Trabalho em grupo, você começa a fazer na primeira série, e vai até o final da sua vida. Mesmo assim, sempre tem um cidadão que não sabe lidar com trabalho em grupo. As figuras típicas, geralmente, são:
* O nerd, que faz tudo o que você não sabe fazer (e muito menos quer saber como fazer); afinal, ele é nerd: tá lá pra isso.
* O finge-que-sabe, mas não sabe coisa nenhuma (apesar de ter um bom discurso).
* O boa-pinta, que cede casa, a comida e a bebida, e tem uma ligeira participação no trabalho braçal (mas ninguém vai reclamar, afinal, ele cedeu casa, comida, bebida...).
* O confete, que mais pula, grita e bagunça do que faz alguma coisa.
* O criativo, com boas idéias e propostas. (Alternando-se com o confete, mas para melhor: já que, de fato, faz o trabalho.)
* O mala, que não faz coisa nenhuma (sequer se encaixa na classificação confete): é um chato, é o que sobra, o cream cracker (da cesta de café da manhã que sua mãe ganhou).
"Não estamos sentindo o cheiro da decomposição divina? Deus está morto! Deus continua morto! E fomos nós que o matamos! Como nos consolaremos, nós, os asassinos dos assassinos! [...] Não nos forçamos a nos tornar nós mesmos deuses? [...] Jamais houve ação mais grandiosa, e aqueles que nascerão depois de nós pertencerão, por causa dessa ação, a uma história mais elevada que toda a história anterior! [...] Esse acontecimento enorme ainda está a caminho, ele anda, e não chegou ainda às orelhas dos homens. É preciso dar tempo ao relâmpago e ao trovão, é preciso dar tempo à luz dos astros, é preciso dar tempo às ações, mesmo quando elas estão feitas, para que sejam vistas e ouvidas."
O professor australiano Gunther Kress, atualmente em ação na Universidade de Londres, veio à Faculdade de Educação (e à de Letras) da UFMG falar sobre multimodalidade. Basicamente, ele aborda o letramento e a leitura de imagens, e não apenas de um jeito simpático e bem-humorado, mas propondo questões que deixam a gente com a cuca quente. Quando sai fumacinha é porque funcionou. Ele mostra coisas legais no PowerPoint que ele traz e sugere um jeito bacana de a gente pensar em como se dá o processo de leitura, inclusive cognitivamente.
Kress trabalha muito em parceria com Theo Van Leeuwen, ambos em projetos semelhantes, que incluem a leitura de jornais impressos e de sites. Vou saber se Van Leeuwen é simpático em setembro, quando ele vai a Recife falar sobre... multimodalidade.
Esses australianos estão batendo os recordes de simpatia, mas se não escrevessem em inglês, talvez não estivessem onde estão. Escrever em português é como brincar de esconde-esconde.
A internet tem sido uma bênção, não só para a música erudita, mas para qualquer pessoa que se interesse por cultura em geral. Graças ao avanço tecnológico, estamos na iminência de ter digitalizado todo o patrimônio cultural da humanidade: fonogramas, fotos, vídeos, textos.
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A internet não atrapalha, não ― e ajuda um montão. Com relação a meu início de carreira, a internet deixa o acesso à informação muito mais fácil e rápido. A gente não tem mais desculpa para ser desinformado, ou para escrever besteira ― estamos a um clique dos compositores e intérpretes sobre os quais devemos escrever.
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Eu respondo a todo mundo que me procura no Orkut. Quem mais aparece por lá é gente que me viu na televisão, como jurado de Prelúdio, o programa de calouros de música clássica da TV Cultura. Quanto ao leitor de jornal, das duas, uma: ou ele não está no Orkut, ou ele não se importa muito comigo...
Os prazeres de criar e de fruir arte são velhos conhecidos do homem. Fazer arte, além de prazer, é trabalho.
Mas há outros trabalhos relacionados com a arte e entretenimento, que, representando estimados 4 a 5% do PIB nacional em 2007, reúnem contadores, advogados, jornalistas, publicitários, todos vocacionados para atuação junto ao que se chama a Indústria da Cultura.
Este espaço se presta a discussões sobre esses temas e profissionais.(...)
Carolina de Castro Wanderley, sobre o seu blog, que linca pra nós.
Ele é bonitinho, ao menos trato-o com carinho. Há uma preocupação estética, embora esta não seja a única. Os textos são escritos com cuidado e o conteúdo chega a ser cultural (não? Literatura, cinema, fotografia, claro, com um pouco de entretenimento).
Porém, nada é o bastante. Nunca foi! Em quase 6 anos como blogueira tive no máximo uns 15 leitores (jamais ao mesmo tempo, que fique claro), todos amigos. Muitos elogiaram, por sinal, grande parte dos posts e, ainda assim, o contador continua parado...
Na maior parte do tempo, não me importo, acho até bom. Todavia, quando minha auto-estima está a sete palmos, confesso, dá uma certa tristeza. Uma sensação de incapacidade. Demora um pouco para voltar ao raciocínio de que este é o MEU Universo Particular. Um presente para mim mesma. Turistas não deveriam (se quer) ser esperados.