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Terça-feira,
4/11/2008
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Redação
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Como parei de fumar
Lembro como se fosse hoje o dia em que parei de fumar. Isto faz mais de 10 anos. Não me tornei uma ex-fumante chata, mas minha comadre de dizia que só faltava agora virar budista e parar de comer carne. Hehehe! Até que parei de comer tanta carne e ainda não me tornei budista. Bem, o objetivo começou a ficar claro, para mim, quando cheguei à conclusão de que só estava tendo respostas nada convincentes para o meu, vamos dizer, problema. Comecei por me perguntar: "Para que estou fumando?". E as respostas não eram variadas. Eram do tipo: "Para relaxar"; "Para não me sentir sozinha"; "Para não engordar". Caramba! Não acreditei que só essas três respostas estavam sustentando um vício que estava me deixando mal comigo mesma. E todos os dias me fazia a mesma pergunta, e comecei "a me observar"... Sabe como é? Então: qual é a hora em que mais gosto de fumar? Eu me perguntava... A resposta vinha de imediato: "Depois do almoço, logo após um cafézinho". Então lá ia eu fumar na escada, porque meus filhos pediam para que eu não fumasse dentro de casa. Ficava lá, "curtindo o veneno"... Todo dia depois do almoço. Depois passei a negociar comigo mesma... Com o dinheiro do cigarro posso comprar mais livros. Vou ficar mais cheirosa, meus cabelos nunca mais vão ficar fedorentos. Minhas roupas vão ter perfume de roupa limpa e não de "defumada". O que fiz, na verdade, foi um autoconvencimento. E me senti desafiada a achar outras respostas para o meu próprio bem-estar. Finalmente consegui ficar de bem comigo mesma. Porque antes, com certeza, estava "de mal". E hoje ainda devo ter restos de fumo no organismo... mas tenho um imenso orgulho de ter vencido essa parada. Tenho, sim.(...)
Anny, no seu blog, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
4/11/2008 à 00h18
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12 ways to upgrade your life
Empty your email inbox
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Make your to-do list doable
Turn tasks into gameplay
Search the Web in three keystrokes
Securely save web site passwords
Become a scheduling black belt
Automatically back up your files
Remote-control your home computer
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Have your Mac and Windows too
Gina Trapani, em Upgrade Your Life: The Lifehacker Guide to Working Smarter, Faster, Better, porque o meu Lifehacker está chegando...
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Julio Daio Borges
3/11/2008 à 00h59
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Blogging & News Production
Steve Rubel, no Micro Persuasion, sobre jornalistas-blogueiros (ou blogueiros-jornalistas?).
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Julio Daio Borges
3/11/2008 à 00h44
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Trema, sentirei saudades
O porquê de se mudar a ortografia de uma língua que já é difícil de aprender (segundo o senso comum), talvez tornando-a ainda mais complicada, está na intenção de padronizar a forma como se escreve o português nos oito países que o tem como idioma oficial.
Um dos resultados esperados é o maior intercâmbio de publicações entre os países, já que uma só ortografia facilita, por exemplo, o processo de edição. Não será necessário adaptar obras portuguesas para leitores do Brasil, ou o contrário. Entre outros possíveis ganhos, haveria uma maior aproximação entre as culturas lusófonas.
Os defensores da idéia têm ainda outros motivos na lista de benefícios, mas os argumentos dos opositores não ficam para trás em quantidade. Dentre os aspectos negativos está a percepção de que as mudanças são relativamente suaves ― ou seja, será que não poderíamos continuar bem como estamos? ― e a constatação de que algumas novas regras não estão muito claras, o que mantém, em vez de diminuir, os problemas com a ortografia da língua.
Por mais que você veja reportagens sobre o Acordo na mídia, dificilmente vai ter acesso a essas questões de fundo. Para entender um pouco mais, uma opção é o livro O novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa: o que muda, o que não muda (Editora Contexto, 2008, 96 páginas), de Maurício Silva. Por módicos R$ 19,90 (preço de venda no site da editora), você pode ter à mão as novas regras e saber que, a partir de sua vigência, a palavra "assembléia" não terá mais acento agudo na letra "e".
O portal iG também preparou um conteúdo especial sobre o Acordo, com a vantagem de ser gratuito e multimídia (mas com a desvantagem de você precisar fazer download das regras e ter que mudar de tela para consultar palavras, enquanto que o livro pode estar no seu colo enquanto você escreve). No texto do iG também é possível observar na prática a aplicação das mudanças, já que o portal adotou a nova forma desde 7 de setembro último. O especial do iG sobre o Acordo é muito bacana e vale a pena consultá-lo.
As mudanças começam agora, em 2009, e se tornam obrigatórias a partir de 2012. Imagino que, nesse período de transição, haverá um pouco de confusão. No caso de grandes produtores de texto, como jornais, revistas, portais, editoras, cada entidade irá definir um momento para iniciar a padronização. As agências de publicidade e assessoria de imprensa também já devem estar discutindo o fato. Afinal, a revisão vai passar a considerar as regras a partir de 1º de janeiro de 2009? Poderá haver algum estranhamento entre as pessoas do público-alvo que ainda não estão bem informadas sobre o "novo" português?
O Acordo simplifica a ortografia de muitas palavras e legitima formas mais simples e elegantes de escrever. Por exemplo, os meses do ano não precisam ter letra maiúscula no início. Eu nunca usei, mas já tive que argumentar que a forma com minúscula era mais simpática, menos pomposa. Agora, basta esfregar o Acordo na cara.
Outra mudança que me agradou bastante foi a simplificação das regras do hífen. Decorei apenas o necessário para passar no vestibular e depois fui assimilando o jeito certo por intuição, por bom senso ou pelo contato freqüente com as palavras através da leitura. Agora ficou bem mais fácil. Só vai hífen quando a primeira palavra termina com a mesma vogal com a qual começa a segunda palavra (contra-ataque); quando a segunda palavra começa com "h"(anti-higiênico); quando o final da primeira e o início da segunda são com a mesma consoante (inter-racial) e alguns outros casos específicos. Nos demais, as palavras se tornam uma só, como em "autoescola".
Mas não gostei das mudanças nos acentos. Palavras lindas como "vôo" ficarão "voo". Geléia vai perder seu acento agudo. E a pior de todas: não vai mais se usar o trema. Acho uma lástima. Aqueles dois pontinhos, já tão esquecidos e ignorados na escrita dos dias de hoje, serão para sempre eliminados. Vou aproveitando os últimos meses de 2008 para curtir bastante meus queridos tremas e assimilar com calma a dor dessa despedida.
Nota do Editor
Leia também o Especial "Reforma Ortográfica".
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Adriana Baggio
1/11/2008 à 00h11
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Sobre o show da Madonna
Tem coisa que às vezes a gente precisa pôr pra fora, e vocês podem parar de pensar coisa errada, crianças. Pois bem, queria dizer que essa coisa do show da Madonna tá me enlouquecendo já.
O fato é que eu não ia em show algum, caguei. 720 reais um ingresso, oi? Alguém sabe o valor do salário mínimo "nesse" país? Mas tá, vai, não vamos entrar em questões econômicas, o fato é que eu acho que não vale. Veja a Macy Gray, fez show no Ibirapuera, de buenas, de graça. Tá que, no dia, caiu uma tempestade que a única que não ficou com o cabelo molhado foi ela mesma, óbvio, mas ainda assim gosto do som...
Pois bem, já tinha desistido desse show da Madonna quando um querido amigo veio me chamar de fresco pq ele tinha um ingresso a mais (sabe gente que compra 15 ingressos por causa do desespero e agora não sabe mais o que fazer com eles? então...) e acabou me convencendo a ir nesse tão aguardado evento.
O grande problema agora é que, por onde eu passo, eu ouço a música dessa infeliz. Aquela com o ex-'N Sync, ex-Cameron Diaz ― mas, ainda, delícia ― Justin Timberlake. Juro, fico cantarolando mentalmente "we only got four minutes to save the world" o dia todo. Acho que quando ela cantar no show eu vou fumar um cigarro, fazer a unha... perdeu a graça.
Mas, enfim, aí a gente para pra pensar sobre o grande auê por causa da vinda de Madonna Louise Veronica Ciccone ao Brasil e imagina se, eventualmente (não que eu queira ― longe de mim), o avião cai. Sério, nunca mais ia ter show internacional no Brasil. Nun-ca mais. Sem contar a explosão de purpurina que ia infestar o ar desse país devido aos suicídios desesperados das bee... all over the place.
Mas magina, gente, vai dar tudo certo, cês vão ver. Deus é mais...
Caio, no seu blog (uma indicação da Drica Carvalho).
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Julio Daio Borges
31/10/2008 às 12h01
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Asia de volta ao mapa
O Asia foi uma das mais bem-sucedidas bandas do início dos anos 1980. Hits como "Only time will tell" e "Heat of the moment" definiram o pop rock da época, sendo muito usados em eventos esportivos nos EUA e até figurando em propagandas de cigarros. Após o segundo álbum Alpha (1983) a banda foi se modificando e perdendo a identidade. A despeito da entrada de músicos competentes, a banda sobreviveu nas duas décadas subseqüentes amargando a obscuridade. Até que, em 2006, os quatro membros originais ― e obviamente, os melhores ―, se reuniram para uma bem-sucedida turnê, que passou pelo Brasil no ano passado. Agora, o Asia volta ao mapa com Phoenix, o novo CD de inéditas.
O disco abre com "Never again", que segue o rastro de "Heat of the moment". A sequência com "Nothing's forever" mostra o peculiar pop rock que consagrou a banda, assim como em "Shadow of a doubt". O telhado de vidro mostra suas rachaduras com baladas demasiadamente açucaradas como "Heroine" e "I will remeber you".
Em se tratando de Asia, a face progressiva é sempre a parte mais esperada. E ela aparece em duas suítes, não tão longas quanto às que se fazia nos anos 1970, mostrando a banda em seus momentos mais inspirados. É o melhor material do disco. "Sleeping Giant / No way back / Reprise" é épica, climática e leva a assinatura de Geoff Downes. "Parallel Worlds / Vortex / Deya" vai além: começa melódica, fica virtuosa e termina melancólica, com Steve Howe dando uma aula no violão clássico. Howe também dá sua contribuição com "Wish I'd known all along", a faixa que mais se assemelha aos seus últimos trabalhos com o Yes. O álbum fecha com "An extraordinary life" trazendo uma história que quase acaba em tragédia. Durante a gravação do álbum, o vocalista/baixista John Wetton sofreu um grave problema coronário e a letra fala da experiência "entre a vida e a morte", deixando uma mensagem no final: carpe diem.
Se comercialmente já não é mais possível igualar a façanha do primeiro disco, musicalmente, a banda teve o mérito de voltar no tempo trazendo todos os elementos que caracterizam o som clássico da banda, sem, contanto, soar ultrapassado. No fim, qualquer fã de progressivo e tecnopop espera que, para o Asia, a vida seja mesmo extraordinária e que Phoenix seja apenas um recomeço.
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Diogo Salles
31/10/2008 às 11h39
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Vicky Cristina Barcelona
cartaz do filme
No he encontrado la razón porque me duele el corazón porque es tan fuerte que solo podré vivirte en la distancia y escribirte una canción. Te quiero Barcelona
Vicky Cristina Barcelona (2008), com roteiro e direção de Woody Allen, narra as aventuras em Barcelona de duas norte-americanas que têm uma paixão fulminante pelo mesmo homem, o pintor espanhol Juan Antonio (Javier Bardem). A prudente e comprometida Vicky (Rebecca Hall) viaja para terminar sua tese sobre identidade catalã, enquanto Cristina (Scarlett Johansson), que a acompanha, é uma artista em crise buscando inspiração e aberta a amores imprevisíveis.
Com pitadas de humor diante de situações inusitadas entre as personagens, acaba se desenhando um triângulo amoroso entre Cristina, Juan Antonio e Maria Elena (Penélope Cruz), sua ex-mulher de personalidade explosiva. Aliás, a refrescante originalidade do cartaz de Vicky Cristina Barcelona representa bem a natureza diversa deste triângulo, além de adiantar a simplicidade e despojamento do figurino.
Nesta fábula moderna, uma Europa libertina e subversiva é representada por Barcelona (pelo título do filme, a cidade pareceria mais uma personagem), que desvirtua o caminho pequeno burguês das personagens norte-americanas, em especial de Vicky, desiludida tanto com o noivo quanto com Juan Antonio. Vicky e Cristina aparecem imersas em uma vida sonhada, mas longe de ser realizada.
Se o filme peca por algumas situações inverossímeis, clichês turísticos e poucas imagens surpreendentes da cidade, a atuação de Javier Bardem é ótima. Assim como a excepcional música tema "Barcelona", de Giulia e Los Tellarini (trechos da letra estão presentes no início e fim deste post), que reitera o clima de leveza e sensualidade presentes no longa.
E a estréia no Brasil, prevista para dia 14 de novembro, chega com uma notícia polêmica. O escritor espanhol Alexis de Vilar diz que o roteiro de Vicky Cristina Barcelona é plágio de seu livro Goodbye, Barcelona (1987).
Barcelona te estás equivocando no puedes seguir ignorando que el mundo sea otra cosa y volar como mariposa
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Elisa Andrade Buzzo
31/10/2008 às 08h51
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O amor que não pode
Ele pediu para ela levar a vida adiante e ela levou, mas se ele tivesse pedido para ela esperar, ela teria esperado. Se fosse para enlouquecer, ela teria pirado. Nada seria difícil demais.
Ele teria dado todas as rosas no dia dela, mas todas ainda não seriam o bastante porque o que ele quer dar não tem nome, não tem tamanho, não existe nem quando é grande demais. Ela sabe, ela chora, ela espera. Um mundo de cores e sonhos que ventam, que fogem, que chegam e se vão.
Eles sabem.
Ela tece vestígios de amor e ele finge que não é com ele só pra ouvir ela cantarolar baixinho seu nome no meio da imensidão. Um vazio tão grande de fundo e um mundo prestes a explodir diante deles.
Eles esperam.
Ele pára de respirar para que ela tenha um pouco mais da vida dele pra ela. Ela sabe. Morrem num sopro e se deixam levar pelo tempo. Pela sorte. Por amar.
Daia, que me segue no Twitter, no seu blog.
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Julio Daio Borges
31/10/2008 à 00h19
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O comercial do Obama
Ontem, Obama gastou U$ 3 milhões de dólares para veicular esse comercial de 30 minutos em 7 emissoras de TVs norte-americanas. Hoje pela manhã, ele já foi visto por meio milhão de pessoas na internet.
(...)Daqui uma semana, onde o filminho vai ter maior audiência, na TV ou na internet?(...)
Marcelo Tas, no seu blog, agora há pouco.
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Julio Daio Borges
30/10/2008 às 10h01
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Jabor sobre Obama
Obama é preto. Liberal. Culto. Com nome de muçulmano.
Obama é tudo que a América nunca quis e que parece querer agora.
Outros democratas já foram reformistas, como os Kennedys, assassinados... O Clinton, mas... Brancos de elite.
Obama não é importante como novo presidente apenas, ele será a maior virada da história americana: a América se auto-criticando, aceitando o rejeitado histórico, o negro cuspido, o solitário que não representa corporações.
Obama nasceu nos anos 60, junto com a integração racial, com os direitos humanos. Obama é o jazz, a sexualidade livre, a liberdade da contracultura. Ele é uma porrada no mundo republicano de preconceito, violência, burrice, da pulsão de morte.
Se Obama não ganhar, a América vai decair como suas torres do 11 de Setembro.
Neste mundo do "conto-do-vigário", das finanças alavancadas, Obama é mais que um candidato; ele é uma síntese de idéias, é a tomada do poder das conquistas cientificas, culturais e éticas da modernidade.
Voltarão a razão e a inteligência, que foram escorraçadas da América nos últimos anos.
Obama não é o novo. Ele é o velho. O bom e velho humanismo, a velha grandeza esquecida do mundo ocidental.
Arnaldo Jabor, hoje, porque estamos torcendo pelo Presidente Negro.
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Julio Daio Borges
30/10/2008 às 09h20
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