes.
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Pilar Fazito
30/7/2008 às 22h39
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Juliette, revista de cinema
Ontem à noite (29/7), no sótão de uma bela casa antiga do centro histórico de Curitiba, foi lançado o número 001 da revista de cinema Juliette. O nome alude à personagem do Marquês de Sade, porque pretende ser tão safadinha quanto sua homônima literária. Safadinha, sim, já que vai ousar cutucar o contexto da produção cinematográfica de Curitiba e do Paraná e falar bem alto coisas que outros só comentam à boca pequena.
Em sua segunda aparição (houve uma edição 000), Juliette traz um artigo sobre duas revistas de cinema publicadas em Curitiba na década de 1970, pela Cinemateca da cidade. E se Juliette não é exatamente a pioneira absoluta, como se achava, é seguramente a primeira independente. Um exemplo de como a categorização pode ser importante para a personalidade de uma jovem revista (o que em marketing a gente chama de posicionamento). E se falo disso aqui e agora, é porque pouco antes de começar a escrever esse texto li no blog da Juliette uma entrevista com o co-editor e documentarista Eduardo Baggio, feita pela editora-chefe Josiane Orvatich. Em determinado momento, eles conversam justamente sobre isso: a relevância de se ter categorias.
Sim, Juliette também é legal porque seus bracinhos abarcam não apenas a edição impressa, mas também o conteúdo do blog e um evento no lançamento de cada número. Para o 001, os editores programaram exibição de filmes e debate sobre o documentarista paraibano Vladimir Carvalho, que mereceu verbete de Glauber Rocha no livro Revolução no Cinema Novo.
Vladimir estreou como co-roteirista e assistente no curta Aruanda, de 1960, do conterrâneo Linduarte Noronha. Foi expoente no Grupo da Paraíba, "importante momento da realização documental no estado em fins da década de 1950 e da próxima", contextualiza o também co-editor Rafael Urban na introdução para a entrevista que realizou com Vladimir — atração principal desta Juliette.
Além de falar sobre sua produção, da atuação entre as Ligas Camponesas durante o Golpe de 1964 e do presente e futuro do cinema documentário brasileiro, nesta entrevista Vladimir conta episódios vividos por ele e que se mesclam com a história do País. Um dos mais impressionantes, talvez, seja o retratado em Conterrâneos Velhos de Guerra, de 1992. Citado por Rafael na entrevista e comentado no debate, o documentário investiga a morte de centenas de operários durante a construção de Brasília. Para tentar desvendar a história escondida atrás da História, Vladimir conversou até com o arquiteto Oscar Niemeyer, que teria aconselhado o documentarista a "deixar essa merda pra lá".
A Juliette 001 traz ainda textos sobre Michael Moore, Brakhage e Pollock, Zé do Caixão e animação no cinema e uma bela arte de Lucía Alvarez. Como você pode ver, ela nasce em Curitiba mas quer abraçar o mundo. Curtinha e faceira, com sua capa pink e estilo zine de produção, pode ser adquirida por módicos R$ 2,00, também para quem não está na capital do Paraná. São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre já contam com ela em alguns pontos de venda. Para saber onde encontrar ou para receber a sua pelo correio, escreva: [email protected].
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Adriana Baggio
30/7/2008 às 16h04
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Blog de Música Clássica
Meu nome é Eric, trabalho com artes há 12 anos, após alguns tristes anos estudando Engenharia. Trabalhei com Teatro, Música pop, Circo contemporâneo, Museu, Dança e hoje me dedico exclusivamente à Música erudita. Acordo Barenboim, calculo Tchaikovsky, almoço Ashkenazy, converso Beethoven e janto Maazel.
Meu filho tem dois anos e eu tenho uma certa culpa de não ter-lhe dado nenhuma instrução musical ainda. Minha mulher estabelece cotas máximas de eventos por mês e já sabe identificar a maioria dos instrumentos (as madeiras ainda a confundem um pouco).
Será que vale mais a pena dedicar o tempo a Mozart do que à contabilidade, trade marketing, processos litigiosos? Eu acho que sim.
O Eric, no seu blog, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
30/7/2008 à 00h56
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Julio Daio Borges
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